DRACO PDV

  Em certa noite no meu sexto ano enquanto fazia a ronda dos monitores avistei uma cabeleira castanha volumosa próxima a um janelão, que logo reconheci a quem pertencia. Olhando para o lago. Fiquei no escuro apenas observando, esperando que minha presença não fosse notada, apenas a contemplando ao longe. Pelo que pude notar, ela estava triste, chorando. Mas eu nada poderia fazer, afinal o que eu diria a ela? Ela nunca acreditaria em nenhuma palavra que eu dissesse na certa me azararia antes que eu pudesse me explicar, sem nenhuma chance. Naquele momento pude notar o quão frágil ela era, linda mesmo estando triste, aquela simples visão me trazia uma sensação de paz. Não tenho muita certeza se é isso mesmo, afinal não conheço muito bem esses sentimentos. Mas era o mais próximo de tranqüilidade de cheguei a sentir (pelo menos até o momento), só de estar próximo a ela, isso me acalmava. Mas o fato de ela estar chorando me preocupou. Não sabia o motivo e também não sabia que atitude tomar, estava de mãos atadas.  Fiquei o que me pareceram longos minutos a observá-la. Por fim decidi que era melhor que era melhor não me pronunciar (não agora). E fui embora em direção ao meu dormitório sem nada fazer por ela aquela noite fria... Afinal o que eu sentia por ela?

HERMIONE PDV

  Em uma noite fria recebi uma das piores notícias da minha vida, Dumbledore veio me comunicar com um pesar que meus pais haviam falecido. Na realidade eles foram mortos. Não conseguia dormir, minha mente dava voltas e mais voltas. Resolvi caminhar um pouco para arejar a minha cabeça. Caminhei pelos corredores sombrios ate encontrar um janelão que dava de frente para o lago, onde a brisa alcançava minha pele e me acalmava, o vento me trazia paz. Uma paz que estava longe se sentir... Por um momento tive a sensação de estar sendo vigiada, mas não dei muita importância não estava me importando com mais nada naquele instante, (e quem andaria pelos corredores escuros de Hogwarts no meio da noite correndo o risco de ser pego?) Ok EU estava, mas meu caso era diferente! Eu só queria poder ver meus pais uma última vez... Poder abraçá-los, aquele abraço apertado de quebrar os ossinhos que só os nossos pais sabem nos dar. Sentir o cheiro de rosas daminha mãe, e o cheiro de campos verdes e madeira do meu pai, os melhores cheiros do mundo em minha opinião. Os muitos beijos que minha mãe me dava sempre que estava por perto, me pegando na maioria das vezes desprevenida. Os muitos conselhos que só os pais sabem nos dar, e que às vezes nós não damos valor, nesse momento: sentimos falta... Sentimos falta até dos puxões de orelha! Incrível não é? Até dos puxões de orelha sentir falta? Mas essa é a verdade TUDO te faz sentir falta! TUDO! Queria poder olhar nos olhos deles e dizer uma última vez que eu os amo! Sempre amei! E que vou sentir muita falta de tudo deles! Então aqui estou eu sussurrando ao vento um: Eu amo vocês! Espero de coração que onde quer que estejam eles saibam disto.

  Estava tudo muito silencioso pelo castelo, o único som era o do meu choro, e o do vento bem suave. Após um bom tempo quando senti que estava mais calma resolvi retornar para o dormitório antes que a Gina acordasse no meio da noite e sentisse minha falta... Quando olhei para trás não vi ninguém... Acho que por estar muito sensível estava pensando em coisas sem sentido... quem iria me observar????