The Last Time escrita por sankdeepinside


Capítulo 20
And I'm forced to face these hate crimes


Notas iniciais do capítulo

Olá. ~le chuta, bate, arranca cabelo~ Desculpa a demora galero, eu tava bloqueada a uns dias atrás '-'
Mas ai eu tive uma iluminação e finalmente o capitulo saiu. Nem vou enrolar muito.
ERRATA: Nas notas finais do cap anterior eu enchi o saco da Talinda dizendo q ela não tinha parido, mas eu como a pessoa lesa que sou não tinha notado q ela ja tinha parido. Então Talinda de mentirinha pariu, Talinda de verdade também. Aqui uma fotinha cuti cuti no pra vcs http://25.media.tumblr.com/tumblr_m1ccg0jTYu1qhwjmlo1_500.jpg
As letras do capitulo de hoje são trechos da And One :3
Piedade de mim porfa.
Não foi betado pq eu to com preguiça de mandar pra beta (nossa que inutil que é a minha beta haha)
Espero que gostem
Bjs



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Ele chegou e sentou no sofá da sala, Anna correu e fechou as cortinas para evitar que algum vizinho acabasse o vendo pelas janelas.

– Não pode ficar aqui por muito tempo, não quero me associem com o que você fez.

– Meu melhor amigo Anna – ele fitava as próprias mãos entristecido – Meu melhor amigo me deu as costas

– Mas o que te deu na cabeça Kevin? Atirar justo no Mike! No meu Mike!

Um sorriso macabro se abriu no rosto dele

– Ainda não foi o suficiente, o Chester também merecia aquele tiro, eu ia adorar ver aquele filho da puta se contorcendo e sangrando até a morte. Minha Anita não merecia o que aqueles dois imbecis fizeram com ela.

– Aquela nojenta? Você não pode estar falando sério, ela merecia ter continuado em coma pra sempre.

Com um movimento brusco Kevin se levantou e agarrou com violência o braço de Anna.

– Lava a sua boca pra falar dela, sua ordinária. Ela não pode se defender.

– Não pode se defender? – Anna puxou o braço do aperto de Kevin e soltou uma risada sarcástica – Ah ela pode se defender sim, até ameaçou quebrar meus dentes.

– O que? – a expressão do moreno ganhou linhas mais suaves – Ela acordou?

– Infelizmente

Ele sorriu, quase que para si mesmo.

– Ela ainda pode ser minha

– Para de ser idiota, o Chester montou quase um acampamento na frente do quarto dela, você nunca conseguirá se aproximar.

– É claro que consigo e se eu tiver que atropelar o Chester pra isso vai ser ainda melhor.

– Não me importo com ele, desde que não toque um dedo no Mike

– Eu toco se eu quiser – Ele lançou um olhar desafiador para ela

– Não toque, você me deve isso, se fizer alguma coisa com o Mike eu serei a primeira a ir a policia e contar tudo o que você fez.

– Você não tem coragem, sabe que se fizer isso você morre.

– Experimente machucar o Mike e veremos quem de nós perde primeiro.

Ambos permaneceram um longo segundo se encarando com fúria nos olhos, até que Kevin se jogou novamente no sofá.

– Tudo bem, seu asiático vive. A minha prioridade agora está nos Bennington.



**



– São lindas – Uma voz feminina soou atrás de Chester, ele tinha os olhos muito avermelhados do choro e um sorriso bobo nos lábios. Contemplava muito concentrado as duas pequenas crianças recém-nascidas através do vidro que o separava do berçário.

– São magníficas, da pra imaginar que um cara como eu tem duas princesas tão lindas?

– Realmente não dá

Ele então se deu conta que aquela mulher ao seu lado não era amigável

– O que veio fazer aqui Anna?

– A Talinda é minha amiga Chester, por mais que não goste disso é obrigado a me aceitar.

Ele revirou os olhos

– Não vou gastar minhas energias discutindo com você, não merece.

– Ótimo, aliás, devia cuidar da sua esposa. Passou tanto tempo cuidando da priminha, ainda se lembra de como agradá-la?

– Ninguém aqui pediu a sua opinião, por que não volta para o inferno de onde você saiu?

Anna apenas sorriu maliciosa e deu as costas, indo para o quarto de Mike. Ele já estava um pouco melhor e conseguia ficar sentado com um pouco de auxilio.

– Olá – A morena sorriu da maneira mais doce possível

– Oi Anna!

– Como se sente?

– Um pouco melhor, mas ainda com dores.

Ela se aproximou dele, acariciou seus cabelos e sorriu de leve

– Seu cabelo ta tão diferente

– Só o cabelo? – ele riu e ela o acompanhou

– É verdade, você ta todo diferente – Ela fez uma breve pausa – Eu queria tanto que as coisas entre nós dois tivesse dado certo.

O sorriso dele se desfez

– Não queria não, se quisesse teria ficado comigo.

– Quantas vezes vou ter que pedir perdão?

Ela fez uma sutil carícia no rosto dele e se aproximou devagar

– Não Anna, nós já conversamos sobre isso.

– Eu quero ficar com você Mike, me deixa consertar as coisas.

– Agora não dá mais, já passou – ela aproximou o rosto do dele, mas com um movimento veloz ele desviou – Eu amo a Anita agora Anna, entenda isso.

– Ela não é a mulher certa pra você Mike, ela é muito agressiva, grosseira, parece que veio das ruas. Você merece uma mulher feminina e carinhosa, não uma macaca Chita!

– Pare de falar dela desse jeito, ela é uma excelente pessoa.

– Excelente pessoa? Não foi ela que te traiu com o próprio priminho?

– Chega Anna! Se você veio só pra soltar seu veneno era melhor ter ficado em casa.

– Tudo bem, não vou falar mais nada – Ela pegou sua mão e acariciou de leve – Eu vou provar pra você que estou arrependida Mike! Você vai ver, eu ainda te amo Mike.

Mike olhava fixo para a parede branca a sua frente, era muito difícil acreditar nela, suas palavras pareciam vazias e falsas.

– Eu não me sinto confortável com você aqui

– Quer que eu chame a enfermeira?

– Não, só quero que vá embora.

O rosto dela se contraiu em uma expressão de desgosto, abriu a boca fazendo menção de falar algo, mas acabou não falando nada, apenas se levantou e saiu depressa do quarto. Assim que a porta bateu atrás de si Anna chorou, abraçou o próprio corpo e chorou de maneira quase inaudível, ela o amava, e a rejeição dele a machucava. Correu para o banheiro, não queria que ninguém a visse fraca daquela forma, se olhou no espelho, tinha tênues linhas negras pela face alva, resultado do lápis de olho borrado pelas lágrimas. Abriu a torneira da pia e jogou um pouco de água no rosto, se encarou no espelho novamente, tinha os dentes cerrados para evitar que um grito de fúria escapasse por sua garganta. Anna estava se sentindo estúpida por tê-lo abandonado, e mais estúpida ainda por ter voltado para mendigar o mínimo de afeto dele. Uma onda de raiva percorreu sua espinha, ela então sacou o celular do bolso e discou o ultimo número. Era engraçado como de repente ele se tornara tão próximo dela.


Flashback on

Café fumegante sobre a mesa e um jornal aberto. Ela estava num café popular do Arizona, nunca havia ido lá antes, parecia um local interessante para se conhecer. Folheava o jornal com pouco interesse, o pensamento longe em coisas triviais, quando uma conversa numa mesa próxima lhe chamou a atenção.

– Coma? Não pode estar falando sério! Eu vou matar aquele Bennington filho da puta!

– Abaixa o tom Kevin, estamos em público!

Bennington. Anna sorriu internamente, fazia muito tempo que não ouvia aquele sobrenome. Os olhos dela procuraram curiosos pelos donos daquela conversa. Um deles era mais velho, já passando da casa dos trinta, com alguns leves fios grisalhos no meio dos cabelos castanho-claros, o outro era mais jovem, tinha os cabelos bem negros e era um pouco mais forte.

– Abaixar o tom? O Shinoda e o Bennington estão destruindo a vida da mulher que eu amo e você quer que eu aguente calado?

Shinoda. Aquele era o nome que faltava, eles realmente estavam falando de quem ela estava pensando, afinal, quais eram as chances desses dois sobrenomes estarem juntos na mesma conversa se não fosse por causa deles?

– Você já está com problemas com a polícia Kevin, se envolver nisso será cavar a própria cova.

– Eu não ligo!

Anna então se levantou e caminhou até a mesa dos dois homens.

– Com licença? Me desculpem a indiscrição, mas é sobre Chester Bennington e Mike Shinoda que vocês então falando?

– Isso não é da sua conta – O mais jovem respondeu ríspido

– Tem certeza? Talvez seja

– Quem é você? – Drew perguntou curioso

– Anna Hillinger, ex-mulher do vocalista rapper do Linkin Park, Mike Shinoda – Os olhos de Kevin se voltaram curiosos para ela – Viu? Pode ser que seja da minha conta. Será que posso me sentar?

Flashback off

– Pode vir

– Agora?

– Agora!

– E o Chester?

– Está distraído com as bebês, é melhor aproveitar.

– Tudo bem, chego ai em um segundo.


**


– Não acredito que você realmente está pensando uma idiotice dessas

– Não acha que pode ser possível?

– Impossível não, mas as chances são bem reduzidas. O Brad é casado e até onde sei ele ama muito a esposa

– Ah – a morena deixou os ombros caírem

– Por que está com essa cara? Pensei que amasse o Rob!

– E eu amo!

– Então por que tudo isso? Se envolver com dois homens não é nada legal, muito menos só por vaidade Cláudia!

– Eu sei – ela falou em tom baixo, como uma criança repreendida pela mãe – Eu só queria que o Rob se importasse.

Anita deu um longo suspiro e olhou para o teto.

– Eu conheço essa sensação – Anita voltou os olhos para a amiga ao seu lado e abriu um sorriso suave – é muito ruim ser coadjuvante na vida daqueles que são os protagonistas da sua, mas esse não é o rumo certo pra conseguir atenção dele.

– Eu me sinto tão sozinha Anita, não sei nem o que fazer, por que eu gosto dele, mas parece que ele não dá a mínima pra mim.

– Dê um tempo pra ele okay? Ou melhor, dê um tempo pra si mesma, se ele se importar ele vai atrás de você.

Kady sorriu, mas logo seu sorriso se desfez.

– E se ele não vier?

– Ai você vai ter que decidir se quer seguir em frente.

Kady se calou, ambas ficaram olhando o entardecer pela janela

– Você já pode andar?

– Mais do que ontem e menos do que amanhã – a loira sorriu

– As filhas do Chaz nasceram, ficou sabendo?

O sorriso de Anita foi substituído por uma careta

– Não, ninguém me falou nada. Não acredito que Chester não me falou sobre isso. Onde elas estão?

– Estão no andar da maternidade

– Nós vamos até lá!

– Você não pode sair Ann

– Foda-se, quero ver minhas sobrinhas. Vá pegar uma cadeira de rodas pra mim – ela falou enquanto se sentava na cama

– Não Anita! Deite de volta!

– Não vai me ajudar? Então eu vou sozinha – ela se levantou, o chão frio deu um choque em seu corpo, já conseguia andar, mas não com tanta habilidade quanto antes. Se apoiou nas paredes e foi andando – Tem certeza que não vem comigo Kady?

– Você é louca, mulher – Kady se levantou e foi até a amiga, dando o ombro para ela usar como apoio. Quando chegaram à maternidade, as crianças não estavam no berçário, estavam com a mãe.

– Acho melhor eu entrar sozinha

– Tem certeza? E se você cair?

– Do chão eu não vou passar – ela então soltou Kady e girou a maçaneta da porta.

Anita nunca se esquecera da primeira impressão que teve de Talinda, mesmo tendo passado tão pouco tempo na casa dela sabia que era uma mulher doce e uma mãe carinhosa, era visível isso. Ela tinha os cabelos negros um pouco bagunçados e o rosto exausto, segurava uma das bebês junto ao seio, alimentando-a. A bebê tinha os cabelos negros e era bem pequena, assim que a porta se abriu, a mãe olhou para sua visitante com surpresa.

– Hey – ela abriu mais a porta, Anna e Chester também estavam lá, ele segurava a outra criança nos braços.

– Anita? Mas o que... – ele tentou falar, mas ela o interrompeu.

– Será que eu posso entrar?

– O que veio fazer aqui? – Talinda falou com um pouco de mágoa na voz

– Vim te ver – Anita fez uma breve pausa – e ver minhas sobrinhas, já que ninguém me avisou que elas nasceram – ela lançou um rápido olhar zangado para Chester

– Vá embora – Anna se pôs na frente de Anita – Você não é bem vinda aqui

– O que você ta falando sua maluca? – Chester gritou com Anna

– Quem tem que dizer se eu sou bem vinda ou não é a mãe das crianças, não estou aqui pra brigar com ninguém.

Anita olhou fixamente para Talinda a espera de uma resposta, Talinda também a encarou por alguns segundos e desviou o olhar para a parede.

– Me dê a outra criança Chaz, você e Anna podem me deixar a sós com ela?

– Tali, você vai deixar essa doida ficar perto das suas filhas?

– Vão pra fora, por favor.

Chester assentiu com a cabeça e entregou com cuidado a outra menina aos braços da mãe, lançou um olhar breve para Anita e saiu escoltando Anna.

– Ainda não tinha visto você depois de acordada. Fico feliz que esteja bem e que não tenha levado setenta anos pra acordar – Ela deu um sorriso breve, o qual Anita retribuiu da mesma forma – Ainda está bela e jovem.

– Kady disse que ás vezes ficava aqui no hospital comigo, por que fazia isso? Quer dizer, pensei que me odiasse.

– Eu não te odeio, pelo menos não muito e eu vinha pra olhar pra você, porque durante a turnê ele não podia fazer isso e me ligava o tempo todo pedindo notícias suas. Não foi por você, foi por ele. Ele se sentiu tão culpado, Mike também sofreu muito. Será que você não se dá conta da idiotice que fez? Eles amam você e em troca você só faz com que eles se sintam uns babacas. Não é bonito brincar com os sentimentos das pessoas.

– Me desculpe

– Não me deve desculpas, pelo menos não por isso. Sabe, eu ficava olhando pra você e perguntando o que você havia feito pra seduzi-los desse jeito. Não é saudável pra nenhum deles. O cara que deu um tiro no Mike fez isso por sua causa. Por causa do amor doentio que você desperta neles. É repugnante.

– O que?

– Ele está foragido. E o meu Chester corre o risco de ser um alvo por sua causa

– Não está falando sério

– Eu pareço estar brincando?

Anita desviou os olhos.

– E as crianças? Foi um parto tranquilo?

– Sim, elas duas são garotas bem saudáveis.

– E você? Como está?

– Bem, um pouco cansada, mas estou bem.

– Eu posso tocá-las?

– Claro

Anita passou a mão sobre a cabeça das garotinhas fazendo uma carícia suave, não quis pegá-las no colo pois seu equilíbrio ainda não estava bom o suficiente.

– São lindas, parecem um pouco com você.

– Obrigada.

– Acho melhor eu ir embora agora – Anita se encaminhou até a porta cabisbaixa

– Hey, cuide do seu cabelo.

– Do meu cabelo?

– É – Talinda abriu um sorriso amigável – eu gostava de penteá-lo quando estava desacordada, é um cabelo muito belo, cuide dele.

– Obrigada, eu desejo tudo de maravilhoso pra você.

– Pra você também

As duas trocaram breves sorrisos, nenhuma delas queria que aquilo se tornasse uma guerra, ou apenas talvez já estivessem cansadas demais pra lutar.

Do lado de fora Chester já havia conseguido uma cadeira de rodas, a qual ela despencou exausta.

– O que estava pensando? Não pode ficar saindo o tempo todo do quarto!

– Foda-se, a culpa é sua. Podia ao menos ter avisado sobre as crianças.

– Me desculpe, estava bobo demais para sair de perto delas – ele abriu um sorriso involuntário.

– Tanto faz, elas são realmente lindas. Parabéns papai

– Obrigada – ele deu um beijo no ombro dela – Agora vamos pro seu quarto, já devem ter notado a falta da fugitiva.

– Não – ela, lançou um olhar desafiador para Anna, que estava de pé perto da porta – Quero ver Mike primeiro.

– Tem certeza? Você parece cansada

– Tenho

– Okay.

Ele então a empurrou até o quarto de Mike.


**

– Olha pra mim, apenas por um segundo – ela segurou o rosto dele nas mãos, obrigando-o a encará-la

O cabelo dele já tocava os ombros, eram de um castanho-achocolatado bem suave, os olhos dele de um tom um pouco mais escuro encaravam os dela.

– Por que está fazendo isso?

– Por que eu preciso que me entenda.

– Você vai me deixar?

– Só se quiser que eu o deixe, mas eu não aguento mais a sua indiferença.

– Me desculpe, esse é o meu problema. Ás vezes eu me esqueço de viver por que me concentro demais em tocar com perfeição. Eu realmente sinto muito, não quero que me deixe, eu realmente gosto de você.

Ela soltou o rosto dele e se levantou

– Eu sei que gosta, não vou pedir pra que você largue o trabalho, eu admiro muito o que você faz, mas não quero mais ser o cachorrinho no seu pé implorando por atenção.

– O que quer que eu faça a respeito então?

– Acho que tem que buscar a resposta em si mesmo. Quando encontrá-la pode me procurar, vou estar esperando ansiosamente por você Robert.

– Kady não...

A porta se fechou, ele estava sozinho novamente. E pelo mesmo motivo das vezes passadas, ele estragara tudo, a diferença é que agora havia alguém disposto a esperá-lo, mas ele não fazia a menor ideia de como resgatar sua vida pessoal do trabalho.


**


– Você está parecendo um fantasma

– E você um guerrilheiro baleado

– Ainda pareço mais vivo do que você

Os dois gargalharam

– Vai pro inferno Spike

– Hahaha também te amo magrela – ele respirou fundo, sorrir sempre doía – E então? Viu as garotinhas do Chaz? Como elas são?

– São lindas!

– Ufa, estava com medo que tivessem puxado ao pai – Os dois gargalharam novamente.

– Eu estou aqui fora, mas eu estou ouvindo okay? – Chester resmungou do outro lado da porta

– Ele reclama, mas também está aliviado por terem puxado à mãe – Mike brincou mais uma vez

– Oh como você é venenoso

– Cala a boca, quando nossos filhos nascerem também vou ficar aliviado se puxarem a você.

– Quer mesmo ter filhos comigo?

Ele fez uma cara pensativa

– Só se nascerem com esse seu cabelo de Barbie

– Ah cala a boca – ela deu um soco no braço dele

– Para de me bater, eu sou um baleado.

– Cala a boca

– Vem aqui – Ele a puxou e deu um beijo em seus lábios, quando ela separou do beijo ele segurou o rosto dela com as mãos e o encarou, ela fez o mesmo, a barba dele estava mais espessa e já tomava conta de quase o todo o maxilar, os olhos dele tinham um brilho único, que era visível apenas quando ele sorria – Eu quero sim ter filhos com você, e mesmo se eles tiverem as orelhas enormes ainda vão ser as crianças mais lindas do mundo, por que eles também terão o seu sangue.

– E o cabelo da Barbie – eles dois sorriram, na própria mente, Mike construía uma série de ideias, que mal podia esperar para colocá-las em prática.


**


– Para de reclamar okay? – Ele a colocou na cama e passou os dedos por uma das mechas douradas do cabelo dela – Está feliz?

– Acho que sim. E você?

– Acho que estou perto

– Fique com ela

– Ainda acha que pode dar certo?

– E você não? Ela te ama

– Não sei se ainda posso ser um bom marido pra ela

– Você é bom em tudo o que faz

Ele riu e passou as costas da mão no rosto dela

– Não em tudo. – ele repirou fundo – É melhor dormir, você está exausta.

– Canta pra mim

– Está ficando mal acostumada

– Foda-se, qual a graça de viver rodeada de músicos se eu não puder explorá-los?

– Então feche os olhos

Ela obedeceu e ele cantou em um tom muito suave, como sempre fazia para ela.

Where should I start?

Disjointed heart

I've got no commitment

To my own flesh and blood

Left all alone

Far from my home

No one to hear me, to heal my ill heart, I

Keep it locked up inside

Onde devo começar?

coração incoerente

Eu não tenho compromisso

com minha própria carne e sangue

Deixado só

longe da minha casa

ninguém para me ouvir, para curar meu coração doente, eu

Mantenho trancado por dentro


A porta então se abriu, Chester automaticamente olhou para trás, a figura de um médico esguio adentrou no quarto, tinha parte do rosto coberto por uma máscara.

– Terei que pedir para que se retire Sr. Bennington

Chester encarou aquele homem por alguns instantes, olhou nos olhos escuros dele, havia algo que parecia deixá-lo alerta, mas devia ser besteira de sua mente.

– Tudo bem, vão fazer exames?

– Sim – o homem alto sacou uma seringa do bolso do jaleco

– O que é isso?

– Apenas um anestésico, é para o bem dela. Espere lá fora.

Chester um pouco relutante saiu e um pouco depois o médico saiu empurrando Anita na maca. Ele cruzou os braços enquanto o médico desaparecia no corredor. Ele se sentou e puxou uma revista.

– Onde está a paciente?

Chester levantou os olhos e se deparou com uma figura já conhecida

– Dr Phill?

– Olá garoto, cadê sua prima?

– Um outro médico a levou para fazer exames.

– Que outro médico? Isso é impossível!

– Eu não sei quem era, por que é impossível?

– Não existe outro médico Sr. Bennington, eu sou o único responsável por ela, minha equipe é que cuida da garota, e é composta por médicas e enfermeiras, todas mulheres.

– O QUE?


Breaking a part of my heart to find release

Taking you out of my blood to bring me peace

Breaking a part of my heart to find release

Taking you out of my blood to bring me peace


Quebrando uma parte do meu coração para encontrar liberação

Levando-o para fora do meu sangue para me trazer paz

Quebrando uma parte do meu coração para encontrar liberação

Levando-o para fora do meu sangue para me trazer paz




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Notas finais do capítulo

9 anos de Meteora galero!! ~Nossa Lara pq vc não colocou letra do Meteora no capitulo?~