Herdeiros escrita por Queen of Hearts
Notas iniciais do capítulo
Gente, mais outro capítulo para vocês curtirem. Agora eu gostaria de pedir que comentem. Estou precisando me motivar, mas não vou deixar de escrever a fic, até porque mal comecei.
Uma Maria-Fumaça enorme e vermelha circulava calmamente pelas belas paisagens do campo, a caminho de Hogwarts, deixando um rastro de fumaça branca por onde quer que passasse. Dentro da enorme cobra vermelha, podia-se ver vários adolescentes conversando, se reencontrando ou até mesmo criando novas amizades, mas apenas dois adolescentes em especial não estavam se encaixando nessa história. Esses eram Alvo e Rose.
Os dois estavam praticamente perdidos no corredor do trem e provavelmente eram os únicos que estavam de pé, andando de um lado para o outro atrás de uma cabine onde pudessem se sentar. Sua querida família, – Tiago, Fred e Lino – os haviam expulsado de dentro da sua cabine, alegando que os grandes desordeiros de Hogwarts não poderiam ficar na mesma cabine que dois calouros inúteis, sem o menor talento para confusão.
E lá estavam Rose e Alvo, cada um bufando de raiva; com uma expressão furiosa no rosto e irritados por terem sido expulsos da cabine de sua adorável família. Contudo, após alguns minutos, Rose segurou o braço de Alvo e os dois pararam para olhar uma cabine incomum. Nela, havia uma garota loira, com um chapéu extremamente estranho, mexendo em uma planta avermelhada que soltava uma gosma verde e viscosa. Junto dela, estava um garoto de cabelos pretos e olhos castanhos, sentado em frente à garota. Ele olhava assustado para a gosma que descia da planta e não pareceu notar quando os dois primos adentraram a cabine.
— Lara! — Rose gritou.
— Rose! — respondeu a loira.
— Que bom ver você, te procurei na plataforma mais não a vi — abraçou-a Rose.
— Eu e mamãe paramos no meio do caminho para King's Cross e fomos ver os zomzóbulos.
— Lara, zomzóbulos não existem!
— Claro que existem, eles são bichinhos que entram pelo seu ouvido e embaralham seu cérebro.
— Pois então esse garoto está cheio de zomzóbulos — apontou Alvo para o menino de cabelos pretos. — porque ele não está se mexendo. — e cutucou-lhe o braço enquanto o mesmo permanecia parado, olhando para a planta.
Rose se aproximou devagar do garoto, cutucando-o de leve no braço, mas não houve reação. No fim, resolveu chamá-lo.
— Garoto. Ei, garoto! Está me ouvindo? GAROTO!
Novamente não houve reação e a ruiva colocou a mão na frente de seu rosto, balançando-a. Depois de estalar os dedos duas vezes e cutucá-lo infinita vezes, desistiu.
— Acho que ele morreu — concluiu Alvo.
— Ora, deixe de ser pessimista Alvo! — chateou-se a ruiva. — O que será que ele está olhando?
— Acho que deve ser minha escrofulária — disse Lara.
— A sua o quê? — perguntou Alvo, olhando por cima do ombro da amiga para a planta avermelhada atrás dela.
— A minha escrofulária. Seu nome é Scourgies e veja como é bonita! — exclamou a loira, erguendo a planta avermelhada e viscosa com uns tentáculos verdes; de onde saia uma gosma da mesma cor.
Alvo ao olhar para a planta, colocou a mão na boca e fez uns ruídos estranhos como se estivesse prestes a vomitar. Rose por sua vez, ficou estática e o resto de cor que havia em seu rosto sumiu pouco a pouco, como se estivesse virando um fantasma. Já Lara que não parecia ter percebido as expressões dos amigos, sorriu normalmente e olhou orgulhosa para sua planta.
— Legal, não é? — falou sorridente.
— Hum... Sim, ela é linda — respondeu Alvo, mas sua expressão dizia o contrário. — Alguém poderia me arranjar um saquinho? — perguntou.
Rose o ignorou.
— Lara, isso é o que eu estou pensando? — perguntou a ruiva temerosa, olhando assustada para a planta.
— Hum, não sei. Em que você está pensando?
— Hã...
— É sério, alguém aí tem um saquinho?
— Fique quieto, Alvo!
— Mas...
— Isso...Isso é... — falou pela primeira vez o garoto de cabelos preto. — Uma escrofulária, não é?
— O que? — Rose perguntou.
— Essa planta, é uma escrofulária venenosa! — respondeu o garoto apontando para a montanha de gosma.
— Lara, isso é verdade?
— Não sei, foi meu pai quem comprou, então não posso dizer se é ou não. Apesar de que se soubesse, não acho que lembraria.
— Ai, meu Merlim! — se afastou Rose, indo em direção à porta da cabine.
— Acho que essa planta está ficando vermelha — comentou Alvo, depois que os amigos se calaram.
Ele parecia querer correr para a porta, mas Rose estava empatando. Então só lhe restou olhar novamente para a escrofulária que estava fazendo seu estômago revirar. Em falar na montanha de gosma, o garoto percebeu que ela tinha virado uma espécie de bola e seus tentáculos estavam em volta do corpo. Rose e os outros também haviam percebido e ouviram a planta fazer um barulho estranho e soltar algo viscoso. Quando ela começou a inchar, o garoto de cabelos pretos falou:
— Eu acho que ela vai...
— Explodir! — todos gritaram.
— Joga pela janela! — berrou Rose.
— Não! Ela é minha escrofulária! — gritou Lara.
— Se ela explodir vai voar gosma venenosa para todo lado. Eu não quero ser atingido por ela — brigou o garoto, colocando as mãos sobre o rosto.
— Joga pela janela! — berrou Rose mais uma vez.
— Eu já disse que não! — falou Lara, a loira parecia estar prestes a chorar.
— Sinto muito Lara, mas ou é Scourgie ou nós! Vingardium Leviosa! — pronunciou Alvo, fazendo com que a planta avermelhada flutuasse janela a fora.
— Não!
— Desculpe.
E Scourgie caiu no chão, para fora do trem, porém Rose ainda não parecia satisfeita.
— Fecha a janela, rápido! — gritou.
O garoto de cabelos pretos obedeceu. Ele saiu correndo de onde estava e fechou o vão. Assim que ouviram o barulho da fechadura, uma onda de gosma voou do lado de fora e atingiu em cheio a janela, fazendo com que a visão ficasse extremamente embaçada.
— Urgh! Que coisa mais nojenta! — falou Alvo, com uma expressão de nojo.
— Cara, nós matamos uma planta?! — perguntou o outro.
— Melhor do que se fosse ao contrário — concluiu Rose.
— Mas tinha que ser a minha planta? — perguntou Lara.
— Hum, e tinha outra? — rebateu Alvo, recebendo um safanão de Rose.
— Desculpe Lara — disse a ruiva. —, mas aquela não era uma planta normal. Você sabe o que teria acontecido se continuássemos com ela.
— A Rose está certa, ficaríamos com uns furúnculos enormes em cantos onde você nem possa imaginar — falou o garoto de cabelos pretos.
— Eca! Eu não quero ficar com esses furúnculos — reclamou Alvo.
— Arg! Pare de reclamar, Alvo — brigou Rose.
— Por que?!
— Porque Lara não está bem.
— Não me diga que ela ficou chateada por...
— Aquilo?! — perguntaram os dois garotos, e Alvo olhou surpreso para o outro.
A ruiva os encarou, mas antes que pudessem falar qualquer coisa, os dois garotos se viraram e passaram a conversar sobre um assunto aleatório. Rose suspirou. Quando alguns minutos haviam passados e tudo já estava de volta ao normal, Alvo voltou a perguntar:
— Afinal, qual o seu nome? Já havia até me esquecido de perguntar.
— Me chamo Hélio Houston.
— Prazer Hélio, sou Rose Weasley — falou a ruiva.
— Sou Alvo Potter — e estendeu a mão para o garoto.
— Sou Lara Lovegood — sorriu a loira.
— Prazer, mas esperem. Eu conheço vocês.
— Tenho certeza que sim, mas procure esquecer isso, está bem? — falou Alvo, um tanto incomodado.
— Hum, ok — sorriu o outro.
Todos lhe olharam agradecidos, já que era óbvio o motivo de Hélio saber quem eram. Tentando afastar o assunto Antiga Geração, os garotos logo iniciaram uma conversa e descobriram algumas poucas coisas em comum. Quando estavam próximos de Hogwarts, ouviram um apito e viram quando todos os alunos correram para fora. Eles estavam indo ao encontro de um meio-gigante; que chamava todos para o lado de fora. A maioria dos primeiranistas ficou impressionada com o tamanho de Hagrid, até mesmo Hélio ficou chocado com o que viu. Os únicos que pareciam normais ali eram Alvo, Rose e Scorpius, que estava ao lado de Jonh.
— Alunos do primeiro ano, por aqui, por favor! — chamou Hagrid, fazendo com que os calouros se aproximassem vagarosamente.
— Ei, Hagrid! — chamou Alvo, correndo e acenando para o meio-gigante. — Como vai?
— Alvo, meu garoto! — exclamou Hagrid, sorrindo largamente e dando-lhe um abraço de quebrar as costelas. — Como vai seu pai?
— Normal — deu de ombros. — Na verdade, ele anda trabalhando um pouquinho demais e mamãe não está gostando muito. — sussurrou.
— Mais que ótimo!
— É? — se confundiu o garoto.
— Sinal de que ele está gostando do trabalho, não? — sussurrou o meio-gigante de volta.
— Hum... Talvez — murmurou Alvo.
— Ei!
Alguém chamou e encontraram um loiro parado, olhando para eles. O garoto não parecia muito satisfeito e menos ainda, o moreno ao seu lado. Quando Hagrid e Alvo se deram conta do que estava acontecendo, viram um círculo de primeiranistas surgir atrás dele. O loiro falou.
— Me desculpe, mas não era você quem iria levar-nos até o castelo? Ou o Potter é mais importante? — perguntou.
Alvo notou que os garotos atrás dele também estavam incomodados e suas orelhas começaram a ficar vermelhas. Vale lembrar que eles também estavam cansados de esperar e que o motivo da espera era... ele! Alvo se virou novamente para o loiro. Contudo, ele não o olhava mais e encarava agora alguém da multidão. Sua expressão se fechou. Mas que diabos...? Rose o encarava de volta, a ruiva não havia gostado do rosto arrogante de Scorpius. Mas antes que qualquer um dos três pudesse dizer alguma coisa, Hagrid interrompeu.
— É melhor irmos andando para o salão principal ou a professora McGonagall não ficará muito satisfeita — disse, lançando um olhar de esguelha para Scorpius.
Todos concordaram e Hagrid começou a andar em direção a um dos barcos na beira do lago negro. O grupo dos calouros o seguiu. No entanto, cochichos iniciaram a respeito de Rose, Alvo e Scorpius e muitas conversas rolavam sobre eles. O loiro parecia indiferente a elas e Jonh o olhava admirado, seu amigo era mais parecido com Draco Malfoy do que ele imaginava. Já do outro lado do grupo, Alvo andava rapidamente bufando a cada passo que dava, e Rose estava séria. Lara e Hélio que estavam ao seu lado, continuaram calados por todo o caminho.
Ao chegarem no castelo, todos ficaram impressionados com o que viram. Hogwarts era realmente a melhor escola de magia e bruxaria do mundo. Depois de deixar os alunos olharem um pouco os quadros e as paredes do saguão de entrada, Hagrid pigarreou e logo todos olharam pra ele.
— Bom, chegou a vez de vocês. Agora todos irão entrar por essa porta — ele apontou para uma enorme porta marrom. — e vão ser recebidos pela professora McGonagall e pelos os outros alunos. Por último, irão ser selecionados para a casa escolhida pelo chapéu seletor e irão se juntar aos monitores. Estão prontos? — perguntou Hagrid.
Metade fizeram que não com a cabeça e muitos já estavam até ficando vermelhos. Hagrid conseguiu conter uma gargalhada e logo os grandes portões do salão principal estavam se abrindo para que eles entrassem. Quando isto aconteceu, muitos se atrapalharam, uns tropeçaram nos pés dos outros e outros bateram de encontro no colega da frente. Porém, depois de se recomporem, continuaram andando normalmente até o banquinho onde um velho e desfiado chapéu estava esperando por eles. Neste momento, viram uma mulher alta e imponente com um coque de dar inveja se levantar da enorme mesa dos professores e lhes dá os cumprimentos, alguns hesitaram.
— Nessa maravilhosa noite — começou McGonagall —, estamos começando mais um ano letivo e em como todo ano, estamos recebendo novos alunos que irão se juntar a nós. Espero que os veteranos possam recebê-los de acordo com suas expectativas e que comece a seleção!
E voltou a sentar em sua cadeira. Um homem de pequeno porte saiu de trás da mesa dos dela com uma lista na mão, se colocando sobre um pódio atrás do banquinho. Começou a chamar os alunos para a seleção.
— Natasha Naught
Uma garota de cabelos muito pretos saiu de dentro do amontoado dos alunos novatos e foi andando vagarosamente em direção ao banquinho. Chegando lá, o homenzinho retirou o chapéu seletor e o colocou sobre sua cabeça. Depois de uns minutos pensando, o chapéu finalmente falou:
— Lufa-Lufa!
A mesa da Lufa-Lufa explodiu em aplausos e logo a garota já estava correndo para lá. No decorrer da seleção, todos foram sendo chamados de modo igual e pouco a pouco a vez de Alvo foi se aproximando até o momento em que o chapéu chamou seu nome:
— Alvo Potter!
Alvo chegou a se arrepiar ao lado de Rose. Ele estava apavorado, morria de medo de ir para a sonserina e não queria de jeito nenhum parar lá. Mesmo depois do que o seu pai falou, ele ainda sim não queria ir para a sonserina. E foi tropeçando nos próprios pés que ele chegou até o banquinho e se sentou. O homem baixinho colocou o chapéu seletor sobre sua cabeça e o mesmo desandou a falar:
— Tem bastante fibra, é corajoso, tem muita personalidade e não desiste de um bom desafio. É também ousado, um pouco sarcástico e sabe ser uma boa pessoa. Interessante...Acho que vou colocá-lo na... — Alvo juntou as mãos como se estivesse rezando. — Grifinória!
A mesa da grifinória explodiu em gritos de alegria, provavelmente era a mesa mais animada de todo o salão. Alvo saiu correndo do banquinho em que estava e foi direto para a mesa da grifinória, cumprimentou a todos e logo o silêncio pairava novamente no ar. Depois de um tempo, a maioria dos alunos já haviam sido selecionadas e apenas três permaneciam esperando. Esses eram Rose, Jonh e Scorpius e o primeiro a ser chamado foi Jonh. Scorpius logo tratou de ficar ao lado de Rose, mas ao vê-lo a ruiva empinou o narizinho e virou o rosto para o outro lado como se o loiro não estivesse ali. Ao ver a reação de Rose, um pequeno sorriso se formou em sua boca. Rose era marrenta e ele gostava disso – gostava de implicar com isso. Chegou mais perto da garota e lhe falou baixo:
— Não precisa virar de costas para mim, não estou interessado em ruivas cabeça de fósforo.
Ao ouvir a voz de Scorpius, Rose tomou um susto e lhe sorriu sarcástica. Em seguida, rebateu a ofensa.
— E eu não ligo, tenho certeza que você sabe.
Depois se virou para o banquinho e andou normalmente para lá como se nada tivesse acontecido. A verdade é que seu coração estava acelerado, mas ela não sabia se era pela seleção ou pelo loiro arrogante que ficou para trás. Quando finalmente se sentou, olhou para frente e ouviu quando o chapéu disse:
— Grifinória!
Ela deu um pulo do banquinho e correu em direção à mesa da grifinória. Cumprimentou todo mundo, mas não conseguiu se segurar e olhou de esguelha para Scorpius que estava em pé, esperando ser selecionado. Ele estava sorrindo e seu sorriso era bonito, mas era frio e bastante arrogante também. Depois de uns minutos, o seu nome foi chamado e logo o garoto foi andando desleixadamente em direção ao banquinho como se não ligasse a mínima para a seleção. A verdade: ele estava sim preocupado e após se sentar, o chapéu seletor foi colocado em sua cabeça. Não passou nem dez segundos e logo ouviram o grito do chapéu:
— Sonserina!
A mesa da sonserina, assim como todas as outras, explodiu em aplausos, principalmente dos veteranos. Todos apertaram a mão de Scorpius e o cumprimentaram, logo ele já estava familiarizado o suficiente para se manter por lá o resto da sua vida em Hogwrtas.
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