Plant escrita por mizuke


Capítulo 2
Capítulo II - Primeiras Impressões | O Imprevisto


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora para postar, é que eu estou reescrevendo os capítulos (e estou sem tempo, daí a demora). O capítulo está meio grandinho, mas espero que gostem :3



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Pouco se sabia sobre ele, mas era o suficiente. O príncipe dos saiyajiins era aquele tipo de pessoa que a gente admira de longe. Mas que fique lá, bem longe.

Seu rosto era sempre inexpressível; impossível saber o que se passava em sua cabeça.

Sua estatura mediana, seu rosto de nariz rebitado e lábios finos não combinavam com os braços extremamente musculosos e as panturrilhas grossas. Apesar de ter quinze anos, tinha uma expressão madura demais para um adolescente.

Como o rei tinha coisas “mais importantes” a fazer, um guerreiro foi designado para cuidar dele: Nappa.

Este, apesar de ser extremamente musculoso (e talvez chegar ao triplo do tamanho do pequeno príncipe), deixava evidentes suas fraquezas – alguns descobertos pelo próprio menino.

O estresse da criança prodígio contribuiu para sua calvície precoce, sobrando-lhe apenas um bigode como prêmio de consolação. Apesar de não ter muita utilidade, ele continuaria sendo seu tutor (ou sua sombra) até ele se tornar maior de idade, ou até a vontade do rei.

Mas Nappa tinha ajuda de mais um guerreiro: Raditz (que também não tinha lá muita utilidade para o príncipe).

Este não chegou a ficar careca com os problemas que o pequeno guerreiro causava, mas chegaria se vivesse o bastante para isto. Suas madeixas eram longas e arrepiadas, tão longas que chegavam a descer o quadril. Suas feições também eram delicadas, mas o tempo fez questão de marcá-las de modo que não servissem mais como uma armadilha.


Vegeta Cohen Zero, ou Vegeta Zero, ou simplesmente Vegeta (ou Zero, para os íntimos). Este era o nome do pequeno príncipe (quase sempre acompanhado de um –sama, é claro).

Na verdade, ele nunca se importou com os modos de tratamento, mas essa era apenas uma das milhares de coisas que ninguém jamais desconfiaria sobre ele.

Desde pequeno, Zero sempre fora criado para ser um super guerreiro, uma super criança, um super saiyajiin. O herói que todos esperavam para tirar Freeza do centro do poder e devolver a dignidade à raça mais poderosa do universo. O salvador, messias, ou seja lá como você queira o chamar.

Quando tinha apenas quatro anos, seu poder de luta chegava a se igualar ao ki de guerreiros da tropa real. Com dez, Zero já era capaz de escravizar raças e destruir planetas, se tornando, assim, o “xodó” de Freeza e orgulho da raça saiyajiin. Isso não incluía necessariamente seu pai, mas isso é história para mais de um capítulo.


~~~~

As três pequenas naves rasgavam o universo em uma velocidade incalculável para qualquer máquina terrestre, mas nenhum de seus tripulantes aproveitou a viajem, já que, depois de alguns anos fazendo algo como isto, não há nada mais de interessante para se ver no universo além de um negro infinito e inúmeros pontinhos brilhantes em algum lugar onde deveria existir um horizonte.

Os três guerreiros dormiam quando um meteoro grande o bastante para engolir as três naves ao mesmo tempo se chocou contra eles.

Como já estavam acostumados com a incrível velocidade, mal perceberam o que havia de errado. O primeiro a perceber foi Zero, que acordou com o barulho do baque e percebeu que a lataria em cima de sua cabeça estava bastante afundada. Olhou curioso pela janelinha em sua frente, e percebeu que as estrelas corriam para a direita, e não para trás, como deveria ser.

– Nappa, Raditz... – disse no pequeno microfone, segurando o botãozinho no teclado que ficava logo abaixo da janelinha. – Estão acordados?

– Sim... – respondeu Nappa, com a voz ainda sonolenta. – Temos problemas.

– Diga uma coisa que a gente ainda não saiba, seu gordo morfético. – respondeu prontamente Raditz do outro lado do rádio, mas seu tom de voz agressivo alterou-se completamente quando se dirigiu ao Zero. – O que está acontecendo?

Zero não respondeu. Não estava preocupado, mas sim curioso. Continuou observando as estrelas correndo para o lado errado, e então percebeu que a lataria se afundava cada vez mais profunda e rapidamente.

E então as três naves aterrissaram. Uma aterrissada, diga-se de passagem, ainda mais violenta que costumava ser. A violência foi tanta que as três naves saíram rolando por cerca de quinze quilômetros, até se chocarem contra uma enorme parede de algo que se parecia com metal, e causar uma cratera tão profunda que formou um túnel.

Zero foi o primeiro a sair. Nappa tinha se chocado em uma parede próxima, e não havia sinal de Raditz.

Curioso, o príncipe caminhou lentamente pelo local, familiarizando-se, como uma criança perdida em um shopping center a procura da mãe.

Não havia nada além de um campo completamente desértico e branco. Não apenas branco, Zero constatou, mas sim pálido como giz, e uma neblina que parecia sair do chão dava uma impressão ainda mais desagradável.

Nappa finalmente saiu de sua nave, de ponta cabeça, e murmurando impropérios. Atrás deles o meteoro causara uma cratera tão grande que se comparava ao Grand Canyon.

– Merda! – disse Nappa, se aproximando de Zero. – Que fim de mundo é este?

Zero apertou o botão em seu scouter, que começou a tirar milhões de fotos por segundo e estudou cada uma delas minuciosamente. Ele então se abaixou e tocou o chão. Era areia.

– Estamos em Neme. – respondeu antes mesmo de o scouter confirmar sua resposta, analisando os finos grãos que escorriam de seus dedos como água.

– Neme? – exclamou Nappa, mas Zero não fazia questão de responder a todas suas perguntas.


1

A nave de Raditz rolara cerca de cinqüenta kilometros de onde Nappa e Zero estavam.

– Merda... – murmurou, antes mesmo de a porta terminar de se abrir.

Sua nave tinha causado uma cratera enorme, mas havia muitas outras crateras por ali. Ao norte ele podia ver a fumaça do meteoro parada no ar, como se não houvesse atmosfera para onde evaporar.

Enquanto seu scouter fotografava mil e uma fotos por segundo, seus olhos corriam por todo o cenário. Nunca tinha visto nada tão sem graça em sua vida, e sua expressão deixava isso bem claro se alguém estivesse lá para querer tirar a prova. E ele percebeu que tinha quando seu scouter acusou uma presença segundos antes de responder a sua primeira pergunta.

Oitavo Neme – respondeu, mas ele não estava mais interessado nisso. Apertou o botão de novo, e então o scouter começou a apitar e calcular outra coisa.

Agora ele já podia ouvir os passos dessa presença, mas ele não se intimidou. Continuou olhando para frente (na verdade, para a lente verde de seu scouter), esperando.

– Você ai... – disse a presença, e então Raditz o olhou por cima do ombro, curioso. – que estar fazendo aqui?

Era uma criatura bizarra, mas, apesar do sotaque meio caipira, meio forçado demais (como um estrangeiro que fala português pela primeira vez na vida), tinha um físico bastante intimidador. Tinha dois braços musculosos e quatro mãos, e pequenas pernas que pareciam ser bastante ágeis. O corpo estava nu, mas era um assexuado, Raditz constatou.

– O que estar fazendo aqui? – insistiu a criatura.

– Isso lá são modos de tratar um estrangeiro?

Raditz riu quando viu a cara de assustado do homem ao perceber sua cauda. Ele o temia, e isso era bom. Mas essa expressão não durou muito, para a infelicidade de Raditz.

– Entendo. Você ser saiyajiin, né? – um sorriso nasceu timidamente de seus finos lábio, e Raditz o observou com mais atenção. – O que ’cê quer? Não tem nada para ser conquistado ou vendido por aqui. Vá-se embora.

– Isso não são modos de tratar os estrangeiros, já disse...

– Se não ‘cê vai fazer o que? Contar tudo para o Freeza? – ele riu. – Não temos medo de vocês, ou dele. Não gostamos de raças escravas como ‘cês...

– Não tem medo de morrer, estúpido? Acho bom você saber que não estou sozinho.

– Ter outros sayiajiins por aqui? Ótimo! – seu sorriso aumentou de forma tão brusca que Raditz se confundiu, mas não estava intimidado. Não mesmo.

Seu sorriso se transformou em uma gargalhada, mas a expressão de Raditz continuava a mesma. Finalmente a graça acabou, e então ele voltou a ficar sério.

– Não preocupe. Certeza tenho de que meus amigos vão encontrar eles.


2

– Isso não faz sentido. – disse Nappa. – Devíamos voltar para o Planeta Vege...

– Colidimos com um meteoro. – disse Zero impaciente. Seu rosto estava voltado para ele, mas seus olhos estavam em outro ponto, distante. – Não percebeu?

– Na verdade, eu estava dormindo...

Zero não se preocupou em se aborrecer com aquilo. Estava ocupado demais olhando para as pequenas sombras que se formavam na neblina.

Apertou o botão de seu scouter como um gesto automático, e depois de alguns segundos ele confirmou o que Zero já sabia. Eram duas presenças, porém, seus kis eram desconhecidos.

Suas pálpebras estavam cerradas, mas os olhos eram curiosos. Nappa só percebeu que teriam companhia quando os passos dos homens já estavam próximos.

– O que? Existe vida neste planeta? – perguntou Nappa, como se estivesse falando sozinho.

– Quem ser vocês? – perguntou um dos homens.

– O que são vocês? – perguntou Zero, arrogantemente.

– Que tipo de pergunta ser essa? – perguntou o outro homem. – Somos nós que devermos perguntar isso...

E então o olhar deles parou ao mesmo tempo na cauda de Nappa, que estava amarrada em sua cintura. Houve um rápido momento de surpresa, mas logo suas expressões estavam normais de novo. Aquilo não era bom, Zero percebeu. Não era normal os seres de qualquer raça que fosse não temer um saiyajiin. Ainda mais dois. Talvez eles não conhecessem a fama deles. Ou, ainda, talvez duvidasse. Seja como for, não estava muito curioso para descobrir.

Estava confuso, mas não deixava transparecer em sua expressão.

– Claro... – disse Zero, se levantando e batendo as palmas para limpar a areia de suas luvas. Havia um falso sorriso simpático no canto de seus lábios. – É que não sabíamos que existia vida neste planeta. Estamos de passagem, só isso.

Nappa o olhou surpreso pelo canto dos olhos. Quando Zero era “simpático” daquele jeito, ele tinha um plano.

– Entende... – disse o homem da esquerda, mas seu rosto não parecia mais tranqüilo. – Seja como for, é melhor ‘cês irem logo. Yuu-sama não gostar de saiyajiins.

O sorriso de Zero aumentou consideravelmente, e então Nappa também começou a sorrir.

– O que é isso? Está me expulsando?

– Se ‘cê sabe o que é bom para ti, é bom que vá-se embora apenas e não questione.

Nappa deu uma breve gargalhada, e então Zero sorriu com mais vontade.

– Vocês sabem quem é ele, vermes? Este é só o príncipe de nossa raça, filho de Vegeta-sama. Não acham que deveriam ter um pouco mais de respeito?

– Não importar se ser rei, príncipe, ou o escambal. Yuu-sama não gostar de saiyajiins e ponto. Se ‘cês insistirem, nós teremos que os matar. E, francamente, não ser isso que queremos.

A breve gargalhada de Nappa aumentou, e Zero o acompanhou dessa vez.

– Nos matar? – perguntou Nappa, entre a pausa de uma gargalhada e outra. – Vocês já conheceram algum saiyajiin, por acaso?

– Não. – respondeu tranquilamente um dos homens. Apesar de tudo, não estavam assustados. – Mas sabermos do que serem capazes. Por isso não gostarmos de saeajins.

A expressão de Zero ficou séria tão de repente que nem Nappa foi capaz de acompanhá-lo. Fechou suas mãos em punho, e os encarou com olhos quase mortais.

– Aprenda a falar nosso nome corretamente, seu verme!

Os dois o encaravam, ofendidos e assustados.

– Você não deveria falar com nós assim.

O homem da esquerda e Zero se prepararam para lutar.


3

Raditz gargalhou.

– Você não tem noção de nada mesmo, não é? Você sabe que está falando com alguém da raça mais poderosa do universo?

Dessa vez o homem riu, mas não respondeu. Quando Raditz deu por si, o homem já estava a centímetros de distância dele, e não pôde evitar o soco que atingiu em cheio seu queixo, fazendo-o voar por cerca de cinqüenta metros.

– Raça mais poderosa, uh?

Raditz se apoiou com os cotovelos, e limpou o filete de sangue que saia de sua boca.

– Desgraçado... – murmurou, e então partiu para cima dele, mas o homem se desviou com uma facilidade tão grande que o fez praticamente congelar de medo. E então o homem aproveitou, dando uma cotovelada em suas costas e, antes que o corpo pudesse atingir o chão, flexionou o joelho de modo que o pequeno filete de sangue se transformasse em jorradas.

Não esperou que ele se levantasse. O segurou pelas ombreiras da armadura, e o arremessou novamente, dessa vez com a intenção de chocá-lo contra a parede.

E teria dado certo, se Raditz não tivesse flexionado os joelhos e dado impulso antes da colisão que poderia ser fatal.

Com a velocidade e a nova direção, Raditz quase acertou um soco em seu rosto. Pode sentir as costas dos dedos na pele enrugada da criatura, mas ele foi capaz de desviar novamente.

Porém, não foi capaz de acertar a joelhada que pretendia dar. Raditz lançou uma death ball pelas costas, o que causou uma enorme nuvem de poeira, que ficou paralisada no ar assim como a fumaça do meteoro ficara antes.

Raditz não podia vê-lo, mas ele podia.

– Idiota... – disse a coisa no meio de uma risada, e então ele lhe acertou outro soco no nariz. E então se seguiu uma seqüência impressionante (tanto em velocidade quanto em força) de socos e chutes, o que fez com que Raditz fosse literalmente arremessado no chão com uma violência que poderia ser pior do que a da nave mais cedo.

– Essa ser a força da raça guerreira? Sério?

Raditz levantou o rosto do chão. O nariz sangrava e havia vários hematomas por todo o rosto.

Finalmente se sentou em suas pernas, cuspiu o sangue em sua boca, e sorriu.


4

Zero começou atacando com um soco, mas não teve o impacto desejado. Não acreditava que fosse culpa da gravidade, mas decidiu que se preocuparia com isso depois. Aproveitou o momento em que ele tentou se desviar do soco para atingir outro.

O homem voou por cerca de cinco metros, mas nem parecia ter sentido dor. E então Zero simplesmente parou e o observou enquanto ele se levantava.

O que ele está esperando?, Nappa se perguntava. Apesar da óbvia diferença de idade, ele adorava ver as lutas de Zero. Não apenas por causa dos golpes tão certeiros ou da incrível velocidade, mas, no fundo de sua alma, tinha o desejo de alcançá-lo, de imitá-lo. Sim, Nappa era um masoquista intelectual, mas isso é coisa que pode ser lido em outro capítulo.

– Por que você não reage? – perguntou Zero.

Ele só respondeu depois que se levantou, e sorriu. Ele nem havia sangrado.

– Eu não ter autorização para te matar.

– Você é idiota? – perguntou Zero aos berros, furioso. – Se você conhece nossa fama, devia saber que simplesmente não pode fazer isso! Devia saber que se não reagir eu vou te matar!

O homem riu. Aquela risada escandalosa o irritava profundamente.

– Não creio ser possível, jovenzinho. – e então a risada recomeçou.

Zero não suportava mais ouvir aquele barulho que saia de sua garganta, que mais parecia um alarme, e partiu para cima dele com um soco que atingira em cheio sua boca.

De fato aquilo o fez calar a boca, mas de novo não teve nenhum efeito.

O outro homem que ficara de espectador junto com Nappa sorriu, e então ele o olhou curioso. Ele sentiu o olhar e sentiu a pergunta que estava em sua mente, e então a respondeu:

– Seu amigo pode tentar fazer o que quiser; ele não consiguirá.

E então Zero deu início à seqüência de chutes e socos que só ele sabia fazer, com agilidade e força que apenas um mestre seria capaz de entender.

Zero sentiu que todos os golpes o atingiu, mas ele continuava imóvel, com aquele olhar debochante.

– Acabou?

Zero já estava cansado, e não conseguia ocultar isso cem por cento.

– Qual o seu problema?

– Nenhum, jovenzinho. Qual ser o seu problema? Já não dissemos para irem embora? Não lhe causaremos mal se forem agora...

Zero acertou-lhe outro soco que com certeza teria decepado sua cabeça, mas tudo que conseguiu foi fazer sua cabeça virar para a direita.

– Vocês não vão embora, né? Tudo bem.

E então o homem tentou lhe acertar um soco no estômago, mas Zero desviou. Tentou então acertar um soco em seu rosto, mas foi Zero quem o acertou.

O homem ainda não reagia aos seus golpes da forma que ele esperava, mas pelo menos agora ele reagia de alguma forma.

– Não! – gritou o homem que ficara de espectador. – Não o ataque! Você sabe que Yuu...

– Não importar agora! – gritou o outro. – Estamos lutando; homem contra homem. Não interrompa.

– Mas... – o homem deu um passo em sua direção, mas então Nappa pousou a gigantesca mão esquerda em seu ombro e o interrompeu.

– Vamos deixar as crianças brincarem. Você tem assuntos a tratar comigo agora.

5

O homem lhe lançou um olhar confuso e surpreso, mas Nappa o segurou pelos ombros e o arremessou como uma bola de handball. O homem voou como um foguete, e não foi capaz de evitar a colisão com a pequena montanha de pedras.

– Pare! – gritou o homem que lutava com Zero. – Ele não sabe lutar...

– Hey. – interrompeu o príncipe, com um olhar presunçoso e um meio sorriso que chegava a ser assustador naquele rosto tão jovem. – Seu assunto é comigo.

E então lhe lançou uma death ball, que não o fez sangrar, mas arrancou seu braço esquerdo.

Eles não sangram?!, concluiu Zero se sentindo o maior idiota por não ter percebido isso antes.

O homem levou a mão direita ao espaço onde antes ficava seu braço, e seu grito de dor foi tão cortante que fez com que Zero precisasse tampar os ouvidos.

– Yuri-san! – gritou o homem que tinha sido arremessado por Nappa, se preparando para correr em sua direção. Mas então o monstruoso saiyajiin interrompeu seu caminho, parando-o com os dois braços abertos como se fosse abraçá-lo.

– Hey, hey. Onde pensa que vai? Eu estou aqui, e não terminamos de conversar ainda.

O homem o ignorou, e continuou berrando e correndo em sua direção. Nappa pôde ver lágrimas em seus olhos.

– Yuri-san?! Yuri-san?!

Aquilo fez com que Nappa risse e se irritasse ao mesmo tempo. Antes que ele pudesse chegar ao corpo de Yuri, uma death ball perfurara seu corpo no meio de onde devia ser sua barriga.

Primeiro seu corpo caiu de joelhos; os olhos congelados na figura de Yuri perdiam o brilho aos poucos, e suas pálpebras despencaram, junto com seu corpo sem vida.

– TABO?! – berrou Yuri de onde estava, mas seu corpo já estava sem vida. Nappa pôde ver lágrimas em seus olhos também. Na verdade, elas transbordavam de forma tão violenta que chegou a ser engraçado para Nappa, mas Zero não gostava de ser ignorado.

– Seu lixo! – gritou Zero. – seu oponente sou eu! Quer ter o mesmo fim que ele?

– Seus yokais! – berrou Yuri. Suas lágrimas corriam com ainda mais força, mas Zero não achou isso engraçado. Havia uma certa surpresa naquilo, algo diferente.

Sim, ele estava acostumado a ser ofendido segundos antes de matar alguém. Estava acostumado com lágrimas, pedidos de misericórdia, ofertas que, na maioria das vezes, chegavam a ser tentadoras, mas aquela era a primeira vez que via alguém chorando desse jeito. Ele não tinha medo de morrer; Zero sentia isso.

A incompreensão era tão grande que fez com que Zero questionasse automaticamente em voz alta.

– O que é isso? Por que não vai se defender?

– VOCÊ MATAR MEU IRMÃO, SEU MACACO MALDITO! – disse, ignorando a pergunta de Zero e se virando para Nappa. – QUAL SER O PROBLEMA DE VOCÊS? ELE NEM SABIA LUTAR!

– É por isso que você está chorando? Não está com medo de morrer? – o olhar que Yuri lançou para Zero chegou a ser mais confuso que sua indignação.

Isso fez com que uma gargalhada inexplicável crescesse dentro dele como uma ânsia de vômito. Nunca até aquele momento tinha rido com tanta vontade, e demoraria anos para rir assim de novo.

Era uma risada tão inexplicável que sua barriga latejava, e precisou agachar-se para conseguir respirar. Havia lágrimas em seus olhos também, mas estavam lá por motivos opostos.

Era aquele tipo de risada gostosa e convidativa que, quando ouvimos, não temos outra escolha se não rirmos também. E foi o que Nappa fez.

Yuri olhava perplexo para os dois, mas Zero só conseguiu dizer alguma coisa depois de minutos de gargalhada.

– Eu... nunca... vi algo... tão... ridículo em toda a minha vida!

E então ele se levantou. Sua mandíbula doía e seus olhos ainda lacrimejavam, mas conseguiu se recompor. Às vezes soluçava alguns risos, mas conseguiu voltar ao normal. Naquele momento, Yuri viu a criança que Zero era. Não devia ter mais de quatorze anos, ele supunha.

Como uma criança podia ser tão doente? Que tipo de raça era essa?

– Enfim, chega de palhaçada. – declarou Zero, e então disparou outra death ball, dessa vez em sua cabeça.


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Notas finais do capítulo

É, seguinte: estou demorando porque estou pretendendo escrever o máximo de capítulos possíveis para depois postar tudo com mais frequencia.
Agora vamos entrar em uma saga que vai se chamar Crônicas de Oitavo Neme, só que ainda não sei quantos capítulos vai durar. Enfim, garanto que vocês vão gostar. Espero. :)
Mas vocês repararam que eu estou fazendo algumas mudanças? O nome da fic mudou (antes era Vegeta, agora é Plant), e a indicação também (vocês vão entender porquê no próximo capítulo).
Só peço um pouquinho mais de paciência, prometo que vou voltar a postar logo. Até mais o/



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