Verdades a Serem Reveladas escrita por Madame_Lyra-B


Capítulo 7
Capítulo 7 - Segredos Entrelaçados


Notas iniciais do capítulo

Muito Obrigado pelas reviews meninas! Elas me fazem feliz e me motivam a continuar!



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Disclaimer: Bem pessoal Harry Potter e Cia não me pertencem. Outros fatos, personagens, enfim o resto é da minha imaginação meio louca.

N/A: GENTE, eu REALMENTE, gostaria de saber se alguém tem interesse em ver como são os personagens na minha mente. Se alguém tiver mande uma review ou e-mail me avisando que eu vou montar um capítulo especial com os personagens. Beijos.

Capítulo 7 – Segredos Entrelaçados

Lucius observava Draco enquanto os dois tomavam o desjejum. Draco tentava esconder, mas o Malfoy mais velho sabia que ele estava se mantendo em pé por meio de poções e feitiços. O que o loiro mais novo não sabia é que seus olhos, normalmente prateados com alguns pontos azuis, se encontravam agora na cor chumbo, demonstrando o quanto estava irritado e ansioso.

- Padrinho! Como vai você neste belo dia?

Blaise havia acabado de romper pela porta da sala de jantar onde ele e Draco tomavam café da manhã, parecia feliz demais para Lucius que o conhecia bem demais, logo depois dele veio Theodore revirando os olhos com a extravagância do amigo.

- Bom dia Blaise. Theodore. Estou muito bem e pelo que vejo você também. Seria um prazer tê-los conosco em nossa mesa.

- Não precisa ser tão educado com eles pai, você e eu sabemos que eles vieram aqui comer.

- Mas que infâmia contra a minha pessoa Draquinho! Seria um prazer tomar este belo café da manhã com vocês padrinho.

- Bom dia Lucius! Com a sua licença.

Theodore sentou-se do lado de Draco enquanto Blaise se sentava do lado esquerdo de Lucius.

- Desculpem o Draco meninos, ultimamente ele está com um humor um tanto peculiar estes dias.

Draco mandou um olhar fulminante para o pai que apenas lhe sorriu irônico.

- Isto é tudo tensão sexual padrinho, logo passa.

Dessa vez foi Blaise que recebeu um olhar fulminante de Draco enquanto Lucius apenas balançava a cabeça sabendo que apesar do tom de brincadeira, aquilo tinha um fundo de verdade.

- Não sei do que você está falando, são quantos meses já Blaise, uns seis? Acho que você está perdendo o seu charme italianinho.

Theodore sorria sarcasticamente enquanto se servia de um pouco de café. Blaise olhou para Theo e apenas sorriu ao seu estilo.

- Na verdade são quase cinco, mas isso logo vai acabar. E a propósito esse comentário foi golpe baixo, irlandês de araque.

- Como assim quase cinco meses? Faz cinco meses que você não "fica" com ninguém?

- Sim, algum problema Draquinho?

- Sim! Você é Blaise Zabini! Você saia todas as noites! O que você fazia até de madrugada durante esses cinco meses?

- Andava por aí.

Blaise olhou sorrindo com graça para o loiro mais novo enquanto este tinha uma cara indignada.

- Interessante Blaise, então você está namorando?

- Digamos que sim, padrinho.

- E quem seria esse "ser de suprema luz" que tem a capacidade de agüentar você? – Draco tinha um sorriso sarcástico no rosto olhando para Blaise que simplesmente continuava passando geléia em sua torrada.

- Você nem imagina.

- Como assim Theo "você nem imagina"? Você sabe quem é?

- Você não conhece o "ser de suprema luz" caro Draco e sim o Theo sabe quem é. Mas não se preocupe – Blaise se levantou da mesa – você vai conhecer mais rápido do que imagina. Padrinho com a sua licença foi um ótimo café da manhã, mas eu e Theo precisamos ir agora. Temos algumas coisas para arrumar ainda. Draco até amanhã. Se prepare.

Draco olhou para o amigo e bufou, sabia que Blaise e Theo estavam aprontando algo, e já havia algum tempo, mas imaginava que eles lhe contariam, na verdade ultimamente eles vinham escondendo muitas coisas, como por exemplo, essa de Blaise estar namorando.

- Nos vemos amanhã Blaise, Theo.

- Eu espero não ter muitas surpresas.

- Não espere Draquinho, não espere.

Blaise e Theo saíram da sala deixando os dois loiros sozinhos novamente.

- Com licença pai, irei me retirar tenho algumas coisas para arrumar ainda.

Lucius assentiu e observou o filho sair, balançou a cabeça sorrindo, Blaise e Theo escondiam algo, mas tinha a impressão de que era algo bom.

Lucius respirou fundo. Precisava dar uma notícia para Draco, mas sabia que o filho não reagiria muito bem.

Deixou a mesa e seguiu tranquilamente para a ala sul da casa, a ala de Draco. Não se lembrava a última vez que tinha tomado aquele caminho desde que o filho fora para seu primeiro ano em Hogwarts.

Quando vinha para casa, nas férias, Draco e ele se encontravam nas refeições e na biblioteca, nunca em seus aposentos privativos. Era assim no mundo dos sangues-puros, filhos eram criados para serem auto-suficientes. Ali na mansão Draco ficava na ala sul, Lucius na ala norte, e Narcisa, quando a mesma se encontrava ali, na oeste.

Lucius subiu as escadas de mármore que levariam ao primeiro andar, andou pela sua direita passando pelas grandes janelas que mostravam o jardim lá fora. Chegou ao outro lado, o sul, e subiu mais um lance de escadas desta vez de mármore negro chegando ao segundo andar. Andou por um longo corredor com tapeçarias, vasos e quadros de valores inestimáveis que provavelmente estavam ali há centenas de anos.

Chegou então em frente a uma porta dupla branca com detalhes em prata que se encontrava aberta. Entrou no cômodo e procurou por Draco na sala de estar que havia ali, mas não encontrou ninguém, se virou então e seguiu para uma grande porta entalhada com desenhos élficos. Lucius deu três batidas leves na porta e não recebeu resposta, decidiu que entraria de qualquer maneira. Abriu a porta e não encontrou Draco no quarto.

- Draco?

Lucius não obteve resposta e se preocupou Draco não se encontrava em um estado no qual ele considerava "normal". Seu estresse era quase palpável e poderia acabar fazendo uma besteira se saísse sozinho.

Lucius retornou pelos corredores chamando o nome do filho, mas continuava não obtendo resposta. Desceu as escadarias retornando ao primeiro andar e chamou pelo elfo doméstico que tomava conta da ala sul.

- Ionak pode ajudar meu senhor?

- Ionak, onde está Draco?

Após fazer uma reverência longa o elfo doméstico voltou seus longos olhos para Lucius.

- Meu senhor, Ionak não sabe onde o jovem senhor foi, mas o viu saindo de cavalo com seu arco e flecha, pelo que Ionak sabe o senhor deve estar indo para as montanhas treinar com seu arco e flecha um pouco.

Lucius deixou o elfo doméstico e se voltou para as portas que levavam ao lado de fora da casa, no caminho com uso de magia transformou suas roupas para que pudesse cavalgar mais confortavelmente. Chegou aos estábulos e encontrou o elfo que cuidava dali escovando um dos garanhões.

- Verl, traga Ólean para mim.

- Sim senhor.

Enquanto o elfo doméstico não voltava, Lucius passou a mão na crina do cavalo que antes tinha a atenção do empregado.

- Aqui está senhor.

Lucius olhou para o cavalo que o elfo trazia. Aquele era Ólean, um belo sangue puro negro, tinha vindo com Lucius da terra élfica quando ainda era somente um potro. O loiro dispensou o elfo e passou à mão ao longo da cabeça do cavalo, este relinchou baixo apreciando o gesto do elfo loiro.

Lucius montou e seguiu em direção às montanhas ao sul da propriedade, cavalgou por quase meia hora, chegando a um terreno onde as pradarias acabavam e começava uma floresta. Encontrou Draco ali, atirando furiosamente contra os alvos que ele provavelmente havia convocado, e sem o feitiço que lhe retirava as características élficas, estava concentrado, não havia nem percebido que ele tinha chegado e desmontado do cavalo.

- Se você continuar atacando os alvos desta maneira, eles vão rachar.

- Talvez seja essa a intenção.

Lucius meneou a cabeça não apreciando a resposta do filho.

- Draco.

Draco parou de atirar, abaixou a cabeça e olhou para o alto respirando fundo e só então se voltou para o pai que estava atrás de si.

- Me desculpe pai.

- Necessito falar com você criança. Não disse que ia arrumar algumas coisas que faltavam? Você vai para Hogwarts amanhã.

- Eu não tenho nada para arrumar pai, já arrumei e desarrumei tudo um milhão de vezes. Só... Queria me distrair um pouco. Desculpe-me.

- Tudo bem filho.

Por um momento os dois ficaram em silêncio e somente então Lucius percebeu como o filho ficava mais bonito ali, em meio a natureza com os longos cabelos ao vento e com um olhar longínquo, e somente por aquele momento se permitiu sorrir para aquela imagem, seu elfinho tinha crescido.

- Bem, o que você queria falar comigo?

Lucius respirou fundo tomando um pouco de ar para dar aquela notícia a Draco.

- Eu gostaria de lhe avisar que você não vai para Hogwarts no trem amanhã.

- Por quê?

Lucius se assustou com a reação do filho, imaginava que ele faria um real escândalo, ao seu estilo claro – sem gritos, mas com diversas acusações, afinal era seu último ano em Hogwarts, ele deveria querer passar por todas as experiências uma última vez.

Lucius se aproximou do filho e puxou seu rosto para que ele olhasse e seus olhos e o que viu o deixou intrigado. Os olhos de Draco estavam negros de tão escuros, Lucius sabia que aquilo não era um bom sinal. Seu filho estava desmoronando, precisava achar logo seu companheiro, nem que fosse somente para senti-lo perto de si. E naquele momento Lucius tomou uma decisão deixando tudo de lado.

- Draco, como você está?

Draco suspirou e olhou para os cavalos que pastavam ali perto e voltou seu olhar para Lucius.

- Só exausto. Não se preocupe.

Draco deu um sorriso tranqüilo para Lucius que não chegava aos seus olhos.

- Mas e então, por que eu não posso ir pelo trem?

- Esqueça, você vai pelo trem. Mas que peço uma coisa Draco, e isto é sério. Se alguma coisa acontecer, prometa para mim que você vai se controlar e não irá atrás pelo menos até terem saído da estação.

Draco olhou por um momento a face séria do pai e soube: apesar de não saber o que aquilo queria dizer, deveria obedecer.

- Prometa Draco!

- Eu... Prometo. Está tudo bem?

Lucius se afastou um pouco do filho e assoviou chamando a atenção dos cavalos para que viessem até ele.

- Está tudo bem. Mas é como Blaise disse, espere por surpresas. Vamos voltar, preciso ir comprar algumas coisas que Sev me pediu para que o velhote não ficasse bisbilhotando e você me disse que queria comprar alguns livros.

Lucius montou em seu cavalo e saiu cavalgando em direção a mansão. Draco ainda ficou por um momento observando Lucius cada vez mais longe. Montou em seu cavalo e seguiu a mesma direção que o loiro mais velho. Não sabia o que estava acontecendo, mas ficaria sabendo logo.

N/A: Bom além de demorar um bocado eu ainda posto um capítulo deste tamanho, eu sei. Mas foi o final de ano gente, me desculpe, eu prometo que o próximo capítulo é bem maior e muitas coisas serão explicadas! Não sei se alguém irá se interessar, mas em todo caso o capítulo foi digitado ao som de Charles Aznavour, mais especificamente as músicas: La Boheme, Et pourtant, Emmenez- Moi, Que Ces't Triste Venise e Yesterday When I Was Young (Hier Encore). Beijos. Deixem reviews, eu as amo! Mademoiselle Lyra


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Notas finais do capítulo

Muito Obrigado pelas reviews meninas! Elas me fazem feliz e me motivam a continuar!



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