O senhor Vaidade

Eu estou aqui sentado, quase dormindo na em cima da carteira, tentando digerir o que deveria ter sido o café da manha, um dia ainda morro intoxicado, mas sou o brigado a comer a comida horrorosa da minha irma, que é um desastre na cozinha, então para evitar acidentes, o senhor Sabaku resolveu que comida congelada é menos venenosa. Ainda to tentando descobrir como é que ele agüenta passar o dia com a comida revirando no estomago. E não. Eu não reclamar, não sou louco de contrariar a Temari, minha irma mais velha, tão chata que chega a ser um castigo, mas mesmo assim eu gosto dela, e não, eu não vou admitir que eu amo a minha irma, isso seria meio gay. A Temari é esquentada e irritadiça, mas ao mesmo tempo age como uma mãe para mim, ela é carinhosa e amorosa, até com o traste do nosso irmão mais velho. Tudo bem que eu não gosto de acordar aos berros, ou então ter de sentar no banco de trás, mas até aceito isso pela maluca da minha irma. Tudo bem, eu admito é melhor eu aceitar isso do que acabar com a cara roxa.

De repente escuto alguém abrir a porta, um tanto apressado. Ergo um pouco a cabeça e dou de cara com uma menina loira com os olhos azuis, a Yamanaka, uma garota rica e orgulhosa, que se acha a dona do mundo, e não fala com ninguém, principalmente comigo. Um pequeno plano passa por minha mente, vou brincar um pouquinho com ela, ver quais são suas reações, vai ser... divertido.Eu vou mostrar que EU sou melhor que ela.

-Eu já vi você loira, não adianta ficar andando pé ante pé, você me acordou a hora que entrou com esse seu jeito de patricinha destrambelhada.  – falo, ela para e me olha de um jeito estranho, que fez com que algo dentro de mim se mexe, deve ser o café da manha. Porem logo ela olha o lugar que queria e continua andando, um lugar bem longe de mim. – eu não mordo sabia? – eu pergunto debochado e ela fica estática, como pensando no que me responder, não pude evitar sorrir. Mas antes que ela me respondesse, os alunos entram na sala, e ela parece aliviada. Logo Matsuri senta na minha frente, eu bufo um pouco, isso já é perseguição. O professor entra na sala, e começa a trocar os lugares, eu não dou muita importância a isso. Até que ele chama a Yamanaka. E fica procurando um lugar para colocá-la.

“Coloque-a perto de mim.”

É só para eu poder atormentá-la um pouco. Será que alguém escutou meu pequeno pedido? Por que o professor olha para mim, e fala para ela senta no lugar onde Matsuri esta, eu olho para a loira e ela parece tremer um pouco enquanto pega seus materiais. Ela vem até a carteira da frente, e o professor manda a Matsuri sair. A loira senta e eu não pude me agüentar, a cutuquei, ela olhou para mim, e eu dei meu melhor sorriso maligno, ela estremeceu e se virou rapidamente. O que fez meu sorriso aumentar, esse ano ia ser muito divertido.

O Senhor Luxuria

Ir para a escola com a irritante cor-de-rosa com certeza é o maior dos castigos, ainda mais quando tem meu irmão  junto, considerando que eles têm certa”química”. ainda tenho minhas duvidas que ele esta namorando a irma dela, e não ela. Bom, no fim das contas quem iria querer namorar a coisa irritante? O porquê de eu chamá-la assim? Simples ela É irritante ao extremo, inteligente demais, um tantinho feia, mas mesmo assim a forma da perfeição para meus pais, eles vivem me enchendo dizendo que “ela” é a namorada perfeita. E eu não a quero como namorada vai acabar com minha reputação.

 Posso pegar qualquer menina do colégio e fora dele, e nem preciso me esforçar para isso. As meninas caem em cima de mim como abelhas no mel, e olhe que eu não sou nenhum doce de pessoa. Na verdade eu sou considerado um dos caras mais frio do colégio. Mas  acho que isso faz parte do meu charme. Sorrio de canto, enquanto estou de braços cruzados encostado em uma arvore, esperando o Dobe, meu melhor amigo. Ele também é um ser irritante e nem sei como eu ainda sou amigo dele, mas nos conhecemos desde crianças e simplesmente não consigo ficar bravo tempo o suficiente para brigar com ele, e quem é que ficaria com um ser como aquele?

 Sinto olhares sobre mim, e depois disso só vejo em vermelho, resumindo estou sendo agarrado novamente pela Karin, outra irritante, mas pelo menos ela me da coisas que outras não dão. Isso mesmo que vocês estão pensando, mas como com todas as meninas eu não me importo com ela. A tiro do meu pescoço, com certa grosseria, o motivo? Só por causa das “coisinhas” que fizemos, ela acha que é minha dona, e por isso atormenta a coisa cor-de-rosa. Até que me dá certa pena da Sakura. Afinal de certo modo, é minha culpa que ela não tenha amigos. Mas isso fica apenas entre nós, sou um Uchiha e os  Uchihas não se importam muito com garotas, não que eu me importe com garotos, aaaa vocês entenderam. E que tipo de coisa que eu to pensando?

‘“Meu Kami-sama, me proteja de coisas irritantes, como o pensamento acima”

E para me salvar de pensamentos inúteis, e acabar com minha paciência a diretora começa a fazer seu discurso anual, sempre às mesmas palavras, depois de meia hora interminável, ela diz nossa salas, e esse ano vou ficar na mesma turma da rosada, me dirijo à sala, escapando com certa habilidade das meninas do meu fã clube, que ficam suspirando e babando por onde eu passo. Chego à turma, e vejo a coisa rosada sentada me olhando torto, quase como se pedisse que eu sumisse. Vou até ela e sento na sua frente. Com um pequeno sorriso de canto, esse ano vou atormentar um pouco ela. Quer dizer, vou atormentar muito. Afinal mesmo com pena dela ela não vai deixar de ser A irritante.

O Senhor Gula

Ser acordado por dona Kushina com um banho de água gelada, não é o que eu desejo para os outros, e ainda depois de ouvi-la gritas meia dúzia de impropérios sobre a minha preguiça. Bom é assim que começo meu dia, atrasado para a aula, e sendo obrigado a comer comida “descente”, ou seja, um café da manha reforçado. Eu queria mesmo é comer Rámen, sou viciado nessa comida, meu pai um dia disse que eu sou “Ramencólotra”. O que causou uma semana sem Ramen para mim, já que minha mãe achou o comentário infeliz e de mau gosto, e como ela usa toda e qualquer desculpa para me deixar sem Ramen já viu o resultado né? Ela é assim não por que acha que é uma comida ruim, muito pelo contrario, ela faz isso para não ter que dividir o Ramen comigo, dou um grande sorriso, minha mãe é tão doida por Ramén com eu. E ficar pensando em Ramén, tantas vezes me faz ficar com fome, fome de Ramen. Suspiro um pouco e escuto a risada do meu pai. Estou no carro com ele me levando para a escola, ele me olha divertido. Ele é totalmente diferente de minha mãe, mas mesmo assim nunca vi tanto amor em duas pessoas. Eu sorrio para ele. E logo chegamos a escola, eu suspiro um pouco.

-Naruto, por favor, vê se esse ano não apronta muito, não quero ter de acalmar sua mãe todo dia, e ainda ter de conversar com a doida da sua diretora. – Ele me pede, e eu sorrio ainda mais.

-Eu prometo que vou me comportar esse ano pai. TO CERTO – grito, e ele faz uma pequena careta de dor, e eu rio, saio do carro, e me dirijo ao prédio da tortura eterna, ou seja, o colégio.

Já chego um pouco atrasado, e a diretora esta discursando, olho para ela, e vou me desviando aos poucos dos alunos, tentando encontrar meu melhor amigo, Sasuke, mas eu o chamo de Teme, um apelido um tanto “carinhoso”. Rio internamente, por que se fazer isso em auto e bom som, a diretora vai me ouvir, e eu tenho um pouco de medo dela, afinal ela é assustadora.

Não consigo achar o Teme. Então me dirijo para minha sala, e encontro alguns colegas pelos corredores, e como sempre já começamos a fazer bagunça. Entramos na sala sorrindo, e eu olho para a turma e vejo a pequena Hyuuga, e como sempre quando a olho e ela fica vermelha, menina estranha. Os outros a tratam mal por ser tão “sabe tudo”, mas eu a admiro, afinal ela é muito inteligente e doce, apesar de ser um poço, bem fundo, de vergonha.

Logo o professor chega a sala, e como sempre fala sobre a minha pessoa, eu sorrio para ele, sei que isso o irrita, e como sempre ele inventa de trocar os lugares, me coloca na frente ao lado da Hyuuga. Eu vou, mas me viro para trás, o assunto tava bom e eu não quero acabar com ele. Até que sinto alguém me pegando pela camisa e me virando para frente, é o chato do professor, que adora ficar pegando no meu pé. Eu me viro, mas fico um tanto emburrado. Esse professor é um chato e sua matéria chega a ser mais chata que ele. Pelo menos ele fez algo bom, pelo menos para mim. Afinal com a pequena Hyuuga aqui, fica mais fácil de eu colar. É esse ano eu passo. TO CERTO. E quem sabe, não acabo ganhando uma amiga? 

O Senhor Avareza

Sou acordado por uma empregada, e logo depois desço para ir para o colégio, a minha prima já foi com o Ko, o motorista da família principal. Na verdade o motorista particular da Hinata. Fecho minha mão um pouco irritado, ela tem tudo, mas mesmo assim é fraca. Fraca e frágil demais para qualquer coisa, juro que algum dia é capaz de um vento forte levá-la. É a herdeira do clã, mas mesmo assim não se comporta como tal. Talvez eu devesse ser mais amoroso ou protegê-la mais, porem acho que ela tem de aprender a se virar sozinha. Por que até Hanabi, minha prima mais nova, é mais forte que ela. É uma lastima saber que todo o “império Hyuuga” esta nas mãos incompetentes da minha prima.

Vou para o mesmo colégio que ela, mas nunca estudei na mesma turma, e esse ano não foi diferente, na verdade me colocaram junto de um bando de idiotas, entre eles uma menina excluída, a Mitsashi uma garota que tem má fama, e é extremamente anti-social. Não sei por que, mas toda vez que eu a vejo tenho uma vontade quase incontrolável de falar com ela. Porem não faço isso. O motivo, eu nego até para mim mesmo. Ela é um enigma para mim, feroz, fria, ao mesmo tempo em que é muito triste.

“Como alguém pode ser considerada fria, se mostra sentimentos?”

E tem dias, que quando a vejo, parece que fito um espelho. O mesmo vazio no olhar, a mesma expressão fria, de quem sofreu muito, ela acaba com minha proteção. E por isso não gosto nenhum pouquinho dela. Vou para a minha sala um tanto perturbado pelos pensamentos confusos que estou tendo.

 Sento um tanto longe da fonte desses pensamentos. O professor chega e começa a trocar os alunos de lugares, e ele me coloca no lado do meu tormento pessoal. Vou até meu novo lugar, e ela parece tão perturbada com isso, quanto eu. Não posso evitar dar um sorriso, ela me olha torto, como se me perguntasse o porquê de eu estar sorrindo. E isso aumenta meu sorriso, sento e olho para frente. Talvez esse ano seja interessante.

O Senhor Preguiça

Como todos os dias, acordo quando minha mãe me derruba da cama, mas hoje ela me acordou mais cedo, só por que eu tenho que ir para a escola. Tudo bem que é necessário estudar, mas não sei por que eu tenho de ir tão cedo assim, tomo meu café quase caindo de cabeça no prato de comida, o que faz minha mãe ficar mais irritada comigo. Eu saio de casa e vou a pé para o colégio, demoro uma meia hora, mas pelo menos eu posso ficar olhando as nuvens pelo caminho, e hoje o céu está muito bonito e calmo.

Chego à escola e já me dirijo à sala que pelos meus cálculos, será a que eu vou estudar, sento em uma cadeira do canto me debruço sobre ela e fico olhando para fora, quase dormindo. Fico sozinho durante um tempo, e daí começam a chegar meus colegas, todos conversando bobagens, e eu continuo aqui olhando para o céu. O professor chega  e começa a arrumar os lugares. Até que chega uma aluna que para mim é um tanto especial. A problemática das problemáticas. A Sabaku no Temari, uma loira muito bonita, mas também muito anti-social e neurótica, não sei por que eu sempre vejo um lado doce nela. O professor como sempre a trata mal, e ela como sempre o olha com uma expressão maligna, mas ele não deixa espaço para ela revidar. E a manda sentar ao meu lado, eu sinto um pressentimento passar por mim.  Esse ano vai ser bem problemático.