- Muito bem, gente. Creio que devem ter estranhado o Teddy dar a minha aula, certo? – perguntou Harry, assim que fechou a porta. - Aquilo foi mais para preparar vocês. Nossa aula de hoje vai ser sobre patronos, mas um tipo diferente de patrono. De acordo com os livros, existem apenas dois tipos patronos, certo? – ele perguntou, enquanto andava na frente da turma. Alguns alunos assentiram. – Errado! Não existe apenas dois tipos, existem vários. – ele deu um sorriso de lado. – Alguém pode me falar um? Por favor, - ele completou quando viu a maioria da turma levantar a mão. – um que não esteja nos livros.

Com isso, todos abaixaram a mão. O sorriso de lado de Harry aumentou e tomou um ar maroto. Imaginava que isso aconteceria, são poucos os que sabem desses tipos de patrono.

- Sabia. Pois bem. Um dos vários tipos de patronos, são aquele que tomam formas, correto?

- Sim, professor Potter. – responderam alguns da turma, outros apenas se mantiveram calados.

- Mas o que muita gente não sabe, é que o patrono não se restringe apenas a formas animais. Pode tomar forma de qualquer coisa, qualquer objeto, qualquer ser vivo... Alguém tem ideia de como se faz isso?

Novamente ninguém levantou a mão, permaneceram em silencio, escutando o professor falar; todos interessados. Não era sempre que aparecia um ser desmentindo o que estava escrito nos livros.

- Muito bem... Obviamente, fazer esse tipo de patrono é mais difícil, por exigir mais concentração e mais quantidade de magia canalizada. Quem pode me dizer o que um patrono pode fazer? Quais as suas funções?

A maioria da turma levantou a mão.

- Sim, senhor Mason. – ele apontou para um garoto que estava com o uniforme da lufa-lufa.

- Como o patrono é um... “Ser de luz”, ele afasta todo e qualquer ser de magia negra.

- Muito bem, 5 pontos para a Lufa-Lufa. Bom... Não vou pedir que façam um patrono desse tipo – alguns alunos abriram a boca para reclamar. O pessoal do passado estavam incluídos. – por enquanto, porque é muito difícil, então, vamos treinar o patrono normal e depois eu ensino o patrono mais avançado, ok?

Alguns exclamaram “Sim!” e outros apenas acenaram com a cabeça, concordando.

- Muito bem. Quer que formem um circulo aqui, dois alunos do meu lado. – ele mandou. – Teddy já deve ter dado as instruções...

- E a tal da Elena também estava lá – Sirius interrompeu, levando uma cotovelada de Lilian, que estava do seu lado, e outra de Marlene, do seu outro lado.

- Mal jeito, Sulan. – riu James que estava ao lado de Lilian.

- Continuando... Teddy e Elena – frisou o “Elena”, olhando especialmente para Sirius. – já devem ter ensinado as instruções, então não vou repeti-las. Façam como Teddy ensinou. – ele sorriu e fez um movimento de varinha, e logo saiu uma luz branca dela.

Aos poucos, gritos e exclamações eram ouvidos na sala, e a luz branca começava a preencher o local por inteiro. Algumas fracas, que mal chegavam a ter uma forma, outras mais fortes e com uma forma esplendidamente definida. Coelhos, éguas, cachorros, patos, porcos, leões, ursos... Havia uma grande diversidade de animais ali, tanto que parecia um zoológico trouxa, na visão de Harry.

- Muito bem... – Harry deu um sorriso, olhando para os animais ali. – Àqueles que não conseguiram, é porque vocês não estão pensando numa memória feliz o bastante. Pode ser qualquer coisa: sonhos, desejos, ou até memórias reais. Meu patrono mesmo foi criado inicialmente por uma memória minha que eu não sabia se era real ou não, mas que foi o suficiente, ao contrario de outras reais.

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1978

- Alguma ideia do que tenha acontecido com eles, diretor? – Minerva perguntou. Sua expressão mostrava uma preocupação quase palpável. Tinha suas roupas normais de trabalho e seu coque preso no alto da cabeça. Se alguém a visse, não diria que estava preocupada; sua preocupação era mostrada apenas em algumas palavras e expressões que ela só mostrava para alguns professores e, obviamente, o diretor.

- Tenho sim, minha cara. – o diretor deu um leve sorriso. Passava a mão por sua enorme barba e seus pequenos olhos azuis brilhavam de animação por cima dos óculos. A teoria que tinha era um pouco improvável e, se fosse o que estava pensando, não restava nada a não ser esperar.

- Só me admiro que o senhor Pettigrew não tenha sumido juntos... Além de que foi ele quem nos deu o aviso, curiosamente. – comentou ela, torcendo suas mãos e apertando os lábios.

- Acha que isso tenha algo a ver com o sumiço deles? – perguntou Dumbledore, virando seus olhos para a diretora da Grifinória e sua vice-diretora.

O suspiro da outra foi uma resposta a sua pergunta. O diretor arqueou a sobrancelha.

- Por que acha isso? – perguntou cuidadosamente, analisando-a.

- Veja bem... É estranho que eles sejam vistos separados, não? Alem de que, mesmo sendo amigo deles, o Pettigrew é tratado diferente, como eu já percebi. Ele é tratado com mais indiferença e, até, descaso pelos outros. A não ser o Lupin, é claro, mas o Black e o Potter o tratam assim e ele continua correndo atrás dos dois...

- Está supondo que o senhor Pettigrew é o culpado pelo sumido deles? Algo como... Vingança?

- Sim. – ela admitiu com um suspiro resignado. – Estou preocupada com eles. – admitiu, apertando ainda mais as mãos.

- Não se preocupe, Minerva. Eles vão voltar. – Dumbledore deu um sorriso confortador.

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2023

- Fala aí, Scorpius. – cumprimentou o moreno, desanimado. Bateu a mão na do amigo como cumprimento.

- Ei, Alvo. Fora de novo? – o loiro demonstrou compaixão pelo amigo. Sabia o quanto ele gostava da Black, mas nunca conseguia nada, coisa que ele não entendia. Quem era o “pegador” era ele, quem ficava com tantas meninas era ele; então por que ela dizia aquilo tudo de seu amigo?

- É. – ele respondeu com um tom triste.

Tinha acabado de sair da sala de seu pai. Havia conversado com ele, contado sobre sua paixão por Elliz para seu pai. Ele tinha lhe contado a historia de seu avô e sua avó para ele pela centésima vez, mas acrescentou alguns detalhes que não havia contado a ele nem a seus irmãos e os comparou. Talvez achasse que terminaria ele e Elliz igual a seus avós...

- Não fique assim, irmão. – disse Scorpius, abraçando ele de lado com um dos braços. – Sabe que tem a... Mim! E a Rose, é claro. Alem de seus primos. Tenho certeza que, se a Elliz não te quiser, alguém mais vai querer.

- Mas eu não vou querer alguém mais, Scorpy... Eu vou querer a Liz... – Alvo levantou seus olhos lacrimejantes para o melhor amigo.

- Eu sei, Al, eu sei. Mas nunca sabemos o que irá acontecer no futuro... – recitou uma das frases trouxas que mais gostava. – Pode ser que acabem como Lily e James Potter ou apenas como Alvo Potter e Elliz Black. Pode ser que você se apaixone de novo por outra garota...

- Não. Os Potter só se apaixonam por uma garota. – deu um pequeno e fraco sorriso. Seu pai vivia dizendo isso.

- Então, amigo, se esforce ainda mais e consiga a garota. – o loiro deu um tapa leve na cabeça do amigo. – Tenho certeza que consegue. – deu um sorriso, encorajando-o.

- Sim, senhor capitão! – brincou, batendo continência.

A pequena tristeza havia passado, dando lugar a mais forte determinação.