Proibido escrita por Fan_s


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários ^^



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“… enquanto ainda sou uma Amazona.” Aioria não conseguia parar de pensar nas palavras de Marin. Como assim por enquanto? Era impossível. Não conseguia concentrar-se nas suas obrigações como Cavaleiro de Ouro enquanto aquela frase estivesse na sua cabeça. E a prova disso, é que a reunião com o Grande Mestre, para onde todos os Cavaleiros de Ouro tinham sido chamados, já acabara, e ele nem se deu conta do assunto que fora tratado em tal encontro.

Desde quando tudo de tinha tornado tão confuso? Por um lado sentia-se feliz, por outro preocupado. Por outro nem sequer sabia o que sentia.

Juntamente com os outros, Aioria movimentou-se para a sua respectiva casa. No entanto, enquanto os outros continuaram a descer a escadaria, ele parou. E observou o local onde, faziam apenas dois dias, Marin tinha quebrado uma regra.

Quebrado uma regra para dizer que o amava.

Aquilo estava tão certo e ao mesmo tempo tão errado. Fazendo com que o Cavaleiro de Leão perde-se totalmente o rumo. O que faria ele agora?

As regras não permitiam que ele correspondesse aos sentimentos dela. Porém, também não permitiam que ela tivesse sentimentos por ele.

Parece que Marin já não ligava tanto às regras assim…

 “Aioria!” Ouviu Milo chamá-lo.

“Sim?” Respondeu, apercebendo-se que estava parado no meio da escadaria.

“O que se passa contigo?! Estou a chamar-te desde a sala do Grande Mestre!”

“Desculpa. Estava… distraído.” Pensou ser a melhor coisa a dizer.

Milo esperou que todos os Cavaleiros passassem para continuar a falar.

“Precisava de falar contigo. Ouvi dizer que já te cruzas-te com Argor de Perseus. O que sabes sobre ele?”

Aioria estranhou a pergunta. “Foi há uns anos atrás. Uns miúdos estavam a tentar fugir do Santuário. Fui atrás deles para os impedir.” Relembrava-se. “Mas Argor transformara-os em pedra.” Ele finalizou. Porém, não chegara à parte que Milo queria ouvir.

“Ele tem alguma ligação com a Shina?” Perguntou, indo directo ao assunto.

“Aqueles dois uniram-se para derrotar os Cavaleiros de Bronze.”

‘Uniram-se.’ O Cavaleiro de Escorpião não gostara daquela expressão.

Milo observava Shina a treinar as jovens Amazonas da sua Casa. Era incrível como ele tinha perdido o controlo da situação em que ele próprio se metera. Nem sequer notara o momento em que os sentimentos começaram a jogar naquele jogo também.

Afinal estava à espera do quê? Shina não se ia desculpar, pois ele próprio sabia que ela não tinha motivos para tal. Talvez fosse ele quem estava mal nesta história.

Shina parou de observar o treino das possíveis futuras Amazonas e observou a casa de Escorpião.

Ela percebera há muito o que Milo acabara de perceber. Já havia muito mais que apenas noites de prazer entre eles. E agora, que os sentimentos de ambos estavam em jogo, como seria?

Ao observar o olhar de Shina sobre a sua Casa, Milo recolhe-se e sai do ângulo de visão da Amazona, que volta a prestar atenção nos treinos.

“Athena vem ao Santuário.” Disse Shina a Marin. “Não se fala de outra coisa por todo o Santuário.”

Marin ponderou. Se quisesse abandonar o Santuário, aquela seria a altura certa. No entanto, ainda tinha tantas perguntas sem resposta. O que faria depois de sair? Como será a vida para além das muralhas do Santuário? Ela aguentaria sem nunca mais o poder ver? Essa era a única questão que ainda a prendia àquele lugar Sagrado.

Suspirou. Afinal de contas… talvez a mudança a assusta-se um bocado. Mas isso nunca fora motivo para ela desistir de fazer algo.

Uma semana. Passara uma semana. E era pôr-do-sol e Marin não estava lá. Desde aquele dia que ela não voltara. Aioria suspirou. Talvez fosse melhor assim… por mais que quisesse dar um rumo àquela situação, não sabia o que diria se a encontrasse.

Com uma sensação estranha a pesar-lhe nos ombros, ele regressou à casa de Leão.

Arregalou os olhos e a boca entreabriu-se ao ver a Amazona ruiva sem armadura, camuflada à entrada na sua Casa.

“O… o que estás aqui a fazer?” As palavras custaram-lhe imenso a sair, e depois de as dizer, notou que talvez não tivessem sido as mais adequadas.

“Eu… tomei uma decisão…” Marin disse para depois, mais uma vez, retirar a máscara e deixar a sua face exposta à visão de Aioria. “Porém, antes, há uma coisa que eu quero fazer.” E num acto inesperado, a Amazona cola os seus lábios aos lábios do Cavaleiro.

Não há palavras para descrever os sentimentos dele nesse momento, nem o quanto o seu coração bateu mais depressa. E, embora um pouco surpreso no início, o Cavaleiro de Leão correspondeu, indo aos poucos, aprofundando o beijo.

Afinal, a razão não pode ser sempre a única a falar.


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Notas finais do capítulo

Peço desculpa que tiver erros ;x
Como ficou? :)