The Last Time escrita por sankdeepinside


Capítulo 15
Someone to truly look up to you


Notas iniciais do capítulo

Oi ~não me matem porfa~ eu demorei muito pra atualizar a fanfic, mas é que eu estava um pouco atordoada com as coisas da matricula da facul, e depois eu ainda tive uma crise muito forte de preguiça e acabei atrasando a fanfic. Me desculpem mesmo.
Esse capitulo não ficou lá essas coisas pq na verdade ele não tem nem a metade das coisas que eu queria colocar, mas se eu fosse colocar tudo ele ia ficar com quase um milhão de palavras xD Então resolvi ir com calma. A fanfic não está muito longe do fim, mas ainda tem algumas coisas pra acontecerem.
Espero que gostem
Boa Leitura
Bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/157966/chapter/15

– Você não pode voltar agora Chaz, nós temos uma agenda a cumprir e você sabe disso. Mas eu posso garantir a você que ela está bem agora.

O moreno tatuado caminhava de um lado para o outro aflito

– Você já ligou para ela?

– Sim, está tudo bem. O tal Kevin já foi apreendido, mas eu acho que seria bom se você também ligasse, só pra acalentá-la

Chester arqueou levemente uma das sobrancelhas tentando ler a expressão de Mike, sabia que o amigo ainda amava Anita e a preocupação dele com ela o deixava um pouco enciumado, mas era da natureza de Mike ser muito prestativo, e além disso ultimamente Mike tem parecido não relevar qualquer coisa que se tratasse de Anita. A prova disso era a maneira impessoal que ele estava dando a noticia a Chester.

– Tudo bem, vou ligar sim

Mike acenou com a cabeça e saiu do quarto de Chester logo em seguida, assim que fechou a porta atrás de si soltou o ar dos pulmões, havia decidido que nos meses da turnê só se dedicaria à própria música, era isso ou enlouquecer pensando nela.


**


O mais velho dirigia em silêncio desde que saíram de Los Angeles, já haviam se passado cerca de cinco cidades e ele não pronunciara nenhuma palavra, o mais novo olhava pela janela do carro inerte e envergonhado.

– Não vai falar mais nada? – Kevin falou ainda olhando para a paisagem seca que beirava a estrada, já haviam entrado no estado do Arizona.

– E você quer que eu fale o que? Que eu estou com vontade de socar a sua cara até ela deformar, é uma boa conversa pra você? – Kevin grunhiu e não respondeu, Drew soltou o ar impaciente e voltou a falar – Pra sua sorte eu sou um cara muito influente e você vai conseguir responder a porra do processo em liberdade, mas o meu nome já está sujo o suficiente pra ainda me associarem com essa burrice que você fez. O que se passava na sua cabeça hein seu filho da puta? Invadir um prédio e ameaçar a Bennington?

– Eu não pensei

– Não! Você pensou sim! Eu falei que não era mais pra se meter com ela, que a vingança já estava feita, eu queria sair limpo pelo menos uma vez!

– Me desculpe Drew

– “ME DESCULPE DREW”? Não pense que vai se livrar tão fácil, você me deve uma.

– Eu amo ela – a voz dele saiu quase como um sussurro

– Você ama aquela vadia? – Drew gargalhou alto – Você é doente moleque, Anita Bennington? Você lembra do que ela era no passado né? Uma drogadinha que vivia se lamentando pelo primo. Aquilo não é uma mulher de verdade

– Não é bem assim. Eu gosto dela

– Bom, se antes você não tinha nenhuma chance com ela, agora muito menos.

– A culpa é daquele idiota do Shinoda, se não fosse por ele, ela seria toda minha agora – Kevin apertou as mãos em punho

– Oh não! Nem pense! Se você se meter com o Shinoda, não vai ter como eu te livrar. Ele é famoso cara, não mexa com gente famosa

– É pode ser

– Me escuta Kevin, eu estou falando sério. Se você tentar alguma pra cima do Shinoda ou do Bennington pode esquecer, nem mande me telefonar por que eu não vou mover um músculo sequer pra te ajudar.

– Pare de me tratar como se eu fosse seu filho! Não precisa se preocupar, não vou fazer nada – Kevin cruzou os braços e voltou o rosto para a janela do carro novamente – Pode voltar pro seu silêncio se quiser, não quero mais conversar.

Drew olhou com o canto do olho para o amigo no banco do carona, já podendo prever o que ia acontecer.


**


A turnê já estava no fim, depois do show em Jakarta eles voltariam para casa, já faziam quase três meses que Chester não via Anita, depois do que acontecera com ela e Mike ele ficou mais preocupado em deixá-la sozinha, ligava duas vezes por dia apenas para ter certeza que estava tudo bem. O relacionamento dele com Mike voltara ao normal, e ele ficava muito feliz por isso, não se imaginava sem o seu braço direito. A apresentação do cover da Rolling in the Deep fora um sucesso, e ele estava contando os segundos para voltar para casa e descansar. Estava arrumando a mala quando achou algo em um dos bolsos. Um desenho de Tyler.

Uma série de memórias invadiu sua mente, a maneira que havia abandonado sua família não havia sido nem um pouco justa, ele havia ferido Talinda muito profundamente. Olhou para o espelho diante de si, havia uma marca em seu peito que mostrava que Talinda não havia sido uma mulher qualquer em sua vida, ele tatuara as iniciais dela no peito por que a amava e ele lhe devia um pedido de desculpas. Vestiu uma camisa e foi caminhar pelo hotel, avistou Joe no restaurante e se sentou na mesa com ele, Joe estava um pouco cansado assim como ele, mas estava feliz por terem feito uma boa turnê. Logo Mike também apareceu, mas ele se aproximava a passos lentos, estava no telefone.

– Como está o bebê?

– Mike, são dois! Dá pra acreditar? Gêmeos!

– Sério? Mas isso é maravilhoso!

O tom dela mudou um pouco

– Não é maravilhoso pra uma mãe solteira

– Você não está sozinha Tali

– Eu sei, e te agradeço muito por tudo Mike. Mas não é a mesma coisa.

– Nós voltamos para a América amanhã a tarde, acho que já deu tempo suficiente pra você se preparar para falar com ele, não é?

Ela respirou fundo

– Sim, quando ele voltar eu vou falar – o tom dela se animou novamente – Mas e você Mike? Como anda?

– Estou bem, conhecer novos lugares e fazer shows sempre drena a minha mente, estou bem.

Os dois se despediram então e Mike se sentou junto aos amigos na mesa

– Quem era? – Joe perguntou antes mesmo que o amigo os cumprimentasse

– Talinda – ele pegou o cardápio do lugar e começou a olhar, não notou que o olhar de Chester se voltara curioso para ele

– E então? – Chester perguntou – O que ela queria?

– Nada demais, só queria conversar um pouco

– Ah – ele fez uma pausa – E como ela está?

– Bem. Estão todos bem.

– Hum


**


Kady já começava a cochilar em seu ombro quando a porta do desembarque se abriu

– Hey Kady, acorda, eles chegaram

– Ahm – a jovem morena abriu os olhos devagar e depois se endireitou na cadeira – que horas são?

– Meia noite – os olhos da loira se iluminaram, seu coração palpitava de saudade, mas ela não tinha certeza se sabia exatamente de qual dos dois.

Chester saiu, um sorriso enorme se abriu em seus lábios, ela se levantou e o abraçou com força, aspirando o cheiro da sua colônia, ele beijou seus lábios com pressa e apertou com força em sua cintura, quando se separaram, ela ficou fitando-o sorrindo

– Senti tanto a sua falta!

– Eu também senti a sua Ann, tive muito medo de algo ruim acontecesse enquanto eu estivesse longe. Sorte que da outra vez Mike estava por perto, acho que eu devo uma pra ele, salvou minha garota

Ela sorriu sem graça e nesse instante seu olhar se desviou para o homem que saia sorrindo muito ao lado de Brad, era possível que ele estivesse ficado ainda mais bonito depois da viagem? Sim, era possível. O cabelo estava mais curto, um pouco arrepiado, a pele muito branca, a barba um pouco menos espessa, mas ainda formando a moldura perfeita para o seu sorriso.

Mike também a avistou, ele deu um tchau breve para Brad e caminhou até os dois, a medida que ele se aproximava o coração dela começou a palpitar, tão forte que teve medo que Chester notasse.

– Hey donzela em perigo, como está?

– Bem – ela sorriu involuntariamente um sorriso bobo – Fizeram boa viagem? –ela voltou os olhos para Chester tentando disfarçar. Depois do que acontecera tinha sido uma missão quase impossível para ela tirar Mike da cabeça, ficava refazendo a correria daquela noite varias vezes, as palavras dele, seus gestos, a repulsa. Ele agora parecia tão bem, tão vivo, havia voltado a ser o Mike de sempre.

– Sim, só muito cansativa – Chester respondeu e ela se desvencilhou de seus pensamentos, quando olhou para o lado, Mike já não estava mais ali.

Kady permaneceu sentada até que ele também surgiu, parecia não esperar que ninguém estivesse o aguardando, mas um sorriso tímido brotou em seu rosto assim que ele a viu. Ela caminhou devagar até ele.

– Hey

– Hey Kady, como está?

– Bem e você? Fez boa viagem?

– Fiz

Os dois então ficaram se encarando em silêncio

– Ah, por favor, se beijem logo! – Joe gritou enquanto passava ao lado deles, os dois abaixaram a cabeça envergonhados

– Me desculpe por ter agido daquele jeito com você. Mas eu avisei que eu era um pouco complicado

– Tudo bem, e me desculpe por ter surtado

Ele sorriu

– É aquilo foi um pouco assombroso – ela socou o braço dele e os dois sorriram juntos – Está tudo bem entre a gente agora?

Ela sorriu e se aproximou mais dele, ficou na ponta dos pés e estalou um beijo em seus lábios, ele a puxou pela cintura e ela deslizou a mão pelos longos fios castanho do cabelo dele.


**


Ela acordou e deslizou a mão na região ao seu lado na cama, estava vazia. Fitou o teto por alguns segundos e depois se levantou. O chamou pela casa, mas ninguém respondeu, caminhou até a cozinha e avistou uma xícara fumegante de café sobre o balcão com um pequeno bilhete abaixo.

“Ann, minha flor, precisei sair, volto à noite. Tenha um bom dia.

Amor

Chester”

Ela se sentou no sofá e tomou o café, desde que Chester voltara as coisas estavam um pouco diferentes, ele parecia muito longe o tempo todo. Além disso ela mesma passava horas inerte, estava tudo morno e sua mente começara um jogo que tirava o seu sono em algumas noites, um jogo que não permitia nunca que parasse de pensar em Mike. Passara o dia inteiro assim, no trabalho e em casa.

Olhou ao redor, a casa vazia, sua mente transbordando de cheia, ainda estava entardecendo. Resolveu dar uma volta. Entrou debaixo do chuveiro e deixou que a água refrescasse sua cabeça, depois colocou uma calça jeans e uma camiseta larga e branca com uma estampa qualquer, penteou os cabelos molhados, calçou as velhas botas pretas de salto agulha e colocou um par de óculos aviador. Pegou as chaves de Charlotte e saiu cantarolando Best of You do Foo Fighters, entrou no elevador, mas sem que ela esperasse, ele parou no sexto andar e alguém entrou, o cheiro da colônia dele preencheu todo o ar e ela sentiu um frenesi percorrer levemente seu corpo

– Mike! Ahm, bom dia!

– Bom dia Ann, como vai?

– Bem e você?

– Bem também – ele a fitou por alguns instantes e um sorriso se abriu em seu rosto, ela estava muito parecida com a Anita que ele viu pela primeira vez

– Ta olhando o que?

– Você está linda

Ela ruborizou

– Obrigada – ela mordeu o lábio inferior e hesitou por um instante – Mike?

– O que?

– Vai pra onde?

– Na verdade não sei, só quis sair um pouco de casa.

– Ah

– E você?

– Também só quis dar uma volta, o Chaz saiu e eu fiquei sozinha. Nós podemos sair juntos – ela hesitou um instante – se você quiser.

Ela o fitou um pouco nervosa, esperando pela sua reação. Ele desviou o olhar e voltou o rosto para a saída do estacionamento, o que aumentou ainda mais a ansiedade dela. Mas então ele olhou para ela novamente, um sorriso doce brincava em seu rosto.

– Tudo bem, mas nada de Charlotte – ela retribuiu o sorriso e agitou as chaves da moto diante do rosto dele, colocando-as no bolso em seguida, depois ambos entraram no carro dele.

– Pra onde vamos capitão? – Ela falou enquanto colocava o cinto de segurança

– Boa pergunta marujo


**


Uma multidão de crianças saiu correndo em disparada pelo portão da escola, ele ficou de longe observando a morena ir ao encontro do pequeno garoto com o moicano, igual ao que o pai usara uma vez, ele respirou fundo e saltou do carro. Assim que o garoto o avistou, soltou afoito a mão da mãe e correu em direção a ele, pulando em seus braços em seguida.

– Papai, papai, papai!

Ele estava sentindo muita saudade daquela criança, estava sentindo falta da casa cheia, dos mais novos disputando videogame, das conversas com Jaime. Ainda com o garoto nos braços ele voltou o olhar para a morena, ela parecia um pouco desconfortável com a presença dele ali, mas ele não conseguiu deixar de reparar que ela parecia diferente. Além dos cabelos negros, que estavam maiores, o rosto dela estava um pouco diferente e ela estava mais gorda. Ele colocou Tyler no chão e sorriu para ela.

– Hey Talinda, como vão as coisas?

– Vão bem Chaz, como foi a viagem?

– Foi boa – ele hesitou um pouco – Será que eu posso conversar com você? Nós três podemos ir almoçar juntos, eu aproveito e mato um pouco da saudade de vocês.

Talinda sentiu um arrepio percorrendo a espinha, ela sentia muito a falta dele, já haviam se passado alguns meses, mas a medida que as duas crianças iam crescendo dentro de seu ventre ela só ia se sentindo mais sozinha e pensando cada vez mais nele, mas ela jamais se humilharia implorando para que ele voltasse, por mais que ela desejasse isso, de modo algum perderia o amor próprio.

– Tudo bem, mas o nosso almoço já está pronto em casa e...

– Eu não me importo de almoçar lá com vocês, tem problema pra você?

– Claro que não Chaz

– Ótimo, vamos todos almoçar em casa

Ele a fitava com muita ternura, mas ela mantinha a expressão tensa. Tyler entrou no carro do pai e Talinda os seguiu em seu próprio carro. Quando chegaram na casa Chester sentiu uma leve nostalgia tomar conta dele, fazia tempo que não reunia todos os filhos e faziam alguma farra na piscina, algum festival de videogame, ou simplesmente não os colocava para dormir. Ficou parado no meio da sala, tudo continuava exatamente como antes. Deixou seu olhar cair sobre Talinda novamente e algo se despertou em sua mente, o corpo dela estava diferente, mais diferente do que o normal. Ele mordeu o lábio, teve medo de perguntar algo, mas seu coração já estava batendo mais rápido do que o normal.

– Não enfie a carne inteira na boca Tyler, você vai engasgar! – Talinda repreendia a criança evitando ao máximo olhar para Chester, ela notara a mudança no olhar dele, provavelmente já havia se dado conta que ela não engordara por excesso de comida. Assim que acabaram de almoçar, a criança saiu correndo em rumo à TV e os dois ficaram sozinhos.

– Talinda, acho que nós dois precisamos conversar – ele a olhava com muita doçura, mas ela não o encarava – está escondendo alguma coisa de mim?

– Acho que já não dá mais pra esconder muita coisa

– Olhe pra mim – ela levantou os olhos em direção aos dele, o castanho escuro que existiam naqueles olhos brilhavam – Você está esperando um filho meu?

Ela abriu um sorriso entristecido

– Não

– Não? – o rosto dele adquiriu uma expressão de espanto

– Estou esperando dois – uma lágrima escapou de seus olhos – Duas crianças.

– Oh meu deus! – Imediatamente Chester se levantou e foi até ela, abraçou-a forte, muito emocionado. Ela já chorava sem conseguir controlar a si própria, ele afastou o abraço e deu um beijo demorado em sua testa, segurando no ventre dela cuidadosamente – Por que não me falou antes? Olha só como já estão grandes!

Ele exibia um sorriso bobo, mas ela afastou o corpo do dela.

– Eu não tinha certeza se queria contar, Mike insistiu muito pra que eu contasse o quanto antes

– Espera, o Mike sabia?

– Ele foi a primeira pessoa que eu pensei em ligar quando descobri, ele tem me ajudado muito

– Mas então por que não me procurou?

Ela sorriu um pouco amarga

– Não quis atrapalhar sua vida perfeita com a priminha

– Mas isso não vem ao caso, eu nunca deixaria de te dar o que fosse preciso.

– Não, até porque você deixou de dar o que eu preciso há alguns meses

– Talinda eu...

– Não! Por favor, agora você sabe que essas crianças são suas, mas não quero que pense que eu pretendo dar um golpe, ou coisa do tipo. Você quer o divórcio? – as lágrimas escorriam livres pela face da morena e ela reclamava cada vez mais alto e mais depressa – Ótimo! Não vou te atrapalhar, afinal você agora tem a vida que sempre quis não é? Com o amor da sua juventude! Linda, loira, jovem, sem estrias do parto de nenhuma criança...

– Eu queria que pelo menos um deles fosse uma menina – ele falou em tom suave interrompendo as reclamações dela

– Que?

Ele a observava falar e soluçar enquanto jogava aquela enorme onda de mágoas acumuladas com um sorriso bobo no rosto, por mais que ela estivesse transbordando de fúria, ele só conseguia pensar na alegria de ter mais duas crianças carregando o sobrenome Bennington.

– É, só tenho tido homens até agora, uma garotinha morena correndo pela casa seria bom.

– Você não está nem ouvindo o que eu estou falando

– Não, porque nada disso importa agora Tali – ele a puxou pela mão e a deixou perto dele – Você tem ideia do quanto eu estou feliz? Oh por favor, pare de chorar. Você fica tão mais bonita quando sorri – ele limpou as lágrimas da face dela com o polegar

– Por que fala essas coisas pra mim? Você nem sequer me ama mais!

– Não fale sobre o que não sabe

Ele refez o contorno do rosto dela com as costas da mão e lentamente aproximou o rosto do dela, dando um beijo em seus lábios com muita doçura.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

:) Vish :)