What do You Want From Me? escrita por v_wendy, TheMoonWriter


Capítulo 9
Capítulo 8 - Snuff


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas =)
Desculpem a demora. Eu escrevi uma One... Se alguém quiser dar uma olhada nela ta aqui o link: https://www.fanfiction.com.br/historia/191104/One-shot_-_By_Blood.
Bom... então...
Esse foi um dos capítulos que eu mais AMEI escrever... E a música desse capítulo... bom... eu acho ela perfeita em todos os sentidos.
Ela expressa exatamente a mensagem que eu queria...
Bom, eu vejo vocês lá em baixo.
:*



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Capítulo 8 – Snuff



Não dava para ver muita coisa na escuridão. Jade arregalou os olhos tentando enxergar quem estava à porta, mas ela não precisou se esforçar muito. Reconheceu a voz.

– Por Merlin! O que vocês dois estão fazendo ai? – guinchou Galatéia Merrythought. Ela era alta e roliça, os cabelos grisalhos preso em um coque firme. – Não sabem que está mais que terminantemente proibido andar a noite pelo castelo?

Jade sentiu a coloração sumir de seu rosto. Tudo o que ela não precisava era de uma detenção. Gunther se ergueu e a puxou com a outra mão, a Professora não deixou isso passar.

– Mas o que estavam fazendo aqui? Sozinhos e no escuro? – a mulher arqueou as sombrancelhas e andou dois passos à frente.

Gunther abriu a boca em um ‘o’ e ficou encarando a professora, meio abobado. Então, subitamente, Jade entendeu.

Um rubor subiu-lhe a face quando ela percebeu o que a professora estava insinuando. Mas ainda havia lágrimas em seus olhos e ela poderia muito bem explicar aquilo.

– Prof.ª Merrythought, bom, eu estou um pouco chateada com alguns problemas pessoais... A Sra. me entende? – a Professora assentiu, mas ainda havia resquícios de desconfiança em seu olhar – Eu saí das masmorras porque queria ficar sozinha, mas Gunther ficou preocupado por causa de todos os ataques e veio me procurar.

Merrythought a conhecia desde bem pequena, era amiga da família e ela esperava que isso valesse de alguma coisa para a que mulher acreditasse em sua mentira. Claro, Jade e Gunther não estavam fazendo nada de errado, mas até provar isso... Para a alegria de Jade, a mulher deu um meio sorriso.

– Claro, Jade. Imagino que tenha sido isso – ela fechou o sorriso –, mas eu não posso livrá-los do castigo. Terão de cumprir detenção.

Ah, não. Ela pensou. Mas que droga! Tudo que eu não preciso é de uma detenção...

– Detenção?! – exclamou Gunther.

– Sim, mas não vamos decidir isso agora. Quero os dois, amanhã, na minha sala, as dez em ponto. Agora, vamos. Vou levá-los até o dormitório.

#*#*#

Hermione prendeu a respiração. Não contava que ninguém fosse vê-la naquele momento... Ela tentou se recompor, mas já era tarde demais. Tom Riddle se aproximou dela, analisando-a, ela sabia. Ela se virou, apoiou-se nas grades que havia na Torre, mas logo se arrependeu. Ela morria de medo de altura.

– Você me assustou. – ela declarou, falava para tentar se acalmar, mas preferia uma vertigem a encarar Riddle. Não sabia se, no estado em que estava, conseguiria mentir e ser fria.

– Percebi. – ele disse. Hermione se perguntou como alguém podia ter uma voz tão fria... Uma perfeita máscara imperturbável e ela sabia que seus olhos seriam exatamente a mesma coisa – Parecia estranha há alguns minutos...

– É. – ela murmurou sem saber o que dizer – Sabe, acho que sua namorada só não me matou porque não teve oportunidade. – ela tentou distraí-lo.

– Jade? – ele perguntou – Bom, uma mente mais do que brilhante, mas um temperamento horrível. – ele respondeu.

Hermione finalmente se sentiu segura para olhar para Riddle. Virou-se e levou um susto. Ele estava parado a centímetros dela, ela, involuntariamente, foi para trás. Mas parou quando sentiu seu corpo contraído contra as grades.

Uma tontura a tomou. Ah, que ótimo momento para uma vertigem. Tudo a sua volta rodava e ela se agarrou na coisa mais próxima. Riddle.

– O que...? – ela ouviu a voz de Riddle, mas não pode ver sua reação; tinha os olhos fechados firmemente.

– Eu tenho vertigens. – ela murmurou tão baixo que não fazia ideia se ele havia escutado.

Mas percebeu que ele tinha, quando os seus braços a rodearam e puxaram para o outro lado da Torre. Ele a colocou nos degraus, onde batia uma brisa mais que refrescante e ela conseguiu abrir os olhos.

Riddle tinha um sorriso torto nos lábios, que não era natural nele, mas combinava muito bem. Ele sentou ao lado dela e ergueu as sombrancelhas.

– Vertigem? – ele perguntou.

– É. – ao ver a feição dele, Hermione fechou a cara – Não é engraçado, ok?

– É sim. – ele rebateu – Por que quando eu te encontrei pela segunda vez você estava aqui. Na Torre.

Hermione abriu a boca, mas nada disse. Ficou apenas encarando suas mãos.

Na verdade, ela estava confusa. Muito confusa, aliás. Tom Riddle era um monstro, ela sabia e conhecia as atrocidades que ele viria a fazer. Sabia que ele já estava formando seus Comensais da Morte iniciais, mas, mesmo assim, não conseguia associar um sorriso a esse Riddle. E agora ele estava a seu lado. Sorrindo.

Não fazia o menor sentido.

Não mesmo.

– Acho que eu vou indo. – ela murmurou levantando-se, mas ela cambaleou um pouco devido à recente vertigem.

– Claro. – ele respondeu sarcástico – Do jeito que está, vai cair no meio do caminho.

– Não vou. – ela rebateu, irritada. Estava cansada daquela Torre, daquela noite... Queria deitar-se em sua cama e esquecer que toda aquela noite havia acontecido. Porque tudo aquilo era tão... improvável. Quando Hermione Granger estaria fora da cama quando já se passava da meia noite? Nunca. Essa era a resposta. Por causa de um plano tolo ela estava quebrando seus próprios preceitos.

Tom levantou as sombrancelhas para ela. Mas ela estava inflexível, não podia mais continuar ali. Precisava de uma noite de sono. Isso era tudo que precisava.

– Certo. – ele murmurou, levantando-se – Mas eu irei com você.

– Mas...

– Se alguém descobrir algo porque você caiu não será a única prejudicada, entende isso? – ele disse friamente. Hermione assentiu. Caminho sem volta. Eu sabia que seria assim, não sabia? – Agora, deixe-me lançar o Feitiço da Desilusão em você.

A castanha suspirou, resignada. Ficou parada enquanto sentia a varinha de Riddle tocar a sua cabeça e logo sentia a sensação gelada percorrer-lhe o corpo. Estava completamente invisível, que parecia que ele havia jogado uma Capa da Invisibilidade nela e não um Feitiço da Desilusão. O garoto levou a varinha a própria cabeça e deu uma batidinha. Hermione viu Tom Riddle desaparecer bem a sua frente.

– Vamos? – murmurou a voz dele.

– Sim. – ela respondeu.

O caminho era silencioso e monótono, Riddle a seguia de perto, ela sabia. Mesmo que não pudesse ver, podia sentir as vestes dele roçando em sua mão. Eles caminharam sem se comunicar por um bom tempo, até que Riddle tateou seu braço e o agarrou em um forte aperto.

– O que você está...? – Hermione começou, meio raivosa. Estava doendo.

– Shhh. Fique quieta. – ele sussurrou, quase inaudívelmente.

Mais a frente, Jade Bulstrude e Gunther Avery andavam acompanhados de uma senhora de cabelos grisalhos. Os dois pareciam meio infelizes de estarem ali. Também pudera. Isso está me cheirando encrenca. Riddle estreitou o aperto no braço da castanha. E parece que a Riddle também.

– Ora, Jade. – disse a mulher – Espero que isso não se repita... Esses ataques... Bem, eles estão assustando a todos, não é mesmo?

– Claro. – respondeu a morena. Hermione tinha que admitir que ela estava sendo bastante convincente – Mas, por enquanto, os ataques só se mantiveram a nascidos trouxa, não é?

– Não. – replicou a mulher – Me pergunto como sabiam o sangue dela, mas, a que tudo indica, aquela garota do futuro, Hermione Granger, tem o sangue o puro e foi atacada.

– Hermione Granger? – perguntou Jade, fazendo a castanha sentir um ligeiro enjôo. O que ela havia feito para que aquela menina a odiasse tanto?

– Sim. Tom Riddle disse que havia conversado com ela mais cedo e ela havia lhe dito que seu sangue era puro. Não há um que se salve. Todos corremos perigos, não importa o nosso sangue.

A morena se calou. Parecia estar intrigada com algo que havia lhe sido dito, então Avery tomou a palavra.

– Prof.ª Merrythought, sabe quando ficaremos de detenção?

– Não. – respondeu – Já disse a vocês, iremos discutir isso amanhã. E espero que com o castigo aprendam a lição, não devem ficar circulando por ai. Corremos perigo. Não sabemos em quem podemos confiar.

Os três sumiram no fim do corredor, assim como o barulho de seus passos. Bom, a Sra. está confiando nas pessoas erradas. Pensou Hermione.

Ela ficou mais que aliviada quando sentiu o aperto afrouxar, mas ele ainda não havia soltado-a. A castanha não podia vê-lo, mas podia sentir a raiva pulsando através dele.

– Eu não acredito. – ele silvou – Que Jade e Gunther foram tão burros a ponto de terem sido mandados a detenção!

– Acalme-se. – ordenou Hermione sussurrando – Está machucando meu braço.

Os dedos de Tom se desprenderam do braço magro imediatamente. Ela podia ouvir a respiração pesada dele perto dela.

– Eu vou precisar falar com eles. Nós não podemos nos dar ao luxo de sermos pegos assim, vai acabar ficando suspeito se forem as mesmas pessoas... sempre. – sua voz era temerosa.

– Certo. – murmurou Hermione, sem saber muito bem o que dizer – Você falará com eles, mas agora se acalme.

Riddle estava completamente fora de controle. Hermione escutou a respiração dele se acalmando e depois, num sussurro, ele falar.

– Certo. – uma pausa – Vamos indo.

O caminho voltou a ser silencioso. A castanha acreditava que ele estava a sua frente, pois não conseguia ouvir sua respiração e nem sentia as vestes dele roçando em sua mão. Ela procurava não permitir que sua mente vagasse, sua sanidade mental a crucificaria assim que tivesse a oportunidade. Afinal, onde ela estava com a cabeça? Primeiro, se tornara uma Comensal e agora, bem, agora estava acalmando Tom Riddle.

Ela precisava urgentemente dormir.

E colocar os pensamentos no lugar, é claro.

A garota se deu conta que estavam próximos a entrada da Torre, ela sabia exatamente o que iria fazer. Não ficaria visível ali fora, não depois do que vira acontecer com Jade e Avery. Porque não seria nem um pouquinho fácil explicar a Harry, Ron e Gina que fiquei de detenção.

– Riddle? – ela chamou, muito baixo.

– Sim? – ele respondeu no mesmo tom.

– Acredito que seja melhor você voltar para as Masmorras.

– Ah, é? – ele perguntou sarcasticamente – E como vai desfazer o feitiço? E distrair a Mulher Gorda?

Hermione deu um sorriso sarcástico que sabia que ele não poderia ver. Ela tinha muita prática em distrair a Mulher Gorda; Harry, Ron e ela viviam saindo a noite. Agora, desfazer o feitiço seria um pouco mais difícil, mas ela tinha certeza que conseguiria.

– Acredite. – ela disse – Eu consigo. Boa noite, Tom.

Ela virou-se, sem se dar conta que havia chamado Tom Riddle pelo primeiro nome. Havia sido algo um tanto natural. Ela se aproximou da Mulher Gorda e disse-lhe a senha, baixinho.

– Veritasserum.

A Mulher Gorda nem ao menos abriu os olhos para ver quem estava lhe dizendo a senha. Com um muxoxo, ela deu passagem para que Hermione passasse, se fechando logo depois.

A garota se encaminhou para o dormitório e fechou a porta. Gina dormia profundamente na cama que fora destinada a ela. Uma sensação de culpa percorreu Hermione. Como ela pudera ser tão baixa?

Levou a varinha da amiga até a cabeça e deu uma batidinha. Logo uma sensação quente percorreu seu corpo, deixando a varinha na mesinha de cabeceira de Gina, ela foi para o banheiro, onde havia um espelho. Ela estava visível novamente.

Os cabelos altos emoldurando o rosto, molhado de novas lágrimas. Como eu pude? Gina! Justo Gina! Que sempre foi bem mais que uma melhor amiga para mim todos esses anos. Tem sido como uma irmã... me apoiando, me ajudando... sempre. Ela desabou no banheiro frio. O pior nem foi isso. O pior foi quem eu fui encontrar...

#*#*#

Gina Weasley abriu os olhos, vagarosamente. Ela ergueu a cabeça, mas ela começou a rodar tão fortemente que Gina recostou-a no travesseiro de novo.

– Que horas são? – ela perguntou a si mesma. Virou a cabeça um pouquinho para poder olhar no relógio que estava na mesinha de cabeceira. Eram dez horas, e julgando pela luz que entrava pela janela, ela acreditava ser da manhã.

A ruiva contou até dez e resolveu se levantar. Sentiu uma fisgada forte na cabeça, mas resistiu. Deveria estar com uma dor de cabeça devido tamanha raiva que havia sentido no dia anterior. Hermione e Ronald eram tão estúpidos que Gina jurara nunca mais tentar colocar algum juízo naquelas cabeças.

A amiga, aliás, não estava no quarto. Não era de se estranhar. Mione deve ter ido à biblioteca. Ela simplesmente ama livros!

Ela andou até o banheiro e passou pela porta entreaberta. E tomou um susto com o que viu. Hermione não estava na biblioteca, mas deitada no chão no banheiro, aparentemente dormindo.

Gina se abaixou e cutucou a amiga. Mas que ideia! Por que ela está dormindo no banheiro? Tem uma cama quentinha bem ali.

– Mione? – chamou, mas a castanha estava dormindo profundamente – Mione? – ela repetiu, sacudindo-a dessa vez.

Isso surtiu algum efeito. Hermione abriu um olho e depois o outro. Ficou encarando Gina por alguns segundos.

– Mione, você está bem? – perguntou a ruiva ficando completamente preocupada.

– Sim. – respondeu, num fio de voz – Estou sim.

– Não parece. – disse a ruiva.

– Por que diz isso? – perguntou a castanha se sentando.

– Hm. Você já viu onde você dormiu?

Os olhos de Hermione, pela primeira vez, percorreram o ambiente em que elas se encontravam. Num minuto depois, eles se arregalaram devido tamanho choque em que ela ficou.

– No banheiro? Eu dormi no banheiro?

– Parece que sim, Mi. Você está bem? – acrescentou Gina ao ver a expressão da amiga.

Hermione se levantou de um salto. Gina nunca havia visto a amiga tão estranha em toda a sua vida. Verdade que ela devia ter tido um sono desconfortável, afinal, ela havia dormido no banheiro. Aliás, como ela tinha ido parar ali? A ruiva estava morrendo de vontade de perguntar a amiga como ela tinha ido parar ali, mas ela achou melhor não fazê-lo ao ver a expressão de Hermione.

– Eu me lembro... – disse Hermione, sem mesmo que Gina perguntasse – de ter me levantado para lavar o rosto. Não estava conseguindo dormir. Acho que devo ter dormido no banheiro depois de ter lavado o rosto. – ela virou para a amiga e deu um sorriso meu distorcido – Ainda bem que você me acordou. Dormir no banheiro não é nada confortável.

– Imagino. – disse Gina sorrindo, mas o sorriso logo se transformou em um esgar quando ela sentiu outra pontada na cabeça.

– Gina? – chamou Hermione – Gina, você está bem?

A ruiva assentiu, meio zonza. Ela estava bem, não estava muito bem. Mas estava bem. Merlin! Quem ela estava tentando enganar? Ela estava péssima.

Apoiou as mãos na pia fria, mas elas estavam fracas demais para agüentar o peso da ruiva. Ela fechou os olhos, para tentar adquirir concentração para sair dali... Estava reabrindo os olhos – podia ver a expressão preocupada de Hermione – quando tudo ficou escuro.

Seu corpo cedeu e Gina caiu no chão.

#*#*#

Hermione entrou em pânico. Não fazia a menor ideia do que fazer. Só sabia que sua amiga estava caída no chão a seu lado.

– Gina! – ela chamou dando batidinhas em seu braço – Gina! Gina, por favor! Acorde!

Hermione pegou um pouco de água de jogou na face da amiga, com esperança que o contato da água gelada na pele da ruiva a fizesse acordar, mas sua tentativa falhou miseravelmente. Automaticamente, ela saiu correndo do banheiro, atravessou o quarto e abriu a porta.

– Harry! Rony! – ela chamou batendo intempestivamente na porta do dormitório dos meninos. Isso rendeu algum resultado, Rony apareceu à porta com cara de sono.

– Bloddy Hell, Hermione! – ele exclamou olhando para a amiga – O que você tem?

– A Gina! – ela disse aos prantos – Gina desmaiou no banheiro!

– O que? – ele perguntou – Gina, mas como...?

A castanha não teve tempo de começar a explicar, Harry apareceu à porta.

– O que houve, Mione?

– Gina! – respondeu Rony passando pela castanha e gritando por cima do ombro para Harry – Ela desmaiou!

Harry e Hermione seguiram Rony e adentraram no quarto e depois no banheiro. Rony se agachou ao lado da irmã murmurando ‘Gina’ e pegando-a no colo.

– Temos que levá-la para a Ala Hospitalar. – disse Harry.

E eles foram. Os três, em silêncio. Correndo pelos corredores, enfrentando os olhares de muitos curiosos, mas Hermione mal registrava seus rostos. Tudo que precisava era levar Gina onde ela pudesse ser tratada.

Depois do que pareceram minutos incontáveis eles chegaram à Ala Hospitalar.

Assim, que Dr. Pomfrey viu Rony com Gina no colo ele conjurou uma maca perto do ruivo, que depositou a irmã ali, completamente resignado e aos prantos.

– O que ela tem? – perguntou o curandeiro.

– Não sabemos. – respondeu Hermione, preocupada - Ela desmaiou no banheiro há pouco.

Pomfrey parecia estar analisando o que iria fazer a respeito da situação. Pediu aos três que saíssem da enfermaria, para que ele pudesse examiná-la e eles o fizeram. Rony parecia completamente infeliz com tudo que estava acontecendo.

– Gina. – ele sussurrava debilmente o nome da irmã.

Mas ele não era o único que estava abalado. Harry também estava. Só que ele, ao contrário de Ron, não podia demonstrar isso tão fervorosamente quanto o amigo fazia. Ele havia se recostado em um canto do corredor, enquanto o ruivo era consolado por Hermione.

A amiga percebeu que Harry estava só e foi falar com ele. Ronald pode não saber, mas Harry está tão mal quanto ele por tudo que ocorreu a Gina.

Ei. – ela disse se aproximando do amigo.

– Ei. – ele respondeu em um tom igualmente desanimado.

Hermione não sabia o que fazer para confortar o amigo. Ficou imaginando se fosse Rony que tivesse desmaiado no banheiro e tivesse que ser levado a Ala Hospitalar… Apenas o pensamento a fez estremecer toda. Olhou para Harry. Não sabia, mas podia imaginar o que ele estava sentindo…

A porta da Enfermaria se abriu e Dr. Pomfrey saiu de lá com um ar cansado.

– Entrem. – ele murmurou para os três.

– O que ela tem? – foi a primeira coisa que escapou dos lábios da castanha no segundo em que ela os abriu.

Dr. Pomfrey sorriu.

– Não é nada de grave, Srta. Granger. Peço, por favor, a todos que se acalmem.

Mas pareceu que as palavras do curandeiro surtiram exatamente o efeito contrário. Ao invés de se acalmarem, os três pareceram mais e mais atônitos.

– Certo. Bom, acho que pedir para que os três se acalmem sem prestar alguma explicação sobre o fator que determinou o desmaio da Srta. Weasley é irrelevante – ele pausou – O que ela teve foi uma sobrecarga de estresse.

– Sobrecarga de estresse!? – exclamou Hermione, um tanto histérica.

– Sim. Nos três dias que a Srta. ficou aqui, a Srta. Weasley se recusou a sair do seu lado. Três noites inteiras sem dormir poderiam lhe causar uma sobrecarga de estresse suficiente para um desmaio.

A culpa corroeu Hermione. Ela não tinha ideia de que Gina havia passado todas as três noites com ela. Isso tornou o que ela tinha feito na noite anterior milhões de vezes pior. Ela podia ouvir Harry e Ron continuando a conversar com Dr. Pomfrey, mas ela, simplesmente, não tinha mais condições de participar dela.

–… uma poção relaxante. – disse Pomfrey.

– E o que é isso? – indagou o ruivo.

– É como uma Poção do Sono, mas tem princípios diferentes. Dormir é apenas um ‘efeito colateral’ da poção. A Srta. Weasley irá relaxar para aliviar o estresse e acordará como se estivesse nova em folha.

– Em quanto tempo...? – começou a questionar Harry.

– Ela acordará? Em duas horas, o mais tardar.

Hermione respirou fundo. Precisava se acalmar.

– Nunca ouvi falar dessa ‘Poção Relaxante’. – comentou.

– Não me admira, Srta. Não é muito comum. Foi inventada por Dilys Derwent, em 1734.

– Dilys Derwent? – dessa vez era Harry quem falava – Diretora de Hogwarts, certo?

– Sim. E umas das curandeiras mais habilidosas que a Comunidade Mágica já viu. Mas agora, se não importam, terão de se retirar…

– Retirar? Mas…

– Sem mas, Sr. Weasley. O Diretor Dippet não gostou nada do fato dos senhores terem ficado aqui quando a Srta. Granger se feriu. Tem muitos alunos que sofreram ataques aqui e não podemos deixar ninguém entrar, a menos em um caso de extrema urgência, claro.

– Mas…

– Até breve.

Pomfrey fechou a porta da Ala Hospitalar na cara dos três. Enfurecidos, eles tomaram o caminho de volta.

#*#*#

Tom a viu passar da primeira vez. Correndo atrás daquele tal de Rupert – ou fosse lá o nome que tivesse – Weasley. Tom não tinha a menor vontade de guardar o nome dele. Ele simplesmente era ‘O Ruivo’.

O Ruivo carregava uma garota no colo. Tom se lembrava dela. Ela tinha ficado com uma cara muito estranha quando o vira naquela noite em que ele fora avisar que Hermione estava ferida.

Mas ele também não se recordava o nome dela. Para ele, ela era ‘A tal amiga’. Aquela que havia emprestado a Hermione sua varinha.

Ao lado dela, no corredor, estava aquele que usava óculos. Parecia namorado da ‘Tal Amiga’. Tom não saberia dizer. Ele apenas era ‘O do óculos’.

Hermione parecia aos prantos, isso ele percebeu. Percebeu também que, mesmo que quase todo mundo tendo se virado para verem os três passarem ela apenas ignorava os olhares, como se não existissem.

Quando sua silhueta sumiu no corredor, ele ficou se perguntou o que teria acontecido…

Silêncio e monotonia. Todos voltaram a cuidar de suas vidas, mas logo eles apareceram de novo. Dessa vez, sem a ‘Tal amiga’ e se sentaram a mesa da Grifinória ao lado de Minerva McGonagall e Harfang Longbottom.

Riddle balançou a cabeça, ele estava curioso sobre o rebuliço que a ‘Tal amiga’ havia causado, mas tinha outras prioridades na cabeça. Jade, Gunther e aquela maravilhosa detenção que haviam arranjado com a Merrythought, por exemplo. Mas não era tanto isso que o incomodava, era o fato de Jade ter isso descuidada…

Não fazia o feitio dela, ele tinha de admitir, pegar uma detenção. Ela aprendera a dar desculpas deslavadas quando conseguia topar com algum professor ou dar um jeito de evitar ter que chegar nessa parte.

Não fazia o menor sentido… Por isso mesmo que ele precisava conversar com ela. Seus olhos percorreram o Salão em busca da garota. Nada. Onde será que ela se meteu?

Ele não sabia. Fechou os olhos para se acalmar. A sorte era que Merrythought era amiga da família Bulstrude e por isso não desconfiaria de Jade. Mas ele não poderia se dar ao luxo de pensar que os outros professores seriam tão… Ingênuos, como ela fora. Na verdade, se tivesse sido Dumbledore, e não Merrythought, que tivesse encontrado Jade e Gunther naquela noite, bom… Seria um problema.

Porque Dumbledore ligaria tudo no segundo em que visse os dois.

Ainda de olhos fechados, Tom bufou. Precisava, urgentemente, se distrair com outra coisa. Ah, como queria que algum professor tivesse passado qualquer dever para o feriado. Até o mais fácil o distrairia naquele momento.

Mas não tinha nada com que se distrair, além da Biblioteca. Isso o animou um pouco, a Biblioteca era sempre maravilhosa. Ele sempre poderia se distrair com algum tópico da Magia.

E, sorrindo, deixou o Salão.

#*#*#

Hermione estava sem fome. Sem sede. Sem ânimo.

Mas Minerva insistia que ela comesse algo. Harfang e Minerva já haviam sido informados da situação e pareciam aliviados de não ser nada grave. Mas era grave. Hermione havia apunhalado a melhor amiga pelas costas…

Literalmente.

Isso estava matando-a. Ela pesou as medidas e pensou, por um segundo, que talvez devesse desistir daquele plano ridiculamente idiota. Mas não podia. Não mais. O que teria que fazer seria contar a verdade a Gina, Harry e Rony... Mas isso não seria nada fácil.

Porque eles iriam julgá-la, ela sabia. E ela nem poderia culpá-los, porque seria com total razão.

Ela suspirou. Precisava de um banho.

Pediu licença aos amigos e foi, silenciosa e rapidamente, até a Torre da Grifinória. Entrou no banheiro do dormitório e encheu a banheira. O banho a acalmava, relaxava… Era uma terapia.

Teria que se afastar de Riddle e de seu séquito, pelo menos por enquanto. Essa era a decisão certa, ela sabia…

Ela perdeu a noção do tempo no banho, algo que não era muito incomum, então, lhe deu uma maravilhosa sensação de conforto. Que talvez, quando reabrisse os olhos, estivesse na Hogwarts que conhecia de novo.

Mas, uma pequena parte do cérebro dela, se manteve racional. Então, no momento em que ela se secou e se vestiu, não ficou tão decepcionada. Uma parte dela já esperava por isso.

Não sou de reclamar de roupa, normalmente uso tudo que colocam pra mim, pensou, olhando no espelho, mas saia não faz o meu estilo. Prefiro jeans.

Saiu do dormitório e chegou ao Salão Comunal que estava vazio. A garota pensou em ficar lá, mas agora estava decidida. Iria fazer Pomfrey deixá-la ficar com Gina ou ela não se chamava Hermione Jean Granger!

Andava meio distraidamente pelos corredores, até que esbarrou em alguém. Ergueu os olhos, pronta para pedir desculpas, mas parou. Era Riddle.

– Hermione. – ele saudou rispidamente.

– Oi.

Ele era a última pessoa que ela gostaria de encontrar naquela hora.

– O que aconteceu com sua amiga?

– Hã?

– Sua amiga. O Ruivo a levou para a Ala Hospitalar mais cedo.

– É… – ela respondeu num fio de voz – Ela desmaiou, Tom.

Tom. O nome saíra de sua boca tão naturalmente que ela não pode evitar. Riddle não parecer chocado por ela chamá-lo assim. Merlin! Provavelmente estava fazendo isso a mais tempo do que pudera registrar.

– Desmaiou?

– Sim. Hoje de manhã, logo que acordou… Depois…

Hermione calou-se. Quase terminara a frase com ‘depois que a duração do feitiço terminara’. Riddle não sabia e ela achava melhor nem ficar sabendo…

– Depois?

– Nada. – ela emendou rapidamente, mas fora meio tarde.

– Depois do que?

– Certo. Eu não queria que ela me seguisse. – ela soltou tudo em um jorro de palavras – Então acabei colocando um Feitiço para ela dormir, mas antes que eu pudesse terminar de fazê-lo, ela acordou e… eu não pensei em outra coisa além de lançar nela um ‘obliviate’. E hoje de manhã, quando a duração do feitiço terminou, ela desmaiou logo depois de acordar.

Riddle ergueu as sombrancelhas.

– Não me admira – ele disse – que ela tenha desmaiado.

– O que?

– Não conheço o feitiço do sono que usou. Mas um feitiço seguido do outro pode ter provocado esse desmaio.

– Mas…

– Acontece bastante. Mas creio que Pomfrey deve ter atribuído o desmaio a outra coisa…

Hermione parou de ouvir o que o garoto dissera. Então realmente fora culpa dela. A garota deixou que suas pernas a guiassem, deixando Riddle falando sozinho no corredor. Não queria ouvir mais nada. Se ela fizera o que fizera fora por culpa dele... Ah! Quem ela estava tentando enganar? Fora dela mesma e dessa sua estúpida, idiota, destrutiva ideia de tentar coletar algumas informações de Tom Marvolo Riddle.

Quando cansou de correr, percebeu que estava em um corredor vazio. Aliás, não completamente vazio. Havia um garoto no fim do corredor e ela o reconheceu imediatamente.

– Harry! – ela chamou.

– Mione... O que...

Mas o moreno não teve tempo de terminar a pergunta. Hermione se lançou em seus braços e despejou as lágrimas que havia contido em todo o caminho. Harry não fez perguntas, apenas a abraçou e deixou que ela chorasse em seu ombro.

E isso era bom.

Ela queria poder contar para ele tudo que havia feito, mas sabia que não podia.

Enquanto Harry passava a mão pelos cachos avolumados e rebeldes de Hermione ela agradeceu a Merlin por ter um amigo como Harry. Carinhoso, leal, uma ótima pessoa... Uma pessoa melhor que eu.

#*#*#

Jade não conseguiu pregar os olhos, por isso, quando ela viu no relógio que eram 09h30min, ela se levantou mecanicamente. Entrou no banheiro e tomou um banho rápido, vestindo uma roupa aleatória que colhera no guarda roupa há pouco.

Amatha tinha acabado de acordar quando ela saiu do banheiro. Jade não fitou a amiga, porque sabia muito bem o que ela lhe diria.

– O que Jade Bulstrude faz acordada tão cedo?

Jade revirou os olhos. Não iria responder. Não estava com um humor muito bom para provocações logo pela manhã. Não mesmo.

– Jade?

– Hm?

– Tudo bem?

– Sim, Amy. – ela disse – Agora eu vou indo, está bem?

Ela saiu sem esperar uma resposta que fosse da amiga. Não estava nem um pouquinho animada… Mas quem fica animada quando está indo receber uma detenção? Com toda a certeza ninguém que ela conhecia.

Agradecendo a Merlin que não havia encontrado nem Gunther ou Tom, ela se direcionou para a sala de Galatéia Merrythought. No caminho, ela tentou não pensar em nada. E conseguiu. Jade era muito boa em bloquear pensamentos que ela pudesse considerar incômodos, tinha aprendido isso com Andrew, seu irmão.

Andrew.

Como gostaria de falar com ele agora. Não precisava ser grande coisa, apenas falar alguma coisa estúpida. Andrew me entenderia, ele sempre dá um jeito de entender essa completa loucura que se passa na minha cabeça, mesmo que eu mesma não entenda absolutamente nada…

Andrew era um garoto bem intragável, mas não com a irmã. Ele sempre procurara ser um irmão-pai-amigo para Jade. Ele a compreendia, melhor que ela mesma se fosse possível dizer algo do tipo. Mas era algo que fazia parte. Ele era quatro anos mais velho e talvez sentisse que fosse sua função ocupar a lacuna que Albano fizera questão em deixar para sempre na vida de Jade.

Ela chegou à sala de Merrythought e deu duas batidinhas. A Professora nem se preocupou em perguntar quem era, simplesmente abriu a porta para Jade com um aceno de sua varinha.

Gunther já se encontrava lá, sentado de frente para Merrythought, que sorria severamente para os dois.

– Bom, vamos decidir o castigo dos Srs. – disse a mulher quando Jade se sentou na cadeira que fora destinada a ela.

Gunther não parecia de maneira nenhuma irritado ou de mau humor por ter pegado uma detenção. Na verdade, Jade quase não conseguia identificar nenhuma expressão no rosto do amigo.

– Acho que terão de limpar a Sala de Troféus. Manualmente. – acrescentou a bruxa – Sei que são muito amigos então terão de fazer detenções separadas. – os dois assentiram e ela prosseguiu – Então, Gunther, você fica com a Sala de Troféus e você, Jade, pode ajudar a Sra. Pince a organizar algumas caixas com registros de alunos. São suas matrículas, então, é muito importante que tome muito cuidado.

Jade achou que nenhuma das Detenções parecia algo terrível. Apenas limpezas e organizações.

– Mas quero tudo muito bem feito. Ogg e Sra. Pince irão avaliar o trabalho de vocês e não eu.

Eles assentiram e deixaram a sala. Jade estava prestes a virar para o outro lado e deixar Gunther lá, quando ele a pegou pelo braço e arrastou para um Armário de Vassouras.

(N/A: link da música: http://letras.terra.com.br/slipknot/1311128/)

– Preciso falar com você. – ele declarou.

– Local muito adequado. – comentou, sarcasticamente.

Enterre todos os seus segredos na minha pele

Desapareça com inocência, e deixe-me com meus pecados

O ar ao meu redor ainda parece uma gaiola

E amor é somente uma camuflagem para o que parece ser raiva novamente...

Ele revirou os olhos. E ela sabia muito bem o que ele dizendo com o olhar. ‘Isso não importa’.

– Jade, sobre ontem...

Ela sabia que não poderia deixar que ele começasse a falar. Não iria suportar nada que ele falasse. O que tinha acontecido era bem simples: ela estava fragilizada e eles se beijaram. Não havia nenhum segredo ali, certo?

– Gunther...

– Eu…

– Gunther, me deixe falar. – ela interrompeu – Foi só um beijo, Gunt. Só isso. Não muda nada.

Então se você me ama, deixe-me ir

E fuja antes que eu saiba

Meu coração está sombrio demais para se importar

Eu não posso destruir o que não está lá

Me entregue ao meu Destino

Se estou sozinho, não tenho o que odiar

Eu não mereço ter você...

Meu sorriso foi tomado há muito tempo

Se eu posso mudar espero nunca saber

A expressão de Gunther se alterou, ele parecia, de algum modo, magoado.

– Nada?

– O que? Foi um beijo. Só isso. Nada mais. Apenas um beijo de duas pessoas levadas pela emoção, pelo choro e pela comoção.

Gunther a encarou. Parecia tão chateado como Jade nunca havia o visto antes.

– Pra mim – ele começou –, não foi só um beijo. Porque eu te amo, Jay.

Eu ainda pressiono suas cartas junto aos meus lábios

E as guardo em partes de mim que saboreiam cada beijo

Eu não poderia encarar uma vida sem a sua luz

Mas tudo isso foi dilacerado... quando você recusou-se a lutar.

Jade encarou Gunther como se ele estivesse louco. Procurou algum vestígio de brincadeira em seu olhar, mas não achou. Então percebeu. Ele a amava. Não era, de modo algum, uma mentira. Era verdade.

Jade fechou os olhos. Não sabia o que responder. Não sabia o que dizer para o seu melhor amigo quando ele simplesmente chegava, em um armário de vassouras, e falava que a amava. Isso era irreal.

Então poupe seu fôlego, não irei ouvir

Acho que deixei isso bem claro

Você não poderia odiar o bastante para amar

Isso deveria ser o suficiente?

Eu só queria que você não fosse minha amiga

Assim eu poderia te machucar no final

Eu nunca declarei ser um Santo...

Meu interior foi banido há muito tempo

A esperança precisou morrer para deixar-te ir

– Jay…

– Eu sinto muito, Gunt. – ela sussurrou – Você é meu melhor amigo, mas eu não te amo. Não desse jeito.

Os olhos de Gunther se fecharam e ele apenas fechou os olhos. Falando o nome dela como em uma súplica.

– Jade.

Pela segunda vez, em dois dias, ela tinha lágrimas nos olhos. Droga! Não conseguia suportar ver Gunther assim, parecendo tão machucado. E ele estava assim por culpa dela.

– Desculpe. – ela sussurrou e abriu a porta.

Então quebre-se contra as minhas pedras

E cuspa sua pena na minha alma

Você nunca precisou de nenhuma ajuda

Você me vendeu para se salvar

E eu não ouvirei a tua vergonha

Você fugiu - Vocês são todas iguais

Anjos mentem para manter o controle...

Meu amor foi punido há muito tempo

Se ainda se importa, não deixe que eu saiba

Se ainda se importa, não deixe que eu saiba...

Saiu do armário de vassouras caminhando a passos firmes. Tentava limpar sua mente. Esquecer o que Gunther havia lhe dito, esquecer a voz de súplica dele quando dissera seu nome, queria esquecer tudo, absolutamente tudo. E pela a primeira vez não conseguiu, na verdade, conseguiu um acréscimo. Agora o gosto dos lábios de Gunther não saia de sua cabeça.

Droga! Ela pensou encostando-se à parede fria. Por que tudo que tem bem mais complicado do que realmente é?



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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam??
O desmaio de Gina vai ser importante.... Não só para os próximos capítulos, mas futuramente também
Tadinho do Harry, ele ficou preocupado. Mas não podia demonstrar isso... E Rony... Bom, não deve ser fácil encontrar a sua irmã caída no banheiro...
Mas também não foi nada fácil para Mione... É a melhor amiga dela. E o fato dela ter desmaiado foi culpa dela.
Agora, Tom. Ele está tipo M-U-I-T-O bravo com a Jade. Afinal, essa detenção dela poderia ter colocado tudo a perder.
Falando na Jade, sua amizade com o Gunther está se tornando cada vez mais complexa. Ele falar que a ama complica muito as coisas, porque a Jade não estava levando o beijo tão a sério.
Bom, gente. É isso. Quero muito saber o que vocês estão achando da fic, do capítulo... de tudo.