Marrying With The Devil escrita por Giihrsouza


Capítulo 3
Capítulo 2 - Um Tour Infernal


Notas iniciais do capítulo

O capítulo já estava pronto, mas esperei até todos lerem o capítulo anterior e também dar tempo de eu adiantar bem o capítulo 3 que está pela metade ainda! bom, mas falaremos depois BOA LEITURA!



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Capítulo 2 – Um Tour Infernal.

Edward:

            Carlisle falara meia hora sobre como eu me comportei, da forma que o envergonhei e o embaracei na frente do amigo/concorrente, da forma como o casamento poderia estar em risco... E tudo que eu queria era ir para longe dele com Emmett e rir a vera pelo que fiz, devolvi na pior moeda possível todos os insultos e o chute na canela.

            Assim que ele parou de falar saí do restaurante acompanhado do meu irmão, ele limpou uma lágrima.

            -Este foi o melhor jantar de todos que o papai fez a gente ir!

            -E o melhor ainda é que eu pus aquela aspirante a vagabunda no devido lugar dela.

            -E parece que o casamento...

            -Continua de pé. – Meu pai terminou a frase entrando no quarto.

            Tentei contra-argumentar, porém meu pai continuou.

 – E espero que não haja mais incidentes como este. Charlie e eu talvez tenhamos que nos ausentar durante a semana, voltaremos todos os finais de semana para checar como estão indo.

            A indignação me corroeu, fiquei estático vendo tudo que fiz ir por água a baixo...

            -Emmett, abre o Wisky. Quero acabar com essa noite logo.

Bella:

            Abri meu notebook para checar algumas coisas quando ouvi duas batidas na porta, olhei para Alice e esta foi atender. Era Charlie.

            -Papai, o que faz aqui a essa hora?

            -Vim falar com Isabella. – Ele entrou e se dirigiu para mim. – Sua tentativa de se passar por vadia não deu muito certo. Se bem que a atitude do noivo fez com que Carlisle e eu entrássemos em um consenso.

            -E qual foi? – Meus olhos brilharam com a esperança.

            -O casamento ainda continuará. – Meu sorriso desapareceu junto com a fagulha de esperança -  Vocês irão se entender até o final do verão.

            Charlie saiu tão subitamente quanto apareceu batendo a nossa porta, olhei minha irmã completamente pasma, senti meu lábio inferior tremer, todo meu corpo tremer... E então eu gritei.

            -Shh... Bells, vamos dar um jeito, vamos seguir com o plano... – Alice saltou para minha cama e me abraçou numa tentativa vã de me confortar. – Fica calma por favor, fica calma...

            Minha garganta ardeu o bastante para eu desistir do ataque histérico, logo minhas mãos estavam com uma boa dose de cuba libre e Alice tomava uma garrafa de vinho.

            -Você é doida vai ter uma ressaca do cão. – Alertei-a.

            -Nada dá mais dor de cabeça do que essa situação toda, acredite. – Ela disse tomando mais um gole grande. – Tome seu cuba libre e se prepare emocionalmente para amanhã, algo me diz que as coisas vão piorar.

Edward:

            Um barulho ensurdecedor daquelas buzinas escandalosas me fez cair da cama assustado, o jato de adrenalina imediatamente me despertou do meu sono, minha cabeça latejou.

            Procurei o futuro defunto e tudo que vi fora Emmett de shorts e inteiramente molhado.

            -Mano, o papai mando te acordar. – Ele disse sorrindo. – Ao que parece tu agora tem uma agenda.

            A curiosidade sobre o que aquele projeto de defunto estava me falando aplacou boa parte da irritação de ter sido acordado.

            -Agenda?

            -Sim, ele quer que você desça.

            Vesti-me com as primeiras peças que vi na minha frente, uma calça jeans escura e uma camisa branca. Passei a mão pelo cabelo arrumando-o de mau jeito até chegar na ala da recepção, onde meu pai estava com uma cara muito feliz. Mau sinal, pré-senti.

            -Meu filho, tive uma brilhante idéia esta noite e... Sinto que você precisa de algo a mais do que esse Resort.

            Arqueei uma sobrancelha confuso.

            -O que Emmett quis dizer com eu ter uma agenda?

            Ele sorriu.

            -Conhecerá Orlando. Não é maravilhoso?

            Até onde eu conhecia o estado do sol, vulgo Florida, entre suas duas queridas cidades, Miami e Orlando a diferença não era tão gritante, ambas tinham uma cultura enraizada com a hispânica, então espanhol e inglês e a junção de ambos eram como uma língua nativa. O calor das duas era de rachar, e ambas tinham praias. A diferença era a Disneylândia aqui em Orlando.

            -É só isso?

            -Com Isabella! – Ele disse sorrindo.

            -O que tem eu?

            Era como invocar o nome do diabo e ele aparecer no círculo de macumba. A endiabrada surgiu e parou entre meu pai e eu, fazendo uma pose como das meninas dos filmes, inclinando um pouco o corpo e pondo as mãos na cintura.

            -Charlie e eu negociamos um pacote turístico por Orlando, para você e para o Edward.

            Ela me olhou com desdém.

            -É tudo isso essa coisa de nos acordar cedo?

            -São dez da manhã. – Carlisle rebateu.

            -Somos do século XXI e não comemoramos o dia do nascer do sol até o entardecer como vocês faziam quando eram da nossa idade. – Ela resmungou.

            Meu pai suspirou e revirou os olhos ignorando a bastarda.

            -Bom,continuando, este vai ser o guia de vocês.

            Não tinha percebido a inicio que o homem pequenez de cabelos ruivos cacheados em uma confusão, seus olhos eram azuis e nos encaravam meticulosamente, com a ponta dos dedos ajeitou a gravatinha borboleta vermelha e fungou.

            -Chucky Doll. – Ele se apresentou  enquanto encarava a mim e a Isabella.

            Mordi o lábio por causa do nome conveniente a figura parada ali, notei que Bella fazia o mesmo ficando até vermelha.

            -Bom, vocês tem hora. Chucky, espero que consiga domar esses dois. – Carlisle bateu no ombro da miniatura do boneco assassino.

            -Darei o meu melhor. – Ele prometeu.

            [...]

            A limusine passava pelas estradas com uma lerdeza descomunal, o trânsito fluía irritadiço, com certeza estávamos assinando o ultimato de turistas despreocupados em uma linda quase tarde de verão Florence, o ar condicionado enganava a temperatura escaldante que deveria estar fazendo lá fora.

            -Que frigobar mais mal abastecido!

            Olhei na direção da voz de Bella, pude vê-la futucar a geladeirinha da limo incessantemente, várias latas de sucos e coca colas diversas estavam do lado de fora.

            -Depende do que busca, aspirante a Amy Whinehouse. – O pequenez disse prevendo que ela procurasse alguma bebia alcoólica.

            Não agüentei e cai numa gargalhada, a cara da Swan estava completamente lívida de raiva pude ver sua incapacidade em responder a altura o que deu ainda mais corda ao meu riso solto. Seria uma tarde maravilhosa!Com certeza!

Bella:

            O toco de gente estava sendo incrivelmente irritante, ainda mais porque eu não consegui nada para rebater a altura. Edward se retorcia de rir da minha cara, desejei pegar uma lata e jogá-la no meio daquela marquise de shopping que ele tinha acima das sobrancelhas! Fala sério era uma testa mutante!

            Isso me fez relaxar, eu usaria o apelido na hora apropriada. Enquanto isso, me recostei no banco e passei a olhar a paisagem de Orlando, dava para ver que saíamos da estrada da orla, o asfalto parecia tremer e eu sabia que isso era por conta do calor, estremeci só de pensar que sairia do ar condicionado em temperatura polar da limusine.

            Foi então que atravessamos um arco, mas não qualquer arco! Meus olhos brilharam e um sorriso atravessou meu rosto ao ler a tão famosa frase “Onde sonhos se tornam realidade”

            Eu estava na Disneylândia!

            Senti que iria quicar no banco, era meu sonho desde criança visitar a Disney, porém eu era muito nova quando fui e não me lembrava de nada, depois só Alice fora com a mamãe e Charlie nunca quis nos levar novamente, ocupado demais com o cargo de empresário em ascensão. Tentei achar alguém para partilhar tal felicidade e ai a ficha caiu.

            Eu estava na Disney sim, mas estava com Edward e o chaveirinho de celular. Não com minha irmã Alice. O parque se aproximava, e eu não poderia dar o gosto da vitória de ficar irritada, tentei pensar que poderia aproveitar o parque ao máximo do meu jeito e depois voltaria com Alice e ai sim iríamos nos divertir a valer!

            -Ah, fala sério! Disney! – O ignorante Cullen reclamou quando paramos.

            Desci da limusine e fiquei a admirar a paisagem em silêncio enquanto ouvia o anão deixar a limusine e pareceu andar um pouco até Edward.

            -Sim, algum problema?

            Olhei para ambos esperando alguma resposta mal criada do Cullen com o pequenez para que ele respondesse a altura e o feitiço virasse para ele. Edward olhou uma criança que comia sorvete e cutucava o nariz, a mãe reclamou com ele em uma língua estranha.

            -Só acho infantil demais.

            -Então isso é compatível com a mentalidade dos dois, concorda?

            -Hei, eu nem falei nada. – Reclamei por ter sobrado pra mim o fora.

            -E eu estou a fim de fazer meu trabalho,  - Ele então apontou a câmera Polaroid e apertou o botão.

            O flash nos cegou brevemente, pisquei os olhos tentando me livrar das luzes irritantes que bloqueavam parte da minha visão. Chuck pegou a foto e a sacudiu brevemente e depois de analisá-la, guardou-a em uma bolsinha que trazia consigo.

            -Merda de projeto de gente. – Edward xingou baixo.

            -Ouvi algo, Sr Cullen?

            -Nada.

            -Ah, sim. Prossigamos.

            O passeio não podia ser pior, tivemos de posar para fotos e hora e outra éramos pegos de surpresa, Edward tinha as mãos no bolso e parecia entediado, enquanto eu estava doida para me livrar do pingentinho de gente. Não reparei que ainda olhava Edward enquanto pensava e o cara entendeu mal.

            -Ta olhando o que, Swan? Ta vendo o quanto saiu ganhando com essa idéia maluca?

            -Quando esse dia chegar me interne no hospício que deixou você escapar, por favor. – Pisquei um olho para ele. – Na verdade... Queria um acordo.

            -Está me tirando?

            -Não. Olha... – Eu me aproximei, era contra todos meus instintos e contra os dele também. – Quero me livrar dele. – Apontei para o nanico que explicava como Walt Disney tinha criado o Mickey, apontando para um dos monumentos do parque.

            Edward pareceu ceder e se aproximou mais de mim.

            -Qual o plano?

            -Temos que dar um perdido nele. – Respondi e quando eu ia continuar ele me interrompeu.

            -Jura senhora obviedade? Se dependermos de seus planos perdidos. – Ele revirou os olhos.

            -Quer abaixar o topete por três segundos e me escutar seu ignorante?

            Ele bufou e eu continuei.

            -Olhe, temos que tentar levá-lo na área do parque de brinquedos. Lá é bem maior e mais fácil de sumirmos.

            -Como sabe? Já esteve aqui?

            -Não, olha só confie em mim ok?

            Ele não respondeu. Provavelmente pensando sobre o ‘confie em mim’, bom eu não confiava nele tanto quanto ele não confiava em mim, a frase saiu sem querer na verdade, mas ele tinha que acreditar no que eu dizia, era verdade. Edward pareceu pensar por longos segundos que pareceram eternos até que suspirou.

            -Ok. Só não me desaponte.

            Sorri em resposta e saltitei até o lado do carinha ruivo. Ele me olhou como se olha uma pessoa demente fazendo algum tipo de doideira perto, não me importei e abracei seus ombros.

            -Chucky meu chapa, porque não vamos no parquinho? To doidinha pra ir lá.

            -Só temos que terminar de ver...

            -Não, presta atenção! – Eu o calei segurando seus lábios com meus dedos em pinça. – O parquinho é bem mais show! Cara, to doida pra ir lá, você é o guia, vamos lá por favorzinho!!  

            Chucky me olhou de cima até em baixo, parecia o boneco assassino analisando a presa, até que cedeu e girou os calcanhares na direção do parque.

            -Como fez isso? – Edward perguntou no pé do meu ouvido.

            -Anos e anos de prática. – Respondi me afastando. – Sai do meu cangote, temos uma fuga para fazer.

Edward:

            Ok, eu devia ser internado em confiar na Swan, mas eu estava ali, vendo o pequenez seguir para o parque como ela pediu, ele às vezes olhava para trás para se certificar que estávamos ali, ela parecia concentrada e as vezes ia falar com ele e nosso rumo mudava um pouco.

            Chegamos na área do parque aquático e eu já desconfiava da minha sanidade, o que ela ia fazer? Droga, droga... Tentei pensar no que ela pensaria e tudo me veio em mente foi empurrar o pequeno na piscina.

            -Olha ali! Tem carpas! Compra uma carpa pra mim? – Ela pediu ao Chuck

            -Carpa? Onde?

            Ele se inclinou sobre o tanque fundo, e então Bella chutou seu traseiro, eu o assisti cair na água embasbacado. Era isso que a maluca queria fazer? Podia matá-lo onde ela estava com a cabeça?

            Bella correu até mim.

            -VAMOS! – Ela me puxou.

            Me vi correndo ao seu lado para longe do tanque.

            -Está louca? Pode matá-lo.

            -Ah, é. – Ela então acionou uma espécie de alarme de incêndio que ecoou pelo parque. – Agora vão achá-lo. – Ela sorriu se sentindo a gênio.

            Em questão de segundos os seguranças apareceram sem nos dar tempo de correr para mais longe ou nos esconder e então ficarmos livres, puxei-nos para uma área onde ficavam as bombas, ainda dava para ver o resgate, Chucky parecia ter o rosto da cor de seus cabelos ruivos, ele olhava para tudo e poderia nos achar, os seguranças olharam uma foto e buscaram também.

            Puxei-a mais para dentro da sala e vi que nossa atitude chamou a atenção. Merda, merda e merda!

            Bella parecia ciente disso tanto quanto eu, e me olhou como quem dizia “pensa em alguma coisa!” , e eu pensei.

            Foi impulsivo e ridículo, fechei meus olhos e choquei meus lábios nos de Isabella, senti ela se retrair e quase que imediatamente tentar se soltar, porém abracei seu corpo e forcei a ela a realização do beijo, passando a língua por entre seus dentes trincados, seu lábio inferior estremeceu e sugou o meu uma pequena corrente elétrica percorreu meu corpo, desconectando-me da realidade junto com ela, presos a aquele beijo esquecemos o porquê dele. Foi quando eu mordisquei-a que ela suspirou que a bolha se rompeu, assim que nos afastamos senti meu rosto arder.

            -SEU IDIOTA. – Ela parecia bufar sem fôlego.

            -Calma assim vai estragar tudo, anda, vem.

            Apesar do rosto ardendo eu tentei puxá-la para fora e recebi um tapa na nuca forte. Olhei-a intrigado.

            -Está louca, Swan?

            -Sim, louca de vontade de TE MATAR, CULLEN! – Ela grunhiu fechando o punho. – Argh! Que idéia foi essa?

            -Iriam nos ver, desconfiar de nos se nos vissem escondidos, e então eu os fiz pensar que éramos apenas um casal e...

            -NÃO IMPORTA!

            -Bella, relaxa, estamos livres agora! – Vacilei dois passos saindo da cobertura que protegia a bomba.

            -Sim, estamos. – E então ela sorriu. – Bom, eu estou.

            Abri a boca para perguntar e fui pego de surpresa quando as mãozinhas pequenas impulsionaram meu corpo para longe, cambaleei alguns passos, porém ao tentar pegar equilíbrio, não havia mais chão por baixo dos meus pés, e então eu caí dentro da água, minhas costas estalaram-se contra a superfície da piscina e espalhou água para todos os lugares.

            Fiquei de pé assim que consegui, Bella já não estava mais lá e eu sentia vontade de matá-la! Argh como eu confiei numa vadia dessas? Queria me bater. Andei com a água pela cintura e saí da piscina dando imediatamente de frente com Chucky e um segurança.

            Merda.

Bella:

Escape – Enrique Iglesias

            Eu ria ao vento, eu estava livre! Corria pelo parque que eu tanto sonhei em estar feliz de quando criança ter planejado uma fuga para cá e me forçado a decorar o mapa todinho. Nada tinha mudado muito e eu sabia exatamente onde ficava cada coisinha, peguei meu celular e assim que achei a Miney eu a abracei.

            -Oh, tira uma foto comigo?

            Minha reação deixou claro que nem a mais melequenta das crianças agia daquele jeito, mas a mulher fantasiada com o cabeção de gesso logo abraçou-me e eu apontei a câmera para o alto e tirei a foto.

            -VOCÊ AI NA MINEY, PARADA. – Ouvi me gritarem.

            -Obrigada.

            Assim que a soltei corri novamente estava quase chegando ao castelo imenso e lindo da Bela Adormecida, sim todos os castelos dos filmes são da Bela Adormecida! Encontrei-a e tirei foto com ela também.

            Os guardas continuavam lá atrás, todos pareciam abrir caminho para mim e para eles, eu estava tomando o papel de louca, mas a quem isso importava? Eu estava feliz! Peguei meu celular para tirar uma foto do castelão comigo e depois analisei a fotografia saltei para trás, Edward estava ali, todo ensopado me olhando com cara de poucos amigos.

            -Epa.

            Isso me fez lembra o beijo, por alguns segundos eu sucumbi a uma sensação desconhecida, eu já tinha beijado antes, mas aquilo foi assustadoramente diferente, o aperto dele pareceu afrouxar-se, pareceu que tudo tinha ido embora da minha mente, o motivo de eu odiá-lo, o motivo de estarmos cooperando... E tudo se foi mais de repente do que apareceu.

            -Eu sinto como se pudesse matá-la. – Ele disse furioso.

            -Mas não vai.

            Tentei correr e ele me puxou de volta. Senti algo bater em meu rosto, era frio de mais e parecia que iria congelar meu cérebro. A coisa escorreu do meu rosto até toda minha blusa e ao abrir a boca senti o gosto de tutti-fruit. Ele tinha me jogado raspadinha na cara!

            -Seu... – Comecei a xingar.

            -Achou que eu ia deixar barato?

            Limpei o troço do olho e o fulminei com olhar, depois vi meu celular em minhas mãos, ele estava apagado e não voltaria mais, NÃO, minhas fotos! Minhas musicas, minhas mensagens...

            -AGORA EU TE PARTO EM TRÊS.

            [...]

            -O que pensam que estavam fazendo? Sabem que talvez jamais poderemos voltar ao parque? – O aspirante a anão agora estava mais parecido com o boneco assassino do que outra coisa.

            Olhei para o lábio sangrando de Edward satisfeita de tê-lo acertado um belo soco. Ele apoiava uma lata de Cherry Coke gelada pela falta de gelo normal, o frigobar era a base de gelo seco. Se bem que um cadinho daquilo iria queimar bem seu machucado... Vi malignamente o feito na cabeça e quase ri.

            -Culpa dessa louca. – Edward me acusou.

            -Coitado. Você quem estava doido para escapar do Chuck. – Contradisse.

            Ele semicerrou os olhos.

            -Acha mesmo que eu iria tentar fugir caindo na água como ele? E o que explica que você continuasse correndo, sua jumenta?

            -Ta afim de outro soco pra reaprender a respeitar, Cullen?

            -Acho que é você que precisa de um para ter noção do perigo.

            -Coitado, não consegue me bater.

            -Ah, não?

            Olhei para ele bem a tempo de sentir a lata bater na minha testa, minha cabeça rodou, mas não apaguei por pouco, eu sentia o sangue gotejar e o encarei abismada. Ele tinha mesmo me agredido. Minha visão tomou cor vermelha de raiva.

            -CHEGA VOCÊS DOIS. – Chuck gritou. – PARECEM BICHO. – Ele respirou fundo e depois de discar alguns números ele ligou para onde não podia. – Sim, quero falar com Charlie Swan e Carlisle Cullen, é sobre seus filhos.

Edward:

            Meu lábio tinha melhorado, só estava meio inchado quando cheguei ao Resort, Chuck ainda falava com nossos pais, eu e Bella saímos sem trocar um olhar se quer. Pelos palavrões que ela falava presumi que a lata tenha feito um belo estrago na testa dela. E era o que eu esperava.

            Ela me fez confiar nela, por míseros segundos, e perdeu segundos depois. Nem a dor no meu lábio inchado ultrapassava o sentimento que eu nutria por mim mesmo, que eu era um idiota por acreditar, por menor que fosse o tempo, que ela poderia estar dizendo algo que condizia a verdade.

            Vi a baixinha irmã da coisa aparecer e ficar apavorada.

            -Bella! O que aconteceu? Caiu de testa no tonel de raspadinha?

            Eu poderia rir da suposição, mas me contive, o calor já tinha feito minhas roupas pararem de pingar mas elas ainda pareciam molhadas, todos me olhavam com curiosidade, e eu os ignorei. Só queria que o dia acabasse o mais rápido possível, eu me sentia cansado.

            Emmett me alcançou no elevador.

            -Arrumou briga?

            -Não. – Respondi baixo.

            -Entao o que foi isso? – Ele apontou minha boca.

            Olhei meu irmão, ele não era estúpido como parecia, as vezes era meu melhor amigo e aquele quem eu poderia contar, eu sabia que ele acharia graça da situação mas ficaria preocupado com o final. Contei-lhe a história enquanto seguíamos para o quarto, ele riu na parte da escapada que demos, do beijo, e de ela ter me nocauteado na piscina e depois me socado. Mas ficou tenso quando lhe falei da lata que arremessei nela.

            -Sabe que papai ficará uma fera em saber...

            -Sei.

            -Po, mano, relaxa. Tu vingo sua dor. – Ele disse abraçando meus ombros.

            No mesmo instante a porta foi aberta e junto com ela a enxurrada de palavrões que meu pai proferia para mim.

Bella:

            She’s my cherry pie...

           

            Era a quarta faixa que eu escutava do meu Ipod que felizmente eu não tinha levado para tomar raspadinha comigo. Meu pai ainda estava ali falando para as paredes, e tecnicamente para mim, mas ele não vira eu pondo meu fone de ouvido escondido, felizmente ele era sem fio algum e meu cabelo negro pela raspadinha deixava-o invisível.

            Foi só quando ele começou a me olhar demais e parecendo me analisar que vi que tinha acabado.

            -Foi mal pai mas ele mereceu. – Eu disse rapidamente pausando a musica enquanto a guitarra assumia seu posto.

            -Não foi isso que perguntei, perguntei o que eu posso fazer para você cooperar? Cartão de crédito maior... Apenas me diga.

            -Pai, se pensa que me oferecendo essas coisas vai me chantagear a fazer o que você quer... – Eu me levantei. – Está completamente certo! Onde está o cartão?

            Ele sorri. 

            -Assim que se fala, garota. – Charlie deixou o cartão preto com prata na minha mão. – A senha está aqui – Ele deixou um papelzinho junto.

            -Nossa obrigada, Char... Quer dizer, pai.

            -Apenas coopere. Quero ver resultados.

Edward:

            Carlisle ainda falava sobre os contras para uma boa imagem e sobre confusões na lei sobre agredir uma mulher. Se bem que Bella não deveria ser considerada mulher mas sim uma criatura, um demônio! Feito sob medida para atormentar os meus dias. Fiquei a manter minha mente bem distante do falatório que eu dispensava, apertando a compressa de gelo no meu lábio já quase desinchado.

            -Edward, por favor.

            Olhei para ele prestando dessa vez atenção.

            -O que? Eu já escutei ok, mas olha isso só é a prova...

            Ele me interrompeu.

            -Que você precisa de um incentivo para fazer certo.

            -Como?

            -Claro, o que quiser... Posso te dar o que quiser.

            -Pai, não adianta me subornar que não vai...

            -Aquele carro! – Carlisle me interrompeu novamente e abriu um sorriso. – Isso, aquele Aston Martin Vanquish que você queria!

            Pisquei aturdido com a oferta repentina, como ele conseguiria me comprar um Vanquish nessa altura do campeonato quando eles não são se quer mais dentro da linha direito?

            -É impossível, pai. Eles saíram de linha.

            -Nada é impossível. – Ele sorriu. – Me dê alguns minutos.

            Uma hora depois meu pai imprimia uma nota da fábrica do carro garantindo que daqui a quatro meses eu teria um Aston Martin Vanquish V12. Eu ainda encarava o papel pasmo, tanto pela conquista de trocar o Volvo, tanto por eu ter topado fazer dar certo com Isabella e se quer saber como e por onde começar!

            Eu não podia simplesmente ser simpático com ela toda hora. Só o que me restava era o fingimento de hora certa, quando estivéssemos em público, com meu pai ou o dela por perto, iria me esforçar para parecer que, ao menos de minha parte, havia acordo.

            Sorri com a possibilidade de terminar tudo bem, bom, pelo menos pro meu lado. Eu terminaria isso solteiro e com um baita carro, ah eu vou sim!


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Notas finais do capítulo

Nunca ri com o que eu escrevi, minha beta geralmente me diz se está engraçado ou não. Mas aqui eu ri, então suponho que esteja bem engraçado!
E vocês gostaram? Cara eu me diverti tanto!!
Espero mesmo que tenham gostado, amei cada Review recebido, foi menos do que no prólogo, mas eu não vou ficar cobrando que venham mais para eu postar, eu fico feliz com os leitores que ficam, leem e gostam do que escrevo! Fico feliz COM VOCÊS!
ENTÃO MANDEM REVIEW, DIGAM O QEU ACHAM.
Porque é... um p*ta incentivo sério!!
O Cap 3 ainda não está pronto então talvez demore mais um cadinho. paciência comigo ok?
Beijos Amores