Plant escrita por mizuke


Capítulo 1
Capítulo I - O Começo


Notas iniciais do capítulo

Este é o primeiro capítulo de uma longa, looonga fan fic. Se você já acompanhava essa história no FF-Sol, fique atento para as novidades. Se esta é a primeira vez que você a lê, espero que aproveite! ^^



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Vegeta C. Zero


Eu não sei dizer ao certo que horas eram, já que o sol se escondia entre as nuvens avermelhadas daquele céu esverdeado, deixando-o levemente azulado. Aquele planeta todo era uma confusão de cores: a grama roxa, as árvores finas e secas de galhos longos e acinzentados... até os poucos animais que resistiram à grande catástrofe conhecida como Grande Seca de 80 eram coloridos. O planeta fazia jus ao nome que era conhecido: planeta do arco-íris.

Era difícil acreditar que uma raça tão superior como a nossa – os sayajiins – tinha surgido ali. Se tem uma coisa útil que meu pai fez foi sair dali e dominar o planeta Plant.

Mas é claro que se perdesse tempo reparando nesses detalhes inúteis eu já estaria morto a essa hora. Eu estava ali com um propósito, não a passeio. E mesmo que fosse, eu jamais escolheria um planeta tão ridículo como aquele para relaxar.

Mas Freeza tinha um gosto muito estranho para tudo (principalmente para planetas), mas quem era eu para questionar? O príncipe dos sayajiins, é claro, mas isso não parecia fazer diferença para ele.

Já estava na hora de colocá-lo em seu lugar, mas todos tinham medo demais para contrariá-lo e, mesmo eu sendo o super sayajiin, sozinho não poderia fazer nada.

Não por medo, mas por precaução. Há algum tempo atrás (cerca de 20 anos, eu acho), um grupo de ClasseC resolveu enfrentá-lo, e nenhum saiu vivo.

É claro que não estou me comparando a um monte de vermes como eles, afinal, apesar de terem o mesmo propósito que eu, eles não tinham a mesma força. Mas eles foram equivocados, e não mediram as conseqüências. É claro que se eu fosse nascido naquela época as coisas teriam sido diferentes; mesmo as conseqüências pesando mais para meu lado, ele estaria morto agora.

Meu pai nunca acreditou em mim quando dizia o que pensava sobre Freeza. E olha como terminou, não é?

É como eu disse. Mesmo eu sendo o lendário super sayajiin, eu ainda não tinha despertado, o que significava que não teria chances contra ele. E como ninguém tinha coragem de seguir comigo, então as coisas continuavam do jeito que estavam.

Olhei para o céu e vi que o tom azulado se tornava mais escuro a cada segundo. Já estava anoitecendo? Não importava; já estava quase terminando mesmo.

Como aquele planeta não tinha uma gravidade favorável, eu corria. Até que um barulho atrás de mim me chamou a atenção.

Olhei para trás, mas minhas pernas não deixaram de correr. Era mais um daqueles Pointers irritantes tentando me matar, mas eu o derrotei primeiro com apenas um golpe.

Maldito Nappa! Eu o deixei tomando conta deles enquanto invadia o quartel. O que ele estava fazendo? E Raditz? Dois inúteis.

Não sei por que essas duas sombras tinham que ficar atrás de mim. Porque eu era menor de idade, é claro, mas isso não faz sentido se, mesmo somando seus kis, não chegavam nem à metade do meu.

E daí que eu era menor de idade? Só mais três anos e eu teria idade para assumir o trono. E mais oito anos, e então finalmente eu seria de maior, podendo sancionar minhas próprias leis.

Mal podia esperar por esse dia. Já tinha uma lista pronta em minha mente, e as primeiras leis me levariam logo ao centro do poder do universo. Não seria apenas o rei dos sayajiins, mas sim um imperador. Superaria tanto meu pai quanto Freeza, e faria todos seus soldados insolentes trabalharem como escravos para mim.

Os pensamentos que surgiam do nada em minha cabeça me fizeram sorrir, mas logo fui interrompido quando o alarme soou mais uma vez.

Não estava muito longe, mas precisava me apressar. Corri alguns metros e então arrombei a velha porta de madeira.

A sala estava exatamente como imaginava: bagunçada e com um amontoado inútil de cadeiras na porta, como se isso fosse me impedir de entrar. Eu já estive ali uma ou duas vezes quando criança, então não tive problemas para achar a cabine.

– Você não tem competência nem para fugir, Pasuta? – minha observação saiu mais como uma pergunta, mas era algo tão óbvio que nem precisou ter sido dito.

– O que você quer? Já não destruiu meu planeta o suficiente? – dizia o homem gordo e verde com a voz trêmula, agarrando um livro com toda a força que tinha.

Seus olhos transbordavam o medo que sentia em forma de lágrimas. A vontade de rir era quase incontrolável, mas me contive com um riso baixo.

– Você é patético. Não adianta você querer proteger esse livro, você sabe que vai morrer de qualquer jeito.

– Jamais! Protegerei isso com a minha vida! Minha família escreveu seus segredos nesse livro por gerações; não vou deixar um sayajiin capacho de Freeza levar assim!

Capacho de Freeza? Suas palavras fizeram com que meu rosto se fechasse imediatamente, e o pouco de paciência que me restava esgotou em um segundo.

– Eu poderia matar todos os seus homens, explorar todas as suas mulheres e escravizar todas as suas crianças se quisesse, mas seu povo é tão inútil que não vale a pena sujar as mãos com esse monte de lixo. Você ainda se acha no direito de falar assim com o príncipe dos saiyajiins? Saiba que se você esteve vivo até hoje não foi por nada mais além de piedade de meu pai. – cuspi a palavra com nojo. – Mas tudo cansa, sabia? Vocês são tão inúteis que não deram nada além de gastos para nós!

Ele me interrompeu com uma risada, e meus olhos não puderam deixar de esconder a surpresa que senti. O que houve com todo o medo de agora pouco?

– Você fala como se fosse melhor que nós, não é? Você é patético! Não passa de um principezinho mimado, que sempre teve tudo o que quis à custa dos outros, e fala e age como se fosse o maior só porque acredita em um conto de fadas estúpido! Super Saiyajiin?! – ele riu. – Você acredita mesmo nisso? Se eu disser que você tem um terceiro braço escondido você também acreditaria? Não acredito que até agora pouco estava com medo de ser morto por alguém como você!

Respirei fundo uma ou duas vezes, até conseguir controlar minha voz para que não saísse trêmula com toda a raiva que sentia.

– Esse principezinho mimado aqui é o patético? Ele que matou toda sua população em menos de duas horas? E que depois vai entregar seu precioso planeta ao Freeza para ele usar esse buraco como aterro sanitário, se quiser? Tem razão, eu sou o patético, não o gordo tremendo de medo ai no canto.

Seus olhos voltaram a transbordar medo quando eu disse as palavras matou toda sua população. A cena era hilária; dessa vez não teve como eu conter o riso que tinha segurado antes.

– Chega de palhaçada. – continuei. – Cada respiração sua é um insulto para mim. – a cada passo que dava em sua direção ele se encolhia mais, e apertava o livro com mais força contra seu peito. O medo em seus olhos crescia cada vez mais com o meu aproximar, o que fez que um sorriso brotasse em meus lábios. – Você é tão inútil que é capaz de morrer com apenas um dedo. Quer ver?

Apontei o indicador para ele, e juntei uma quantidade razoável de ki nele. A bolinha atravessou sua testa, e ele caiu no chão em seguida. Os braços – agora relaxados – fizeram com que seu precioso livro caísse aberto no chão, mas eu nem percebi.

– Não disse? – conclui, ainda com o sorriso nos lábios. Pena que ele não viveu o bastante para concordar comigo.

Peguei o livro e quebrei o aparelhinho que soava aquele barulho irritante.

– Vegeta! – ouvi a voz de Nappa assim que passei pela porta. – Onde você estava?

– Onde EU estava? Eu estava fazendo meu trabalho, e você? Por que não estava cuidando dos Pointers como eu mandei?

Sua expressão mudou com minhas palavras. Colocando a mão atrás da cabeça, ele parecia bastante desajeitado agora.

– Eu sei... eu sinto muito, mas... é que eram muitos! Você entende, não é, Vegeta?

– Você é um inútil! – disse antes que pudesse terminar a frase, revirando os olhos. Apesar de gostar quando sentia o medo das pessoas por mim, eu odiava quando elas tentavam se desculpar. Se desculpar significa se redimir; se redimir significa se diminuir; e pessoas que se diminuem só pode ser uma coisa: fracos. E se tem uma coisa que eu odeio, é incompetência. – Cadê o Raditz?

– Ele estava te procurando também...

– Vocês só me dão trabalho! – conclui comigo mesmo. – Vamos embora.

– Mas e o Raditz?!

– Ele se vira. Vamos. – não me preocupei em me virar para olhá-lo enquanto o respondia.

Caminhamos para onde nossa nave havia pousado, e lá estava ele, encostado em sua nave com os braços cruzados.

– Vegeta! Onde você estava?!

– O que você está fazendo? – ignorei sua pergunta, e o olhei de cima abaixo, de modo que pensasse duas vezes antes de responder.

E deu certo.

– Eu... bem... o Nappa estava te procurando, então achei que se eu saísse daqui iríamos nos desencontrar...

Revirei os olhos mais uma vez, e apertei o botão para que a porta da minha nave se abrisse.

Senti os dois pares de olhos em minhas costas por mais alguns segundos, mas os ignorei.

Guardei o livro no porta luvas, e digitei no painel o destino para onde iria agora: Planeta Vegeta.

Por que esses dois tinham que fazer a missão ficar mais difícil do que precisava ser? Bufei revirando os olhos enquanto lembrava da incompetência dos dois. A missão levou três horas – era o que marcava na tela de bordo. Se estivesse sozinho, talvez levasse apenas uma, ou menos.

Acomodei-me na poltrona e observei pela janela redonda em minha frente a nave levantando e disparando para o céu. Até que meus olhos se fecharam lentamente, e então adormeci.



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