Bella PDV

Eu encarava Mike, esperando ele começar a falar. Ele estava nervoso.

–Bom , eu sei que você esta curiosa e na verdade você já sabe...- ele sorriu – Mas não sei por onde começar...

–Mike pode falar, seja o que for .- o encorajei. Ele suspirou.

–Eu não quero parecer que estou te pressionando nem nada...Mas é que agora que o Luke esta melhor e em casa , eu gostaria de saber se poderíamos adiantar aquele jantar. -Mike perguntou.

Respirei fundo e o fitei. Eu sabia que Mike não queria me pressionar e sabia o quanto ansioso ele estava por esse jantar , e apesar das circunstâncias eu também não via motivos para adia-lo , era melhor saber logo o que ele queria e acabar com isso de uma vez.

–Tudo bem Mike, também não vejo motivos para adiar mais. E o Luke esta bem, é ate melhor, assim acabamos logo com isso. –falei.

E eu terei todo o tempo do mundo pra cuidar do meu filho.

Mike sorriu.

–Muito obrigada Bella! Você não sabe como estou ancioso, irei ligar agora mesmo para os nossos amigos. –ele disse.

–Tudo bem Mike, bom, por mim pode ser daqui uma semana, que tal? .-sugeri.

–Perfeito! Obrigada meu amor. –ele disse e me deu um selinho.

Assenti pra ele e o vi pegar o celular e se afastar. Uma semana era o tempo perfeito, meu filho estaria melhor e quem sabe ate participaria do jantar, ainda não decidi.

–O que essa cabecinha tanto pensa? .-ouvi minha mãe dizer.

Virei pra ela e sorri um pouco.

–Estou tão cansada fisicamente e mentalmente que nem tenho tempo pra pensar. - falei e suspirei me sentando no sofá.

–Você esta tão abatida meu amor!. –ela disse.

Se aproximou de mim e se sentou ao meu lado , me abraçando.

–São tantas coisas acontecendo na minha vida mãe! Eu nem sei o que fazer... É o Edward, o Luke, o Mike... E agora os Cullens. –falei agoniada.

–Os Cullens? Esme e Carlisle? .-mamãe perguntou.

–Sim , acredita que os encontrei no corredor do apartamento? .-falei.

–Ah meu Deus Bella! Eles te reconheceram? .-ela perguntou.

–Sim. –respondi. –Mas implorei que não contasse ao Edward, é claro que eles desconfiaram.

–Sempre gostei deles, um casal maravilhoso! E sei que são pais exemplares, sinto muito que os filhos não tenham dado valor à educação que receberam. –mamãe lamentou.

–Eles mudaram mãe... Quer dizer, eu acho. - falei.

E automaticamente me lembrei do que vi noites atrás. Edward e aquela ruiva. E eu achando que ele tinha mudado.

–Você sabe que uma hora ou outra o Edward irá saber toda a verdade não é?. –ela perguntou.

Me levantei do sofá e comecei a andar pela sala.

–Eu sei, e o pior é que eu estou sentindo uma coisa estranha, um aperto no peito sabe?. –falei angustiada.

–Isso não é bom!.

–Não, não é! E Acho que ate sei o que significa. -falei.

–O que? .-mamãe perguntou.

–Toda a verdade esta próxima de ser revelada. –falei.

‘’A verdade é tão preciosa que precisa de tantas mentiras para não ser revelada’’.

Rose PDV

Eu estava feliz, por assim dizer, eu não me sentia mais como quando cheguei aqui: vazia. Com o apoio dos meus pais, eu estava tendo uma gravidez tranquila, eles ficaram eufóricos quando dei a noticia. Eu sentia muita saudades do meu trabalho, dos meus tios , da Bella , do Luke e... Dele. Eu não me esqueci de tudo o que ele me fez e disse , mas razão e coração nem sempre concordam em tudo.

–Filha, o que tanto pensa? .-papai perguntou.

Sorri pra ele. Estávamos na varanda e olhávamos mamãe brincando na grama verdinha, com o cachorro de estimação.

–Estou apenas com saudades!.-falei. Ele sorriu pra mim.

–Não quer voltar, então? .-ele perguntou.

–Não me sinto pronta, não estou preparada ainda. –falei.

–Sabe que pode ficar aqui o quanto quiser não é? .-ele perguntou e eu assenti. – Mas um dia, terá que voltar e enfrentar tudo isso.

–Eu sei pai e acredite, eu não tenho medo e nem receio, só não quero sofrer mais e se eu voltar agora será isso que irá acontecer. -Falei.

Papai sorriu e se levantou para me abraçar.

–Essa é a minha Rose! Que não tem medo e é corajosa, e eu acredito em você filha! .-ele disse.

Sorri e correspondi o abraço.

Minha barriga não estava muito grande, mas já era perceptível. Eu estava saindo do terceiro mês de gestação.

–Obrigada. –agradeci a ele.

–Nós é que agradecemos filha, você nos deu um presente maravilhoso. –ouvi mamãe dizer.

Me separei de papai e mamãe nos olhava sorrindo.

–Eu amo vocês. –falei já chorando.

Esses hormônios e enjoos estavam acabando comigo!

–Oh filha!

Nos abraçamos os três sorrindo. Eles já estavam acostumados com os meus ataques de sensibilidade.

******

Os dias passavam e cada vez mais eu me sentia sufocada de saudades de tudo e de todos. Eu queria voltar, mas quando pensava em deixar tudo aqui e pegar o primeiro avião ...Eu travava. Eu só queria proteger o meu filho e pra isso eu tinha eu ficar. Para o nosso bem.

–Rose filha, vem tomar café da manha. – mamãe bateu na porta.

–Já estou indo mãe. –falei.

Ultimamente o sono excessivo tomava conta de mim, eu sabia que isso era normal, mas não gostava de dormir mais que o necessário, embora não conseguisse evitar.

Levantei, fiz minha higiene e coloquei uma batinha braca que pendia sobre o busto e se abria na minha barriga. Coloquei uma sainha curta folgada e desci.

Mamãe e papai ao me ver.

–Cada dia mais linda querida. –papai disse.

–Você é suspeito pra falar. –mamãe disse.

–Sou um pai babão amor. –papai disse. Sorri.

–Bom dia.-falei e me sentei.

Meus pais gostavam de fazer as coisas ao ar livre e por isso tínhamos essa fazenda com uma vista maravilhosa para um jardim incrível. Então fazíamos todas as refeições na varanda.

–Bom dia. –eles responderam.

Começamos a comer e conversar.

–E então Rose, como a Bella esta? .-mamãe quis saber.

Suspirei. Bella era um assunto delicado.

–Ela esta bem, lutando a cada dia. –falei.

–Eu sinto tanto pelo Luke... Meu coração dói só de pensar no sofrimento que deve ser tanto pra ele quanto pra Bella. –mamãe se solidarizou.

–Realmente querida. –papai disse.

–Bella é uma mulher admirável. –falei.

–E forte também, passará por tudo isso, eu tenho certeza! .- mamãe disse.

Assenti. Eu não gostava muito de tocar nesse assunto. Era chato, toda vez que alguém falar o nome dela liga-la à doença do Luke, embora ela seja a mãe dele. Eu amo o meu afilhado e rezo todas as noites por ele e não gostava muito de tocar no assunto da leucemia.

–É melhor mudarmos de assunto. - papai sugeriu e eu agradeci.

Terminamos nosso café da manha e eu resolvi me deitar. Meu dia era sempre assim, eu não podia fazer atividades mais emocionantes, tipo andar a cavalo, por causa da gravidez. Não que eu estivesse reclamando, longe de mim, às vezes eu apenas me divertia vendo os meus pais, mas quando não fazia isso meu destino era a cama. E o sono excessivo ajudava bastante.

*******

Dormi tanto que quando acordei já era de noite, bem tarde devo dizer. Fiquei revirando na cama, mas não conseguia dormi de novo. Decidi descer e tomar um copo de água.

As luzes da casa estavam todas apagadas e o vento entrava balançando as cortinas, fazendo uma brisa gostava flutuar por toda a casa. A fazenda era muito tranquila e segura , não havia riscos e todos os vizinhos se conheciam , por isso as portas da casa viviam aberta.

Fui ate a cozinha e abri a geladeira.

–Huum... De repente meu deu uma fome. –falei.

Olhava pra geladeira e aquele bolo parecia me chamar. Meu estomago roncou. Sorri.

–Você também esta com fome bebe? .-perguntei acariciando a barriga.

Peguei um prato e tirei o bolo e a jarra de suco da geladeira. Sentei na mesa e me servi.

–Huum...Parece que não como há anos. – falei saboreando o bolo.

Mamãe tem que me dar à receita quando eu voltar para o meu apartamento. Isso aqui está divino!. Continuei comendo ate ouvir um barulho de passos. Olhei para as escadas e não vi ninguém, comecei a ficar com medo. Será que o medo também se intensificou na gravidez?.

Decidi ver de onde vinha o barulho. Sai da cozinha e fui ate a sala onde dava para a porta principal, as cortinas continuavam balançando devido ao vento e um vulto me chamou a atenção. Meu corpo inteiro se arrepiou, mas a curiosidade era maior. Segui ate porta, com o coração a mil e o estômago revirando, estava quase sentindo todo o bolo que comi voltar pela garganta. Não se assusta uma grávida, assim.

Seja quem for à pessoa andava de um lado para o outro na varanda da casa. Me escondi atrás da porta e pensei se gritava ou se encarava o estranho. Optei pela segunda opção. Quando sai de trás da porta e dei de cara com ele... O mundo parou a minha volta.

O que eu senti quando meus olhos encontraram os dele... Não havia explicação!. Seus cabelos estavam um pouco maior e havia olheiras em seu rosto mas, fora isso nada havia mudado. Ele me encarava sorrindo e me olhava de uma forma... Como nunca tinha me olhado antes! Ele me avaliava minuciosamente, da mesma forma que eu fazia.

–Rose!. –ele murmurou.

Meus olhos estavam cheios de lágrimas e ao sentir suas mãos afagarem meu rosto, eu fechei os olhos e elas caíram.

–Emmett!

–Xiii não fala nada!. –ele disse colocando os dedos sobre meus lábios.

Abri os olhos e ele me encarava. Só com o olhar dele eu era capaz de desfalecer ali mesmo.

O vento se misturou ao cenário e fazia meus cabelos balançarem e no céu o barulho do trovão anunciava a forte chuva que estava prestes a cair.

–Como eu senti sua falta Rose... -ele sussurrou.

Eu continuava calada, embora minha vontade fosse dizer que eu também sentira sua falta.

Ele se aproximou mais de mim e suas mãos ainda seguravam meu rosto. Senti sua respiração mais perto e seu rosto também. Não pensei em nada e me deixei levar pelos sentimentos que há meses eu não sentia.

Sua boca juntou-se a minha e nem mesmo os pingos da chuva nos separou. Eu não me importava de estar me molhando e de pegar um resfriado, eu só queria ter aquele momento!.

Eu sabia que era errado e eu estava agindo como a idiota que eu fui me deixando levar por ele de novo, mais eu não pensava, eu só queria te-lo ali junto comigo. Nos separamos e ele sorriu encostando sua testa na minha.

–Você não tem esse direito!. –falei.

Eu tentava recompor minha respiração, mais estava difícil.

–De que? .-ele perguntou.

–Depois de tudo o que aconteceu você aparecer aqui e me beijar assim. –respondi.

Ele suspirou e fechou os olhos, mas em momento nenhum deixou e mão que estava em meu rosto cair.

–Me desculpe Rose, por tudo o que eu te fiz! Eu não queria te magoar, eu juro! Mas eu também não queria abrir mão da minha vida, não queria ficar preso a uma mulher só, sendo que eu tinha várias e quando você me disse que estava grávida , parecia que o mundo tinha caído em cima da minha cabeça. Eu não estava pronto pra crescer... E só aprendi quando te perdi. -ele disse.

Minhas lágrimas se misturavam às gotas da chuva.

Eu entendia o que ele queria dizer e meu coração também, tanto que batia freneticamente dentro do meu peito.

–Emmett...

Eu não conseguia dizer mais nada, parecia que as falas haviam sido roubadas de mim.

–Me perdoa Rose!.- ele disse.

Ele se abaixou e ficou de frente pra minha barriga. Levantou minha blusa e sorriu.

–Me perdoa Rose. –ele repetiu beijando minha barriga.

Eu não tinha noção do tamanho do sentimento que estava sentindo... Não tinha como descrever! Depois de tudo o que passei... Ele esta aqui comigo, me pedindo perdão e beijando minha barriga, onde NOSSO filho está.

Me abaixei também , ate fica a sua altura e sequei as lágrimas que escorriam de seu rosto.

–Eu te perdoo Emmett. – falei e sorri.

Ele retribuiu e me esmagou em seus braços.

–Obrigada Rose!. –ele disse.

Sua voz estava meio embargada por causa do choro. Eu apenas assenti.

Ele se afastou de mim e me encarou.

–Eu amo vocês!. –ele disse.

Sorri como nunca antes e lhe beijei novamente. Eu não precisava de mais nada agora... Emmett me amava como eu o amava e isso já era o suficiente.

Edward PDV

Eu nunca pensei que na minha vida choraria igual a um garoto no colo da mãe por causa de uma mulher. Mas Isabella tinha esse dom, ela me fazia fazer coisas que eu jamais pensei que pudesse fazer e sentir coisas que nunca senti e sei que jamais sentirei. Só ela era capaz de me controlar assim, ela não sabia mais cada terminação nervosa do meu corpo era comandada por ela, eu já não tinha mais controle sobre mim. Isso pode parecer estranho e ate dependente, mas apesar de tudo eu me sentia forte, pra ser capaz de olhar nos olhos dela e esclarecer isso de uma vez por todas! Acabar com todas as mentiras de uma vez e é isso que eu vou fazer.

–Edward meu filho... Por que não me diz quem é a mulher que esta te fazendo sofrer tanto assim?. –mamãe perguntou.

–Acho melhor não mãe. –falei. –Não quero envolver mais ninguém nessa história, será somente ela e eu.

–Eu te entendo meu amor e se você quer assim... Mas, se voltar atrás eu sempre estarei aqui ok? .-ela disse e sorriu carinhosamente pra mim.

–Obrigada. –agradeci e tentei sorrir.

Ela assentiu e suspirou.

–Onde o Emmett está? Achei que fosse encontra-lo aqui. –ela disse.

–Ele foi atrás da Rose, tentar concertar as burradas que fez. –falei.

–A mãe do meu netinho? Ou netinha? Mal vejo a hora ve-las! .-ela disse animada.

–Acha que vai ser menina? .-tentei mudar de assunto, mas realmente estava interessado na resposta dela.

–Eu não sei! É meu primeiro neto então, o que vier já esta mais que perfeito!. –ela disse e sorriu.

Sorri com ela. Minha mãe estava eufórica com o/a neto (a) mal se continha de tanta felicidade e aposto que já ate pensava no enxoval.

Eu queria poder dá essa felicidade pra ela, eu sempre soube o quanto eles almejavam por um neto e que acreditavam que Alice seria a primeira a realizar esse desejo, por ela ser a mais velha e casada. E não um dos filhos galinhas.

Eu também estava feliz , assim como a família toda com a chegada do mais novo Cullen, mas nada me deixaria mais feliz se fosse eu a realizar esse sonho, tanto deles quanto meu também. É eu gostaria de ter filhos.

–Mãe vou tomar um banho... A senhora pode ficar a vontade. - falei.

–Vai mesmo meu filho, você esta precisando! Está muito abatido e com certeza um banho vai te deixar mais acordado. –ela disse.

Assenti e me dirigi ao meu quarto.

Fiquei pensando no que ela disse e queria muito que ela estivesse certa, mas eu sabia que um banho não me faria melhor e por mais que mudasse por fora, por dentro eu estava vazio. Isso! Era a palavra que me definia agora: Vazio. Agora de cabeça fria, eu conseguia pensar... Será que a Bella quis mesmo se vingar de mim? E se não foi nada do que eu pensei? E se ela gostar de mim realmente?.

Essas dúvidas me corroíam e eu não via a hora de ter todas as respostas. Sem mentiras. Sem ilusões. Só a verdade.

********

Depois de arrumado, eu me sentia ate melhor. Não dá pra ficar remoendo a dúvida e me esquecer do mundo lá fora , apesar de meus pensamentos serem só da Bella , eu tinha uma vida e eu irei vive-la , irei me preparar por que da próxima vez que nos encontrarmos será pra acabar com isso de uma vez!. E eu mal posso esperar!.

Olhei para o criado mudo ao lado da minha cama e um bilhete me chamou atenção. Fui ate ele e li.

Desculpe estar saindo de fininho, sei que isso não é legal, mas sei também que foi apenas uma transa casual , entre um homem que precisava esquecer os problemas e uma mulher que queria apenas diversão!.

Ps.: Você é homem de uma mulher só e com certeza essa mulher não sou eu.

Beijinhos e até qualquer dia!

Carmem.

Eu não me lembrava muito dessa tal de Carmem, mas gostei dela. Ela não era como as outras que eu fiquei: Pegajosa, e isso já era o suficiente. Aqui no bilhete ela diz que transamos, apesar de eu não me lembrar, mas isso também não importa... Como ela diz, eu queria apenas esquecer os problemas e foi isso que fiz.

Lembrei da conversa que tivemos e entendi a observação dela.

Flashback On

–Um homem como você não deveria beber tanto.

Olhei para quem tinha dito. Era uma ruiva, muito bonita por sinal, uma mulher que certamente o velho Edward adoraria ter.

–E que tipo de homem eu sou?.-perguntei revirando outro copo.

–Não sei...Você parece ser um...Mulherengo, mas ao mesmo tempo não, parece estar afogando as mágoas , o que acontece geralmente por causa de uma mulher.-ela disse.

Sorri com escárnio.

–Vocês mulheres sempre são o motivo das nossas fraquezas.-falei.

Eu tinha noção de que estava bêbado e sabia que não falava nada com nada, mais isso não me importava...Ela também parecia estar alegre.

–Qual o seu nome?.-ela perguntou.

–Edward.-respondi.

–Meu nome é Carmem...Como se fosse lembrar.-ela divagou.- E então Edward , que tipo de homem é você?.-ela me perguntou.

Encarei seus olhos verdes e me fiz a mesma pergunta...Que tipo de homem eu sou?. Eu não sabia responder essa pergunta, meu raciocínio tinha sido afetado pela dosagem de álcool no meu corpo, e além do mais , eu não queria ter uma resposta, a única coisa que eu sabia era que esse Edward não era o apaixonado e isso era o suficiente. Não queria lidar com as consequências depois.

–Isso importa? .-perguntei sorrindo.

–Não. -ela retribuiu.

Flashback Off

Voltei pra sala e encontrei a família toda na sala, menos Emmett obviamente.

–Edward! .-Alice disse e sorriu.

–Oi Baixinha. –falei e ela parou de sorrir.

–Filho!. –papai me abraçou.

–Oi pai. –falei. –Jasper!

–Olá Edward. –ele me cumprimentou.

–Algum motivo pra essa reunião e eu não estou sabendo? .-perguntei depois de um tempo.

–Que ingrato! Não se pode mais ficar em família, sem ser algum evento? Ate parece que não queria que estivéssemos aqui!. –Alice disse.

Revirei os olhos.

–Sempre dramática, não é filha? .-papai disse e ela sorriu.

–Velhos hábitos não mudam. –ela disse.

–Não mesmo. -falei e ela jogou uma almofada em mim.

–Viemos almoçar aqui, se não se importa. –Jasper disse.

–Por mim tudo bem, desde que mantenham a Alice longe da minha cozinha. –falei e sorri.

–Muito engraçado! .-ela retrucou.

–Fique tranquilo Edward, eu irei fazer um almoço especial hoje. –mamãe disse.

Assenti. Mamãe e Alice seguiram para cozinha e eu fiquei com papai e Jasper conversando amenidades.

Não demorou muito e todos estávamos reunidos na mesa e saboreando a comida maravilhosa da minha mãe.

–Espero que minha cozinha esteja inteira, depois da presença de Alice. –comentei quando terminamos.

–O que não vai ficar inteiro é essa sua cara, quando eu colocar minha mãozinhas nelas. –ela disse. Gargalhei.

–Isso se você me alcançar né? Seu tamanho não te favorece muito! .-debochei. Ela me encarou raivosa.

Era tão bom estar em família, à gente esquece os problemas e passa ase divertir e brincar. É bom ter essa bolha alegre e temos que aproveitar, por que ela não dura muito e quando estoura, voltamos à realidade.

–Pai ! Manda ele parar! .-ela disse.

Alice agia como uma criança perto do papai, ela sabia que ele sempre a defendia de brincadeiras que eu e Emmett fazíamos.

–Edward! .-papai me repreendeu e ela sorriu debochada.

–Ok! Parei! .-falei.

–Meus meninos... Só faltou o Emmett! .-mamãe disse.

–Ah não mãe! Deixa ele lá com a Rose, já basta um pra pegar no meu pé. –Alice reclamou e todos sorrimos.

Jasper continuava calado embora risse das nossas brincadeiras. Em um certo momento ele pediu licença e foi atender o telefone. Voltou logo depois sorrindo.

–Quem era Jazz?. –Alice perguntou.

Curiosa nada né?.

– Mike... Ele me ligou avisando que o almoço, aquele que eu te falei... Foi remarcado e será semanada que vem! A família toda esta convidada. –ele respondeu.

–Oba! .-Alice disse animada.

Acho que ninguém percebeu, mais depois de ouvir o que o Jasper disse, meu humor foi embora completamente e eu voltei a ficar serio. Eu sabia do que ele estava falando... A festa de noivado.

–Quem é Mike? .-mamãe quis saber.

–Ah é o namorado da Bella, ela mora...

–Com licença, eu preciso ir ao banheiro. –falei interrompendo Alice.

Alice me fitou mais não disse nada. Sai da sala e os deixei lá explicando quem era o futuro casal.

Fui ate o banheiro e lavei meu rosto, encarei meu reflexo no espelho e abaixei a cabeça. Essa era a oportunidade que eu estava esperando, nesse jantar eu teria a minha resposta. Eu saberia se a Bella me enganou esse tempo todo ou não. Eu irei olhar nos olhos dela ao vê-la responder e dependo da sua resposta eu terei a minha.

O teu arrependimento é mais valioso do que qualquer vingança e mais dolorido do que qualquer castigo...