New Life escrita por Nyh_Cah


Capítulo 3
My Lost Daughter




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Carlisle
Estava cansado. Só queria sair do hospital e ir para casa. Hoje, era um dia triste, pelo menos para mim. Ia despachar esta última paciente nas urgências que não parecia ter nada de especial e depois ia para casa. O meu turno também já estava mesmo quase a acabar. Fui até à salinha de espera e chamei o nome dela. Era uma senhora já de idade. Ajudei-a a ir até ao meu consultório e depois ajudei-a a sentar-se.
- Boa tarde. O que a trás aqui? – Perguntei educadamente. Não podia ser malcriado com os meus pacientes por causa da minha tristeza.
- Boa tarde, Dr. Cullen. Tenho tido uma tosse muito irritante e persistente. – Informou-me ela, tossindo no final.
- Está constipada? – Perguntei.
- Não. A tosse apareceu ontem de manhã e ainda não parou.
- Vou receitar-lhe um medicamento e toma durante cinco dias. Com o medicamento a tosse deve passar. – Informei-a passando uma receita.
- Muito obrigada, Dr. Cullen. – Disse ela sorrindo carinhosamente. Passei-lhe a receita e ela guardou-a na mala. Ajudei-a a sair da sala e ir até à salinha de espera. De seguida, voltei outra vez para o meu consultório para arrumar as minhas coisas e ir para casa. Despi a bata e arrumei tudo o que precisava dentro da minha mala. Quando já tinha tudo arrumado, desliguei a luz do consultório e dirigi-me até à saída do hospital. Antes de sair, cruzei-me com uma enfermeira.
- Já vai, Dr. Cullen? – Perguntou ela simpaticamente. Era já uma senhora de meia-idade, casada e com dois filhos. Era uma das enfermeiras com quem eu mais gostava de trabalhar.
- Sim. Já acabou o meu turno.
- Agora vai de férias, não é? – Perguntou.
- Sim. Uma semana.
- Faz bem. Aproveite bem as suas férias e mande um beijo à Esme. – Disse ela.
- Claro. Adeus.
- Adeus, Dr. Cullen. Até daqui a uma semana. – Disse ela entrando no hospital. Continuei o meu caminho até ao meu carro. Entrei dentro do carro e dirigi o mais rápido que podia para casa. Só queria estar com a minha família. Quando cheguei, estacionei o carro na garagem e entrei dentro de casa.
- Cheguei. – Disse no hall de entrada, despindo o casaco.
- Boa noite, querido! – Disse a minha Esme chegando ao pé de mim.
- Boa noite, querida. – Respondi beijando-lhe os lábios ternamente. – Como correu o teu dia? – Perguntei. A Esme tinha uma emprese de arquitectura e era uma das maiores arquitectas aqui da região. Tinha sempre imenso trabalho e era muito requisitada para a construção de casas e edifícios.
- Correu bem, o normal. E o teu? – Perguntou ela olhando intensamente para mim. Ela sabia como este dia era difícil para mim.
- Longo e cansativo. Vim para casa o mais depressa possível. – Respondi. Ela compreendeu o que eu quis dizer, acabando por me beijar a bochecha.
- Não te preocupes. Não te esqueças que agora temos uns dias de férias e vamos aproveitá-los. – Disse ela sorrindo. Sorri também para ele. Nesta altura do ano, acabava sempre por tirar férias para descontrair. Adorava ir de férias com a minha Esme, era sempre tão tranquilizante.
- Claro, que não me esqueço. – Disse unindo os nossos lábios mais uma vez. Como eu a amava. Ela era tudo para mim.
- Querido, tenho que ir ver do jantar. Vai descansar um pouco que eu depois chamo-te.
- Está bem, querida. – Disse sorrindo. Subi até ao nosso quarto, que foi decorado pela Esme e fui em direcção da casa de banho. Ia tomar um banho para relaxar. Acabei por tomar um banho rápido e depois vesti algo prático para andar em casa. Voltei a descer e a Esme já estava a servir o jantar ao Edward. Edward era o nosso filho. Tinha dezasseis anos. Ele era muito parecido com a minha mulher. A cor dos cabelos era uma mistura da minha com os da Esme. Tinha a cor dos olhos da Esme e o sorriso da Esme. Também era calmo e compreensivo, tudo qualidades que eu adorava na Esme. Ele era um bom aluno e pensava em seguir-me as pegadas. Queria ser médico. Eu tinha orgulho no meu filho. O Edward não era o nosso único filho. Também tínhamos o Emmet, mas o Emmet era adoptado. Tinha dezanove anos, quase a fazer vinte e estava na Universidade a estudar desporto. O Emmet era o oposto do Edward. Era muito activo, brincalhão. Tinha que estar sempre a fazer alguma coisa. Descontraído e desarrumado, era as duas qualidades que ele tinha. Mesmo não sendo meu filho de sangue, eu amava-o tanto como o Edward. Amava o seu jeito brincalhão que animava a casa toda. E também tinha um enorme orgulho nele.
- Boa noite, pai! – Disse o Edward, mal eu me sentei na mesa.
- Boa noite, Edward. Como foi o teu dia?
- Chato. – Respondeu ele fazendo uma careta. Além de ele tirar muito boas notas e ser um rapaz inteligente, ele não gostava de ir à escola. Achava as aulas aborrecidas. Ri-me da resposta dele.
- Vá, vamos comer antes que o jantar arrefeça.
- Claro, mãe. – Disse ele dando um sorriso igualzinho ao da Esme. Comi satisfatoriamente a comida que a minha mulher fez. Ela tinha um jeito enorme para cozinhar e tudo o que ela fazia, era divinal. Quando acabei de comer, ajudei a Esme a arrumar a loiça e depois fui para cima, ler um pouco. Deitei-me na cama e retirei o livro da mesa-de-cabeceira. Quando o retirei, caiu um papel no chão. Larguei o livro na cama e peguei no pedaço de papel. Era a foto da minha filha. Da filha que eu nunca conheci. Ela neste momento estava com dezassete anos, mais especificamente, fazia os dezassete anos, hoje. Queria tanto encontrá-la, mas nunca consegui. Na foto, ela era apenas uma bebé com meses, a mãe dela tinha-me mandado antes de desaparecer. As únicas coisas que eu sabia sobre a minha filha era que se chamava Alice, fazia anos no dia 2 de Julho e que tinha dezassete anos. Tudo porque vinha escrito atrás da foto. Na foto, a Alice sorria abertamente. Tinha um olhar tão vivo, tão alegre. Tinha a cor dos meus olhos, azul e o tom da minha pele. Depois tinha alguns traços meus, como a forma do nariz. Desde que a mãe dela me mandou esta foto que ando à procura da Alice. Queria vê-la, queria saber como ela era. Como tinha sido a sua infância, do que ela gostava, do que ela queria seguir, em que Universidade entrou, se tira boas notas. Tudo. Queria tê-la comigo. Nestes anos todos, nunca tive uma pista do seu paradeiro. Eu apenas tive um breve caso com a mãe dela, por isso, não conhecia família, nem sabia onde ela morava, apenas que morava na cidade de Seattle. Era difícil, ter uma filha que o seu paradeiro era desconhecido. Acabava sempre por me perguntar se ela era feliz, ou se sabia da minha existência. Gostava de pensar que sim. Gostava de pensar que ela também andava à minha procura e que um dia nos havíamos de encontrar.
- Querido, em que tanto pensas? – Perguntou e minha Esme carinhosamente, acariciando a minha bochecha.
- Nela. – Respondi simplesmente. Ela sabia em que eu estava a falar. Todos os anos, nesta data, eu perguntava-me quantos anos mais iria passar até eu a conhecer. Já se passaram dezassete anos. Será que tinha que esperar muito mais tempo?
- Querido, sabes que um dia a vais encontrar. Tenho a certeza disso. Um dia quanto menos esperes, ela vai aparecer. – Disse ela compreensiva. Eu tive a Alice antes de me juntar com a Esme e ela sempre soube que eu tinha uma filha. Uma filha que nunca conheci. Ela compreendia-me. Ela desejava encontrar a Alice tanto como eu, eu sabia disso. Era ela que sempre me apoiava nos dias que eu estava mais em baixo, devido a este assunto.
- Eu sei. Mas quanto tempo é que eu vou ter que esperar mais? Já se passaram dezassete anos e ainda não a encontrámos. Sempre que vou a Seattle, olhos atentamente para todas as raparigas que têm a idade dela para ver se a reconheço. Para ver se a encontro. Quero tanto encontrá-la. Tê-la comigo.
- Eu sei, querido. Eu também quero. Também quero que ela conheça esta família. Ela para mim é como uma filha, tu sabes disso. – Disse ela ternamente. Foi o amor incondicional que ela tinha pelas pessoas que me fez apaixonar por ela. – Eu acredito que a vamos encontrar, qualquer dia! Está destinado, só temos que esperar.
- Está a demorar tanto tempo. – Suspirei, acariciando a bochecha rechonchuda da Alice na foto.
- Quando menos esperar, ela vai estar aqui. – Disse a Esme optimista. – Ela é tão bonita. – Admirou a Esme. – Hoje em dia, deve ser uma rapariga linda. – Continuou.
- Pois deve. – Respondi simplesmente.
- E que tal, agora, irmos dormir para descansar? Amanhã, temos uma viajem longa para fazer. – Disse ela. Íamos para Veneza. Já lá tínhamos estado, mas a Esme adorava a cidade e fez questão de irmos lá outra vez. Eu não me opus. Desde que estivesse com ela, a viajem ia ser perfeita.
- Está bem. Vamos dormir. Amanhã, o Emmet chega a que horas?
- Por volta das dez. Ele vai ficar cá com a Rose até nós chegarmos da viajem. – Disse a Esme. A Rose era a namorada do Emmet. Uma rapariga muito bonita. Ela estava a estudar engenharia mecânica na Universidade onde o Emmet também estudava. Eles já eram namorados no liceu e tiveram sorte de entrar na mesma Universidade.
- Vá, agora vamos mesmo dormir. Não te preocupes com mais nada, que eu resolvi tudo.
- Acredito, querida. – Disse sorrindo. – Boa noite. – Despedi-me beijando-a carinhosamente nos lábios.
- Boa noite, querido. – Disse ela antes de eu fechar os olhos e deixar-me levar pelo cansaço. Amanhã, teríamos um longo dia pela frente.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer a todas que estão a gostar e a comentar a fic! Muito obrigada, mesmo! Espero que também gostem deste capitulo que é a versão do Carlisle sobre as coisas.
Quero avisar que vou estar fora por uns dias. Não sei quando volto, mas eu vou sempre tentar vir aqui, mas não prometo nada. Não sei se vou conseguir postar na próxima quinta, provavelmente não, se não postar na quinta, ou posto no Domingo à noite ou na segunda, em principio, não posso dar certezas de nada. Espero que compreendam e que não abandonem a fic!
Fico à espera dos vossos comentários!
Beijinhos
S2



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