Não pode ser possível. É de propósito, certo? Você não pode ser tão frio, burro, insensível e insensato como parece ser. Eu lhe digo um oi desanimado, você não nota que estou triste. Eu finjo não lhe dar atenção, você mal percebe. Faço-me de dengosa, você não dá bola. Não gosta de mim realmente? Não lhe dei sinais de amor suficientemente a você? Precisa de algo tão óbvio assim? Pois achei que você era bem melhor do que isso.

Não responde a meus emails carinhosos, não me telefona, não me dá carinho, não sabe ser aquele de quem preciso. Mas, feliz e infelizmente, preciso de você de qualquer jeito. Mesmo que eu tente - e já tentei - me separar de você, fazê-lo parece simplesmente impossível. A única coisa que gostaria que você percebesse é a única que importa: o sentimento. E por essa razão choro, fico sentada ao lado do telefone esperando sua ligação, que aliás nunca chegou, fico esperando ouvir sua voz, fico esperando tudo aquilo que você não se esforça para fazer.

Isso tudo me leva à conclusão mais dolorosa que há: você não me ama, você não se esforça para me amar mas também não se livra logo de mim. Que utilidade levo a você? Talvez eu faça-o sentir-se querido? É isso? Aguardo, calada, pois se vier a lhe falar tudo que estou escrevendo, é capaz de perdê-lo. E se isso acontecer, ficarei com o coração infinitamente pior do que está agora.

Fale comigo. Esteja comigo. Não, não estou pedindo que me ame. Mas achei que você soubesse que se dissesse que me ama me deixaria feliz. Muito feliz.

Mas sou boba. Desde o começo soube que você não era o tipo de homem esperto o suficiente para perceber o que eu necessito. E ainda assim, insisto na mesma tecla, até que ela se quebre.