Amor. Um Sentimento Terrível. escrita por camila_guime


Capítulo 13
Recomeço. Quando Surgem As Suspeitas.


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA a demora meninas, mas eu estou muito lotada com o estágio e com preocupações escolares, fora que estou meio fraca, e quando tentei postar, o NYAH estava em manutenção. Mas está aqui e espero nao demorar tanto tempo denovo!
Se me perdoaram e ainda gostarem da fic, deixem um review!
Boa Leitura!



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Cap. 13

McGonagall corria apressada sobre seus saltos baixinhos pelo corredor para chegar até a enfermaria, onde Jacques e Edward esperavam com Hermione e Harry dormindo sobre os leitos e Draco, numa terceira cama, apenas de olhos fechados.

— Professora Mcgonagall – Os dois professores curvaram a cabeça para ela.

— Santo Deus, crianças... – A professora passou direto por eles e segurou na barra de ferro das camas. — Estão bem?

— BEM? – Ralhou Madame Pomfrey se metendo no vão entre as duas camas para avaliá-los. — Quase morreram! Feridos e metidos em água gelada, o que queriam? Se matar? Poderiam ter tido hipotermia! Quer dizer, o Potter estava quase para parar quando chegou aqui. Granger estava menos machucada para morrer! Sem falar dos danos causados por feitiços. Eu praticamente tive que reconstruir todo o braço do Sr. Malfoy por dentro! Eles precisam ficar aqui por pelo menos quatro dias!

— Quatro? – Mcgonagall pôs a mão na testa.

— Pelo menos! – Enfatizou Pomfrey.

— Professores... – Minerva respirou fundo se virando para eles. — Precisamos de uma reunião, urgente.

Os professores se retiraram seguindo Minerva que, urgente, caminhava à frente. Não falaram nada enquanto seguiam pelo longo trajeto até a sala da professora. Hogwarts parecia em polvorosa com a notícia de que três dos alunos levados estavam de volta, feridos. Muitos diziam que Potter tinha perdido o braço, Malfoy tinha se afogado e quase morrido, e Granger estava desfigurada. Fofocas que mentes apavoradas, desocupadas e desinformadas criavam para suprir a necessidade de notícia. Logo, Minerva, Jacques e Edward entraram na sala da professora, a salvos dos olhares intrigados dos alunos.

— Quero entender o que aconteceu. – Começou Minerva intransigente sentando em sua escrivaninha. — Acomodem-se.

Dito isto, Jacques e Edward puxaram cadeiras para se postarem em frente a ela.

— Segundo o que Malfoy me falou, Granger se jogou no precipício para salvar Potter, - iniciou Jacques.

— Mas como Potter foi parar no precipício, para início de conversa?

— Segundo Draco, seu clone e o clone de Harry fizeram confusão para que Granger e a menina Weasley não soubessem quem era verdadeiro ou falso. O próprio clone de Harry lançou o feitiço Imperius sobre Draco para que parecesse que o verdadeiro Draco era o clone fazendo Harry-clone de refém! – Explicou Malfoy sem intervalos, fazendo breve confusão.

Mcgonagall, porém, não pareceu perder o fio da meada.

— Mas isto seria pressupor que os corpos enfeitiçados fossem versados em magia. Que tivessem inteligência própria para tramarem coisas em vez de agirem apenas para aquilo que foram programados!

— É o que eu penso também prof. Mcgonagall. – Concordou Jacques.

— Houve algum erro no encantamento dos clones, professores. Não há outra explicação!

— Houve. – Concordou Jacques outra vez. — Tanto que os clones de Harry e Draco não tentaram aniquilar seus corpos originais antes que a “armação” resultasse em algo. Depois que Granger agiu, acertando o clone de Harry, o gêmeo de Draco lançou Potter no precipício, e depois se voltou para seu corpo original. Foi quando Granger desacordou Gina e saltou atrás de Harry. Não sei como ela conseguiu o milagre de evitar a morte, mas, segundo o que Draco disse, eles ficaram lá em baixo, tentando chamar atenção de alguém. Quando ele derrotou o clone, percebeu o chamado e foi me avisar. Daí pra frente a senhora já sabe...

Minerva pôs a mão na testa, pensando alarmada sobre tudo. Foi quando estranhou o silencia de Edward.

— Nada a declarar prof. Scott?

— Na verdade eu só soube dos fatos quando prof. Malfoy me interceptou com toda a notícia. Harry vinha tendo um bom desempenho e eu não precisava ficar de olho nele como em outros alunos. Gina precisava de aperfeiçoamento, por isso deixei Harry como seu refém. Mas a respeito de toda essa catástrofe... Sinceramente... Não consigo visualizar nada.

Minerva viu Jacques erguer uma sobrancelha quase desdenhosa a Edward, mas não quis levar isto em consideração. Estava preste a falar novamente quando sua sala foi praticamente invadida pela professora Sprout.

— Pomona? – Assustou-se Mcgonagall.

— Minerva! Oh, Minerva! Mais alunos chegaram!

Logo atrás de Pomona, Papoula Pomfrey apareceu com potes de xaropes e remédios a base de plantas nos braços.

— Professora Septima e Sinistra estão aí. Tem no mínimo cinco alunos feridos gravemente cada uma!

— Mande-os para a enfermaria, já! – Foi o primeiro impulso de Minerva, de repente atordoada. — Ah... Prof. Sprout! – Chamou, fazendo a velha senhora se virar. — Chame Hagrid, preciso dele urgentemente.

— Sim prof. Mcgonagall.

— E vocês, professores, peço que façam uma coisa... Reúnam todos os alunos sob um só acampamento. Esqueçam o cronograma daqui para frente e traga-os para acamparem às muralhas de Hogwarts de novo. Essa semana as células serão dissolvidas, até que se averigúem os recentes acontecimentos com certeza.

— Sim professora. – Disseram os dois ao mesmo tempo.

— Acalmem seus alunos. Enquanto isso eu vou ver como Septima e Aurora estão. Vou avisá-las que vocês vão reunir os alunos delas. Hoje à noite ninguém ficará longe de Hogwarts. Hoje mesmo mando uma carta para Dumbledore. Há algo muito fora do lugar aqui.

E as horas se seguiram calmas e agitadas. Calmas para aqueles que ficaram dopados de medicamentos na ala hospitalar e agitadas para aqueles que recebiam as notícias fora de Hogwarts.

― Preciso vê-los! Professor Edward, eu preciso ver Harry e Hermione. – Bradou Ronald enquanto todos chegavam ao novo acampamento armado colado à muralha de Hogwarts.

A notícia sobre os dois já havia vazado e não havia ninguém que não estivesse preocupado. Até Crabbe e Goyle estavam, mas a respeito de Draco. Logo, outros ficavam preocupados com os outros, de todas as células, que precisaram ser levados.

― Acalme-se sr. Weasley!  - Dizia Edward Scott. ― O senhor não é o único que está querendo ver os amigos. Eles estão em Hogwarts, e estão sendo bem cuidados. Não há risco!

― E a Cho? – Perguntou Miguel Corner que não conseguira encontrá-la nem durante, nem depois da batalha.

― E a Luna, como está? – Perguntou Lilá, já sabendo que Luna havia sido refém de seu clone.

― Todos serão cuidados da mesma forma! – Repreendeu Edward Scott. ― Agora ajuntem suas coisas e entrem na tenda! Vamos! Notícia, conversas, seja mais o que for, só mais tarde!

Era quase impossível controlar a agitação. Exceto o grupo que estava sob poder de Jacques. Eles foram os primeiros a entrarem na tenda do tamanho de uma barraca de acampamento, montada em área aberta. Lá dentro, parecia mais um galpão imenso, muito branco e arejado. Dezenas de redes e colchões de ar se acomodavam em fileiras, pendurados nas vigas da barraca e sobre um forro de tecido, respectivamente. De um lado meninos e, separados por uma parede de tecido, as meninas. Neville encontrou Dino e Simas e se alojou no colchão ao lado deles. Ana Abbott avistou Justino e cruzou a cortina para conversar com o amigo de casa. Miguel e Lilá falavam sobre Luna e Cho. Quando Ronald entrou na tenda, logo viu o cabelo ruivo da irmã à distância.

― GIN!

― Ron... – Gina virou para trás, deixando Padma e Parvati e correu para Ronald.

― Gina!

― Você sabe de algo? – Perguntou ela agoniada.

― Não querem dizer nada. Mas você estava lá! Como foi?

Gina levou Ronald para um grupo de amigos, e logo Neville, Dino e Simas vieram, mais um monte de curiosos se juntou e todos ouviram a história que Gina contava. Depois, outros começaram a contar suas próprias a respeito da batalha.

Enquanto isso, na ala hospitalar de Hogwarts, o silêncio preponderava. Luna estava com o braço quebrado, da luta que travou com o clone de Lilá. Cho estava com muitas escoriações e algumas costelas quebradas por conta do clone de Luna. E por alto, uns quinze alunos se encontravam em macas naquele quarto. Já era tardinha, mas os remédios de Madame Pomfrey parecia ainda fazerem efeito. Contudo, Draco já acordava. Seu braço direito numa tipoia ainda parecia dormente. Mas era uma dormência dolorosa.

Levantando com cuidado e levemente tonto, Draco olhou ao redor. Do seu lado direito, Harry estava dormindo, do seu lado esquerdo havia alguém atrás da cortina que ele não pôde ver. Mas voltando para sua direita, depois de Harry, Hermione estava virada mais de lado na cama, como se tivesse olhando na direção dele, ou de Harry, antes de dormir. Draco foi até ela.

Dormindo, Hermione parecia desarmada, tranquila, quieta e vulnerável. Nunca pensou que pudesse vê-la daquele jeito na vida! Era como imaginar Harry e Voldemort fazendo as pazes. Mas por algum motivo, Draco preferiu aquela Hermione, desarmada, sem estar na defensiva o tempo todo, sem ter que se preocupar em passar determinada imagem, podendo aproveitar um bom momento. E sem que esperasse, Draco viu Hermione abrir os olhos.

― Draco? – Perguntou ela atordoada.

Draco não conseguiu pensar em como ia se sair. Então, deixou-se apenas ser.

― Oi... Hermione...

― O que está fazendo? – Perguntou com a voz meio grogue, puxando o lençol para cima e tentando se sentar um pouco.

― Nada. – Draco notou que, mesmo desorientada, Hermione lhe lançou um olhar acusador. ― Eu só estava de olho.

― Em mim?

― Bem... É. Eu acho.

― Por quê?

― Por que sim, oras! Queria que eu estivesse olhando quem? O Potter? Não, ele não faz meu tipo...

Hermione de repente riu, surpreendendo Draco.

― E eu faço? – Perguntou.

Draco levou um tempo para digerir e, corajosamente arriscando se sentar na beira da cama de Hermione, respondeu:

― Quando você não está tentando me matar... Eu posso te suportar por um tempo considerável...

― Eu não fico tentando te matar! – Defendeu-se Hermione.

― Não é só com Avada que se mata alguém...

O tom de Draco fez Hermione cogitar onde ele estaria querendo chegar. Não suportou manter contato visual por muito tempo, e foi quando viu colegas e conhecidos espalhados pela enfermaria.

― O que houve?

― Não tenho certeza, quando acordei, eles já estavam aqui. – Draco voltou a olhar ao redor.

― Luna... Cho... Ernesto... – Contabilizou Hermione. ― Será que estão muito graves?

― Foi uma briga feia. – Comentou Draco sem poder responder à pergunta de Hermione. ― A propósito, obrigado por ter destruído o clone certo. Por um momento pensei que fosse acertar a mim...

― Por um momento eu também. Ele tinha usado mesmo o...

― Imperius, - Intercalou Draco. ― Não deveriam usar. Na madrugada do dia batalha, quando nos levaram para sermos clonados, explicaram que nenhum deles teria mínima inteligência, apesar de serem capazes de tudo aquilo que a pessoa real também era. Havia praticamente um roteiro traçado para o que cada clone deveria fazer, Jacques tratou de programar meu clone. Mas então, na hora parece que eles tinham vontade própria. Muitos outros estavam usando magia proibida nos reféns, quando na verdade no máximo deveriam apenas escondê-los. Mas o mais estranho foi tanto o meu quanto o clone do Potter não quererem nos matar no mesmo instante, e sim fazer você e Gina acertarem a pessoa errada.

― Espera! – Hermione se sentou mais, percebendo um detalhe. ― Os professores estavam programando cada clone?

― Era isso. Na hora, nos colocaram numa sala separada e nós apagamos, não vimos o processo, nem mesmo nosso clone. Só na floresta. Quem teve o azar de achar o seu!

― Então quer dizer que se houve um “defeito” – Hermione fez aspas com os dedos, ― esse defeito deveria ter sido causado propositalmente ou não pelo professor que programou o clone. Ou seja...

― Acha que meu t... Que Jacques conscientemente largou um clone defeituoso meu para atacar Harry?

― E que outra explicação teria? – Hermione parecia entusiasmada.

― Então isso também leva a pensar que Edward Scott alterou o clone de Harry.

― Acha que ele poderia ter feito isso?

― Não sei, a suposição é sua! – Draco parecia confuso.

― Mas Jacques é um homem suspeito... E convenhamos que ele não amenizaria em nada para me atingir. – Disse Hermione.

― Mas meu clone só faria mal ao Potter, não a você!

― Harry é meu amigo, e ele saberia o quanto me faria mal se Harry se machucasse sério ou mesmo morresse.

― Devo entender... Se jogar num precipício foi muito esclarecedor a respeito disso. – Comentou Draco não gostando mais do rumo da conversa.

Hermione se sentiu momentaneamente perdida por estar falando de Harry com Draco. Percebeu que nem ele estava mais tão à vontade. Então tratou de mudar de assunto.

― E o que houve depois? Seu braço... – Disse notando a tipoia.

― Dormentia. – Draco respondeu voltando a prestar atenção na dor. ― Bem... Depois que consegui me livrar daquele clone maldito, fui ver se a garota Weasley estava viva. Foi quando notei as faíscas na borda do precipício.

― Foi você mesmo? – Perguntou Hermione de repente se sentindo corar.

― Claro. Eu estava lá! Você me viu depois que retornaram à superfície...

― Ora eu pensei... Pensei que tivesse sonhado ou sei lá o que?

― É de se estranhar... A menos que você costume sonhar comigo com frequência! – Brincou Draco sorrindo, maroto.

― Ah... Sai daqui! – Respondeu Hermione dando um leve empurrão em Draco, mas que acertou o braço doente.

― AH DROGA! – Bufou o garoto.

― OH, Merlin, desculpa!

― Tem que pedir desculpas a mim, não a Merlin! – Disse Draco rabugento.

― É por essas e outras que ninguém te atura Malfoy!

― Você acertou meu braço! – Queixou-se.

― Não foi intencionalmente.

― Vou dizer isso toda vez que por acaso acertar um dos seus amiguinhos.

― AH, nem pense nisso!

Draco riu em meio à dor, e Hermione viu que ele só estava falando bobagens. Os dois pararam de falar enquanto a dor do braço voltava a amenizar. Draco voltou a olhar diretamente para Hermione por um bom tempo. Até que ela começou a realmente se importar.

― Dá para parar?

― Hm... Não.

― Que insolência, Draco!

― O que? Você é bonita!

Hermione engasgou com o ar. E tossiu nervosamente em seguida, fazendo Draco rir e, sem vergonha, continuar olhando até que a crise passasse.

― Nunca mais digo isso pra você!

― O que te deu heim? Aquele clone te fez muito mal!

― Não, Hermione... Outras coisas me faziam mal. Ter sobrevivido ao clone me mostrou isso... Assim como você ter pulado para salvar um amigo, e sobrevivido também. – Disse Draco com uma sinceridade que fez Hermione corar e acreditar nas palavras dele, ainda que não conseguisse ver muito além.

― Está me assustando, Malfoy.

― Não se assuste. Eu... Eu só acho que deve ser bom ter alguém que pule num precipício por você.

― Você não tem Crabbe e Goyle? Parecem muito unidos. E seu querido pai? – Hermione tentou desesperadamente sair de foco.

Draco riu ironicamente.

― Eu falei alguém para pular num precipício por você, não te jogar nele!

Hermione tentou rir, mas não teve certeza se era uma piada, por mais que Draco continuasse sorrindo.

― O que você está querendo?

― Me aproximar... De uma pessoa certa.

― Ah... Depois de meros sete anos você decide que quer ser meu amigo? – Ironizou Hermione.

― Nunca é tarde, não é o que os trouxas dizem?

― Bem...

― Eu só estou tentando, Hermione. Não faça nada, só me deixe tentar.

Draco calou-a por muito tempo. Logo Madame Pomfrey adentrou na enfermaria trazendo uma prancheta com vários prontuários e seguida de outras enfermeiras, com mesinhas de medicamentos. Quando avistou Draco e Hermione conversando, foi vigorosamente até eles.

Continua....


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem!
Como eu disse, se vocês me perdoam e ainda querem continuar lendo, me falem no review, senao...
Eu vou me esforçar mais se quiserem ler!
Adoro o apoio de todas até aqui!
OBRIGADA!
Mila.