Verdades a Serem Reveladas escrita por Madame_Lyra-B


Capítulo 6
Capítulo 6 - Chegadas e Explicações


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: Bem pessoal, Harry Potter e Cia não me fatos, personagens, enfim o resto são da minha imaginação meio louca.
Pessoal desculpa a demora viu?



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Capítulo 6 – Chegadas e Explicações

Lyra sentiu a presença de seus três guardiões tão logo colocou os pés no chão. Olhou fixamente para o irmão o advertindo para avisar os outros de algum modo que estavam bem enquanto ela distraia os outros.

- Então, onde exatamente nós estamos?

Perseu viu a irmã se afastar enquanto ele mesmo ia em direção a pequena floresta que tomava conta da propriedade. Embrenhou-se na mata e pegou de sua jaqueta um espelho de duas faces.

- Blaise, Theo?

Esperou por alguns segundos e viu um belo castanho de olhos verdes surgir no espelho.

- Vocês estão bem? Não vamos conseguir nos aproximar da casa, o Fidelius não permite e existem feitiços anti-aparatação no lugar.

- Estamos bem Theo, não se preocupem. Não tentem se aproximar. Onde está Blaise?

Theodore sorriu de modo sarcástico para Perseu e se afastou um pouco deixando que Blaise aparecesse junto com ele no espelho.

- Oi querido, como você está? Chegaram bem? Não tem ninguém perseguindo vocês?

Perseu revirou os olhos diante e tanta preocupação vinda de Blaise. Perseu e Blaise estavam juntos há algum tempo. Tinham se conhecido por intermédio de Lyra, que havia sentido a presença de Blaise e Theo durante uma viagem dos quatro para Roma. Blaise tinha ido para a casa da família Zabini nas férias de inverno, apesar de não existirem outros Zabinis que não ele, e Theo tinha ido lhe fazer companhia. Os dois tinham decidido andar pela cidade em uma tarde com o calor mais ameno e toparam com Lyra e Perseu que corria atrás da irmã depois desta ter subitamente se levantado da mesa onde tomavam um café e ter dito que havia "os sentido" e sair correndo. Desde então Blaise e Theodore se tornarão aquilo que chamavam de "guardiões" de Lyra.

Blaise e Perseu se conheceram melhor durante o tempo de férias que ficaram juntos e em um súbito momento de coragem o italiano o chamou para sair e as coisas "fluíram". Na verdade os dois eram bem parecidos tanto que na verdade acabou sendo um susto quando os dois acabarem "dando certo". As únicas diferenças que existiam entre os dois, na bem da verdade, era o fato de Blaise ser bem mais ciumento e possessivo que Perseu. Estavam juntos há seis meses, mas havia mais de quatro que não se viam.

- Oi Blay, estamos bem, a viagem foi tranqüila, tivemos que vir de avião e Lyra ficou um pouco tensa, como sempre, fora isso tudo bem. Não se preocupe, não tem ninguém nos perseguindo.

Blaise acenou com a cabeça concordando.

- Lyra e eu conversamos antes de sair dos Estados Unidos e achamos melhor que nos encontremos somente na estação.

- O que? Não de jeito nenhum!Faz quatro meses que a gente não se vê! Eu preciso te ver!

Perseu respirou fundo, sabia que Blaise teria aquela reação, também sentia falta dele, mas era melhor não se encontrarem para evitar sair em locais onde soubessem que Lyra não estaria segura.

- Blaise, eu também estou com saudades, mas você sabe que agora a prioridade é a segurança da minha irmã, e é mais seguro que ela fique na Ordem da Fênix, por enquanto este é um dos locais mais seguros no qual ela pode estar, então, por favor, seja compreensivo.

Perseu tinha dito aquilo em um tom que impunha limites e Blaise apenas assentiu, sabendo que se não o fizesse sofreria as consequências depois.

- Bem então, eu e Blaise encontramos você na estação. Quero só ver a reação dos grifinórios quando nos virem juntos.

- Nem toque nesse assunto. Eu e Lyra ainda estamos pensando no que iremos fazer. Tenho que ir, já demorei demais. Até mais, nos vemos na estação.

- Tchau querido, sinto saudades.

Perseu sorriu diante do carinho do moreno de olhos azuis e guardou o espelho de volta em seu bolso correndo em direção ao grupo em um passo leve, inaudível para alguém que não tivesse uma audição avançada, correu na direção do grupo que já estava quase na porta da casa.

- Bem, realmente as proteções da casa parecem ser ótimas, mas vocês não acham que uma coruja poderia entrar aqui facilmente?

-Lyra, pare de colocar pressão neles.

Tonks, Bill e Olho Tonto se assustaram com a súbita manifestação de Perseu e olharam pra ele assustados.

- Eu tinha me esquecido de você. Ficou muito quieto.

Lyra riu e se aproximou mais do irmão que lhe fez um discreto gesto de assentimento.

- Não se preocupe Tonks. Perseu é assim mesmo. A noite é como um felino, quase desaparece.

Perseu sorriu irônico pela irmã tê-lo chamado de felino. Era uma brincadeirinha dos dois por conta de sua forma animaga.

Tonks abanou a cabeça deixando a questão para lá e Olho Tonto abriu a porta entrando e dando passagem para todos. Lyra entrou antes do irmão que foi o ultimo. Encontravam-se dentro de um grande hall de entrada com chão de madeira bem lustrado, um teto alto com archotes rústicos, mas tudo de bom gosto. Vários arcos se abriam como portas dando para corredores que provavelmente levariam aos diversos cômodos que a casa deveria ter. Uma grande escada se encontrava no final do hall e virava para a direita onde deveriam se encontrar os cômodos mais particulares.

Bill tomou a frente e se dirigiu a um dos arcos da direita entrando em um corredor iluminado por velas que estavam em candelabros pendurados na parede. Todos seguiram pelo corredor, Perseu sempre atento a tudo a sua volta logo percebeu que as portas não tinham maçanetas naquele corredor, sabia que deveriam ser questões de segurança dos próprios moradores.

O grupo parou no fim do corredor onde se encontrava uma porta dupla toda entalhada em formatos de arabescos. Bill colocou a mão em um pequeno arabesco e o girou se afastando enquanto a porta se abria e entrou na frente de todos. Logo o Weasley se sentiu sendo preso por um par de mãos e uma varinha em seu pescoço enquanto os outros que o seguiam tinham o mesmo destino.

- Qual foi à primeira coisa que eu te disse quando você acordou no Saint. Mungus depois que Greyback o arranhou em sua forma lupina?

- Você me disse que eu não precisava me preocupar que a única diferença era que minha mãe teria menos trabalho ao fazer meu bife, tenho que dizer Sirius você estava certo dessa vez.

Sirius soltou o ruivo e riu da piadinha do mais novo.

- Onde estavam? Pensamos que Dumbledore havia mandado vocês em uma missão.

- E ele mandou...

Neste momento Perseu em sua atitude sempre defensiva para com a irmã percebeu que a mesma estava branca e olhava fixamente para um ponto perto da lareira e que logo iria desmaiar.

Em pouco tempo se concentrou e ficou em pé extremamente reto. Repensou em todo o seu treinamento corpo a corpo e pisou fortemente no pé direito da pessoa que o segurava e que no mesmo momento o soltou, pegou no braço direito do homem ruivo e o colocou em suas costas fazendo com que o homem ficasse de joelhos no chão, soltou ele e foi até a irmã que já tinha seus olhos quase se fechando. Chegou por trás do homem de cabelos arrepiados que segurava pensando em dar um golpe certeiro em sua nuca, mas este se virou no momento exato percebendo o que Perseu ia fazer e soltou sua irmã que imediatamente se desequilibrou e foi em direção ao chão.

Em um movimento rápido o moreno desviou do homem e foi até a irmã conseguindo segurá-la antes que fosse ao chão. Ajoelhou e colocou a cabeça da irmã em seu colo.

- Ly...

-Lareira...Olhos verdes...outro...cabelos azuis...

Perseu imediatamente entendeu o que tinha acontecido. A irmã tinha encontrado outros dois guardiões, mas não havia percebido antes por conta dos vários feitiços de proteção e consequentemente contra o rastreamento de magia. A carga mágica que havia sido enviada para a irmã no momento em que os sentiu havia sido enorme.

Perseu olhou na direção da lareira e viu várias pessoas o olhando, mas no momento em que viram seu rosto as reações foram totalmente diferentes do que esperava. Alguns pareciam surpresos, outros, até ousava dizer, assustados. Deixou isso de lado por um momento e procurou quem sua irmã tinha "descrito". Viu os dois meninos lado a lado com as varinhas apontadas para ele o olhando sérios.

Perseu se voltou para a irmã e pegou dentro de um de seus bolsos um vidro contendo uma poção restauradora e ajudou Lyra, esperando enquanto ela recuperava as forças para se levantar. Percebeu alguém se aproximando e viu o moreno dos olhos verdes enquanto o de cabelos azuis mantinha alguns passos de distância parecendo ansioso para se aproximar.

Lyra se sentou e olhou para o irmão colocando a mão em seu rosto.

- Estou bem, não se preocupe.

Perseu assentiu e viu a irmã se levantar. Viu uma mão a sua frente sendo oferecida pra ajudá-lo e olhou para cima encontrando o moreno dos olhos verdes, Aceitou a mão e se levantou olhando ao redor.

- Mas o que...?

Olhou para trás e arregalou os olhos, sentiu Lyra atrás de si segurando seu cotovelo e respirou fundo se acalmando. O homem a sua frente era ele, mas velho, é claro, mas ele. Os mesmos olhos azuis, o mesmo cabelo negro, as únicas diferenças apareciam na maneira como se portavam. O homem a sua frente tinha rugas ao redor da boca que indicavam a freqüência com a qual sorria e era mais baixo chegando aos 1,80. Perseu por sua vez tinha a barba por fazer e apesar de sempre se mostrar com um sorriso tranqüilo no rosto muitas vezes era apenas para mascarar suas emoções, e diferente do outro tinha quase 1,90 de altura.

- Bem Sirius...- começou Bill -...estes são Perseu – disse o ruivo indicando o moreno –e ao seu lado Lyra.

Sirius parou por um momento e apenas olhou para os gêmeos a sua frente. Aos poucos foi tomando consciência de que aqueles a sua frente eram seus filhos e saiu de seu estupor. Aproximou-se a passos lentos dos gêmeos e parou de frente para eles colocando uma mão em cada bochecha dos filhos, puxou eles em sua direção e os abraçou fortemente enquanto chorava compulsivamente. Lyra apenas sorriu tranqüila e se deixou ser abraçada pelo pai que nunca havia tido verdadeiramente. Perseu por sua vez ficou tenso, afinal, não era de demonstrar suas emoções na frente de tantas pessoas mas aos poucos foi se deixando contagiar pelo momento e relaxou diante de tantas emoções que rodeavam seu corpo naquele momento.

Sirius sentiu uma mão em suas costas e se afastou dos filhos dando passagem para que a esposa se aproximasse. Marlene costumava ser uma pessoa calma, na bem da verdade era ela quem puxava as rédeas de Sirius na maioria das vezes fazendo com que ele se acalmasse e ficasse sob controle.

Lene se aproximou dos filhos calmamente e lhes sorriu juntando os dois em um abraço que logo depois foi mais apertado por Sirius que resolveu se juntar. Os quatro ficaram por um tempo ali e se afastaram somente quando escutaram um ferro caindo. Separaram-se e olharam para o lugar de onde vinha o barulho.

Viram Hillary extremamente corada escorando na parede perto da lareira com um ferro de mexer as brasas no chão.

- Me desculpe, eu tropecei sem querer, foi mal, eu acho.

Foi o suficiente para que todos relaxassem e dessem risada. Marlene se virou novamente para os filhos e pegou a mão de cada um.

- Bem, vocês devem estar cansados, os quartos de vocês...

- Na verdade – hesitou Lyra, olhando para o irmão por um segundo – nós preferíamos que vocês... Bem, nos contassem tudo, se estiverem dispostos agora, é claro.

Sirius olhou a sua volta e voltou seu olhar para a mulher que assentiu.

- Tudo bem, hum... Bem antes me deixe fazer algumas apresentações.

Sirius olhou para trás trazendo os filhos consigo.

- Bem, vocês já conheceram Olho Tonto, Tonks e Bill – aproximou-se do homem que havia segurado Perseu – este é Arthur Weasley, pai do Bill.

- Me desculpe pelo hum...modo de me soltar.

Arthur sorriu e esfregou sua nuca.

- Tudo bem, você queria apenas ajudar sua irmã. Têm movimentos e raciocínio rápidos garoto, daria um ótimo auror. Já pensou nisso?

Perseu apenas assentiu sorrindo e Sirius se aproximou do homem de cabelos arrepiados que havia segurado Lyra.

- Esse é James Potter – Sirius passou o braço pelo ombro de James – um grande amigo e bem...Padrinho de vocês.

Perseu e Lyra sorriram para James. Nunca haviam tido nem pais direito e agora surgia até um padrinho. Lyra sendo a mais afetiva dos dois se aproximou de James e o abraçou pela cintura. James riu divertido por um momento e retribuiu o abraço da moça a levantando no ar por um segundo.

- Bem...- James se soltou da morena e levou a mão aos próprios cabelos em um gesto de nervosismo - ...me desculpa por não ter reparado que você estava passando mal.

Lyra sorriu e balançou a mão em um gesto que dizia que aquilo era passado. Perseu apenas balançou a cabeça em um aceno e James lhe sorriu. Aquele garoto era Sirius escrito, mas tinham personalidades que começavam a se mostrar opostas.

Sirius deixou James e se aproximou de um castanho dos olhos cor de mel que apesar de novo tinha uma aparência cansada.

- Este aqui é Remus Lupin, outro grande amigo desde a época da escola.

Remus sorriu gentil para os gêmeos e os dois lhe retribuíram da mesma maneira. Sirius se aproximou do ultimo homem que antes vinha segurando Moody. Este era mais baixo que os outros, mas continuava mais alto que Lyra, tinha cabelos e olhos castanhos escuros.

- Este é Frank Longbotton, também estudou no mesmo ano que eu e os outros, menos Arthur que foi alguns anos a nossa frente.

Os irmãos acenaram para Frank e Sirius foi para frente de três mulheres, se enfiou no meio delas e passou os braços na cintura de uma bela ruiva e de uma loira, ainda havia uma morena de olhos azuis que ria e rolava os olhos do homem, e outra ruiva sentada em uma poltrona.

- Estas duas aqui são Lily Potter – indicou a ruiva de belos olhos verdes – e Anita Lupin – indicou a loira – e esta morena aqui do lado é Alice Longbotton, esposa de James, Remus e Frank, respectivamente.

- Muito prazer – Lyra olhava gentilmente para as mulheres.

- Então, Lily seria nossa madrinha?

Sirius assentiu para Perseu e os gêmeos se aproximaram da ruiva, Lyra foi a primeira a cumprimentar a ruiva com um abraço e um beijo no rosto. Perseu se aproximou galantemente fazendo com que Lily risse e então a abraçou por um momento se afastando logo em seguida.

- Sabe Almofadinhas, se o seu filho continuar "agarrando" minha mulher deste jeito, você vai ficar sem ele logo, logo.

- Não confia no seu taco padrinho?

- Na verdade – começou Sirius – ele nem tem um taco para confiar não é viado?

Todos riram enquanto James jogava um olhar fulminante para o amigo que se fazia de inocente. Ninguém percebeu o olhar furtivo que Perseu jogou para a irmã e quando a mesma deu um leve aceno de cabeça para ele.

- É cervo Sirius, CERVO! Quantas vezes...

- Você tem algo contra... hum...homossexuais...pai?

Lyra havia perguntado encarando séria a Sirius. Todos haviam parado com as risadas no mesmo momento. A tensão havia se instalado no aposento novamente e Sirius encarava a filha assustado com a pergunta repentina. Perseu ao lado da irmã estava tenso, mas não deixava que ninguém o percebesse.

Era comum no mundo bruxo o casamento entre pessoas do mesmo sexo, afinal a magia que existia nos bruxos fazia com que fosse possível aos mesmos terem filhos. Mas como em todo lugar existiam aqueles com preconceito que não aceitavam.

- Bem... É claro que não! Cada um gosta de algo. Mais mulheres sobram para mim...

- Eu ainda estou aqui caro esposo.

-... Apesar de eu não necessitar mais porque eu já fui "encoleirado". Mas a juventude está ai não? Que eles aproveitem.

Sirius havia se aproximado da mulher enquanto falava e abraçou-a pelas costas com um olhar inocente enquanto a mesma olhava para ele divertida e com as sobrancelhas erguidas.

- Mas por que a pergunta filha? Você é...

- Não, ela não é. Eu sou. – disse Perseu enquanto olhava Sirius que tinha arregalado os olhos levemente.

- Pers querido irmão, você precisa aprender a ser mais delicado com essas noticias. – Lyra encarava o irmão pacientemente.

Perseu bufou e rolou os olhos.

- Meu dez galeões Rony.

Harry sorria convencido para o ruivo que estendia um saquinho marrom para o moreno.

- Mas o que...?

Lily olhava fulminante para o filho enquanto colocava as mãos no quadril.

- Você andou apostando de novo Harry James Potter?

Harry rolou os olhos e se aproximou da mãe a abraçando pelos ombros.

- Mãe, fica tranqüila. Eu não vou me tornar um viciado em jogos ou nada do tipo ok?

- Eu sei querido, mas isso não são coisas que você deva fazer certo? Ou pelos menos não me deixe ver, porque se você for igual ao seu pai, e eu sei que é, você não vai parar.

James sorriu marotamente para o filho e piscou um olho para a esposa.

- Que mal eu pergunte, mas vocês apostaram se meu filho era gay ou não?

Sirius parecia incrédulo ao perguntar aquilo.

- Er... Bem padrinho... Foi. – Harry coçava a nuca meio sem graça.

- E como cargas d'água você podia sequer cogitar a possibilidade dele ser gay?

- Ah pai, ele sabe. – Perseu havia dito aquilo sorrindo sarcasticamente para o moreno e olhos verdes que corou compreendendo que o outro sabia que ele também era gay.

- Como você...?

- Ah caro Harry, digamos que você é "famoso" fora daqui. – Perseu sorriu piscando um olho para o futuro guardião.

Harry engoliu seco imaginando o que os irmãos já teriam escutado sobre ele fora dali.

- Não se preocupe Harry, meu irmão está apenas brincando com você. – Lyra se aproximou de Harry sorrindo tranquilamente enquanto o mesmo sentia uma energia relaxante atingi-lo quando a morena entrelaçava o próprio braço com o seu. –Então, já que meu pai achou um lugar melhor, - sorriu sarcasticamente para Sirius que continuava abraçado a Marlene e fazia uma cara de falsa indignação – será que você poderia nos apresentar o resto do pessoal?

Harry parou por um segundo surpreso com a sua tranqüilidade ao lado de uma pessoa que jamais havia visto, mas que se sentia tão bem ao lado como se a conhecesse há anos. E sabia que o mesmo acontecia com Perseu.

Tendo preferência pelo sexo masculino, Harry sabia identificar alguns aspectos de outros homossexuais. Mas com Perseu havia sido diferente, soube desde que colocou os olhos nele. Não que tivesse se sentido atraído, de maneira alguma. Perseu era bonito, muito bonito, mas não chamava a atenção de Harry nesse sentido. Afinal se sua intuição estivesse certa, a até o momento ela não tinha falhado, Perseu deveria ficar na mesma "posição" que ele em seus relacionamentos, ou melhor, a "posição" que ele provavelmente ficaria afinal ele nunca havia tido a oportunidade ou quis fazer algo que necessitasse tomar uma "posição".

- Hum... Bem, deixe-me ver. – Harry olhou para o restante das pessoas que faltavam ser apresentadas tomando a sua esquerda como começo. – Essa é Hermione Granger, uma "agregada" e grande amiga. Gina e Rony Weasley, filhos de Arthur e Molly, que esta ali perto de Bill, o irmão mais velho dos dois, e fora eles a família Weasley ainda tem Charlie, que está na Romênia estudando dragões, Fred e Jorge que tem uma loja de logros no Beco Diagonal, e Percy que é um zero a esquerda...

- HARRY! – Lily repreendia o filho enquanto os outros riam até mesmo os pais de Percy.

- Desculpe Senhor e Senhora Weasley – se aproximou do ouvido de Lyra – mas ele é mesmo. – disse o moreno para que somente Lyra escutasse, mas percebeu pelo sorriso na cara de Perseu que ele havia escutado. – Bem continuando, essa loirinha aqui é Louise Lupin, filha Remus e Anita, esta ruiva lindíssima é minha irmã, Hillary, aqui do lado dela está Neville, filho de Frank e Alice, e esse ai que não para de mudar a cor do cabelo – Harry fez uma cara de falsa confusão – Ah, é mesmo como eu pude esquecer, Ted Lupin, - disse irônico – filho de Remus e Anita também e irmão da Louise. Acho que são os que faltavam certo?

- Obrigado Harry – Lyra disse rindo.

- Bom depois de todas essas apresentações, acho que bem... Vocês têm certeza que querem saber agora? Podem esperar amanhã sem problema algum...

- Nós realmente gostaríamos de conversar agora. – Perseu cortou Sirius o olhando sério.

O Black mais velho respirou fundo e se sentou em um dos sofás colocando Marlene sentada ao seu lado e segurou suas mãos junto às delas.

- Bom, vamos nos retirar para deixar vocês mais a vontade...

- Não é necessário Senhora Weasley, a menos que vocês realmente queiram sair ou Sirius e Marlene não se sintam a vontade.

- Fiquem todos vocês. Os adultos já sabem da história e eu tenho certeza que os outros já devem saber de alguma coisa. – Sirius olhou sabiamente para os mais jovens que olhavam para ele inocentemente.

James com ajuda de Frank fez com que mais sofás e poltronas surgissem para que todos pudessem se aconchegar. Lyra e Perseu se sentaram lado a lado em frente aos seus pais.

Depois que todos se acomodaram, Sirius olhou para baixo e respirou fundo tomando coragem para dizer o que precisava, e então olhou para os filhos a sua frente.

- Bem a primeira coisa que vocês têm que saber é que nós nunca pensamos em abandonar vocês, e esperamos que vocês nunca pensem nessa possibilidade. – o moreno respirou fundo e levantou a cabeça. – Tudo começou quando ficamos sabendo que Voldemort estava procurando um modo de punir a mim e a sua mão, tentando nos tirar da guerra. Ele sabia que se desistíssemos muito nos seguiriam e a ordem ficaria enfraquecida. É óbvio que eu e Lene jamais desistiríamos da Ordem, por nada, a não ser talvez pelos nossos filhos que estavam por nascer e Voldemort sabia disso.

"Por meio de um espião ficamos sabendo que o Lord das Trevas pretendia seqüestrar vocês para nos ameaçar. Quando Lene entrou em trabalho de parto antes do previsto, todos os planos de proteção foram por água abaixo. Contudo nenhum ataque ocorreu e achamos que tudo estava bem até o momento de Lene amamentar vocês. Foi ai que percebemos que algo tinha ocorrido, nenhum dos dois estava no berçário. A enfermeira daquela noite passou a informação de que a ultima pessoa a ver vocês tinha sido um senhor que dizia ser avô das crianças e por ser parecido demais comigo, havia confiado. Depois de ver este homem em suas memórias eu mesmo confirmei ser o meu pai. Procuramos durante meses vocês e o espião continuava confirmando que o Lord das Trevas estava furioso com a minha mãe e que tinha matado ela. Não conseguíamos juntar todas as peças do quebra cabeça. Pelo que eu conhecia da minha família eles seriam capazes de matar para se ver bem aos olhos de Voldemort, mas ninguém tinha noticias do meu pai e muito menos de vocês. Os anos foram passando, até que em um surto eu decidi ir visitar a antiga casa dos Black. Eu havia vendido para uma senhora que acabou por morrer antes mesmo de habitá-la e não tinha família. Fui até o cômodo onde ficava a árvore genealógica da família Black e o nome de vocês estava ali, logo abaixo do meu que estava queimado. A partir daquele momento eu soube que vocês continuavam vivos, pois a própria tapeçaria era enfeitiçada para marcar a morte dos membros da família, isso aconteceu há seis meses e desde então estivemos tentando achar alguma pista de vocês. Dumbledore contatou alguns diretores procurando por um casal de gêmeos de 17 anos, afinal isso é meio raro. Enfim ele encontrou vocês e agora estão aqui, finalmente."

Sirius terminou o relato olhando carinhosamente para os filhos enquanto Marlene acariciava sua mão. Lyra tinha uma de suas mãos na bochecha enquanto a outra enrolava uma mecha de seus cabelos. Tinha fixado um ponto na parede e parecia assimilar tudo que havia sido dito. Perseu olhava para a lareira e não demonstrava suas emoções, voltou seu olhar para Sirius erguendo as sobrancelhas.

- O que houve com seu pai?

- Não sei. Não conseguimos encontrar nenhuma pista dele. A única coisa que sabemos é que ele não usou nenhum meio licito para sair dos EUA depois que deixou vocês por lá. Não encontramos nenhum rastro de magia dele para qualquer meio de locomoção e se eu conheço meu pai ao menos um pouco ele jamais se sujeitaria a um meio trouxa. Achamos que ele pode ter usado algum tipo de magia negra, como tele transporte.

- E ele tinha conhecimento sobre Magia Negra? – Perseu perguntou seriamente.

- Meu pai? Acho que ele tinha mais conhecimento em Magia Negra do que Voldemort, só usava menos.

Perseu olhou para a irmã que parecia estar com os pensamentos longe dali, e soube no que ela estava pensando, mas conversaria com ela sobre aquilo depois.

- Bem, agora que vocês já sabem tudo, acho que está na hora de todos irmos para cama, certo?

Todos assentiram e começaram a se levantar desejando boa noite uns aos outros.

- Venham queridos, vou mostrar o quarto de vocês. – disse Marlene com um sorriso bonito no rosto.

Os gêmeos se levantaram e seguiram atrás dos pais, que saíram da biblioteca e voltaram para o Hall subindo a escada e então seguindo por um longo corredor até o final do mesmo que virava para a esquerda dando para outro corredor menor com três portas no final.

- Bem, o quarto a frente é o meu e de Marlene, o da direita é seu Perseu e o da esquerda de Lyra.

- Obrigado. – disse Lyra sorridente.

- Não estão devidamente decorados porque achamos melhor que vocês decidissem o que querem fazer. – Marlene se mostrava um tanto até um tanto curiosa com o pensamento do que os filhos fariam ali.

- Boa Noite, se precisarem de algo nos chamem certo?

Os gêmeos anuíram e ficaram olhando enquanto os pais entravam em seu quarto. Viraram um para o outro e Lyra sorriu se aproximando do irmão.

- Conversamos sobre o assunto amanhã ok?

Perseu acenou, sabia que a irmã estava cansada e ele também estava à viagem tinha sido longa e as informações eram muitas para digerir.

- Tudo bem, boa noite Estrela.

Lyra se aproximou do irmão e passou sua mão direita de sua testa até seu peito, àquele era um modo de dizer boa noite entre os dois. Perseu deu um beijo na testa da irmã e os dois foram cada um em direção aos seus quartos.

Ao entrar em seu quarto Lyra percebeu que faria muitas mudanças ali, não que tivesse algo de mau gosto, de jeito nenhum, mas ela preferia coisas em formatos antigos, diferente do que estava ali, que era muito moderno.

Respirou fundo e foi em direção a uma das portas percebendo que ali era o banheiro, ligou o chuveiro e se lembrou que suas coisas estavam com seu irmão. Voltou ao quarto e percebeu uma luz que surgia em cima da cama, quando a mesma desapareceu viu sua mala no lugar. Foi em direção a ela pegando uma camisola longa e um robe e voltou para o banheiro. Tomou um longo banho, vestiu suas roupas e voltou para o cômodo principal percebendo que teria muito trabalho para arrumar tudo aquilo.

Foi em direção a uma das duas sacadas que tinha no quarto e saiu nela, olhando para a noite que estava fresca. Viu a lua no céu e se ajoelhou fazendo uma prece a Grande Deusa agradecendo e pedindo que tudo desse certo.

Retornou para dentro do quarto e se deitou, logo estava nos braços do mundo dos sonhos.


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Notas finais do capítulo

N/A : Eu seu, demorei pra caramba pra postar, desculpa gente. Enfim, espero que vocês gostem! Espero reviews hein? Beijos. Mademoiselle Lyra



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