Aprendendo a Viver. escrita por Ana_gms_000, camila_guime


Capítulo 1
Capítulo 1 - O Começo.


Notas iniciais do capítulo

Eu e a Mila esperamos que gostem! *-*



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À janela, Gabrielle olhava a noite do lado de fora, branda e quieta como a brisa. A rua se estendia à frente da casa de sua madrasta como um longo tapete negro salpicado de pontos de luz aqui e ali que os postes projetavam. Ao pé da parede na parte de baixo da casa, os pequenos degraus de entrada, onde um dia passou sem saber que aquilo mudaria sua vida.

Na noite em que daria adeus a uma vida de negligência e humilhações, as lembranças invadiam a mente de Gabrielle em flash distorcidos de uma juventude mal aproveitada.

A garota, à qual pertence o nome citado acima, é a única filha do dono das empresas de leite mais comerciadas de Oklahoma, que se localiza ao oeste de New York. Perdeu os pais quando era muito nova: sua mãe, Sally, morreu em um acidente de avião quando ela tinha oito anos, e seu pai morreu uns cinco anos mais tarde, também em um acidente aéreo, deixando a ela e uma viúva com mais duas filhas. As tragédias fizeram Gabrielle jurar a si mesma que nunca iria colocar os pés em um aeroporto outra vez.

Gabrielle sempre foi uma criança querida por seus conhecidos, vizinhos, e pais. Muito prestativa, doce e educada. Porém os últimos vivos da família de seus pais, diferentemente dela e sua família, não tinham boas condições para sustentá-la, depois que a empresa deles passou para o nome da mulher que ficara viúva de seu pai, Amanda.
Além de ser querida, era uma garota muito bonita e inteligente. Tinha os olhos escuros como o da mãe, os cabelos cacheados e as feições delicadas. Sua infância havia sido boa, se você souber observar até o ponto certo em que a infância dela que acabou, embora muito nova, aos nove anos, quando sua madrasta passou a maltratá-la, tirando tudo que era de direito da garota, humilhando-a.
Ela aprendeu muito cedo que não se deve confiar em todas as pessoas, como foi com suas irmãs de consideração, que eram tão fieis a ela e depois se tornaram frias. Tão más quanto à própria mãe. Burras, ignorantes e hipócritas! Isso que elas eram.
Porém, depois de tanto tempo de humilhação, de xingamentos, isso iria mudar. Ela nunca mais seria pisada por elas novamente, ela fugiria, e sentia bem lá no fundo que em um belo dia, elas precisariam dela.

Gabrielle olhou o quarto ao redor. Aquele cômodo mínimo, de paredes desbotadas (tão diferente do resto da bela casa), cama simples e escrivaninha medíocre. Alcançou um retrato onde estavam seus pais ainda jovens, que ela guardava com a própria vida, e o enfiou no meio de sua carteira. Seria a única coisa daquele lugar que ela levaria com gosto.
Fechou sua mochila com roupas, passaportes, dinheiro, celular e tudo que achou necessário. Abriu a janela e saiu sorrateira, alcançando o chão em pouco tempo. Correu até a calçada, entrando em um Honda vermelho.

-Pronta Gabi?

-Pronta Gus.


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