Clube Do Livro escrita por pituthuca


Capítulo 23
Familias Perfeitas?


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos especiais á:
naruhinaruth, Ana Chan, hanna44, lilihsasunaru, hina_hyuuga, hinata uzumaki hyuuga, samantinha, sakura13, GogetoSenju, Leregite, saky_flower, inosinha1001, Jeh Srta HyuUga Hatake, saki-chaaannn.
E um super agradecimento a:
saphira_ca
muito obrigada pela recomendação
Helow minna. :-)
Antes que tentem me matar pela demora dêem uma lida no cap
E a propósito, quem tem tendências homicidas, se preparem porque vocês vao querer matar alguem. (tomara que não seja eu)



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TENTEN



Mais um dia que tem tudo para ser maravilhoso, se não fosse o fato de eu esta indo para a diretoria novamente, é claro que isso não me incomoda, pois nossa a diretora se tornou uma amiga, ou muito mais que isso ela se tornou uma mestra para mim e para as meninas. As minhas amigas, é tão estranho pensar desse jeito, ainda vai levar um tempo para me acostumar com o fato, que eu realmente tenho pessoas do meu lado com quem posso contar.

Finalmente chegamos à sala da Tsunade, todas nós entramos sorrindo, sentamos em nossos lugares, e esperamos a diretora falar.

–Meninas eu as chamei aqui, por que esta na hora de falar com seus pais. – Tsunade falou séria e um frio subiu a minha espinha. A alegria minguando e o sorriso morreu.

–Isso é mesmo necessário? – Sakura perguntou pouco a vontade com a situação assim como todas nós.

–Receio que sim, mas não se preocupem não pode ser tão ruim não é mesmo?- Vovó perguntou com um sorriso encorajador.

“Você não tem idéia de como vai ser ruim e difícil.”

Um medo me toma, eu sei como meus tios vão agir e não vai ser nada agradável, e bonito, muito pelo contrario, será grosseiro e desnecessário, eles serão extremamente agressivos e nojentos, muito mais que o comum. Suspiro temerosa, e olho pelo canto de olho para as meninas, eu não quero perder minhas amigas, mas por mais que eu queira ter certeza que isso não vai acontecer o temor me toma, isso já aconteceu antes, e mais de uma vez, não sei se eu conseguiria suportar tudo novamente. A dor, o abandono, e a rejeição, suspiro de novo, eu tenho de confiar que as meninas vão conseguir segurar a barra, tenho de confiar que elas são mesmo minhas amigas, e que elas não vão se importar em o que meus tios vão falar, e como eles vão se comportar, por que eles com certeza vão se insuportáveis.

– E outra coisa, nós não vamos começar reformar a casa enquanto seus pais não autorizarem o fato de vocês passarem à tarde comigo, por que seria muito estranho vocês sumirem todas as tardes, não concordam? – Vovó pergunta e nós acenamos afirmativamente com a cabeça, mesmo sendo necessário não significa que vai ser bom. - Bom hoje à tarde vamos visitar seus pais, agora vão para suas salas de aula antes que os professores resolvam punir vocês. – Ela termina de falar.

Suspiro e levanto-me junto com as meninas, todas vamos para as respectivas salas, em silencio, dessa vez não há brincadeiras, não há clima para isso, eu pelo menos estou extremamente nervosa com o que possa acontecer hoje.

Olho para as meninas analisando-as, será que elas são fortes o suficiente para agüentarem meus tios? Temari provavelmente vá socar a cara deles, Ino vai ignorá-los, pois já tivemos uma conversa sincera e ela sabe que o que eles dizem é mentira, Sakura é imprevisível, e Hinata... Bom, como a doce menina vai se comportar ao ter de ficar frente a frente com aqueles monstros que eu tenho como parentes? Suspiro novamente, de toda e qualquer maneira vou descobrir logo.

“Espero do fundo do meu coração, que elas sejam fortes.”

Fiquei o resto da manha me martirizando com isso, criando as mais malucas soluções para esse problema, eu sei que isso é desgastante e inútil, mas não posso evitar fazê-lo. O tempo passou como sempre, devagar. O sinal da saída bateu, e eu finalmente fui para casa, ou melhor, para meu purgatório particular. Cheguei em casa, e comuniquei aos meu tios.

–A diretora vai vir aqui hoje, ela quer falar com vocês. – Eu digo, sendo clara e direta, enrolar não faria as coisas melhorarem.

–E o que aquela velha maluca e interesseira quer aqui? – Minha tia falou com sua voz de taquara rachada, eu fecho meu punho irritada com a forma a qual ela se referiu a Tsunade, porem minha tia sempre achou que todo mundo é interesseiro igual a ela.

–Quer falar com vocês, apenas a recebam. – Falei e me retirei, eles não teriam muita escolha a não ser receber a diretora, afinal eles querendo ou não, era um dos deveres deles. Suspirei e subi para meu quarto, não estou com fome, pelo jeito o nervosismo esta me afetando.

Duas horas da tarde, e meus tios estão sentados no sofá com suas carrancas, eu olho para eles de braços cruzados, Sai foi sair com os amigos dele, ou seja, foi infernizar alguém. A campainha toca, eu respiro fundo e vou atender a porta, minhas amigas e Tsunade me brindam com um sorriso e eu o retribuo.

–Entrem, por favor. – Convido-as, nervosa, o sorriso tremendo assim como minhas mãos, a minha garganta esta seca, e o medo dilacera meu coração. – Sente-se – Falo com dificuldade me controlando para não gaguejar. Aponto para o sofá, que fica em frente de onde os meus tios então sentados.

–Boa tarde Sr. e Sra. Mitsashi. – Tsunade cumprimenta. E recebe olhares nada calorosos como resposta.

–Boa tarde Sra. Senju, o que veio fazer aqui? – Meu tio pergunta um tanto azedo, e minhas bochechas avermelham de vergonha, ao ver a falta de hospitalidade deles.

–Vim pedir sua autorização para sua sobrinha, passar as tardes comigo, fazendo parte de um clube. – Tsunade falou, sendo direta, sem se intimidar por meus tios. Nunca me senti tão orgulhosa de uma pessoa.

–E por que eu daria autorização, para essa vagabunda participar de um clube com outras da mesma laia que ela? – Meu tio falou. Eu fechei meus punhos com raiva, minhas bochechas vermelhas de vergonha, e meus olhos ardendo de lagrimas de ódio, por tudo o que meu tio estava destruindo. Olhei para Tsunade, ela esta com a veia saltada na testa, e é claramente visível o quanto ela tenta se controlar.

–Danzou, se você pensa que ofendendo a mim e as minhas alunas, vai conseguir seu intento, esta bem enganado. – A diretora fala, com a voz controlada, e eu arregalo meus olhos, pelo modo como ela falou o nome do maldito do meu tio.

–Tsunade, não deveria me tratar desse jeito. – Meu tio desdenhou com um sorriso cínico em seu rosto. – Sabe muito bem o que aconteceu da ultima vez. – Ele falou como se ameaçando.

–Sei sim o que aconteceu. Você foi correndo para seu irmão inventar alguma mentira. – Tsunade falou, rindo.

–Você não pode vir na minha casa, trazer esse bando de arruaceiras, mal vestidas e que não tem o mínimo de educação, e ainda pedir que eu deixe, essa maldita menina, fazer parte de um clube de sem vergonhas sem nenhum propósito na vida. – Danzou falou, e eu quase o soco, as meninas parecem completamente abismadas, irritadas e ofendidas, e ao olhar para elas eu me sinto a ultima das criaturas. Até Tsunade parece estar sem palavras, diante de tanta ofensa gratuita. Eu realmente quero chorar e pedir desculpas, porem um sentimento de impotência me toma, e eu também fico sem reação, até escutar uma voz doce se pronunciando veemente.

–Olhe aqui senhor Danzou, pelo o que eu sei de leis, você não tem direito algum de mandar na vida da senhorita Mitsashi, você não é guardião da moça, ou se quer o responsável pela mesma, é apenas um homem que age como se fosse dono dela. E pelo o que eu sei, o senhor bem que poderia ser processado por maus tratos. – Danzou arregalou os olhos - E com sua licença acho que esta na hora de nos retirarmos, afinal você não responde por ela, então perdemos nosso tempo vindo aqui, iremos aonde realmente temos de ir, ou seja, vamos conversar com o seu pai Tenten. – Hinata falou deixando todos de boca aberta apenas a olhando. Vimos que ela se levantou e se dirigiu a porta, e nós fomos atrás dela, completamente abismadas, até mesmo a vovó não acredita no que esta vendo, quando chegamos à rua a Hina parou para nos esperar. E eu vi sua mão tremendo enquanto ela suspirava repetidas vezes.

– Aonde você aprendeu isso tudo? – eu perguntei. Na verdade queria ter perguntado, onde ela tirou coragem para enfrentar meu tio monstro.

–M-meu tio é advogado. E eu vivia lendo os livros dele que ficam na biblioteca, um dia escutei escondida ele ensinando meu primo a como agir, naquele dia não dei muita importância ao que ele estava ensinando, apenas escutei tudo com certa pena de meu primo estar sendo ensinando a ser frio. Hoje quando eu vi que seu tio só estava tornando as coisas difíceis de propósito, lembrei de algumas leis que eu li, e de como eu deveria agir. Fiz tudo por meio de impulso. Estava com raiva dele e sem paciência. Desculpem-me. – Ela falou tudo num fôlego só se acalmando aos pouco, ao mesmo tempo em que parecia cada vez mais culpada. E ela começa a olhar para baixo e a brincar com os dedos.

–Não tem problema, você nem deveria estar se desculpando você foi maravilhosa. - Tsunade diz, fazendo com que a Hina a olhe e adquira um ar feliz. – E também evitou que eu pulasse no homem e o espancasse. – Ela terminou fazendo com que as outras sorrissem e eu me senti mais uma vez envergonhada e triste.

–Desculpe vovó, e desculpe meninas, vocês não deveriam ter sido tratadas daquele jeito por meu tio, eu sinto muito mesmo que vocês tenham passado por isso. – Eu olhe para baixo infeliz. Até que senti braços me rodeando, olhei para a pessoa que me abraçava e me deparei com o sorriso doce da Hinata.

–Você também não tem culpa de nada Tenten, esses miseráveis é que tem culpa e não você. – Tsunade falou, e a olhei agradecida, o peso da culpa se aliviando aos pouco do meu peito. – e agora esta na hora de irmos enfrentar os Harunos. – Ela diz olhando para a Sakura com um sorriso.

–Não vai ser fácil. – A rosada fala com um sorriso triste.

–Não penso que seja. – Tsunade responde colocando a mão no ombro da rosada para lhe dar força e coragem.


Estamos à porta da casa da Sakura, se é que isso pode se chamar de casa, eu chamaria de mini mansão, a casa é bonita e grande, com varias arvores de cerejeiras, agora eu sei de onde veio à inspiração para o nome da rosada. Eu a olho e ela esta tão nervosa quanto eu estava, será que ela passa por algum problema de família?

–Pessoal não liguem para o que meus pais possam falar. – A rosada fala com uma voz triste.

–Não se preocupe Sakura, pior que meus tios ele não pode ser. – Falei há animando um pouco. – E qualquer coisa nossa advogada te defende. – Terminei olhando para a Hinata que esta vermelha dos pés a cabeça, a rosada sorri. E abre a porta entrando e dando passagem para o resto de nós.

A casa é tão linda por dentro quanto por fora, cheia de flores, e detalhes rosa, a família da Sakura realmente gosta dessa cor. No sofá da sala, esta sentada sua família, um homem de cabelos relativamente brancos e vermelhos, provavelmente o pai dela, ele nos olha com seus olhos azuis brilhando em desconfiança, do lado dele esta sentada uma mulher com cabelos vermelhos, e olhos verdes, ela deve ser a mãe da rosada, e do lado dela, esta sentada uma jovem de uns dezoito anos, ela tem o cabelo rosa como o da Sakura só que seus olhos são azuis como os do pai.

–Boa tarde Sra. Senju. O que a senhora deseja? – O senhor Haruno pergunta na lata.

–Boa tarde Sr. Haruno Katashi, Sra, Haruno Kasuhiro, e Sayume - Tsunade cumprimenta a todos pelo nome, parecendo ser bem intima da família. – Eu gostaria da autorização de vocês para a Sakura fazer parte de um clube que eu estou montando. É um clube sério, que poderá ajudá-la a se socializar, e como parte do clube, ela vai ter de ficar as tardes que alguns fins de semana comigo, e com as meninas. – Tsunade falou, apontando para nós, assinalando todas as qualidades do clube. O que eu achei digno de nota. A nossa diretora bem que poderia se atriz.

–Eu não sei bem se isso vai ser bom para a Sakura e... - O senhor Haruno começou a falar porem foi interrompido.

–Você vai deixá-la sim, fazer parte desse clube, e nem pense em discutir, pelo menos desse jeito ela arruma amigas, mesmo que essas amigas devam ter problemas que nem a nossa Sakura. – A mãe da Sakura fala, mandando no marido, com uma expressão de “não me contrarie ou você sofrerá as conseqüências”.

Pêra aí! Problemas? Tudo bem que a Temari é meio louca, a Ino é Patricinha demais, a Hina é tímida demais, a Tsunade é peituda demais, e eu sou fria demais, mas problemas? Isso é calunia e difamação.

“Correção: Com a Temari não tem meio termo. Ela É louca. Louca demais.”

–Bem então vocês autorizam a Sakura, fazer parte desse clube? – Tsunade pergunta. E todas nós olhamos para o senhor Haruno esperançosas.

–Bem, já que é um clube com tantas qualidades, é claro que deixo. – Ele fala e da um pequeno sorriso. – Com a condição de que todas as participantes sejam meninas, e que todas elas façam exames psicológicos. – Ele termina de falar, e todas nós abrimos a boca, espantadas.

–C-como? – Temari se recupera um pouco e pergunta.

–É um direito meu pedir isso. Primeiro porque não quero a Sakura perto de nenhum garoto, segundo porque não a quero perto de nenhum tipo de pessoa que tenha algum distúrbio. – O senhor Haruno fala como se fosse uma coisa obvia. Como se ele não estivesse nos ofendendo.

–Sinto muito meninas. – Sakura resmunga, quase chorando.

–Esta vendo? – O pai dela pergunta. – Minha filha é fraca e não tem iniciativa, ela é inocente e não sabe se defender, é obvio que precisa estar com pessoas certas, precisa de amigas fortes, e não de tolas que ficam com essas caras de retardadas. – Ele fala, e meu olhar passa de abismado para completamente irritado. Fecho minha mãos em punho e antes que eu comece a falar Ino se pronuncia.

–Você esta completamente errado, espero sinceramente que um dia o senhor perceba isso. – Ela fala com a voz calma, um pouco triste, e ao mesmo tempo séria. – Tsunade, ele já deu a autorização, esta na hora de irmos à próxima casa. – Ela fala olhando para a diretora que concorda com a cabeça.

– Certo. Vamos meninas. – Tsunade fala se levantando. – Tenham um bom dia. – Ela deseja e vamos em direção ao carro.

–Eu realmente sinto muito meninas. – Sakura fala, deixando uma lagrima escorrer pelo rosto, lagrima que ela enxuga rapidamente.

–Você é tão culpada quanto a Tenten, ou seja, não tem culpa alguma. – Tsunade respondeu. E entramos no carro. Indo em direção a casa dos Hyuuga.


Estamos em frente da casa da doce Hinata, na frente da mansão majestosa. Que ela chama de lar, mas para mim parece tudo opressivo, é grandioso demais ao mesmo tempo em que é fria demais, com certeza a casa é feita para que os visitantes que sintam inferiorizados. Espanta-me que a menina mais doce de nós tenha crescido em um ambiente desses. Hinata esta com a cabeça abaixada e não para de brincar com os dedos, vou até ela, e lhe abraço.

–Calma Hina, vamos todas estar ao seu lado. – Falei lhe sorrindo, ela deu um sorriso nervoso.

–Meu pai, é... Ele é difícil... – Ela falou como se procurasse uma palavra que o definisse.

–Pelo o que eu conheço sua família, ‘difícil’ é apelido. – Tsunade resmungou, e a pequena Hyuuga se encolheu um pouco.

–Bom vamos enfrentar a fera ou ficar aqui fora? - Temari perguntou. Hinata a olhou, e Temari sorriu, ela arrumou-se, e foi em direção a porta, nos convidando a entrar. Uma empregada veio nos atender, e Hinata falou para chamar seu pai.

–Diga a ele, que a Sra. Senju o aguarda no escritório. – Hinata fala, e a empregada vai atrás do senhor Hyuuga, enquanto nós vamos para o escritório, que como tudo na casa é frio, sem sentimentos. Esperamos um dez minutos, completamente nervosas, até que o senhor Hyuuga chega à sala, irritado.

–O que quer Tsunade? Sabe que eu sou um homem ocupado. – O ele, já chega falando e se senta na cadeira giratória do escritório. Aquela que fica atrás da escrivaninha.

–Quero sua autorização, para ficar com sua filha nas tardes, e possivelmente em finais de semana, estou montando um clube de leitura e ela se encaixa nos moldes pedidos para tal coisa. – Tsunade responde também sem rodeios.

–E por que eu faria isso? – Ele pergunta debochando da diretora.

–Por que vai ser bom para ela. Ela vai se socializar e... – Tsunade começa a responder porem o senhor Hyuuga a interrompe.

–Uma coisa boa, é uma coisa que a faça se tornar forte, e não se socializar com qualquer um, minha resposta é não, ela tem muito que estudar e aprender em como ser uma Hyuuga verdadeira, não têm tempo para essas bobagens de clubes adolescentes. Se me da licença, você já desperdiçou meu tempo. – O pai da Hina fala duro, e a cada palavra a menina doce se encolhe.

–Não vou dar licença, você vai sentar quieto ai e vai me escutar até o fim. - Tsunade fala em um tom duro, completamente irritada. A frase saindo como um chicote, e o senhor Hyuuga manteve-se onde estava. - Acho que eu ajudei na sua educação o suficiente para que você saiba que foi extremamente grosseiro e presunçoso. - Ela respira fundo. – Agora Hyashi, minha proposta é a seguinte eu vou tornar sua filha mais forte, se é isso que você deseja, e para conseguir isso ela entrará no clube. Usarei meus métodos, e você não vai interferir nisso, estamos entendidos? – Vovó termina de falar olhando para o Senhor Hyuuga, séria, como se desafiando ele a contestá-la. Ele olha para ela por um minuto como se para ter certeza dessa proposta, e de Tsunade esta realmente o mandando fazer isso.

–Certo Tsunade, quem sabe seus métodos resolvam alguma coisa, por que eu já desisti. – o Senhor Hyuuga responde, estraçalhado com suas palavras a Hinata, que fecha as mãos e começa a se concentrar em um ponto no chão. – Ela esta liberada para fazer parte desse clube. – E ele se vira para a filha. - E Hinata vê se não me decepciona ainda mais. – Ele termina de falar e ela apenas acena afirmativamente com a cabeça baixa.

Hinata se levanta e sai do escritório, sendo seguida por as outras meninas e por mim, porem quando estou saindo pela porta escuto uma coisa bem interessante.

–Hyashi, você se tornou um monstro, você deveria sentir vergonha de si próprio. – Tsunade fala – Um dia você vai se arrepender amargamente de agir assim com sua própria filha, eu sinceramente acho que esta na hora de você agir como um pai, e não como um carrasco. – Tsunade termina, deixando a sala, e o pai da Hina completamente abismado, com a boca aberta, tomara que essas palavras o façam acordar para vida.

Vovó passa por mim, e me pisca o olho, escondendo um sorriso, eu pisco de volta. Sinto muito orgulho de ter Tsunade como uma mestra, por que ela acabou de colocar um Hyuuga no lugar dele. Falando em Hyuugas vejo uma figura conhecida descendo as escadas, essa figura é cabeluda, metida e fria, adivinhem quem é?

–O que você esta fazendo aqui? – Hyuuga Neji me pergunta curioso e espantado com o fato de eu estar na casa dele.

Eu apenas o ignoro sigo as meninas para fora, ainda temos outros pais para enfrentar. Um sorriso brinca em meus lábios.

“Ignorei o clone barato do chupa cabra.”

Entro no carro sendo a ultima, e Tsunade manobra do jeito maluco dela, dessa vez vamos para a casa da Ino.


Estamos em frente da casa da Ino e aqui tudo é majestoso. A mansão é elegante e ostensiva. Enorme e branca com detalhes em dourado como para mostrar riqueza. Qualquer um que entre aqui se sente pobre, eu pelo menos estou me sentindo assim.

–Minha mãe gosta de mostrar que é rica, não liguem para as bobagens que ela vai dizer, ela esta mais preocupada com a manicure que não veio hoje, então ela estará irritada. – Ino nos avisa na porta da entrada.

–INOOOOO, É VOCÊ QUE ESTA AI? VOCÊ NÃO TEM IDEIA DA TRAGÉDIA QUE ACONTECEU!!! – Escutamos os gritos enquanto entravamos na luxuosa mansão.

–Mãe essa é a diretora e minhas amigas, Tsunade-sama veio falar com a senhora. – Ino explicou enquanto a mãe descia as escadas, em um salto 15, com roupas da ultima estação.

–E porque você não me avisou antes? – A mãe da Ino perguntou, dirigindo a filha um olhar de indignação.

–Mas eu avisei... – Ino começou a explicar, porem foi interrompida.

–Não importa, vamos para a sala, assim vocês ficam mais confortáveis. – A mãe da Ino disse, até que parece ser legal. Entramos na sala, como o resto da mansão era luxuosa. – Bem, vamos direto ao assunto, não tenho muito tempo para desperdiçar com besteiras. – Ela falou se sentando. E eu tive senti um gosto amargo na boca, ao lembrar que eu achei que essa mulher era legal, ela pode até ser, o problema é que ela não se importa nenhum pouco com a filha.

–Eu vim aqui, pedir sua autorização para a Ino fazer parte de um clube de... – Tsunade começou, mas a mãe da Ino a interrompeu.

–Não! Ino não vai fazer parte nenhum clube que não seja algum de estrema importância. – Ela falou, já se levantando.

–Mas isso pode fazer bem para a sua filha e... – Tsunade tentou novamente.

–Olhe aqui minha senhora, acho que você não pode me dizer o que fazer com minha filha, ainda mais sendo você uma irresponsável. – A senhora Yamanaka interrompe novamente.

–Irresponsável? – Eu pergunto com uma sobrancelha arqueada.

–Sim irresponsável, que tipo de pessoa com um mínimo de responsabilidade, coloca silicone nessa proporção? – A mãe da Ino fala como se fosse uma coisa lógica, apontando para os enormes peitões da Tsunade – E a propósito senhora quem foi o seu cirurgião? – Ela pergunta.

“Sinal de alerta, sinal de alerta, as próximas cenas serão fortes demais para meus olhos.”

–Mãe, por favor... – Ino pede a mãe, com as bochechas completamente vermelhas.

–Esta certo, pode fazer parte desse clube, mas depois não diga que eu não avisei, essas meninas só vão ficar do seu lado por interesse, acho bom você cuidar bem da sua aparência, porque quando você não for bonita, elas te deixarão. – A mãe de Ino falou amarga, e se retirou.

–Pelo menos ela autorizou, - Temari falou, olhando para a outra loira.

–Não é verdade o que sua mãe disse Ino, mesmo que você esteja careca, gorda, com as roupas do ano passado e com as unhas um lixo, mesmo assim nós estaremos do seu lado. – Sakura falou, com um sorriso, e Ino franziu o nariz.

–Então quando eu chegar nesse estado você me mata? – Ino perguntou, sorrindo, e todas nós gargalhamos.

–Agora vamos enfrentar o Sr.Sabaku. – Tsunade falou, indo em direção a saída.

–Temos mesmo que fazer isso? – Temari resmungou.

–Você sabe que sim, então vamos logo Tema. – Eu falei empurrando ela para a saída, e ela suspirou resignada. Esprememos-nos novamente no carro saímos.

E finalmente chegamos a ultima casa, correção na ultima mansão. A casa dos Sabaku. Aqui as coisas parecem tristes e sem vida, como se a tudo morresse aos poucos, o jardim esta abandonado, como se ninguém cuidasse dele a alguns anos.

–Alguma de vocês não é muito rica? – Tsunade pergunta ao olhar para a mansão.

–Se fossemos pobres, não estudaríamos no seu colégio. – Temari responde com um sorriso. E desce do carro.

Vamos todas atrás dela,ela abre a porta e damos de cara com uma casa, quase magnífica, porem morta, é como se ninguém se importasse com ela, é como se tudo envelhece-se e morresse aos poucos.

–PAIIIIIIIII!!!!- Temari grita, e depois de um dois minutos, um senhor ruivo, desce as escadas.

–O que você quer Temari, você sabia que hoje é um dia importante, e atrapalhou meus negócios, espero que seja realmente importante. – O senhor Sabaku, fala reclamando.

–Na verdade, ela atrapalhou seu dia por minha causa. – Tsunade se manifesta.

–O que foi que ela fez dessa vez? Em quem ela bateu? – Ele pergunta, olhando acusatoriamente para a filha. Noto que ele evita olhar para o resto de nós.

–Na verdade nada, só vim pedir sua autorização para sua filha fazer parte de um clube de leitura. – Tsunade fala, e o Senhor Sabaku a olha desdenhando. Depois da de ombros.

–Duvido que você consiga fazer essa menina ler. Mas por mim é indiferente, ela pode entrar nesse clube, só me mande o numero da conta, que meu secretario deposita a quantia, agora se vocês querem me dar licença, tenho negócios mais importantes a tratar. – o Senhor Sabaku fala grosseiro. E se levanta se retirando. Sem nem nos olhar por uma segunda vez, Temari abaixa a cabeça, e a vejo fechando as mãos, como se concentrando nelas para não chorar.

–Juro que não sei o que esses idiotas pensam. Tem filhas maravilhosas e se comportam desse jeito. – Tsunade resmungou, e eu segurei meu sorriso feliz. – Bom, esta na hora de fazermos ultima visita. – Vovó falou dando um suspiro cansado.

–Mas diretora nós já visitamos todas as casas. – Sakura pergunta espantada.

–Sim, mas ainda temos de falar com um pai. – Tsunade respondeu olhando para mim. – Você acha que seu pai esta na empresa? – Ela me perguntou.

–Se ele não estiver lá, não tenho idéia de onde esteja, mas acho muito difícil ele estar em qualquer outro lugar, a empresa dele é tudo. – Respondi, escondendo a minha tristeza por ser tão relevante na vida de meu próprio pai.

–Vamos lá então. Onde fica? – Tsunade perguntou.

–Em Suna. – Respondi. Suna é uma cidade vizinha, é pequena como Konoha, porem lá é mais voltado para o setor industrial e empresarial, é uma cidade quase só de empresas e fabricas.

–Eu nasci lá. – Temari comenta.

–Bom vamos de uma vez, antes que anoiteça. – Tsunade fala se dirigindo novamente para o carro.

“Do jeito que a vovó dirige, nós vamos chegar lá em uns dez minutos.”

E eu estava certa, em cerca de doze minutos, devidamente cronometrados, chegamos a porta da empresa de meu pai, e para ser sincera odeio tanto o trabalho dele, que nem sei que tipo de empresa ele tem, e minha vontade é zero de perguntar.

Passamos pela a entrada, e o porteiro me cumprimenta, me deixando subir sem ser anunciada, ele me conhecia, afinal eu costumo vir aqui de vez em quando. Ele nem ligou de eu estar acompanhada, apenas arregalou os olhos, e assinalou com a mão o elevador. Subimos até o ultimo andar.

“Porque a presidência sempre fica no ultimo andar?”

–Emi, meu pai esta? – Perguntei para a secretaria dele. Ela é uma mulher bonita, porem sempre a considerei uma vaca, porque ela sempre tentava me impedir de falar com meu pai.

–Esta sim, senhorita, porem ele pediu para não ser incomodado. E .... – Ela começou a falar, e eu tive de apelar, para meu doce jeito de conseguir as coisas.

–PAAAAAAAIIIIIIIEEEEEEEEE!!!!- Gritei a plenos pulmões, e em dois segundos ele esta em minha frente, tapando minha boca, para eu para de gritar, e eu sorrio.

–Porque toda vez que você vem aqui, eu perco um negócio importante? – Ele me perguntou com um sorriso. E destampou minha boca.

–Talvez porque eu fique gritando como se fosse uma louca, porem Emi, não me deixa falar com o senhor. – Respondo sorrindo ainda mais, com um ar de moleca, raro em mim mesma. Porem convenhamos que nos últimos anos eu não tenha tido um bom motivo para rir.

–O que veio fazer aqui dessa vez? – Ele me perguntou, olhando para as minhas costas e cumprimentando as meninas com a cabeça, e a Tsunade apertando a mão dela.

–Essas são minhas amigas, e essa é a diretora do colégio aonde eu estudo. – Falei, e meu pai ergueu a sobrancelha.

–O que você aprontou? – Ele me perguntou, e eu sorri.

–Ela não aprontou nada, senhor, na verdade só viemos pedir sua autorização, para a Tenten fazer parte de um clube. – Tsunade falou, também sorrindo.

–E porque não foram perguntar para o Danzou? – Meu pai questionou, me olhando intrigado.

–Porque ele não é meu pai. – Eu respondi, e cruzei meus braços, minha expressão mudou um pouco, eu senti aquele aperto triste de sempre, o aperto da solidão, de não fazer parte de uma família.

–Bem...- Meu pai falou encabulado, ele nunca foi um mal pai, ele apenas não conseguiu ficar comigo, quando minha mãe morreu. Ele nunca teve idéia de como me criar, e meus tios se aproveitaram disso. Fingiram ser boas pessoas, fingiram que com eles eu estaria bem, e meu pai com um grandíssimo babaca, acreditou.

“Sorte minha, pensamento serem particulares, senão eu estava frita.”

–Se é assim, você pode fazer parte desse clube, sabe que se precisar de ajuda, me ligue, mandarei um cheque. Agora preciso ir trabalhar, senão perco mais algum contrato importante. – Ela falou e meu deu um abraço. Olhou para as meninas e sorriu. – Foi conhecer as amigas da minha filha, espero que vocês sejam tão espertas como ela. – Ele falou e bagunçou os meus cabelos, e depois foi para a sala dele, e como sempre eu me senti abandonada, meus olhos arderam, e eu respirei fundo. Olhei para as meninas, e fomos cada uma para sua casa, cada uma para seu desafio diário, mas agora temos mais força. Temos umas as outras, e temos a nossa vovó.



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Notas finais do capítulo

Mereço Reviews? Recomendações?*se abaixa das pedradas*
Antes de mais nada. Mil desculpas pela demora, mas passei por um sério bloqueio, o cap estava quase pronto, porem como é um cap tenso, eu simplesmente não conseguia terminar, mas entrei numa fossa e finalmente consegui fazer.
O lado bom, dessa demora, é que os cap estão saindo maiores.( inner: Como se isso justificasse)
Foi um cap, necessário, aoesar de ser para baixo, triste, espero ter conseguido colocar, como as meninas se sentem, principalmente a Tenten, ela nos fins das contas é a que mais sofre,e a que mais vai sofrer. (Inner: Spoilersssss, novamente, se controla menina)
Tenho noticias boas e ruins.
Estou com net o/ e meu PC ta arrumado, porem ainda estou com um certo bloqueio, e ainda tenho de refazer os cap perdidos, já que a burra aqui, só tinha salvado metade num pen-drive.
Eu sempre envio uma mesagem de atualizaçao, quem nao quizer receber avisa. e quem quizer manda review*leva casetada*
Bom por enquanto é só.( Inner: você fala demais)
Beijos S2
Ja ne