Feliz Aniversário, Dionísio! escrita por Mandy-Jam


Capítulo 3
Curtição


Notas iniciais do capítulo

Adivinha quem está de férias? Pois é!

Queria agradecer a vocês pelas mais de 5000 visualizações! Estou muito feliz.
Ah! E preparem-se para atualizações mais regulares, pessoal.

Boa leitura!



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ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE

 

Não era de manhã quando Dionísio abriu os olhos.

O barulho que primeiro começara em seus sonhos, agora se mostrava não ser uma fantasia de sua mente cansada. Algo lá fora estava se mexendo inquieto entre as plantas, e o barulho de respiração profunda e desritmada acompanhava.

Ok, vamos pensar nas opções, refletiu Dionísio. Se eu tiver que levantar da minha cama quente e confortável, é bom que seja um bom motivo.

O deus se virou para o lado, ainda enrolado no coberto macio.

Pode ser um campista ferido, pensou. Algum idiota que achou que seria uma boa ideia sair no escuro sozinho para além das fronteiras de proteção.

Rolou para o outro lado.

Ou algum idiota que esteja chegando, pensou fazendo uma careta de desgosto. Nesse caso é mais um semideus para eu cuidar, mais trabalho, mais irritação.

Bufou pesadamente, e então uma ideia fez um sorriso surgir em seu rosto.

Pode ser um monstro, refletiu. Um monstro que passou pelas seguranças e agora vai matar todos os pobres semideuses do Acampamento.

Seus olhos se fecharam, e ele suspirou.

— Ah, se ao menos eu estivesse acordado. — Murmurou em voz alta — Eu poderia impedir um massacre, mas estou adormecido. Uma pena.

Nesse instante, algo bateu contra sua parede e um gemido veio do lado de fora da casa. O deus colocou-se sentado rapidamente e franziu o cenho. Aquilo era mais familiar do que ele queria que fosse, o que despertou em si seu mau humor usual.

Contrariado, o deus colocou-se de pé, catou uma lanterna em sua gaveta e saiu da Casa Grande para o lado de fora. Contornou o espaço por entre os arbustos guiando-se pelo som, até chegar em sua fonte.

— Ei! — Chamou acendendo a lanterna. Ouviu dois gritos e analisou a situação.

Adolescentes, pensou em desgosto. Malditos adolescentes cheios de hormônios.

— Você, fecha essa blusa. — Disse apontando a luz para a jovem boquiaberta, com as costas grudadas contra a parede e o sutiã vermelho exposto. Sr. D voltou a luz para o garoto na sua frente — Você, sobe essa calça.

Os dois, desajeitados e cheios de vergonha, começaram a se ajeitar apressadamente.

— Bom. Agora você pode me explicar, senhor Sanderson, o que você está fazendo com a senhorita Vienne aqui no meio da noite? — Perguntou, amargo. O jovem, puxando o zíper da calça jeans, abriu a boca para falar, mas o deus voltou a luz para seus olhos o cegando — É uma pergunta retórica, seu imbecil! Eu sei muito bem o que vocês estão fazendo!

— Nós não íamos-

— Não? — Questionou voltando a luz para o rosto da jovem. Sua vez de ficar cega — Iam fazer o que então? Jogar xadrez aqui no gramado?

— Ah, qual é. — Resmungou o garoto bufando. Dionísio deu um passo para frente.

— Você conhece muito bem as regras, garoto. Quer namorar? Mãozinhas dadas, e cartinhas de amor. — Falou entre dentes — Se não consegue controlar as suas malditas partes baixas, use a sua mão esquerda como qualquer homem. A não ser que você seja canhoto, mas isso também pouco me importa.

— Eca. — Fez a jovem, franzindo o nariz com nojo.

— Eca? O que achou que tinha ali dentro, um unicórnio? — Perguntou a ela, apontando a luz para as calças do garoto.

— A gente só estava curtindo! — Defendeu o garoto, erguendo as mãos. Dionísio olhou para ele, de cima abaixo. Aquele era o filho de Afrodite que muitas garotas chamavam de “O príncipe”. Alto, loiro e de um corpo atraente, Sanderson parecia a nova encarnação de Adônis. Seu sorriso sem jeito brilhou sobre a luz da lanterna — Você entende, não é? Você é o deus… Bem, da curtição.

— Orgia. — Corrigiu Dionísio. O garoto ergueu as sobrancelhas — Vamos, foi nisso que você pensou não foi? Orgia. Diga.

— Eu nã-

Diga o que você realmente quis dizer, garoto.

— Tá bom. Orgia. — Admitiu coçando a nuca. Dionísio olhou de soslaio para o rosto de Vienne e viu que estava ficando ruborizado.

— É, eu sou. E sabe o que eu entendo? — Perguntou erguendo uma sobrancelha — Eu entendo que o pai dela vai arrancar as suas bolas se souber que você levou a filha dele para transar com você atrás da minha casa, no meio do mato. Disso eu entendo. Oh! Você está com medo, Sanderson? Não te passou pela cabeça o que Ares ia pensar? — Falou fingindo pena — Bem, já que eu sou um deus tão estudado por você, deixa eu te dizer do que mais eu entendo. Eu entendo que você é burro.

O garoto engoliu em seco.

— Eu já fiz muitas loucuras, coisas pesadas mesmo. Então eu sei muito bem identificar um virgem quando eu vejo um. — Gesticulou com a lanterna por todo o corpo do garoto, cujo rosto passou de pálido para vermelho. Os olhos de Vienne se arregalaram, não esperando aquela revelação — Você vem todo cheio de charme se exibir para as garotas, e elas dão bola para você porque você tem essa pinta de galã, mas eu sei muito bem que o único peito que você já botou a boca foi o da sua mãe quando ela te amamentou.

Olhou para o lado e reconsiderou.

— Bem, ao menos até alguns minutos atrás. Parabéns. — Resmungou, mas prosseguiu — Essa parede aí é a minha parede. Aquela é a minha janela. E quando digo que é minha, é porque meu quarto está literalmente ali. Então da próxima vez que você se sentir excitado, Sanderson, eu espero que use pelo menos um dos seus neurônios para não fazer besteira. Honre o trabalho que Hermes teve criando a porcaria da internet e entre um desses sites pornográficos que vocês jovens tanto gostam.

— Nós não podemos usar internet, lembra? — Rebateu Vienne, cruzando os braços.

— Você vai me fazer revistar sua cabine e tirar seu celular de você? — Questionou de volta, irritado. Ela se desequilibrou, sem acreditar que ele sabia sobre o seu acesso à internet. Sr. D voltou-se para o garoto — E quanto a você? Tenho que pegar aquele laptop velho que você esconde? Talvez eu deva mostrar a sua namorada aqui que você sabe muito bem do que eu estou falando.

— Não! — Exclamou, com medo.

— Que nojo! — Exclamou ela, afastando-se dele.

— Problemas no paraíso? — Questionou Sr. D — Que pena. Voltem para as suas cabines agora mesmo. Estão de castigo, vão limpar os estábulos por duas semanas.

— Você não pode tratar a gente como se fosse criança! — Exclamou ela com raiva — Nós não temos 10 anos, somos praticamente adultos! Podemos fazer o que quisermos.

— Ah, aí está a rebeldia do seu pai vindo a tona! — Exclamou ficando com raiva também — Ela é tão ridícula nele quanto é em você, querida, parabéns. Acha que são adultos? Ótimo. Adultos sabem limpar o estábulo por 1 mês inteiro. Quer aumentar a idade? Quer dizer que vocês já são idosos? Vamos, venha com um pouco mais de petulância, eu vou adorar.

A filha de Ares bufou com raiva, mas não disse mais nada. Passou na frente batendo o pé com força, seguida pelo cabisbaixo e envergonhado filho de Afrodite. Dionísio observou os dois se afastarem até que cada um fosse para sua própria cabine.

Então é isso que eu me tornei, pensou enquanto retornava ao seu quarto. Um estraga prazeres que atrapalha transa alheia.

Pensou que se fosse em outra época e em outro contexto, ele teria provavelmente se juntado ao jovens em vez de impedi-los. No entanto, lá estava ele, cheio de amargura e frustração, sem um pingo de paciência para lidar com adolescentes transgressores.

Se antes ele se unia a Hermes e quebrava as regras, agora ele tinha que fazer as regras serem cumpridas.

Era isso que Zeus tanto queria quando disse que ele podia influenciar de forma positiva a juventude? Se era, Dionísio não se sentia amado, que era o que se esperaria de uma boa influência. Os jovens deviam adorar ficar perto dele, mas estava longe de ser assim.

O velho e chato Dionísio, pensou enquanto deitava novamente na cama. Que decepção.

Voltou a dormir.

 

 

 

MUNDO INFERIOR

 

Hades fez seu caminho pelo longo corredor em seu palácio.

Não precisava de luz para não tropeçar nos tapetes estendidos no chão, mesmo que os candelabros iluminassem em um tom de amarelo o ambiente. O deus abriu as portas e buscou no recinto sua amada esposa.

— Você demorou. — Declarou ela sem erguer seu rosto do arranjo de flores que montava, sentada à larga mesa de madeira. Hades lembrou-se da reunião e de todo o trabalho que teria a seguir, e sentiu seus ombros pesarem — Achei que algo estivesse errado. Estava quase mandando as Benevolentes atrás de você.

— Eu sobrevivi. — Respondeu e viu seus olhos verdes finalmente repousarem sobre ele. Sorriu para Perséfone, e a deusa sorriu em retorno. Ergueu a mão, gesticulando convidativamente para a cadeira na sua frente, do outro lado da mesa.

— Conte-me sobre essa reunião. — Pediu.

— O que quer que eu conte, querida? — Perguntou enquanto caminhava até o lugar que ela indicara. Perséfone tirou uma rosa do arranjo e inclinou o rosto para o lado, analisando.

— Quero saber o que Zeus considera tão importante para tirar meu marido de mim sem aviso prévio. — Respondeu olhando ora para ele, ora para as flores.

— E algo relacionado a Zeus tem aviso prévio? — Riu Hades e ela riu de volta — Seu ego é tão grande que tudo deve ser imediato e sem perguntas.

— Então…? — Insistiu ela, curiosa. Hades permitiu-se apaixonar-se pelos grandes olhos verdes de Perséfone mais uma vez, antes de responder a pergunta. A deusa da primavera era a criatura mais linda que ele já vira em toda sua vida.

— Zeus quer fazer uma festa de aniversário para Dionísio, e convocou a ajuda de todos nós. — Respondeu devagar, ainda admirando o rosto de sua esposa — Na verdade, Hera quer a festa. Zeus só cedeu aos desejos dela.

— Nada incomum. — Ponderou Perséfone — Dionísio ainda está de castigo?

— Sim.

— Então talvez seja bom para ele. — Comentou mexendo nas flores — Dos filhos de Zeus, ele é um dos que menos merecia ser punido. Seria bom vê-lo se divertir um pouco.

Hades assentiu com a cabeça, em silêncio. Perséfone falava com ele, mas também com as flores. Um hábito que a deusa nunca perdera, mesmo depois de ter ido morar com ele no Mundo Inferior, onde não existiam plantas.

— Sua mãe estava lá. — Comentou. Ela parou imediatamente

— Mamãe? — Repetiu erguendo os olhos, em uma mistura de alegria e insegurança. Seus lábios deixaram escapar um suspiro — Ela se comportou?

Ela arrancaria a minha cabeça e usaria para jogar basquete, se pudesse.

— Na medida do possível. — Respondeu Hades, encolhendo os ombros — Não dá para criar expectativas muito altas em uma mulher que declarou ódio eterno a mim. Com certeza não esperava fogos de artifício quando entrei na sala dos tronos.

Perséfone manteve-se em silêncio, olhando para Hades sem saber ao certo o que falar. O deus dos mortos esticou as mãos pela mesa e encontrou as dela, tomando-as com carinho.

— Não vou estar aqui amanhã. — Contou lembrando do que fora decidido — Hera nos dividiu em grupos para organizarmos tudo, e eu estou com ela e Deméter. Teremos que cuidar da decoração, e devemos usar o mínimo de nossos poderes.

Um momento de silêncio antecedeu a risada de Perséfone. A deusa gargalhou com divertimento e deixou seu rosto encostar na madeira da mesa. Hades soltou suas mãos e esperou que ela entendesse que não era brincadeira.

— Você vai cuidar da decoração com mamãe? — Falou ainda rindo — Vão montar arranjos e coroas de flores?

Como resposta, Hades esticou a mão e tocou nas flores do arranjo de Perséfone. Instantaneamente, elas murcharam, tornando-se pretas e enrugadas. Toda vida que tinha ali antes se esvaíra com o simples toque do deus dos mortos.

— Não é hilário? — Deu um meio riso — Hera acha que isso vai funcionar.

— Ah, deuses, você está falando sério. — Disse arregalando os olhos. Hades assentiu em silêncio, para o espanto de Perséfone — Bem, então me leve junto.

— Oh, não. — Negou com firmeza.

— Eu posso ajudar-

— Não. — Levantou-se da mesa e fez o caminho de volta para a porta que dava ao corredor. Perséfone o seguiu com passos largos ecoando pelo cômodo.

— Eu posso ajudar vocês a organizar a decoração, e posso controlar a minha mãe. — Insistiu alcançando o passo de Hades — Você não vai precisar lidar com ela sozinho. E também, ela fica mais amena quando eu estou por perto.

— Estamos no outono. Seu lugar é aqui no Mundo Inferior. — Cortou Hades prosseguindo pelo corredor — Se sua mãe ver você fora daqui, vai tentar te prender lá. E se ela fizer isso, vai ser eu quem não vai se comportar.

— Como você vai fazer isso sozinho? — Perguntou ela. Os dois entraram em seu quarto — Você sabe que você não é o melhor deus para cuidar de decoração.

— É claro que sei disso. — Resmungou sentando-se em uma poltrona. Sua expressão estava rabugenta — Você acha que eu não pensei nisso na hora em que Hera falou sobre nosso grupo? É ridículo. Tudo que eu tocar vai morrer, murchar ou perder a cor, e Deméter vai ter a honra de poder reclamar com propriedade.

— E você vai mesmo assim?

— Zeus não nos deu opção, querida. — Respondeu passando a mão pelo rosto — Eu vou, de qualquer forma. Quando não der certo, vou ter o prazer de olhar o rosto de decepção de Hera. Quanto mais cedo isso acontecer, mais cedo eu volto para o conforto da nossa casa.

A verdade era que Hades odiava o Mundo Superior. Ele sabia que as pessoas falava — principalmente em aulas de mitologia nas escolas — que durante a divisão do mundo, Zeus e Poseidon passaram a perna nele e o deixaram com a opção que ninguém queria: o Mundo Inferior. Uma grande mentira. Quando seus irmãos começaram a discutir e brigar para ver quem ficaria com o que, Hades percebeu que não queria passar por aquela dor de cabeça, não queria ter que lutar contra o ego de Zeus e o temperamento de Poseidon para ter o céu.

Prontamente decidiu pegar o Mundo Inferior e retirar-se da discussão. Fez daquela escolha o seu lar: organizou todo aquele mundo para que os mortos tivessem seu espaço, mas também os monstros e os espíritos. Seu reino veio acompanhado também de uma série de pedras preciosas, o que não foi nada mal.

Hades deu um jeito de tornar o Mundo Inferior tão autossuficiente que ele nunca mais precisaria retornar ao mundo normal ou ao Olimpo. Recentemente, havia até conseguido com Hermes uma conexão de internet boa o suficiente para ver Netflix no conforto do seu quarto. O que mais ele poderia desejar?

Tinha, é claro, Perséfone. Ela era o único motivo dele querer deixar o Mundo Inferior, de vez em quando. Quando a primavera chegava e ela tinha que retornar a sua mãe, ele se via tentado a deixar tudo para trás e acompanhá-la. No entanto, sabia que Deméter não permitiria que ele se aproximasse.

Aquela vaca mal amada, pensou em desgosto.

— Então você vai sabotar o evento? — Perguntou Perséfone erguendo uma sobrancelha.

— Não vou sabotar nada propositalmente. — Respondeu defendendo-se — Só estou dizendo que é um plano ruim, e planos ruins estão fadados ao fracasso.

— Mas e quanto a Dionísio? — Perguntou. Hades franziu o cenho para ela, sem nem sequer ter pensado nisso anteriormente — Ele merece uma festa. Se isso fracassar, ele não vai ter uma.

Hades riu olhando para ela, e Perséfone corou cruzando os braços.

— O que foi? — Reclamou — Estou só apontando o óbvio.

— Você é uma alma tão boa, querida. — Falou esticando os braços, chamando-a para si — Não acredito que algum de nós esteja de fato preocupado com a felicidade de Dionísio.

— Não deveriam? — Disse sentando-se no colo do deus — Ele é um dos olimpianos. Vocês deveriam ser mais gentis com a própria família.

Hades acariciou o queixo dela, brincando com a dobrinha que tinha no meio, tão pequena e delicada. Beijou os lábios de Perséfone devagar, saboreando o gosto doce de morango que eles tinham.

— Sim, nós deveríamos. Você tem toda razão. — Confirmou com a cabeça.

Perséfone beijou-o em retorno, abraçando seu pescoço e afundando seus dedos de forma carinhosa no cabelo preto e longo do deus dos mortos.

Enquanto se tocavam com tamanha ternura, afeto e desejo, não havia mais nenhum problema. Não havia mais a preocupação com a festa, ou com os problemas que seu planejamento trariam para os próximos dias.

Tudo que existia naquele quarto eram gemidos, respirações pesadas, o barulho de carne se chocando, e roupas jogadas pelo chão.

Deitados na cama, agora envolto em lençóis bagunçados, os dois deuses repousavam juntos. Os corações ainda batiam acelerados, e os músculos estavam começando a relaxar.

— Não deixe que mamãe te trate mal. — Murmurou Perséfone de repente. Hades, acariciando seu cabelo loiro, observou o rosto da deusa — Você não merece ser tratado com grosseria.

Eu queria tanto que meus irmãos pensassem como você, pensou Hades. Nossos encontros seriam muito mais fáceis.

— Eu sei me defender. — Sorriu para sua esposa — Acredite em mim.

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

Lembrem-se: o feedback de vocês é muito importante para mim, até porque é o que me motiva a continuar postando. Espero ver vocês nos reviews, vou ficar muito feliz!

Beijos e até o próximo capítulo!



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