Clube Do Livro escrita por pituthuca


Capítulo 6
Decoração


Notas iniciais do capítulo

agradecimentos muito especiais a:
UchihaMary, saki-chaaannn,Juuh-Hyuuga,natty13uchiha, gaby-sempai24, Ro_Matheus, GogetoSenju.
muito obrigada mesmo
estou muito feliz q a história esta agradando.
e vamos a mais um cap. dessa vez a ultima menina mostra como é seu dia.



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INO


–Senhorita Ino, você tem de acordar, ou vai se atrasar para o primeiro dia de aula.

Eu acordo e olho para minha empregada que já sai de meu quarto, deixando meu uniforme em cima do sofá. Olho para o relógio, ainda tenho meia hora pra ir, esta na hora de eu começar a me arrumar. Levanto e vou tomar um banho, saio só de toalha, direto pro meu closet. Molhando o chão, não me importo, de todo e qualquer jeito, quando eu chegar já vai estar tudo limpo. Seco meus cabelos e os amarro, em um rabo de cavalo alto, com minha franja tampando um dos meus olhos azuis. Olhos esses que me mostravam o quanto eu era parecida com meus pais. Então por que eles simplesmente não se importavam comigo? Sempre foi a pergunta que eu fiz minha vida inteira. Até hoje não obtive uma resposta.

Vou até meu quarto e visto a “maravilha” que é meu uniforme, uma coisa sem moda e sem vida, mas obrigatório, depois de vestida, pego minha mochila, e desço para tomar café. Encontro a mesa como sempre impecável. Minha mãe esta arrumada para algum evento, e falava no telefone sem parar um minuto enquanto olhava para as próprias unhas. Meu pai estava assistindo, um canal sobre a bolsa de valores, enquanto tomava seu café. Eles nem sequer me disseram bom dia, e eu já nem tentei, seria perda de tempo e saliva.

E ai eu chego à mesma conclusão de sempre: Eu era apenas a decoração daquela casa, um bibelô qualquer, minha mãe não se importa, quem dera meu pai soubesse que eu existo, pra ele a única coisa é trabalho atrás de trabalho. Para eles, eu sou uma peça útil, apenas mais um adorno de sua mansão. E é essa triste verdade é que rege minha vida, penso enquanto engulo aquele mingau que minha mãe dizia que me fortalecia, ou emagrecia,sei lá. Eu quero é poder comer o que eu quiser.

– Ino querida, você terá de ir a pé hoje, eu vou sair e preciso do motorista e seu pai vai levar o carro, e como ele sair um pouco depois que você não tem como lhe levar no colégio. Não há problema. Há? Você já tem idade suficiente pra ir sozinha. – Minha mãe me perguntou com sua costumeira voz calma. Ela falava enquanto digitava outro numero no telefone. Eu sei que terei de ir a pé, não me resta outra escolha mesmo. Levanto-me em silencio, dou um beijo em meu pai, pego minha mochila e vou para a escola.

Enquanto caminho pelas ruas da pequena e pacata Konoha, eu me pergunto, o porquê das coisas serem assim. Eu tenho mais dinheiro do que posso contar, sou mais saudável do que o recomendável, qualquer coisa que eu queira é só estralar os dedos. Mas isso não me basta, por que a única coisa que eu quero e sinceridade e carinho, coisa que se eu usar meu dinheiro para consegui não vão ser verdadeiras. E eu já estou cansada de falsidade. Muitos acham que o dinheiro trás felicidade, não sabem como estão enganados, e eu posso provar minha teoria,é só fazer uma autobiografia. Respiro fundo, tentando segurar minhas lagrimas a contidas a algum tempo. Olho para os lados tentando buscar um pouco de paz. Não a encontro.

A cidade é pequena, quase uma vila, ao lado de um grande centro, então todos se conhecem, e mesmo sem conhecer nos julgam pelo o que ouvem, bom o que ouvem de mim não deve ser nada bom, considerando que todos se afastam quando eu chego perto. Um dia perguntei a uma menina o porquê disso. Ela me respondeu que “meu dinheiro não compraria nada que lhe pertencesse. E que eu podia ter o “rei na barriga”, mas que mesmo assim ela não se importava comigo.”

Depois disso, não cheguei perto das pessoas, e quando eu passo elas sussurram coisas desagradáveis, as quais eu já me acostumei, e simplesmente evito escutar. Metida, orgulhosa, entre outras coisas. Coisas tão verídicas quanto os peitos de minha mãe, sim é silicone. Mesmo que ela negue isso pro resto da vida.

Enquanto caminho, vejo os Sabaku passando, Temari é mais velha que eu, e tão excluída quanto, o irmão dela é um dos valentões idiotas do colégio, ruivo com os olhos verdes,lindo porem é um ser frio e arrogante, enquanto a irma é esquentada, muitos a chamam pelo corredores de “Temacho”, o que eu acho muito ridículo, ela passa pelas mesmas coisas que eu mas mesmo assim, nunca tive coragem de chegar perto dela. Suspiro. O medo de ser rejeitada é maior que a necessidade de uma amizade verdadeira.

Por isso tenho meu diário, ele não pode me dizer o que fazer, não diz como devo ou não me comportar, não me humilha, não briga comigo, me escuta e o mais importante não importa quanto dinheiro eu tenha, ou eu deixe de ter, ele não vai me rejeitar por causa disso. Porem também tem seu lado negativo, ele não me diz que me ama, não me abraça quando eu preciso, não seca minhas lagrimas e nem me da nenhum conselho, suspiro, mas ele sempre foi o mais perto de um amigo que eu conheci.

Levo uns vinte minutos e chego à escola atrasada, a diretora esta discursando como em todo o primeiro dia de aula, mas quando eu entrei, ela me olhou de uma maneira diferente, como que me analisando, me arrepiei e fui “esconder-me” em algum lugar. Aquela diretora era maluquinha da silva, eu é que não vou me meter com ela. Escondo-me no lugar de sempre, um jardim quase isolado. Depois de uns vinte minutos, vou para o pátio bem na hora em que me chamam. Minha sala esse ano, era a 1º D, então me dirijo rapidamente até lá, para pelo menos pegar um lugar isolado, como o canto da parede. Onde eles não teriam como me jogar bolinhas de papel pelas costas.

Chego à sala, e dou de cara com o ruivo, o Sabaku estava na mesma sala que eu. É eu já percebi que esse ano esta uma “maravilha”, sarcasmo me ajuda nessas horas desesperadoras. Respiro fundo e entro, tentando ao maximo ser invisível já que ele esta dormindo na carteira que fica ao lado da janela.

–Eu já vi você loira, não adianta ficar andando pé ante pé, você me acordou a hora que entrou com esse seu jeito de patricinha destrambelhada. – Não sei o porquê, mas o que ele me falou me magoou profundamente. Parei de andar calmamente e fui para a carteira que eu queria, bem longe daquele menino que me atormentava tanto. – Eu não mordo sabia? – Ele me perguntou, ainda estava com a cabeça abaixada. Eu só conseguia escutar sua voz abafada, não via o rosto dele, mas mesmo assim consegui ver que ele ria de mim.

“Grande novidade ele ri de todo mundo.”

Mas agora eu fico em um impasse, se eu o ignorar estarei provando que eu era uma metida orgulhosa. Porem o que eu vou responder? Porem, graças a kami, os outros alunos entraram na sala, me tirando dessa saia justa. Finalmente sento no lugar que eu quero, coloco meus materiais em cima da mesa, e espero o professor entrar na sala. O que não demora muito.

–Sejam bem vindos queridos alunos, vamos começar esse ano, colocando-os em lugares apropriados. – Ele fala animado, e eu realmente tenho medo do que ele define com “apropriado”. E como sempre quando as coisas são ruins eu estou certa. Ele olha pra mim, e pensa um pouco depois da a minha sentença. – Senhorita Yamanaka, sente na janela, a frente do senhor Sabaku. – Ele fala e toda a turma olha pra mim, eu engulo em seco e começo a tremer um pouco, pego minhas coisa e me dirijo ao meu lugar.

Que até então, era de uma das lideres de torcida, Matsuri, uma das meninas que mais me odiava nesse colégio. Ela estava sentada mascando o chiclete de sempre me olhando com arrogância e nojo.

–Senhorita Matsuri, por favor, ceda o lugar a senhorita Yamanaka- o professor fala e ela se levanta a contragosto e ao sair, me da um pequeno empurrão, eu fecho minha mão, tudo tem limite, mas para minha sorte ninguém vê que estou ameaçando o protótipo de Barbie paraguaia. Sento, e sinto alguém me cutucando, olho para trás e o ruivo olha para mim com um sorriso um tantinho sádico. Preciso dizer que eu me arrepiei? É esse ano vai ser bem longo.


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Notas finais do capítulo

mereço reviews?
bom nao sei se esse cap ficou bom, comparado aos outros. a Ino, por ser toda patricinha, é muito difil de se trabalhar como excluida.
bom, espero q gostem.
amanha tem mais.
beijos S2
ja ne