What do You Want From Me? escrita por v_wendy, TheMoonWriter


Capítulo 16
Capítulo 15 - November Rain


Notas iniciais do capítulo

Eeei, pessoal!
Aqui tem mais um capítulo... Bom, ele é um capítulo importante, mas eu diria que é mais intermediário que os outros....
Bom, espero que gostem!
Nos vemos lá embaixo...
:*



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Capítulo 15 – November Rain



Passar duas aulas com Tom Riddle não foi extremamente ruim, como Hermione estava esperando que fosse. Ele era um bom aluno, estava sempre atento a aula e suas únicas observações eram sobre esta. A castanha suspirou ao ser acompanhada pela professora de Aritmancia, Carolyn France, até sua próxima aula, que seria DCAT, Riddle estava a alguns metros dela conversando com um rapaz também sonserino... Hermione podia muito bem imaginar do que se tratava a conversa.

A Prof.ª France parou na frente da Torre de Astronomia e deixou alguns alunos lá, entre eles Riddle. O garoto deu um ligeiro sorriso para a castanha e depois adentrou a Torre. Hermione mordeu os lábios. Riddle é... Bonito quando dá um sorriso verdadeiro. Ela pensou e logo se repreendeu. Até parece que não sabe como ele vai ficar... Ela balançou a cabeça e seguiu pelo corredor pairando atrás da professora.

Hermione parou na frente da sala de DCAT e entrou, procurou se sentar em uma carteira bem na frente. Logo depois, sentiu uma mão em seu ombro. Virou-se devagar e viu Harry parado atrás de você.

– Mione... Você sumiu. – ele disse e a castanha sentiu a culpa se instalando dentro de si – Onde esteve?

– Na biblioteca. – ela sussurrou – Queria ler um livro antes de ir para aula. Onde está Ron?

Ele apontou para trás e Hermione pode ver Ron sentado ao lado de Septimus.

– Ele está muito feliz com essa relação de proximidade... Acho que eles vão se sentar juntos, Charlus está na aula de adivinhação... – ele sorriu – Não se importa se eu me sentar aqui, não?

– Claro que não, Harry!

O moreno ocupou o lugar ao seu lado e o sorriso desapareceu de sua face. Hermione percebeu a mudança do amigo e se inclinou para ele.

– Ei! O que você tem?

– Nada. – ele respondeu rapidamente, mas Hermione não acreditou nesse nada. Era um nada horrivelmente falso, e ela, sendo a melhor amiga dele, percebeu isso na hora.

– Harry, por Merlin! – ela exclamou – Você até pode tentar me enganar, mas já aviso logo que vai ser uma tentativa falha. Agora, quer, por favor, me contar o que diabos está acontecendo com você?

O moreno suspirou em derrota e cravou seus olhos verdes no rosto de Hermione.

– É a Gina. – ele respondeu em um tom de voz relativamente baixo.

– Que tem ela? – Hermione perguntou no mesmo tom, mas com medo da resposta que estava por vir.

– Ela está horrivelmente esquisita. – Harry disse – Quando a encontramos no Salão Comunal ela estava calada e amuada, os olhos bem vermelhos e tinha olheiras enormes, Mione. Ela não parecia ela mesma... Aquela criatura feliz e espontânea. Ela não era Gina. – ele afirmou, mesmo sabendo que o que dizia soava louco. Harry passeou os olhos pela sala e depois voltou a encarar Hermione – Você, por acaso, não sabe o que ela tem? Vocês são tão grudadas...

A frase que Harry deixou no ar machucou Hermione até o último. É melhor transferir essa frase para o passado... Para éramos tão grudadas. Não acho que somos mais, pelo menos não depois de ontem. Hermione tentou se livrar dos pensamentos torturantes e da dor que se instalava dentro de si, precisava responder ao moreno antes que ele ficasse desconfiado de alguma coisa.

– Eu realmente não sei de nada. – isso era uma mentira descarada, mas ela continuou – Eu... Não falei com a Gina hoje... Você sabe, acordei cedo hoje, ela ainda estava dormindo quando me levantei.

Harry não parecia desconfiado, ele simplesmente assentiu e focou seu olhar em um ponto qualquer da sala. Isso fez Hermione se sentir mais culpada do que ela já estava. A castanha encostou sua cabeça no ombro de Harry e fechou os olhos.

Isso, tudo isso vai ajudar Harry a enfrentar aquele monstro maligno que é Tom Riddle, Voldemort... Ah! Tanto faz! É tudo a mesma coisa, se pensarmos bem. Mas, em nosso tempo, ele está cada vez mais forte, enquanto não temos nada de substancial para usar contra ele... Apenas meras suposições. Estou fazendo a coisa certa, não há dúvidas e nem saídas... Ela lembrou-se do jeito que Gina havia ficado naquela madrugada e se encolheu minimamente. Só espero que Gina também note isso.

Um barulho de passos retirou Hermione de seus devaneios, conclusões e esperanças. Ela abriu os olhos e ergueu sua cabeça do ombro de Harry, procurando a origem do som.

Era a roliça Merrythought, que entrava na sala com a capa laranja berrante sendo arrastada pelo chão. Ela trazia, flutuando atrás de si, três grossos livros. Cada qual repousou frente a Harry, Rony e Hermione e a professora sorriu de lado.

– Bem vindos, meus caros alunos futuristas. – ela cruzou os braços frente ao corpo – Espero que gostem das minhas aulas. Bom, vamos deixar de ser preguiçosos e vamos colocar esses cérebros enferrujados para funcionar.

Algumas risadas emanaram pela sala e a professora sorriu satisfeita.

– Podem guardar esses livros incrivelmente enormes. Vamos falar sobre um assunto pouco conhecido, mas que tem se provado necessário... Dado aos ocorridos dentro e fora de Hogwarts. – ela começou a andar pela sala – Vocês sabem que existem várias Maldições que poucos conhecem, e, por isso, poucos sabem como combater. Mas, com exceção das Maldições Imperdoáveis, todas as outras podem ser combatidas com um feitiço bem simples e que também serve para combater dementadores e mandar mensagens. – Hermione já sabia o feitiço antes mesmo dela dizer – O Feitiço do Patrono.

A mão da castanha se ergueu no ar.

– Sim, Srta...

– Granger. – ela disse – Hm... Como um patrono pode ser capaz de defender alguém de uma Maldição?

A professora sorriu.

– Ótima pergunta, Srta. Granger. – ela disse – Isso ocorre porque o patrono é um feitiço originado pelo amor e uma Maldição é originada pela crueldade... Digamos que o amor é uma força muito mais forte que a crueldade.

Hermione assentiu. Aquilo fazia sentido.

– Agora, quero que formem duplas. Pode ser essas em que se sentaram e tentem produzir um patrono razoável.

Harry e Hermione trocaram olhares divertidos e depois lançaram um olhar para Rony que sorria de lado para os dois. Os três produziam patronos muito bem, obrigada. Ainda que Hermione tivesse um pouco de dificuldades para produzir o dela.

Com um aceno da varinha, Merrythought fez as mesas desaparecerem. Harry se postou na frente de Hermione e ergueu a varinha na altura de seu rosto.

– Pronta? – ele perguntou.

– Claro. – ela respondeu no mesmo momento, erguendo a varinha. A castanha vasculhava sua cabeça em busca de uma memória feliz, mas tudo o que ela se lembrava eram memórias infames, que a deixavam cada vez mais triste.

Ela se viu em seu primeiro ano, quando não tinha amigos e quando todos a achavam esquisita. Viu Malfoy chamando-a de sangue ruim em seu segundo ano. Viu Rony semimorto na enfermaria e Harry desacordado em seu terceiro ano. Viu Rony e Harry brigando e ela completamente incapacitada. Viu a luta no Ministério e a crueldade dos Comensais da Morte. Viu Rony e Lilá se beijando, Gina magoada com ela...

– Mione, tem certeza de que está bem? – Harry perguntou, preocupado.

– Tenho. – ela respondeu fracamente – Vamos começar logo com isso, sim?

A castanha precisava desesperadamente de uma memória feliz, uma situação que a preenchesse por inteiro... E ela não conseguia pensar em nada forte o suficiente.

Expecto Patrono! – Harry disse e o cervo prateado rompeu de sua varinha, galopando pela sala, ele voltou seu olhar para a castanha e sussurrou: - Vamos lá, Mione! Você consegue.

Ele sabia, tanto quanto ela, que esse era o feitiço que ela tinha mais dificuldade.

Ela assentiu. Precisava de uma memória feliz... Uma memória forte... Uma memória inebriante. Antes que ela pudesse se controlar a memória que se encaixou foi... O beijo que Tom Riddle lhe dera na noite passada.

Expecto Patrono! – ela disse, de olhos fechados, esperando que o feitiço falhasse. Ahá! Como se uma memória onde Tom Riddle está fosse me dar força para um patrono.

Ela abriu os olhos e sentiu o choque invadindo cada célula do seu ser. Uma lontra prateada passeava pela sala, unindo-se ao cervo de Harry e ao cão de Rony. Ela ficou tão espantada que mal conseguiu pronunciar uma sílaba.

– Eu disse que conseguia. – Harry sussurrou perto dela – Mas, Mione, por favor, me diga por que todo mundo está olhando com uma cara estranha para nós?

A garota procurou se livrar do torpor e deixou seus olhos rolarem pela sala. Todos tinham os olhos em Harry, Rony e Hermione, inclusive a professora Merrythought, mas esta era pior, porque sua boca estava aberta em um assustador O.

– Por Merlin! – ela exclamou, andando até eles – Eu esperava uma fumacinha prateada, no máximo... Mas um patrono.. Um patrono corpóreo! Onde aprenderam isso? – ela perguntou.

Hermione mordeu o lábio inferior. Ela tinha aprendido com Harry, durante as reuniões da A.D., já que a sapa velha que lecionava a eles queria que todos permanecessem obsoletos.

– Nas nossas aulas de D.C.A.T. – Rony disse.

Não deixava de seu uma verdade. A Armada de Dumbledore havia sido fundada com o propósito de dar aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas decentes.

– Isso é incrível. – a professora sussurrou – Nunca vi um aluno produzir um patrono aceitável... E só professores e aurores produzem patronos corpóreos tão bem desenhados... – ela sorriu – Podem fazer de novo? Os três?

Harry assentiu por eles. Hermione teria declinado, mas Harry não parecia achar isso lá muito correto. Eles se posicionaram e Hermione deixou-se invadir pela memória anterior... Os lábios de Tom unidos aos seus, suas mãos nos cabelos do rapaz e as mãos dele pousadas com leveza em sua cintura.

Expecto Patrono! – eles disseram juntos e, de cada varinha, um animal diferente surgiu. Eles passearam pela sala, transitando no meio dos alunos e depois se dissolveram em uma fumacinha prateada no fim na sala.

– Esplêndido. – Merrythought disse – Realmente esplêndido. – ela abanou a cabeça, para se livrar do torpor e surpresa de ver três patronos corpóreos – Bom, acho que posso dar a aula como encerrada... O dever de casa de vocês é praticar o feitiço. É claro que não precisam tentar chegar ao nível que eles estão, mas se esforcem! Se eles podem, vocês também conseguem.

Ela sorriu e acenou com a varinha, fazendo as carteiras voltarem a seus lugares. Pessoas focaram os olhos em Hermione, Harry e Rony e o moreno bufou baixinho.

– Será que eles não se cansam de olhar para cá?

#*#*#

Hermione estava sentada entre Harry e Rony na mesa da Grifinória, na hora do almoço. Gina estava bem a sua frente. A castanha nunca esteve não nervosa em toda sua vida. Suas mãos tremiam e estavam mais frias do que ficavam no frio.

– Mione... Está tudo bem? – Rony perguntou baixinho. Ela agradeceu pelo tom de voz do ruivo, já que nem Gina e Harry escutaram a pergunta.

– Sim. – ela respondeu fracamente.

– Hermione, você não engana ninguém. Está estampado em sua cara que está preocupada com alguma coisa... – ele sussurrou de volta.

Hermione revirou os olhos. Não gostava do fato dos amigos a conhecerem tão bem... Tudo bem, não era desagradável de todo, mas tinha momentos que ela queria que eles acreditassem que estava tudo perfeitamente maravilhoso!

– Ah! Tudo bem... – ela vasculhou o cérebro em busca de uma mentira aceitável – Estou preocupada com poções...

– Por quê? – ele perguntou, espantado.

– Porque... Eu acho que minha Poção do Sono não ficou no ponto que Slughorn queria...

– Ah! Hermione, para de besteira! Slughorn te amou! Você e o Harry, tudo bem que o Harry deve créditos ao Príncipe! Mas ele já até os convidou para sua primeira festinha particular... – ele riu – Deixe de besteira, está bem?

Hermione sorriu de lado.

– Está, mas ele também ficou interessado no ruivo Weasley capaz de produzir um patrono corpóreo... Você ouviu Merrythought contar tudo à ele! E você também foi convidado... Ai! – ela gemeu quando se lembrou do animado professor de Poções a convidando para uma de suas preciosas festinhas. Seria dentro de algumas semanas e ela não estava nada animada – Não quero nem pensar nessa festa!

Rony riu, o que chamou a atenção de Harry.

– O que vocês estão cochichando aí? – ele perguntou, obrigando as conversas a se unirem em uma só.

– Sobre o Clube do Slugue. – Rony disse – Minha primeira festa, estou animado! – ele disse com sarcasmo.

Harry riu e Gina o acompanhou, fazendo com que Hermione voltasse o olhar para ruiva. Foi um olhar rápido, mas Hermione se sentia como uma criminosa... Ela sabia que Gina estava esperando que Hermione contasse à Harry e Rony sobre tudo que havia acontecido, mas a castanha jamais faria aquilo. Sua decisão já estava tomada. Não suportaria ver o mesmo olhar de desgosto que viu no rosto de Gina no rosto dos dois melhores amigos... Eles eram sua fortaleça, pessoas que ela amava tanto que arriscaria a própria vida pela segurança deles... Não posso suportar isso! Foi tão difícil ver esse olhar em Gina... Minha melhor amiga, conselheira... Ah! Não posso lidar com isso e pronto. Não posso lidar com mais um olhar de desgosto na minha direção.

A castanha se desligou da conversa e se concentrou no almoço. Era frango assado... Não era lá o prato favorito de Hermione, Rony é que amava frango, mas ele estava tão delicioso que ela não teve a menor dificuldade em esquecer do mundo exterior e devorar aquele prato.

– Nossa, Mione! – Harry exclamou – Que fome!

Ela deu-lhe um mínimo curvar de boca e continuou a comer. De repente, o silêncio preencheu a mesa e a castanha não fez a menor questão de evitar que ele continuasse. Na verdade, ela estava agradecida por poder ficar em silêncio e sem ter que encarar o olhar de Gina.

O silêncio reinou por mais alguns minutos. Logo em seguida, ela viu Harfang e Minerva se sentarem.

Minerva parecia radiante, completamente alegre com o começo as aulas. Ela e Hermione engataram em uma conversa incrivelmente longa sobre os melhores professores de Hogwarts.

– Acho que é Dumbledore, sem sombra de dúvidas. – disse Minerva.

– Concordo, Dumbledore é magnifico. Um ótimo professor de Transfiguração... Nunca tinha tido uma aula com ele antes...

Hermione percebeu o que tinha dito e tampou a boca com as mãos rapidamente.

– Finja que eu não lhe disse nada, Minerva, por favor.

A garota soltou um pequeno risinho.

– Tudo bem, sem problemas. Então, quer dizer que Dumbledore não lhe dá aulas de Transfiguração? – Hermione acenou a cabeça negativamente – E o seu professor de Transfiguração é bom?

Hermione sorriu.

– Na verdade, é professora. E ela é maravilhosa... Uma das melhores que eu já tive.

Era a mais pura verdade. Minerva sorriu com a descrição sem nem mesmo desconfiar que ela seria a professora que Hermione elogiava.

Logo, elas mudaram o rumo das conversas para as matérias. Hermione havia adorado a aula de Runas, mas também a Aritmancia não deixava nem um pouquinho a desejar... A castanha não conseguiu decidir qual era a melhor.

Repentinamente, Harfang se levantou dizendo que estava com dor de cabeça e que precisava descansar antes de sua aula de Herbologia. Minerva bufou com o comentário do amigo.

– Merlin! Harfang está se comportando como um completo idiota.

– O que houve? – Hermione tomou a liberdade de perguntar.

– Ah! Garotos! – Minerva disse como se isso resumisse toda uma explicação mais elaborada – Harfang se apaixonou por uma garota e bom... Ela não corresponde o seu afeto.

– Isso é uma pena... Mas isso pode mudar, certo? – perguntou Hermione.

– Sim, é claro! Mas Harfang está assim porque essa tal garota começou a namorar o primo. Sei que relacionamentos entre primos são comuns, pouco acetáveis, mas comuns. E eles só acontecem em situações extremas... Talvez seja um acordo da família, não sei... Mas esse tipo de relacionamento costuma a terminar em casamento e Harfang está preocupado, dizendo que nunca vai ter sua chance com ela. – Minerva bufou – Se quer saber, acho isso bem mais que ridículo! Se ele realmente a ama, deve tentar, pelo menos se aproximar dela e depois lhe contar seus sentimentos... Pode ser que ela não corresponda, mas pelo menos ele tentou.

Hermione sabia exatamente como Harfang se sentia... Ela lançou um ligeiro olhar à Rony e ficou surpresa quando não sentiu a tristeza crescente engolfá-la, balançou a cabeça e centrou-se na conversa com Minerva.

– Talvez ele tenha medo de uma rejeição.

– É provável. – comentou Minerva – Mas acho que uma tentativa é o mínimo. – ela fincou seu olhar no rosto de Hermione – Se ela for mesmo o amor da vida dele, como ele alega ser, ele vai passar o resto da vida se atormentando por nunca ter corrido atrás de seu amor... Isso deve ser torturante! Imagine, Hermione! Imagina como deve ser perder o amor de sua vida e se torturar para sempre com essa situação... – ela fechou os olhos e estremeceu – Não quero ver Harf passar por isso... Quero que ele tente, nem que seja por uma mísera vez.

Hermione entendia ambos os lados, mas não conseguiu evitar o pensamento de si própria. Será que ela se culparia para sempre por nunca dizer a Rony o quanto o amava?

Eu acho que você tem condições de superar isso muito bem. Uma voz irritante soou em sua cabeça. Lembre-se de seu patrono, não foi do seu quase beijo com Rony que lembrou, mas... Do beijo de Tom Riddle.

Hermione amaldiçoou a infame vozinha por plantar a dúvida novamente em sua cabeça. Afinal, porque eu pensei em Riddle? Isso não faz nenhum sentido... Nem em um milhão de anos. Porque Riddle é Voldemort, ele é mau... Não posso ter minha memória mais forte ligada a esse monstro!

Ela não queria pensar nisso. Voltou a conversar com Minerva o quanto pode, pois sua cabeça ainda estava em seu patrono e a de Minerva estava em Harfang e sua dor e chateação por causa da tal garota por quem ele estava apaixonado.

Logo que acabou o almoço, Rony a chamou para ir para a aula, juntamente com Harry. O moreno disse que tinha que terminar seu copo de suco e que já ia. Hermione seguiu para sua aula de Feitiços completamente incomodada com a história do patrono, ela nem ao menos trocou algumas palavras com Rony, levando em conta que estavam sozinhos.

Ela sabia que não deveria ficar pensando em sua memória. Em algum momento, irei descobrir o motivo. E será um motivo bem lógico, tenho certeza de que será.

#*#*#

(N/A: link da música: http://letras.mus.br/guns-n-roses/13382/traducao.html)

Harry estava fazendo um esforço enorme, um esforço mais que humano para poder continuar a agir normalmente.

Mas aquilo estava sendo ridiculamente difícil.

Quando olho nos seus olhos

Eu posso ver um amor contido

Mas querida, quando te abraço

Você não sabe que sinto o mesmo?


Gina estava completamente quebrada, ele podia sentir, ele podia ver. O moreno não entendia como Rony não percebia o estado da irmã... Ela estava tão... Não-Gina.

Porque nada dura para sempre

E nós dois sabemos que os corações podem mudar

E é difícil segurar uma vela

Na chuva fria de novembro


Os cabelos ruivos, antes lisos e completamente sem nós, estavam meio amassados nas pontas, ela tinha olheiras enormes e seus olhos estavam menos vermelhos do que de manhã, mas, ainda sim, estavam vermelhos.

Nós estamos nessa busca há tanto, tanto tempo

Simplesmente tentando matar a dor

Mas amores sempre vêm e amores sempre vão

E ninguém está realmente certo de quem está deixando partir hoje

Indo embora


Ela deve ter chorado a noite inteira, pensou, olhando fixamente para ela. Ele não conseguia desviar o olhar, deveria estar parecendo um maluco, mas ele não se importava. Não conseguiria deixar de olhar para Gina.

Ele queria se levantar, sentar ao lado dela, tocar os cabelos, passar a mão pelo rosto de porcelana e dizer que estava tudo bem... Que ela podia contar com ele para o que desse e viesse...

Se eu pudesse pegar um tempo

Para deixar tudo certo

Eu poderia descansar a minha cabeça

Simplesmente sabendo que você foi minha

Totalmente minha


Só que ele não faria isso. Primeiramente, porque Gina tinha um namorado e, em segundo lugar, porque Rony jamais o perdoaria por consolar sua irmã... Bom, talvez consolar Gina não fosse o problema, mas o sentimento que Harry tentava guardar em seu coração, era, com certeza, um grande motivo para uma confusão com seu melhor amigo.

Então, se você quiser me amar

Então querida, não se contenha

Ou simplesmente vou terminar andando

Na fria chuva de novembro


O moreno balançou a cabeça, tirando aqueles pensamentos da cabeça. Ele jamais iria assumir para alguém que gostava de Gina.

Você precisa de um tempo, só para você?

Você precisa de um tempo, sozinha?

Todo mundo precisa de um tempo, para si

Você não sabe que precisa de um tempo,

Sozinha ?


É claro que Hermione sabia, mas Hermione era sua melhor amiga. Harry sabia que ela o entendia... Ela sempre o fazia. Hermione era a irmã que Harry sempre sonhou em ter. Alguém em quem ele podia confiar de olhos fechados... Sempre. Dela ele não precisava esconder que gostava de Gina.

Seu problema era a ruiva.

Eu sei que é difícil manter o coração aberto

Quando até mesmo os amigos parecem te machucar

Mas se pudesse curar um coração partido

Não haveria tempo para te encantar?


Gina sempre gostou dele e Harry sempre soube disso. E ele nunca gostou muito da sensação de uma garota gostando dele desde... Bem, desde sempre. Aquilo assustava demais, ainda demais pelo fato de que ela nunca falava quando estava perto dele... Isso não ajudava nem um pouco.

As vezes eu preciso de um tempo, para mim

As vezes eu preciso de um tempo, totalmente sozinho

Todo mundo precisa de um tempo, para si

Você não sabe que precisa de um tempo,

Totalmente sozinha?


Harry nunca reparou em Gina, mas Gina provou ser tudo aquilo que Harry queria. Na verdade, Harry percebeu que nunca quis ninguém além de Gina.

Gina e Harry estavam em um completo silêncio. Harfang havia saído dizendo que estava com dor de cabeça, Rony estava comendo, mas Hermione e Minerva estavam conversando.

E quando seus temores se acalmarem

E as sombras ainda permanecerem

Eu sei que você pode me amar

Quando não houver mais ninguém para culpar

Então não se preocupe com a escuridão

Nós ainda podemos encontrar um jeito

Porque nada dura para sempre

Nem mesmo a fria chuva de novembro


Harry notou que a ruiva tinha os olhos cheios de lágrimas. Uma pergunta ficou contida na garganta de Harry. O que você tem, Gina?

Rony se levantou, chamando Hermione e Harry. O moreno deu uma desculpa qualquer aos amigos, que foram sem ele. Harry olhou para o lado, procurando algum vestígio de Minerva, mas ela havia sumido.

Você não acha que precisa de alguém?

Você não acha que precisa de alguém?

Todos precisam de alguém

Você não é a única

Você não é a única

– Gina? – Harry chamou e ela elevou os olhos para ele – Você está bem?

Ela sorriu tristemente.

– Estou, Harry. Por que?

Você não acha que precisa de alguém?

Você não acha que precisa de alguém?

Todos precisam de alguém

Você não é a única

Você não é a única


– Porque não parece. – ele respondeu e ela fez uma careta.

Harry estendeu sua mão até tocar a da ruiva.

– Conte comigo para o que precisar. – ele disse. Gina apertou sua mão de volta.

Você não acha que precisa de alguém?

Você não acha que precisa de alguém?

Todos precisam de alguém

Você não é a única

Você não é a única


– Obrigada, Harry. Agora, vamos, antes que cheguemos atrasados.

Eles soltaram as mãos e se levantaram, mas assim que ficaram lado a lado de novo, Gina procurou pela mão de Harry. O moreno sentiu a mão de Gina e sorriu internamente.

Você não acha que precisa de alguém?

Você não acha que precisa de alguém?

Todos precisam de alguém

Aquela era uma ótima sensação.



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Notas finais do capítulo

Eeei, minha gente, o que acharam?
Bom, sim, Harfang gosta de Callidora. Não pretendo fazer mistério com isso...
HAHA! E o patrono de Hermione, hã? É um sinal que algo está mudando, mesmo que a nossa querida Mione ainda perceba nadica de nada...
E Harry e Gina? Harry ama Gina. Pobre Harry, para ele é difícil vê-la chateada e não poder fazer nada...
Bom, espero que tenham gostado do capítulo....
Quero as opiniões de vocês, viu??
:*