The Last Time escrita por sankdeepinside


Capítulo 16
I run 'til It puts me underground;


Notas iniciais do capítulo

Oi :B
Acho que nem demorou tanto assim, falae. Queria agradecer aos reviews e as criticas construtivas, isso me deixa feliz porque significa que vocês estão se importando com o desenvolvimento da fanfic e me dando uns puxões de orelha. Coloquei um pouco de Drama, como pediram, espero que esteja bom.
Até que enfim um Hentai aqui na fanfic, acho que só não fiz antes por que eu não conseguia me decidir com qual do dois seria. Mas enfim eu me decidi.
O cap não foi betado pq eu estava com preguiça até de mandar pra minha beta ~le apanha~
Perdoem os erros
Espero que gostem
Boa leitura



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– Você tá tão – ele fez uma pausa para sorrir – tão bêbada

Ela gargalhou alto

– E você não?

– Estou mais sóbrio do que você, com toda certeza – ele continuou rindo enquanto coçava a barba espessa. Os olhos dela se fixaram na imagem daquele asiático sorridente, ela quase perdera as esperanças de que um dia pudesse voltar a sorrir desse jeito na companhia dele. Ele notou que ela o olhava e desviou o olhar um pouco sem graça – Acho que devemos entrar, já faz alguns minutos que estamos aqui dentro desse carro.

– Ah, ahm, tudo bem

Ele abriu a porta e ela fez o mesmo, mas ao sair não conseguiu se manter de pé por muito tempo e caiu de quatro no chão. Logo começou a gargalhar sozinha da própria situação, ele sorriu um pouco e deu a volta no carro, ajudando-a a se levantar. Ela se apoiou no corpo dele e foram caminhando juntos, cambaleando, pelo estacionamento do prédio.

– Mike espera – ela parou de caminhar e ele foi obrigado a fazer o mesmo

– Algum problema Ann? – Os olhos muito castanhos dele caíram sobre ela, o cabelo loiro estava bem bagunçado, ela não estava maquiada, mas haviam algumas marcas de cobertura no rosto, provavelmente de um dos drinks que ela havia tomado, mal se equilibrava sobre as botas, mas ao fitar os olhos dela ele percebeu que ela ainda tinha consciência do que estava fazendo.

– Tem um problemão Mike – ela ainda se apoiava nos ombros dele. Respirou fundo e se aproximou do corpo dele um pouco desajeitada

– Tem? E qual é? – Ele falou sem conseguir desviar dos olhos escuros dela

Anita não conseguiu mais se conter, se aproximou vagarosamente do rosto dele, roçou vagarosamente o nariz no dele, diferente da outra vez, ele não pareceu resistir, ela sentiu que ele também desejava aquilo e então deixou seus lábios se unirem aos dele. Ele a principio sugou seu lábio inferior, mas vagarosamente as mãos dele envolveram a cintura dela e ela aprofundou o beijo, com mais rapidez e desejo. Restaurando uma porção de memórias esquecidas daquele cheiro, daquele corpo, daquele homem que ela aprendera a desejar com toda força.

Ele então abruptamente separou o beijo, mas se manteve de olhos fechados, com o rosto colado ao dela, respirando ofegante, mas com o cenho franzido, parecia que algo o machucava.

– Por que faz isso comigo?

Ela o abraçou com mais força e falou quase em um sussurro

– Por que eu amo você

– Não ama não

– Oh Mike, eu estou tão assustada, não sei como controlar isso, me desculpe por tudo. Mas eu – ela também ofegava – não sei se ainda posso ser feliz com o Chester, minha mente só consegue pensar em você.

– Você está bêbada, não sabe o que está falando.

– Não estou tão bêbada assim.

– Você está falando a verdade?

– Estou – ela sorriu um pouco tímida – Eu preciso de você Mike. Eu amo você.

Ele não esperou que ela falasse mais nada, a empurrou contra uma das colunas ali do subterrâneo e imprensou seu corpo, beijou a extensão do seu pescoço, a suspendeu segurando-a pelas pernas, ela mantinha a unhas cravadas nas costas dele. Suas linguas se misturavam, ávidas, repletas de desejo. Era como se Mike fosse outro, havia deixado de lado toda a calma, seu modo pacato de agir e agora ele estivesse completamente inebriado pela luxúria e pelo desejo do corpo daquela mulher em seus braços.

Entraram rápido no elevador, ainda se beijando, saíram no sexto andar rumo ao apartamento de Mike. Assim que bateram a porta ela despiu a camiseta branca e larga, exibindo o corpo esguio e a lingerie negra, tirou a calça e as botas, empurrou Mike nos sofá e sentou no colo dele, beijando-o enquanto puxava sua camisa.

Ela parou por um instante e fitou o corpo dele, havia se pegado imaginando o corpo dele algumas vezes, se havia alguma tatuagem, alguma cicatriz, algum sinal de nascença. Mas não havia nada, era branco e liso como marfim, forte mas sem músculos definidos. Ele também a observava, talvez ele estivesse pensando o mesmo que ela, olhando seu corpo pela primeira vez. Os seios medianamente cheios escondidos apenas pelo bojo do sutiã, a barriga esguia e alva. Mas diferente dele, ela tinha algumas cicatrizes, queimaduras de cigarro, e algumas outras pequenas marcas.

Ela puxou o cinto dele e abriu o zíper da calça, ele a deitou no sofá e terminou de se despir sozinho. Ela mesma abriu o fecho do sutiã e o jogou para longe, ele se posicionou sobre o corpo dela, distribuindo beijos leves pelo seu seio e todo seu colo. As mãos dele se colocaram sobre o tecido fino da calcinha dela e vagarosamente a puxaram, descendo-a lentamente pelas coxas da loira.

Ele a olhou novamente completamente despida e sorriu. Beijou sua perna e foi subindo os beijos, mordeu de leve sua coxa, fazendo-a sorrir. Ele se posicionou entre as pernas dela e vagarosamente a penetrou, fazendo-a soltar um longo gemido, lentamente ele deu início às estocadas dentro dela, ela apertava os músculos do braço dele e mantinha os olhos fechados. Mordia o lábio inferior tentando controlar os gemidos de prazer, mas eram inevitáveis.

A velocidade dos movimentos dele foram aumentando, ela o abraçava com as pernas e ele arfava junto ao pescoço dela. Aos pouco ele chegou ao ápice, mas se manteve no movimento até que ela atingisse dela. Ela atingiu o orgasmo com um gemido alto de prazer.

Eles trocaram de posição e ela deitou sobre o peito dele, ambos ofegavam exaustos. Um pouco depois foram para o quarto dele, ela se aninhou junto ao corpo morno dele e fechou os olhos.

– Canta pra eu dormir Mike? – ela falou ainda com os olhos fechados, abraçada a ele.

Ele beijou suavemente a testa dela e começou a cantarolar bem baixinho, junto ao ouvido dela.

In my fear and flaws;

I let myself down again;

All because;

I run 'til the silence splits me open;

I run 'til It puts me underground;

'Til I have no breath and no roads left but one.

Nos meus medos e falhas

Eu me desaponto novamente

Tudo porque

Eu corro até o silêncio me abrir

Eu corro até isso me derrubar

Até não ter mais fôlego ou caminhos por onde ir


Aos poucos ela adormeceu, ele fitou o teto tentando refazer tudo que acabara de acontecer na própria mente. Abriu um leve sorriso, mas temia que aquilo tivesse sido apenas algo momentâneo e ele fosse obrigado a deixá-la escapar por entre seus dedos novamente. Passou suavemente os dedos pelos fios louros dos cabelos dela, ela adormecera rápido, parecia se sentir segura nos braços dele.


**


Ela acordou com uma luz muito forte vinda da janela, a cabeça doía muito. Olhou para o lado e sentiu que um braço ainda a envolvia, se virou e olhou para ele, dormindo ele adquiria um ar angelical e doce, ela sorriu. Algo dentro de si dizia que ela havia feito a escolha certa, talvez na hora errada, mas ela não se importava com isso. Não mais.

Tentou se levantar sem acordá-lo, mas os corpos deles estavam muito juntos, e ele acabou abrindo os olhos, mas rapidamente os fechou por causa da luz forte.

– Arg – ele levou as mãos aos olhos

– Bom dia Spike

Ele abriu os olhos novamente e a viu, os olhos escuros brilhando e um sorriso enorme em seu rosto.

– Ainda está aqui?

– Por que? Eu não devia?

– Achei que ia acordar, olhar em volta e não achar ninguém, com um pouco de sorte talvez achasse um bilhete seu, pedindo desculpas pela ‘loucura’ da bêbada

Ela gargalhou e beijou os lábios dele

– Foi uma loucura de bêbada sim, mas eu não me arrependo.

– Mas você estava saindo

– Mas eu não ia embora

– Está com fome?

– Estou morrendo!

Os dois foram para o chuveiro juntos, Anita vestiu sua calça jeans que estava jogada pela sala e pegou uma camiseta limpa de Mike, já que a dela estava cheirando a álcool. Depois os dois pegaram as xícaras de café, a caixa de donuts e se jogaram no sofá. Passava um jogo do LA Lakers contra o Boston Celtics, Mike logo se interessou.

Anita puxou o celular, achou que teria uma porção de chamadas não atendidas de Chester, mas não havia nenhuma.

– Mike, eu tenho que voltar pra casa.

– Vai falar com o Chester, você sabe, sobre nós dois?

– Vou, só preciso encontrar o momento certo.

Mike confirmou com a cabeça, ela deu mais um beijo nele e depois saiu, pegou o elevador e foi para casa.

Abriu a porta e se deparou com uma pilha de revistas sobre a mesa de centro. Olhou em volta, Chester não estava por ali, ela foi até perto da pilha e olhou as revistas, eram de decoração, a primeira tinha uma página marcada, ela abriu e ao ver o que havia ali franziu o cenho.

– Anita?

Ela se assustou e deu um pequeno salto, ele saíra do banheiro e ela olhou para ele confusa.

– Decoração de quarto para gêmeos? O que é isso Chaz?

– Onde passou a noite?

– Me responde primeiro

– Talinda está grávida outra vez, de gêmeos. Vou ter mais dois filhos Ann! – ele falou um pouco animado, mas ela se manteve séria

– E você tem certeza que são seus?

– Mas é claro que são.

– Eu não sei não Chester, você passou muito tempo longe.

– Cala a boca! Você não a conhece! Talinda não é dessas

– Ta me mandando calar a boca? Qual o seu problema?

– São crianças Anita, ela não brincaria com isso. Além disso ela só contou a verdade pra mim por que Mike insistiu, ela não queria se meter na nossa vida.

– Eu continuo achando que é um golpe

– Não é golpe! Aliás, você não me respondeu onde passou a noite

– Falo sobre isso outra hora, tenho que digerir essa gravidez primeiro

Ela caminhou pisando duro rumo ao quarto, mas ele logo se posicionou diante dela bloqueando a passagem.

– Essa camiseta é do Mike?

– É – ela engoliu seco

– Vou perguntar só mais uma vez, e espero que me dê uma resposta decente – ele arfava furioso, estreitou os olhos encarando-a – Onde passou a noite Anita?

– Não sei como te dizer isso

– VOCÊ VOLTOU COM O MIKE? É ISSO ANITA?

– Chester, abaixa o tom

– ABAIXA O TOM O CARALHO! VOCÊ TEM IDEIA DO QUE EU ABRI MÃO PRA FICAR COM VOCÊ?

– Chester, não tem como uma relação entre nós dois dar certo. Você não é mais o mesmo, nem eu.

– O QUE? – ele parecia só ficar mais irado, a veia do pescoço pulsava a medida que ele ia aumentando o volume dos gritos – VOCÊ NÃO PODE ESTAR FALANDO SERIO

– Eu amo o Mike, Chester

– E quando é que você descobriu isso? Enquanto ele fodia você? Sua vadia

Anita se enchera de ódio, as palavras dele doíam, sem pensar ela acertou o punho fechado no rosto dele, atingindo seu nariz com toda a sua força.

– CALA A PORRA DA SUA BOCA! VOCÊ NUNCA ME AMOU CHESTER, NÃO COMO ELE ME AMA. VOCÊ AMA A TALINDA, ESSA REVISTA IDIOTA MOSTRA QUE AINDA AMA – Ela pegou a revista marcada e rasgou a página, chutando-a para longe logo em seguida

Chester pressionava o nariz que sangrava com uma das mãos enquanto olhava para ela, quando ela era mais nova era tão vulnerável, passava a maior parte do tempo magoada, era ele quem batia nela, aproveitando da condição de maior e mais forte. Agora tudo era diferente, era ele quem estava sangrando, era ele quem estava magoado, era ele que estava se sentindo vulnerável. Ela não o amava, não como ele gostaria que ela amasse.

– Quando foi que se deu conta disso? Depois que ele te salvou daquele bandido? Você só está grata, não é amor Anita

Ela gargalhou sarcástica e amarga

– Você quer saber quando eu me apaixonei por ele? Eu me apaixonei por ele Chester, desde a primeira vez que ele me mostrou que eu era a primeira opção dele e não a amante, a substituta, a prima vadia que pode ficar de escanteio enquanto o resto do mundo segue sua vida – ele permaneceu em silêncio e ela continuou – Você prometeu pra mim que as coisas iam melhorar, mas nada melhorou. Eu continuei me sentindo a mesma deslocada de 15 anos atras que apanhava de você no meio da rua. Mas quer saber? Eu quero que você vá para o inferno Chester, com os meus sentimentos você não brinca mais.

Ela caminhou atordoada pela sala até achar as chaves da moto, ele continuava em silêncio, apenas observando-a.

– Eu preciso de ar – ela falou para si mesma enquanto caminhava até a porta, antes de sair falou para ele, mas sem encará-lo – Espero que tenha ido embora quando eu voltar.

Logo em seguida ela bateu a porta atrás de si.


**


– Hey Mike – Joe chegou no estúdio um pouco atrasado, já estava entardecendo, mas eles normalmente ficavam ali até altas horas da noite.

– Oi Joe

– Cara você esqueceu o celular lá em casa ontem – O asiático mais forte estendeu o aparelho para o amigo – a propósito, Anita ligou.

– Ann? – Mike não conseguiu conter o sorriso que se formou em seu rosto

– E essa animação toda? Está me deixando por fora de alguma coisa?

– Não é nada demais. Acho que, eu e ela, você sabe

Joe abriu um sorriso malicioso

– Uau, parece que você passou o Bennington pra trás então. Enfim, ela ligou, eu atendi, parecia muito nervosa, falava muito rápido, mas acho que falou alguma coisa a respeito de uma promessa sua, algo com uma fuga. Faz sentido pra você?


Flashback on

– Por favor, não me deixe fugir.

– Fugir? Do que você está falando Anita?

– Por favor, só prometa.

– Mas é claro que eu não vou deixar você fugir, se você for com quem eu vou trazer perdição pra vizinhança das velhinhas?

*

– Larga de ser bobo Mike, não vou deixar nada acontecer com você.

– Esse é o tipo de coisa que EU deveria dizer.

– Não se preocupe, você já tem uma promessa a cumprir, do resto pode deixar que eu cuido.

– O que? Aquela coisa toda de não te deixar fugir? Eu nunca entendi aquilo.

– Uma hora você vai entender

Flashback off

– Faz – ele respondeu quase com um sussurro – Joe eu vou ter que dar uma saída, se não for nenhum problema sério volto mais tarde

– Tudo bem, o que é Mike?

– Ainda não sei.

Mike saiu às pressas do estúdio às pressas, discando o numero dela, ainda enquanto abria a porta do carro, chamou várias vezes, mas ninguém atendeu. Alguma coisa dentro de si parecia alertá-lo para um grande problema

– Merda, ela deve estar encima daquela moto.

Girou a chave do carro e foi em alta velocidade para casa. Subiu até o oitavo andar e apertou a campainha, com um pequeno fio de esperança de que ela ainda estivesse em casa, mas quem abriu a porta foi Chester. O nariz estava um pouco arroxeado e ele parecia irritado

– Que caralhos você veio fazer aqui Shinoda?

– Cadê ela?

– Não sei, saiu já faz algumas horas

– O que você tem? Que isso no seu nariz?

– Não interessa. Está feliz? Você é o preferido da vez agora

– Ah, ela te contou

– É contou sim

– Me desculpe Chaz eu não pude prever, eu só...

– Não se preocupe, ela vai ficar melhor com você.

– Você a ama também não é?

– Ao que parece não tanto quanto você – ele sorriu um pouco entristecido

– Como ela saiu daqui?

– Enfurecida, e de moto. Aliás, super enfurecida.

– Merda! Já tentou ligar pra ela? Estou tentando há um tempão e até agora nada

– Entra aí cara

Mike entrou e sentou no sofá, tentando inúmeras vezes ligar para Anita, sem obter resposta. Chester terminava de arrumar as malas. Mike já estava quase perdendo a paciência quando uma voz desconhecida atendeu o telefone.

– Anita?

– N-não, ahm, você é parente da moça?

– Quem está falando?

– Cara, nem sei como te dizer isso, mas eu e meu pai estamos no meio da rodovia, aconteceu um acidente. A moça da moto tentou ultrapassar e acabou batendo no nosso carro, a ambulância já ta aqui, mas – o garoto fez uma pausa – ela está sangrando muito.

– O que? – A voz de Mike saiu fraca

– É, a gente vai com ela até o hospital

– Que hospital?

– Ainda não sei, vamos seguir a ambulância

– Me dê esse telefone Kyle – uma voz um pouco mais grave soou, aparentemente o pai do garoto

– Hey, aqui é Richard Peters, você é parente da moça?

Namorado – A voz dele agora era só um fio, ele tinha a cabeça baixa entre os joelhos

– Eu sinto muito, qual o nome da moça?

– Anita. Anita Bennington

– O socorro já chegou, já estamos a caminho do California Hospital

Mike se levantou em um salto

– Estamos indo para lá

– Okay, qual seu nome garoto?

– Michael Shinoda

– Tudo bem Michael, esperamos que tudo fique bem com a moça, a propósito...

– O que?

– Ah é mesmo uma pena, tão bonita, devia ter custado caro.

Mike e Chester já corriam rumo ao elevador

– O que é uma pena senhor?

– Uma pena garoto, mas creio que a moto deu perda total.



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Notas finais do capítulo

R.I.P. Charlotte Ç_Ç