Verdades a Serem Reveladas escrita por Madame_Lyra-B


Capítulo 5
Antigos amores quebrados e problemas futuros


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal, eu realmente queria saber se vocês gostariam de ter uma idéia de como são os personagens e gostariam que eu fizesse um capítulo especial com as imagens e descrições deles.Espero que gostem.



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Capítulo 5 – Restaurando o amor quebrado e resolvendo problemas do futuro

Lucius sabia que a dor que sentia em seu ser agora iria acabar logo. Tinha se acostumado com a persistente necessidade que havia em seu ser de sentir o calor do corpo de seu consorte, mesmo sabendo que não havia maneira de ficarem juntos enquanto tudo não tomasse seu ruma para o fim, e agora o fim estava mais próximo do que nunca. E tudo tinha começado exatamente há uma semana , quando seu filho, Draco, tinha feito dezessete anos.

Sua criança tinha finalmente recebido sua herança élfica e em breve escolheria seu próprio companheiro, ou companheira, de vida. É claro que Lucius sabia que Draco estava destinado a uma pessoa certa desde que tinha nascido filho seu. Draco era a criança da profecia que havia sido feita há milênios pelo Grande Elfo Profeta e que tinha sido passada de geração a geração até que o escolhido nascesse.

Nas palavras da Grande Profecia "Um grande guerreiro elfo e bruxo puro em ambas as raças haveria de nascer durante um dia de verão durante uma tempestade de pedras de gelo e no momento certo junto de um exército marchar em direção ao mal que poderia trazer à destruição da vida na terra" a profecia ainda tinha uma passagem sobre a pessoa escolhida para passar o resto de sua vida com Draco e o ajudaria em sua jornada as palavras eram "será a mão da Deusa Mãe na Terra e terá a capacidade de salvar ou destruir tudo segundo suas escolhas".

O mais comum seria que neste momento seu filho já soubesse quem era seu ou sua predestinada ou predestinado, mas aparentemente as coisas nunca seriam normais para Draco. Na bem da verdade ele já deveria saber desde deus 15 anos, quando sua formação élfica começara a entrar em estágio de conclusão, mas nada tinha ocorrido até agora. Nem ao menos uma sutil olhada mais profunda tinha chamado a atenção de seu filho e Lucius estava começando a se preocupar.

Draco já estava dando sinais de que não estava gostando nem um pouco de toda a situação e começava a demonstrar sua necessidade em encontrar seu companheiro e naquele minuto ele fazia exatamente aquilo, demonstrar sua impaciência.

- Draco, por favor, pare de estralar seus dedos. Eu sei que você não esta muito contente com toda a situação, mas precisa se acalmar.

O loiro mais novo bufou e parou de estralar seus dedos se levantando da poltrona que estava sentado e se colocando em frente à janela que dava uma visão ampla do jardim. Lucius contemplou por um tempo os longos cabelos loiros e lisos que chegavam as costas de seu filho, mas não eram tão grandes quanto os seus que chegavam aos seus calcanhares. Após ter recebido sua herança Draco havia decidido deixar de usar o feitiço que escondia sua real aparência. Seu filho respirou fundo e Lucius soube que o silêncio havia acabado.

- Onde está Blaise quando preciso dele?

Lucius arqueou uma de suas sobrancelhas loiras e sorriu sarcasticamente para o filho. Draco sendo um Malfoy jamais admitiria, mas sentia falta de seus amigos, que eram poucos, no período de férias.

- Não sei, ele não disse aonde ia?Pensei que ele tinha ido para a casa dele.

- Não, ele não disse aonde ia. Só falou que ia fazer algo que poderia me interessar em um futuro próximo. E ele já voltou para casa há alguns dias sim, mas não está lá.

- Ele disse isso?

- Sim, e ainda teve a capacidade de dizer que eu ia agradecer depois.

O loiro mais velho meneou a cabeça enquanto desfrutava de uma taça de vinho que um elfo doméstico havia acabado de trazer para ele. Blaise Zabini era um belo garoto, seus cabelos pretos e caídos em seus olhos azuis céu faziam diversas pessoas virarem a cabeça quando ele passava, o menino tinha desfrutado disto várias vezes já tendo usado disto para seu benefício e também havia se metido em diversas encrencas, mas Blaise era um bom amigo, era um dos poucos que conhecia Draco a fundo e tinham sua confiança.

- Bem, se ele disse isso eu acho que não há nada que você deva se preocupar.

- O problema é que ele levou Theodore junto, tenho certeza que eles estão me escondendo algo importante. Há semanas eles não me pedem nada.

Draco olhou com seus belos olhos azuis acinzentados para o pai que estava sentado em uma das poltronas, Ainda conseguia se surpreender em como eles eram parecidos. Lucius olhou para ele e o encarou de uma forma que fez Draco se sentir uma criança novamente, não por medo, mas por saber que aquele olhar dizia que seu pai sabia que seu pai sabia que seu nervosismo não tinha nada a ver com Blaise ou Theodore ou com o que quer que eles estivessem fazendo, mas com si próprio e sua vida. Suspirou e voltou a se sentar na poltrona em que estava anteriormente.

- Estou preocupado... Pai.

Lucius sentiu uma grande emoção ao ouvir seu filho o chamando daquela maneira. Há anos Draco não o chamava assim, tinha aprendido que devia chamá-lo pelo nome na frente de todos em sinal de respeito como se ele fosse superior.

- Eu sei meu filho, mas precisa se acalmar. Você é o elfo da profecia e agora tudo se encaminha para o final, mais hora menos hora seu companheiro terá que aparecer de alguma maneira.

- Você acha que ele ou ela pode estar do lado das trevas?

- Não – meneou a cabeça – caso contrário Voldemort já teria se manifestado de algum modo.

- Então você acha que deve estar do lado da Ordem da Fênix?

Lucius suspirou, entendia as preocupações do filho, afinal era de sua vida que estavam falando.

-Não acho que você deva se preocupar de que lado está ele ou ela, se estivesse de qualquer um dos lados nós saberíamos. Se fosse a Ordem Severus teria nos contado e se fosse o Lorde das Trevas eu saberia. Acho que esta pessoa ainda não escolheu seu lado, acho que só escolherá quando vocês se encontrarem.

Draco respirou fundo e assentiu com a cabeça. Estava cansado de tanto se preocupar por algo que nem ao menos sabia como era.

- Bem, acho que vou me deitar. Talvez amanhã eu consiga colocar meus pensamentos em ordem e descobrir o que Blaise e Theo estão aprontando.

- Que a Deusa lhe conceda uma bela noite meu filho.

- Obrigado Pai. Que ela também lhe conceda uma.

Lucius observou seu filho saindo da biblioteca e ir dormir e fechou os olhos pensando em como sua vida havia tomado um rumo tão diferente do que esperava. Quando deu por si já estava andando em direção aos jardins da mansão. Ao sair a noite o engolfou em um suave vento que prenunciava que o verão estava indo embora pairava no ar.

Seguiu em direção as belas flores que reinavam no jardim e murmurou um feitiço que fez com que sua aparência voltasse ao normal, o tornando o que ele realmente era : um elfo com cabelos loiros e lisos que se arrastavam pelo chão e que trajava uma túnica longa azul que quase o fazia desaparecer na escuridão o que não ocorria devido ao brilho natural que sua pele de alabastro exercia sobre o brilho das estrelas.

O elfo loiro sorriu ao sentir uma presença tão conhecida o observando.

- Eu sei que você está me observando.

- Eu sei que você sabe amado meu.

Lucius se virou e deparou-se com aquele por quem tinha mudado tudo o que acreditava, por quem tinha mudado seu "destino".

- Olá amado.

- Oi Sev.

Severus sorriu e se aproximou do loiro e se aconchegou em seus braços. Logo ambos sentiram o frio que sentiam constantemente passar e uma quentura gostosa se instalar em seus corpos. Lucius afastou Severus e colocou a mão em uma de suas bochechas. Severus pendeu a cabeça na mão de Lucius apreciando o gesto.

- Sinto sua falta querido.

- Também sinto sua falta loiro.

Lucius sorriu diante do modo como Severus havia o chamado e se aproximando mais do moreno juntou seus lábios em um beijo cheio de saudade. Lucius intensificou o beijo pedindo passagem com sua língua que se entrelaçou com a do moreno sentindo o gosto da boca do moreno que há tanto tempo não sentia. O beijo foi terminando com pequenos selinhos até que ambos se afastaram abrindo os olhos. Severus colocou sua cabeça no ombro do mais alto enquanto Lucius passava os braços pela sua cintura.

- Draco esta bem?

- Na medida do possível, não consegue se conformar de seu parceiro ainda não ter aparecido. E a Ordem?

Severus respirou fundo e se afastou do ombro do loiro e este o puxou em direção a um dos bancos que havia no jardim prevendo que seu consorte tinha muito a lhe dizer. Severus se sentou enquanto Lucius apagava as luzes que haviam no jardim com magia, durante o tempo que o loiro levou para se aproximar para sentar ao seu lado, Severus ficou olhando para ele o admirando.

- O que foi?

- Desculpe?

- Você estava me encarando.

Severus sorriu diante das palavras do loiro, às vezes Lucius o deixava encabulado com sua sinceridade.

- Só estava te admirando. Você é lindo.

- Você é lindo.

O moreno bufou diante da resposta e Lucius sorriu da cara de enfezado dele. Severus era lindo, mas o tempo havia sido cruel com ele. Contudo em breve poderiam ficar juntos novamente e tudo seria revertido.

-Onde esta Narcisa?

Lucius focou sua atenção em Severus novamente e o aproximou de seu ombro para que ele repousasse sua cabeça ali. Sentiu o perfume que seus cabelos exalavam e se permitiu relaxar por alguns minutos diante daquele que o conhecia tão bem.

- Não sei. Aparentemente resolveu que vai passar um tempo com a irmã, não se conforma de Draco ter recebido sua herança élfica. Acho que não a veremos aqui antes do fim.

Severus anuiu e se deixou divagar diante de tal noticia. Narcisa era um constante empecilho na sua vida e de Lucius. E depois que o pai do loiro o obrigara a casar com Narcisa o chantageando dizendo que se não o fizesse Severus receberia as conseqüências, a ex Black se fizera pronta a acabar com o que podia restar do amor dos dois.

Depois da morte do pai de Lucius e a ida da mãe do mesmo para os braços de seu verdadeiro amor, o loiro se refugiara em seu filho. Cuidara de Draco e o ensinara tudo o que podia, mesmo sabendo que ele era filho daquela que quase acabara com sua vida e a de seu consorte e amou o filho desde sempre, coisa que era, aos olhos dos sangue-puros, coisa de bruxos fracos. Quando por intermédio dos Grandes Lordes Élficos, ficou sabendo que seu filho era a criança da Grande profecia o protegeu com todos os meios que pode sabendo que um dia a sua escolha influenciaria na vida de todos os seres do mundo. Por conta de tudo isso Narcisa odiou ainda mais o filho, por ele ter tudo o que ela queria de Lucius e ele não poder lhe dar por simplesmente não a amar.

- Mas você esta tentando me esconder algo querido. O que aconteceu na Ordem?

Severus suspirou sabendo que o loiro jamais o deixaria em paz se não contasse o que tinha acontecido durante a reunião.

- Nada demais na verdade, as cartas misteriosas continuam chegando, mas ninguém sabe da onde. Já tentaram rastrear a coruja, mas aparentemente o mandante já havia pensado nesta possibilidade e a coruja nunca é a mesma e nem os locais de onde saem. Dumbledore mandou Lupin pesquisar sobre isso e Potter arrumar as defesas dos próximos ataques. E tem o medalhão do irmão de Black que continua na mesma.

- Nada de anormal desde a sua última carta então.

- Não, bem... Só Black que parecia um pouco desatento hoje. Dumbledore teve que chamar ele algumas vezes até que escutasse em certo momento.

- E o que isto tem de diferente querido? Pelo que me lembro Black sempre foi desatento em se tratando de monotonia.

- É diferente. Ele parecia não desligado, mas pensativo.

- Qual o ponto Sev?

- Bem, Dumbledore fez uma reunião com todos os professores e funcionários de Hogwarts dizendo que iríamos receber durante este ano letivo, dois novos alunos que ingressariam no sétimo ano.

- Até ai, eu não vejo problema algum querido. Muitos estão mudando de escola por conta da guerra.

- Minerva perguntou se eles eram algum tipo de "caso especial" e o diretor fez questão de frisar que eles vieram do Colégio de Magia e Bruxaria de Lileinonikar. E você sabe o que isto quer dizer não?

- Outras disciplinas que não as convencionais

-Exatamente.

- Mas ainda não entendi o que isso tudo tem a ver com Black.

- Bem além do fato de eles virem de Lileinonikar, Albus também frisou duas outras coisas sobre os novos alunos.

- Continue.

- Disse que eles eram filhos de pessoas importantes para a Ordem e que eram irmãos...

- Ainda não sei o que isso tem haver com Black.

- ...Gêmeos.

Lucius parou por um segundo e ficou encarando Severus que o olhava compreensível com sua incredulidade com os fatos, sabendo que o loiro já tinha juntado as peças do quebra-cabeça.

- Você está querendo me dizer que os filhos de Black, aqueles que foram seqüestrados no hospital, estão vivos?

- Eu sei que parece loucura, mas se você juntar as peças faz todo o sentido.

- Eu sei que faz, mas como?

- Não sei querido, mas quem quer que seja que Voldemort tenha mandado para matar aquelas crianças, aparentemente não fez o serviço completo.

Lucius respirou fundo prevendo que tudo aquilo ainda iria lhe trazer muitas novidades. O Lorde das Trevas não ficaria nada feliz quando soubesse de tudo.

- Eu andei pensando em algo querido.

Lucius fitou SEverus percebendo que ele exitava em deixar as palavras que queria dizer saírem. O elfo apertou o braço que estava no ombro do moreno lhe passando conforto. O moreno respirou fundo tomando coragem.

- Bem Draco nunca sentiu uma fagulha de desejo brotar por nenhum dos estudantes de Hogwarts certo?

- Sim.

- Seria praticamente impossível que fosse alguém mais novo ou mais velho que ele certo?

- "Ambos terão a mesma idade que os seres de magia deixam de ser crianças para se tornarem adultos aos olhos do mundo." Acho que isto explica não?

- Sim.

- Continua seu raciocínio amado.

- Bem então eles deverão ter a mesma idade e não há ninguém em Hogwarts da mesma idade de Draco que ele tenha sequer cogitado a possibilidade de ser, correto?

- Exato.

- Bem então andei pensando, será que não poderia ser bem... Um dos filhos de Black?

Lucius parou por um segundo e compreendeu o raciocínio do moreno.

- A menos que um dos filhos dele sejam totalmente diferentes do que eu me lembro de Black, eu não creio que algum deles gostará de ficar "por baixo" na relação que podem vir a ter com Draco e nós sabemos que este último também não ficará, então acho que seria meio "complicado".

Severus sorriu levemente e olhou para baixo por um segundo antes de voltar seu olhar para o loiro dando um sorrisinho sarcástico.

- Bem querido, digamos que Black não teve dois filhos gêmeos.

- Como não? Eu me lembro...

- São gêmeos, mas eles são um casal. Um menino e uma menina.

- Claramente do Lorde bradando altamente que queria os dois mortos... O que? Você disse um casal?

Severus continuou olhando para Lucius enquanto este se recuperava da ultima noticia.

- Pela Deusa Mãe... Um casal você disse?

- Sim amado, um casal.

- Mas se for assim então as possibilidades são...

- Muito grandes. Eu sei.

- Deusa, Black nunca aceitará isso.

- Eu sei Luc, por isso me arrisquei a vir até aqui mesmo sabendo que poderia topar com Narcisa. Você precisa fazer algo amado, sabemos que Black nos odeia e acha que idolatramos o Lorde das Trevas. Ele jamais aceitará que Draco e sua filha possam vir a ficar juntos e sabemos que apoio contra tudo isso é o que ele mais vai ter.

Lucius fechou os olhos por um momento pensando no que precisava fazer para tentar consertar toda a confusão que acarretaria se tudo aquilo realmente acontecesse. Abriu os olhos e os focou em Severus tomando sua decisão.

- Preciso falar com Dumbledore. Agora.

Severus assentiu e segurando a mão de Lucius aparataram em Hogsmeade. Lucius se lembrava da primeira vez que estivera ali. Tinha seus treze anos então e achou que as casinhas com a neve caindo dos telhados eram incríveis e pareciam bolos com glacê em cima. É claro que jamais diria isso a ninguém, ele era, apesar de tudo, um Malfoy.

Continuaram andando em silêncio na noite. Era tarde, mas do jeito que era Dumbledore ainda deveria estar acordado esperando sua chegada, provavelmente achando que ele estaria com o Lorde das Trevas ou algo do tipo.

Mal sabia com quem ele estava o velho teria uma surpresa. Sorriu pensando naquilo.

Lucius olhou para seu consorte que sorria marotamente e abriu as barreiras de sua mente a deixando aberta para seu consorte e forçou o mesmo a fazer a mesma coisa. Severus olhou assustado para Lucius e este o olhou tranquilamente. O moreno se tranqüilizou e se concentrou em deixar as barreiras que existiam em sua mente há tanto tempo se abrirem para seu amado.

O elfo olhou na mente do moreno e sorriu ao constatar o porquê de seu consorte sorrir daquela maneira. Severus se deixou corar diante do loiro enquanto este o olhava divertido.

O moreno se aproximou do portão e o abriu dando passagem ao loiro o trancou novamente e se aconchegou novamente nos braços do loiro. Continuaram andando em direção ao castelo olhando tudo a sua volta, quem olhasse na direção deles veria somente o brilho que Lucius exalava naturalmente.

Chegaram ao castelo e Lucius guiou seu consorte em direção em direção a sala do diretor, mesmo sabendo que ele provavelmente sabia o caminho melhor que ele, era uma mania que tinha, na verdade era de sua natureza do Lorde ter essas manias para com seu companheiro, mesmo depois de tanto tempo estando separados.

Quando chegaram à frente da gárgula do escritório do diretor Severus se afastou de Lucius e olhou para este esperando que ele refizesse o feitiço que voltaria com sua aparência falsa. O loiro arqueou uma de suas sobrancelhas indagadoramente para o moreno.

- O que está fazendo Sev?

- Não vai voltar a sua falsa aparência?

Lucius sorriu altivamente para seu consorte e se aproximou dele gatunamente e disse com a voz rouca em seu ouvido.

- Não. Já chegou a hora de eu tê-lo novamente.

Severus sentiu um arrepio percorrer por sua espinha e sua respiração acelerar enquanto o loiro abraçava sua cintura e o colocava de costas para si.

- Não vai falar a senha?

Severus respirou fundo e sacudiu a cabeça.

- Balas de limão.

A gárgula rodopiou e Severus e Lucius subiram as escadas e o loiro bateu elegantemente na porta do escritório do diretor esperando que este permitisse a entrada dos dois. Quando escutaram a permissão, Lucius abriu a porta e permitiu que seu consorte entrasse antes de si em um gesto de cavalheirismo. Severus agradeceu e entro no escritório.

- Ola Severus...

Lucius fechou a porta e se voltou para o diretor vendo a surpresa deste em vê-lo ali.

- ... e Lucius. O que o traz aqui senhor Malfoy?

Lucius sorriu sarcasticamente para o diretor e se aproximou da escrivaninha deste e puxou uma das cadeiras que ficavam em frente a esta para que Severus sentasse e após isso ele mesmo puxou a outra e se sentou.

Olhou então para o diretor e fechou sua mente depois de em um movimento perceber que acontecia o mesmo com a de Severus.

- Bem caro diretor, eu estou aqui para expressar minha vontade em me tornar um espião para a Ordem da Fênix.

Severus se manteve impassível diante da noticia, mas não esperava aquilo por nada no mundo.

- Me desculpe senhor Malfoy, um espião você disse?

-Sim.

- E existe... Um motivo específico?

Dumbledore deu uma olhada furtiva para Severus que não passou despercebida ao casal.

- Existem diversos motivos, e um deles é o fato de Severus ser meu consorte e eu ter decidido que já chegou a hora de restabelecermos nosso vinculo que com o passar dos anos quase se esfacelou. Outro é o fato de que eu nunca estive realmente a favor das concepções de Voldemort.

- Certo, mas eu tenho a impressão de que existe outra coisa, não?

Lucius olhou profundamente para os olhos de Dumbledore durante alguns segundos.

- Sim, existe. Como você já percebeu eu sou um elfo e como você já deve ter raciocinado, meu filho, Draco, também.

- Estou entendendo seu ponto. Continue.

- Bem, Draco recebeu sua herança élfica há alguns dias e deveria saber ou pelo menos ter certa noção de quem viria a ser seu parceiro ou parceira, mas isso não ocorreu. Então conversando com Severus hoje ele me disse que alguns alunos novos iriam entrar em Hogwarts e ele me disse de sua desconfiança de que poderiam ser os gêmeos Black, que todos achávamos, estarem mortos.

- Bem, Severus sempre teve uma percepção muito boa.

- Então é verdade. Estou aqui para discutir diretor, sobre o fato que provavelmente a filha de Black será a companheira de meu filho e nós sabemos que Black não ficará feliz com isso...

Dumbledore assentiu a cabeça entendendo o que Lucius estava dizendo.

- Me conte tudo.

Lucius segurou a mão de Severus e passou a contar para o diretor sobre a profecia élfica e todas as suas implicações.

Aquela seria uma longa noite.


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Notas finais do capítulo

Bem pessoal é isso muito obrigado pelas reviews e desculpem a demora, mas por favor me deem um descontinho vai, o capítulo ficou grandinho. Deixem reviews! Beijos :D



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