Diário De Cris Sulivan escrita por Bri


Capítulo 4
2. A garota de porcelana




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LEMBRANÇA DE 19 DE DEZEMBRO DE 2008, ANTES DAS FÉRIAS DE INVERNO

Eu estava sentada no banco em um belo jardim coberto de neve muito alva e com algumas arvores ao redor. Podia ver muito bem a minha antiga escola e poucos jovens passeando por ali bem agasalhados por causa do frio. Eu segurava uma prova em dupla que eu tinha feito de matemática e que tinha tirado dez.

Eu sei que não pareço Melane, mas eu  sou das melhores alunas de matemática da minha turma só uma pessoa conseguia tirar uma nota mais alta que eu e ela vinha com dois copos de chocolate quente em minha direção. O meu melhor amigo Steve Maison.

Steve é o meu melhor amigo — como eu falei na introdução — e o único da escola, nós nos conhecemos desde sétimo ano que foi quando eu sai da Green Hill e vim para cá. Aparte desse momento eu e Steve nos tornamos inseparáveis. Muitas pessoas — que eu odeio, tirando a minha mãe — dizem que somos namorados e Melane você não sabe a raiva que tenho quando escuto isso. Serio as pessoas pensam que “pessoas do sexo oposto não podem ser melhores amigos apenas namorados”. Odeio pessoas imaturas. Mas isso nunca foi verdade é só que elas sentem ciúmes da nossa amizade e fraternidade eterna.

— Então vai mesmo voltar para Green Hill? — Perguntou Steve quando se sentou ao meu lado e me passando o copo de chocolate quente.

— Vou, já pensei muito sobre isso e já esta tudo decidido.

Soprei o meu chocolate quente, pois não gostava dele tão quente. Vai me entender Melane.

— Hm — disse Steve depois de um tempo em silencio. —  Não vai esquecer os amigos, viu?

— Claro que não, nunca vou me esquecer de você, pois afinal você é o meu melhor amigo e ainda assiste Pokémon. Como eu posso esquecer-me disso?

Nós rimos, afinal Melane ele é a única pessoa que eu conheço que em plena adolescência ainda assiste Pokémon. Eu e ele somos muito fanáticos por Pokémon alem de assistirmos os episodio, comentar durante a aula nos ainda jogamos o jogo em casa pelo o computador e comparamos os nossos níveis dos nossos Pokémons.

— Bom... Esta na hora de irmos — disse Steve se levantando e me ajudando a fazer o mesmo. — Mas antes prometa que vai ligar assim que puder nas férias de inverno e que ninguém vai ocupar o meu lugar de melhor amigo em seu coração.

Eu juro que na hora fiquei um pouco chocada com o que ele disse. Melane será que isso é como um não-me-substitua-pois-não-vou-substituir-você? Se foi ou não eu fingi indiferença e sorri para não demonstrar o meu constrangimento.

— Eu prometo e não se preocupe com isso, ninguém vai tomar o seu canto, que foi? Esqueceu que eu sou um pouco anti-social?

VOLTANDO PARA DOMINGO, 4 DE JANEIRO DE 2009

           

            Acordei-me com uma bela mulher mexendo no meu ombro, tentando me acorda.

            — Senhorita Sulivan acabamos de pousar em Belleville —  disse a aeromoça dando um leve sorriso.

Assim que eu entrei no avião dormi, foi quase como a mágica da preguiça Melane, mas eu não deveria ter dormido tanto já que a viajem era para durar quatro horas e para mim não passou mais de um minuto. Meu deus será que eu tinha dormido isso tudo?

— Dormiu — respondeu a aeromoça respondendo a minha pergunta a Deus, intrometida.

Peguei o meu casaco que tinha usado como travesseiro e ajeitei os meus cabelos — que estavam parecendo ninho de ratos. E desci o avião com muito cuidado, tenho péssimas lembranças de escadas de avião desde que eu cai de cara na frente de um menino lindo eu aprendi a descer com calma.

O aeroporto de Belleville é igual a o aeroporto de Washington cheio de gente conversando e se despedindo, a única diferencia é que ele é um pouco menor.

Esperei as minhas malas serem — como é que se diz Melane? — escameadas. Meu deus Melane como se uma garota de quatorze anos  pode andar armada? Será que eu tenho cara de traficante? Adultos, vai entender.

Peguei as minhas malas e coloquei em outro carrinho e sair da plataforma de desembarque calmamente, ate que a minha barriga da aquele ronco enorme.

O monstro do lago ness ta com fome, pensei comigo mesma.

Não era de se estranhas eu não como nada desde ontem e — olhando a hora no celular — já é meio-dia. Então eu estava precisando realmente de alguma coisa para o estomago.

Andei calmamente ate o final da  plataforma de desembarque quando eu vi um homem que aparentava no mínimo uns trinta e cinco anos, com poucos fios de cabelos prata indicando uma velhice e uma barriga protuberante. Eu o reconhecia. Era o Robert, o motorista ou como é conhecido por meu irmão tio Bob. Tio Bob segurava uma plaquinha  escrita: CRISTIANE SULIVAN.

Porque esse nome me soava tão familiar Melane?

...

Melane como eu sou burra, era o meu nome.

Parabéns Cris você acaba de ganhar o premio Nobel de burrice, pensei comigo mesma.

Andei em direção a tio Bob, que me recebeu com um belo abraço. Sempre que eu e meu irmão vínhamos para a Green Hill ele comprava sorte para nos dois, ah velhos tempos.

— Nossa você não mudou nada — disse Bob olhando para mim sorrindo.

— Obrigada — eu acho. — Então vamos?

— Esperai, ainda tem uma aluna que também veio de Washington DC.

Não demorou muito para eu ver uma garota loira andando em nossa direção. Ela era branca, mas muito branca mesmo Melane, tinha cabelos loiros cacheados que no momento estavam presos por um elástico. Ela era linda, o seu rosto parecia uma boneca de porcelana, lisa e frágil.

Ela cumprimentou tio Bob e deu um pequeno aceno de cabeça envergonhado para o meu lado que foi respondido com um tchauzinho envergonhado. O que você queria Melane? Eu sou uma pessoa tímida.

Tio Bob colocou nossas malas em um só carrinho — a garota de porcelana tinha o mesmo tanto de malas que eu — e fomos para o estacionamento. Bob colocou as nossas malas em um Bentley preto. Que chique.

O caminho para a escola foi silencioso e calmo. Eu e nem a-garota-de-porcelana não falamos nada o caminho todo. Eu aproveitei o tempo para olhar as casa que ainda estava cobertas por um pouco de neve do inverno. Depois de certo tempo eu pude ver a famosa Green Hill de longe, mostrando o seu glamour e esplendor para todos que quisessem ver. Os enormes portões de madeira estavam abertos e Tio Bob entrou sem fazer cerimônias.

Sai do carro chocada, não me lembrava que Green Hill era tão grande assim Melane. 


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