Amor. Um Sentimento Terrível. escrita por camila_guime


Capítulo 19
A Marca de Um Comensal


Notas iniciais do capítulo

Meninas, eu nao sei se esse cap. demorou ou não, por que nao lembro qual foi a última vez que postei, tudo por que esse cap. que vão ler me deixou fora de órbita!
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/162693/chapter/19

Cap. 19

Assim que deu o horário, Hermione se arredou para rente à “parede” da tenda, cobrindo-se com o lençol até em cima na cabeça, e acendendo uma tênue luz da varinha. Encaixou a varinha entre os joelhos, posicionando um livro aperto nas pernas caso alguém a interceptasse de surpresa, e pegou o Espero de Dois Sentidos de dentro do decote.

— Quero ver Harry James Potter e Ronald Billius Weasley! – Disse a cada um dos espelhos. Logo, o lado de Harry se acendeu levemente e a figura do garoto apareceu. Em seguida, pela primeira vez rapidamente, Rony surgiu.

— Bom dia Hermione! – Desejou Harry num bocejo.

— Bom dia meninos...

Rony parecia amuado, e Hermione quis acreditar que era rabugem do sono.

— Então, o que vocês têm a dizer? – Perguntou Ronald.

— Primeiro o Harry, - disse Hermione parecendo meio sem jeito.

— Não, começa você!

— Mas...

— Alguém comece! – Apressou Rony.

Hermione bufou quando Harry fez que fechava a boca com um zíper.

— Está bem! Eu começo! – Ela respirou profundamente. — Ontem à noite, eu saí da ala hospitalar...

— Sério? Eu também! – Disse Harry.

— Você me viu?

— Não. Eu já falei que o que eu vi tem a ver com Malfoy!

— Maravilha! – Ironizou Rony.

Hermione olhou feio para ele.

— Enfim! – Disse parecendo querer se apressar. — Ontem eu fui à sala do Dumbledore, só que eu não sabia ainda que ele tinha voltado...

— Então pra que você foi lá? – Harry quis saber.

— Fui usar a penseira do diretor, ver umas memórias...

— Suas? – Inquiriu Harry curioso, mas viu Hermione balançar a cabeça negativamente.

— Do Draco – ela sussurrou de forma quase inaudível.

— Vocês só querem falar disso agora? – Disse Rony de repente, agora parecendo realmente bravo. — Sério, eu tenho mesmo que estar aqui?

— Qual é seu problema Ron? – Cochichou Hermione, enraivecida.

— Ah, não sei, quem sabe eu só não goste desse assunto! – Disse ele ironicamente.

— Rony, só ouça! – Disse Harry sem deixar Hermione falar algo grosseiro. Seria o fim da picada para eles dois, que já não se falaram o jantar inteiro por que Rony evitava Hermione.

Rony parecia ainda mais carrancudo, mas não disse mais nada.

— Como você tinha alguma memória dele, Hermione? – Harry quis saber.

— Eu colhi umas lágrimas depois que o dementador o atacou no cemitério. Não me perguntem por que eu fiz aquilo, mas foi bem útil...

— O que? Descobriu que na verdade ele não é o Draco, e sim alguém se passando por ele com a Poção Polissuco? – Resmungou Rony. — Por que só assim para aturar tanto tempo uma criatura dessas!

Hermione o olhou muito feio e depois o ignorou.

— Ele tem umas memórias interessantes sobre Voldemort, Abraxas Malfoy, e uma vidente escravizada. – Contou Hermione.

— Nossa! Será que é por que Voldemort é o chefe dele, Abraxas o avô e... Vidente escrava? Bem, isso não é por que a família dele é um bando de tradicionais mesquinhos e nojentos da época medieval? – Provocou Rony.

— Olha aqui! – Iniciou Hermione antes que Harry tentasse amenizar a situação. — Se você não quiser ouvir então se retire!

— Beleza! – Respondeu Rony de péssimo humor.

— Ótimo!

E o lado do espelho do Rony escureceu engolindo sua imagem. Momentaneamente Hermione se sentiu arrependida.

— Hm... Mione, não fica assim! Depois eu falo com ele! – Disse Harry olhando para algum lugar à sua esquerda. — Vamos. Termina de contar que pareceu interessante.

— Hm... É bem mais que isso! Lembra que eu disse uma vez que o Draco contou que Jacques era um filho fora do casamento da época do avô dele? – Harry balançou a cabeça. — Pois então, parece que é mesmo verdade. Draco ouviu escondido atrás da porta Lúcio e a mulher dele conversando sobre um possível parente distante. Tudo por que a vidente escrava da mansão deles teve uma premonição antes de morrer: algo sobre sangue-atraír-sangue e uma arma de poder imensurável ser capaz de “devolver a alma do Amaldiçoado”.

Os olhos de Harry se arregalaram.

— Do Amaldiçoado? Do...

— Eu pensei no Você-Sabe-Quem.

— E que arma é essa Hermione?

— Não sei. Parece que é uma pessoa! – Contou ela sentindo os pelos dos braços arrepiarem. — E pelo que entendi, a mulher do Lúcio acha que esse parente afastado é aquele que virá a desencadear o poder dessa arma. Narcisa Malfoy queria desvendar a profecia e, para ela, tudo indicava que essa pessoa seria do lado Malfoy da família, não dos Black, logo, a única pessoa que eles teriam distante, já que aparentemente a família deles se resume da geração de Lúcio para cá.

— Ela pensou no suposto filho fora do casamento então, meio irmão do Lúcio... – Alcançou Harry.

— Sim.

— Então Jacques está mesmo trabalhando para eles atrás dessa arma?

— Aí que eu não soube. Tinha uma memória do Draco, em que ele estava aparentemente se negando a uma missão dada por Voldemort, e estava sendo torturado e... – Hermione respirou fundo tendo, de repente, um impulso de choro. — Enfim! Quando se satisfez em machucá-lo muito, o largou. Então Você-Sabe-Quem virou para Lúcio, perguntado, eu acho, sobre essa tal pessoa. O Lúcio acabou dizendo que Dumbledore o tinha alcançado primeiro, e é aí que eu realmente penso em Jacques. Tudo se encaixa nessa parte, menos em quem seja a tal arma, amenos que seja...

— O Draco?

— Acho que não. Se fosse, Você-Sabe-Quem provavelmente já teria o usado. Eu acho que seja o Jacques, talvez... – Disse Hermione, insegura. — Veja bem: existe uma arma, e essa arma é uma pessoa. O parente distante, que resolve a parte de “sangue-atrai-sangue”, seria o Jacques, e, conforme o que a vidente disse, essa pessoa ia desencadear o poder. Não parece meio lógico?

— Bem... Talvez...

— E Você-Sabe-Quem ficou possesso quando Lúcio insinuou que Dumbledore tinha chegado primeiro nessa pessoa. Então, de certa forma, faz sentido. E se for assim, faz sentido uma coisa que Dumbledore me falou: não precisamos nos preocupar, pelo menos não agora. Jacques está aqui, bem debaixo do nariz de Dumbledore! A única preocupação seria a mesma de sempre: Voldemort, que vai fazer de tudo para chegar até ele.

— E como Dumbledore ficou sabendo sobre tudo isso? Digo, sobre o fato de que os Malfoy estiveram procurando por uma arma, e que era uma pessoa, e como ele pensou e encontrou Jacques?

— Bem, isso eu não sei. Depois que vi todas aquelas memórias, eu desmaiei. Dumbledore chegou da viajem naquela hora, e depois ele e eu tivemos uma conversa, mas ele não chegou a me dizer isso. Quando terminados, ele foi até a penseira colhendo de volta as memórias e jogando-as fora, na lareira.

— Então Dumbledore não chegou a olhá-las?

— Acho que não.

— Deveria! Se ele visse Draco trabalhando para o Vol...

— Mas ele deve saber! Deve menosprezar o risco que Draco pode apresentar! – Disse Hermione nem sabendo se isso era bom ou ruim.

— Mas não deveria! – Insinuou Harry. — Ontem à noite eu segui Draco depois de ouvir uma cobra. Foi como no segundo ano, com o Basilisco. Mas dessa vez parecia ser um bicho bem menor. Draco estava seguindo o chamado dela.

— Mas como seria possível? Amenos que...

— Ele também é um ofidioglota! – Disse Harry de uma vez. Hermione prendeu a respiração momentaneamente. — Ele falava com ela. Mas eu acho que ela deixou de responder por que deve ter percebido que ele não estava sozinho. Só não me viu, por que eu estava sob a capa do meu pai, mas as cobras sentem o calor humano... Então, eu tentei falar com Draco, o fazer soltar alguma informação importante...

— HARRY!

— Mas acho que ele percebeu que não era a voz da cobra, então disse que não daria informação alguma se não fosse direto à Neferet.

— Neferet a cobra?

— Sim. – Harry suspirou vendo Hermione ficar sem palavras. — Entende Hermione, Draco não está tão distante das trevas como você pensa. Você e Dumbledore. E você pode continuar sendo colega dele por aquilo que passaram juntos e tudo mais, se você quiser, mas fique atenta! Não se deixe distrair!

— Ah, Harry... – Hermione suspirou ainda sem saber o que dizer. Mas alguma coisa destroçava dentro dela naquele instante.

— E quando eu conversei com Dumbledore... Bem... Foi sobre Voldemort, basicamente. Ele me deu certas instruções a respeito das Horcruxes.

— Ah, sim! Conte-me!

— Ele não estava viajando para chamar escolas para aderirem ao estilo de ensino. Snape e Flitwick eram que estavam! Dumbledore estava atrás de uma Horcrux. E parece que ele conseguiu destruir. Era um anel. Muito estranho que, mesmo depois de destruído, eu senti... Uma presença... – Disse Harry, seu tom ficando mais soturno. — Como se houvesse Voldemort dentro daquela sala, mesmo a horcrux estando destruída.

— Por Merlin, Harry! Você não tem mais aquele contato telepático com Voldemort, tem?

— Não! – Harry mentiu. Era muito difícil bloquear a ligação quando se está dormindo, mas como dizer isso a Hermione sem que ela comece a surtar? — Mas ainda não é tudo. Ele mencionou uma coisa sobre Relíquias.

— Relíquias?

— Da Morte. Disse que um dia falará mais disso. Por hora, quer que nos concentremos nas horcruxes.

— Bem, então... Dumbledore não está querendo que você vá atrás delas, está?

— Na verdade eu acho que sim. – Harry admitiu. — Dumbledore está estranho. Anda falando como se daqui para frente eu não fosse mais poder contar com ele. Falou várias vezes em nos mantermos próximos, você, Rony e eu. Falou que vamos precisar manter a cabeça no lugar, e nos prepararmos muito bem, aproveitando o ensino que estamos tendo aqui. E eu tive a impressão que ele não estava falando isso preocupado com nossos exames finais...

Hermione sentiu uma nova onda de calafrio.

— Vamos ser fortes! – Disse tentando ser o mais segura possível.

— Vamos! – Harry concordou. — Só que... Tem mais. Daqui a alguns dias, disse Dumbledore, eu terei uma missão. Eu vou com ele, e não há certeza de como, quando ou se vamos voltar...

— Harry!  - Hermione tapou a boca com uma mão, a outra tremendo, mal segurando o espelho direito.

— Fique calma, Hermione. Vou estar com Dumbledore! Sei que vai dar tudo certo! Vai acontecer provavelmente na noite da primavera.

Mas o estrago já estava feito. Naquela noite, sabendo tudo que sabiam, nem Hermione nem Harry dormiram. Harry contando com um agravante a mais: as eventuais invasões mentais de Voldemort. Concentrado em bloquear seus pensamentos, tentava se convencer de que Draco realmente era a ameaça mínima. Se Jacques realmente não tinha contatos com as trevas, e estava seguro em Hogwarts, a melhor jogada seria destruir todas as horcruxes possíveis e destruir Voldemort direto no ponto mais vulnerável, sem perder tempo. E se Harry tinha a chance de fazer isso, faria sem pensar duas vezes.

Assim, os dias se seguiram quase normais. Ou de volta a normalidade. Depende do ponto de vista. Do ponto de vista de Rony, estava tudo no seu devido lugar: Harry e Gina ainda namoravam escondidos, mas estava mais claro que nunca, e talvez ele estivesse se acostumando com a ideia; Hermione e ele voltaram a se falar e Hermione tinha parado de ficar tão perto de Draco. E é aí que entra outro ponto de vista: Draco não entendeu muito bem, mas podia facilmente supor o motivo do afastamento de Hermione. Ainda era uma dupla nas atividades escolares, mas ela se limitava em tudo, e quando terminavam, Hermione corria para Harry, Rony ou Gina, e passava o resto do dia assim, senão, sozinha, lendo. Claro, isto já estava começando a irritar.

Certa tarde, uma inesperada chuva de fim de verão atrapalhou os treinos aéreos. Era dia de aulas sobre vassouras, a dezenas de metros do chão, e mais tarde, astronomia: como se guiar pelas estrelas em qualquer lugar. Mas com a chuva, foram obrigados a suspender tudo. Hermione estava dentro da sua tenda, lendo Beeddle, O Bardo. Rony tirava uma soneca do outro lado da barraca e Harry e Gina provavelmente estavam juntos, não restando mais ninguém para pensar, não fosse...

Draco atravessou a tenda, saindo da parte dos homens e entrando na das garotas. Hermione tomou um grande susto. Muitas meninas falaram coisas desagradáveis pela intromissão, mas Draco parecia não estar nem aí.

— É melhor sair! – Disse Hermione.

— Então vem comigo.

— Draco, sai daqui ou eu chamo algum professor! Você está no lado das meninas!

— Deixa disso Hermione! – Draco deu um muxoxo. — Vamos!

Pegando Hermione pela mão e a levantando numa só puxada, Draco a levou para fora da barraca. Embora fraco, chovia com certa insistência, então eles dividiram a mesma capa. Draco levou Hermione até mais dentro da floresta, onde os respingos eram bem menores sob a proteção das copas fechadas no topo das árvores.

— E então? – Perguntou Hermione cruzando os braços e tentando levantar guarda.

— Ah, quem tem dúvida aqui sou eu! – Disse Draco. — Eu fiz alguma coisa?

— Não sei. Você fez?

— Hermione, não me diga que voltamos à estaca zero de novo!

— Não sei do que você está falando. Além do mais, está chovendo e eu vou voltar!

Mas antes que ela pudesse fazer isso, Draco a segurou pela mão de novo.

— Espera, não! Toma! – E jogou a capa de volta por cima de Hermione. E decretou: — Fica. Hm... Por favor...?

Hermione não podia suportar aquilo: ir de contra a si mesma. Mordeu o lábio tentando se concentrar em permanecer indiferente.

— Tudo bem, mas fala logo!

— Certo. Ahn... O que está acontecendo?

— Não tem nada acontecendo!

Draco deu uma risada irônica e passou a mão pelo cabelo.

— Isso é ridículo. Onde está sua praticidade? Não vamos jogar Hermione... Não é assim que funcionamos!

— Certo. – Disse Hermione se voltando para ele. — Você quer saber o que há? OK, eu digo. Eu estou com muita raiva Draco! Muita raiva de você!

Por quê?

— Por eu ter ficado aquele tempo do seu lado. Por ter cedido tanto espaço para você!

— Isso seria “arrependimento”?

— Não. Ou sim, não sei! Eu só sei que estou com raiva por que eu não deveria ter acreditado que talvez você prestasse, por que a final, ninguém é capaz de mudar! Eu até achei que você nunca tinha sido realmente mau, mas...

— Do que você está falando? O que eu fiz?

— Mentiu! E mente! – Disse Hermione exasperada. — Anda por aí procurando contato com o lado de fora, e com certeza não pode ser algo bom. E eu briguei com meus amigos por você, e eu não ganhei nada por isso! Ano passado, quando Harry achou que você ia se tornar um comensal eu discordei, eu não acreditava que você fosse querer ser como seu pai ou sua tia Belatiz. Eu achava que não tinha nada a ver, mas agora eu penso diferente...

— O que? Acha que eu sou como eles? Você não tem ideia do que está falando! – Alterou-se Draco. — Na verdade você não faz ideia de nada. Não sabe como eles são! Não sabe nem como eu sou!

— E como saber? – Contrapôs Hermione. — Como saber se você fica dissimulando o tempo todo? Meia-verdade, ou mentiras, nunca verdade e só! Como eu poderia... Como confiar Draco?

— Sendo você mesma! – Draco ergueu a voz. — Hermione, ninguém pode estar mais certa do que você quando se trata dos seus próprios sentimentos, do que você pensa sobre mim. Só sua opinião importa!

— Não é verdade! Desde que eu não me torne uma pessoa ruim para aqueles que eu amo. E eu estava fazendo mal a Harry e principalmente ao Rony!

— Por quê? Por ter sido você ao menos uma vez na vida?

— Não! Por querer insistir numa teimosia ridícula, por que a final eu não posso ficar do seu lado, não devo. Você mesmo disse que eu não te conheço, e eu sei muito bem sim o mundo de onde você vem, então, como eu poderia confiar? Arriscar a segurança de quem realmente eu conheço?

— Acha mesmo que eu estou trabalhando pro Voldemort? Acha mesmo que eu sou um deles?

— Não sei, me prova que não é!

Como?

— A Marca Negra. Quero ver. Ou melhor, quero não vê-la em seu braço! Vamos!

Hermione viu o rosto de Draco empalidecer brutalmente, e por um instante se lembrou de como ele parecia definhando naquele chão de pedra, depois do ataque de Voldemort. Por pouco achou que ele fosse passar mal.

— Hermione... – Draco hesitou.

— É só erguer a manga, e acabar logo com isso.

Draco engoliu em seco, vacilando meio passo para trás. Hermione avançou, e sem prévia, puxou o braço esquerdo dele, que não mais se impôs. Mas o que Hermione encontrou debaixo da manga a fez dar passos para trás e tapar a boca na mesma hora, enquanto lágrimas de horror brotavam em seus olhos, descendo uma atrás da outra pelo rosto.

— Oh meu Deus! – Arfou.

Draco baixou a manga e, resignado, virou de costas, se afastando de Hermione e encostando a cabeça lamentavelmente no tronco frio de uma árvore.

Mesmo coberta agora, Hermione ainda conseguia enxergar a cicatriz mais horrível que já viu na vida, como se a imagem houvesse se gravado dentro de suas pálpebras, e aparecesse sempre que piscava:

Um marca que parecia pouco cicatrizada, como se houvesse sido arrancada à pele do local mais de uma vez, ficando uma cobertura mais escura que o tom natural e supersensível, apresentando auto-relevo contornando o desenho da serpente, com uma aparência tão brutal e desumana que fez Hermione se sentir nauseada. Algo se mexia dentro da cicatriz de Draco, como se o parasita da morte existisse vivo ali.

Draco sentia as lágrimas de vergonha, ódio e rancor arderem nos olhos, e descerem queimando pelo rosto. Não sabia o que fazer, já que fora descoberto. Se Voldemort soubesse, agora mataria sem pensar duas vezes. Estava arruinado, em todos os sentidos. Infeliz e sem saída.

Hermione não conseguiu dizer mais uma palavra. Não quis tentar medir o quão mal se sentia por que seria impossível. Novamente se encontrando péssima por ter feito algo que deveria, mas não queria fazer. Não pôde controlar, e a culpa prensou seu coração sem piedade. No instante seguinte, se viu caminhando em direção a Draco que, sem aviso, sentiu os braços de Hermione o envolverem por trás, abraçando-se a ele, consternada.

Ainda que não soubesse o real sentido de tudo aquilo, Draco virou-se de frente e retribuiu ao abraço, sabendo-se lá quando poderia ter aquele tipo de afeto outra vez.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!
Então, deixem um review por favorzinho!
A autora que só quer aquele estímulo sabe?
Beijos!
Mila.