Herdeiros escrita por Queen of Hearts


Capítulo 28
O Bilhete e a Pedra


Notas iniciais do capítulo

Olá! Trouxe mais um capítulo, mas antes de qualquer coisa, gostaria de dizer algo.
Bem, andei observando o gerenciador de histórias e fiquei realmente desapontada, pois vi que de 61 pessoas, ninguém, repito, ninguém comentou o capítulo anterior. Poxa, vocês me pediram para postar, então eu postei um novo capítulo como pediram — mesmo que tenha demorado. E quando chego, onde estão os comentários? Além disso, encontrei 2 novos favoritos e me perguntei, cadê essas pessoas?

Sinceramente, isso é totalmente desmotivador, mas os capítulos não vão parar porque prometi a mim mesma que iria terminar essa fanfic. Porém, lembrem-se da pessoa que está escrevendo-a e que eu gostaria SIM, de receber um "gostei" daqueles que acompanham a fanfic.

Até mais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/150243/chapter/28

Estava uma tempestade, pensaram. E eles estavam embaixo dela. Contudo, para espanto de todos, a tempestade não estava do lado de fora, mas sim, dentro da casa, fazendo os homens congelarem até os ossos. Harry lembrava como havia parado ali e preocupou-se em saber se seus amigos ainda estavam vivos para lembrar com ele. Então uma cena lhe invadiu a mente, onde Erin corria para as escadas e o moreno observava quilos de escombros caíram sobre sua cabeça, ficando preso sob um caibro. Sua varinha estava a alguns centímetros de distância, mas ele não conseguia pegá-la e viu quando algo se moveu ao seu lado.

Draco apareceu. Seu rosto estava cheio de poeira e os cabelos loiros haviam ficado escuros por conta da sujeira. Ao vê-lo, Draco empurrou um pedaço de madeira para o lado e andou até ele. Rony ainda não havia aparecido.

— Você está bem? — perguntou, agachando-se ao lado de Harry.

— Sim, mas onde está Rony? — respondeu o outro, olhando por cima da montanha de destroços.

— Como vou saber, Potter?

— Ora, use sua varinha — irritou-se.

Draco se levantou e apontou para o lugar perto da parede, onde provavelmente Rony estaria. Em seguida, bradou:

— Homenum Revelio!

Telha após telha foi saindo da montanha de escombros, juntamente com ripas, pedaços de madeira e poeira. Alguns minutos e um ruivo desacordado apareceu em sua visão. Draco correu até ele, lançando-lhe um feitiço de reanimação, mas Rony não acordou, fazendo Harry se esforçar para retirar o caibro. Quando percebeu que estava falhando miseravelmente, chamou Malfoy de volta e disse:

— Escute, você precisa destruir a muralha a nossa frente para que possamos chegar ao outro lado, mas antes, retire este caibro para que eu possa ir até Rony.

— Ok. — respondeu o outro, fazendo flutuar o enorme pedaço de madeira que caiu no chão, a poucos centímetros deles. — Mas me diga, como pretende ajudar o cabeça de fósforo aqui? — continuou, olhando para o ruivo inconsciente.

— Aparatarei de volta no ministério.

— O qu... — começou Draco, mas Harry o interrompeu.

— É a única forma, Malfoy. E você virá comigo.

— Mas e quanto a bruxa?

— Não temos como enfrentá-la agora. Veja, — e apontou para a destruição em torno do corredor. — Rony está desacordado, eu estou ferido e você é o único em condições aqui. A propósito, a varinha de Rony provavelmente está do outro lado e temos que pegá-la.

— Então a velha irá escapar? De novo? — se irritou o loiro, jogando um enorme pedaço de madeira contra a parede.

— Nós a prenderemos da próxima vez — respondeu Harry, finalmente andando até o ruivo Weasley.

Malfoy soltou uma risada sarcástica.

— Claro, da próxima vez.

E continuou com sua tarefa de retirar os destroços. Harry, no entanto, tentava reanimar o amigo, mas Rony parecia ter levado uma pancada na cabeça e o homem tinha medo de lhe lançar um feitiço mais forte. Quando enfim Malfoy retirou todos os escombros, o moreno pegou de volta a varinha do ruivo e os três aparataram dali. Deixando para trás montanhas de entulhos e um buraco no teto. Contudo, outra pessoa parecia tê-los visto sair e foi após ouvir o estalo, que retirou a capa, indo até o lugar onde antes estava Rony. Do canto na parede, ele pegou um pequeno porta-retratos, com uma pintura estranha e o olhou. Após arregalar os olhos em espanto, sussurrou baixo:

— Então é aqui o esconderijo de Mendel?

Ao ver que ninguém o responderia, guardou a pintura dentro da capa e desapareceu no corredor.

~~XX~~

A mansão estava totalmente em silêncio, quando Hermione Weasley segurou o arco da campainha e o bateu. No começo ninguém veio atender, mas logo que ouviu passos, percebeu que alguém estava correndo em sua direção. Ela olhou para os enormes portões atrás de si e ouviu quando a porta se abriu. Alguém a abraçou e Hermione tocou-lhe a cabeça, se afastando em seguida. Rose estava em sua frente, sorrindo. A mulher olhou para dentro da casa, mas não viu ninguém e sorriu de volta para a garota.

— Mãe, você finalmente chegou! — exclamou a ruiva animada.

— Olá querida. Venha, vamos entrar.

As duas se viraram para o saguão e Hermione fechou a porta. Rose correu para o sofá e Hermione percebeu que sua expressão estava estranha. A mulher olhou novamente ao redor da sala, vendo nada esquisito, então se sentou ao seu lado.

— Muito bem, querida. Por que está aqui? — perguntou, ela ainda não se conformava com o lugar ao qual sua filha estava.

— Estou fugindo, mamãe. Achei que soubesse.

— Bom, essa parte eu sei, mas porque a mansão dos Malfoys?

— Bem, digamos que não foi escolha minha — respondeu a garota, olhando para o lado.

Hermione olhou por cima de seu ombro e só o que viu foi um abajur, sobre uma mesinha de centro. Franziu o cenho, mas que diabos...?

— Ah, está achando estranho isso? — perguntou a ruiva, apontando para o lado ao qual Hermione havia olhado. — Venha, toque em minha mão.

— O qu...?

— Assim — disse a ruiva, e segurou as mãos da mãe.

Alguém apareceu em sua visão e Hermione logo se afastou, levantando-se.

— Olá Sra. Weasley! — Amy sorriu.

— Q-Quem é você?

— É difícil responder.

— Ela é a neta de Ignoto Peverell, mãe. O único irmão que sobreviveu — respondeu Rose, observando o rosto de Hermione empalidecer.

— Como? Pare de besteiras, Rose! Ignoto está morto, quanto mais sua linhagem. Você viu seu tio Harry.

— Não é besteira, mãe. Ela é a garotinha com o poder de cura da história. Veja, você nem a pode ver senão me tocar e caso eu saia de sua presença, você se esquecerá dela.

— Então está pedindo para mim acreditar em uma garota morta? E que história é essa da qual está falando?

Rose suspirou e recebendo um livro preto das mãos de Amy, entregou a Hermione.

— Leia, está nesse capítulo — pediu a ruiva, apontando para o nome “Herdeiros”.

A mulher olhou desconfiada para as duas, mas começou a ler o livro. Rose se virou para o lado e sussurrou para Amy.

— Funcionou.

— Sim, eu disse que funcionaria — sussurrou Amy de volta. — Veja, foi assim que Douglas conseguiu me ver durante a época de Halloween.

— Mas eu não posso sair da presença dela, certo?

— Não, mantenha sua mãe perto de você.

A ruiva suspirou, ficou pensando em como manteria Hermione perto de si quando Mendel viesse com uma varinha para lhe matar. A questão é que ela precisava da ajuda da mãe, precisava que ela armasse um plano para escondê-la do bruxo.

Quando Hermione terminou de ler, olhou para as duas, intrigada. Ela ainda não podia acreditar naquela história, mas ao se lembrar de tudo o que passou, começou a cogitar a ideia. Amy ainda lhe sorria e Hermione percebeu impressionada o quanto os cabelos dela e o batom vermelho contrastavam com sua pele pálida. Suspirou, fazendo com que Rose se virasse para olhá-la. No entanto, faltava ainda uma coisa.

— Irei acreditar em você — disse Hermione, olhando fundo nos olhos de Amy. — Mas se você é realmente a neta de Ignoto, como é possível que tenha voltado? Eu pude perceber que sua presença não possui uma alma viva.

— Mostre a ela, Rose — respondeu a mulher, se virando para a ruiva.

A garota colocou a mão por dentro da blusa e retirou o colar em formato de sol. Hermione arregalou os olhos.

— A pedra da ressurreição... — disse, colocando a mão sobre o coração. — Mas ela havia se perdido na floresta. Harry nunca a quis de volta.

— Parece que alguém quis e bem, estou aqui agora.

— Como ela ficou desse jeito? — perguntou Hermione, ainda incomodada com a presença da relíquia.

— A pessoa que me trouxe de volta havia feito um pedido por meio de um bilhete. É verdade que se o usuário abandonar a pedra, irei desaparecer, mas por algum motivo isto não aconteceu. Quando retornei, encontrei a pedra e o bilhete sobre um tronco cortado. Uma parte da pedra estava lascada, mas o resto permanecia inteiro. No bilhete, estava escrito “Proteja a garota Weasley.”

— E você foi atrás de Rose — concluiu Hermione.

— Exato.

— Como não sentiu a presença da pessoa que a reviveu?

— Ela a escondeu, não me permitiu vê-la — respondeu Amy, olhando desapontada para o colar.

Hermione se calou. As duas mulheres junto dela perceberam que seu cérebro funcionava rapidamente, quase como se rodasse um filme. Quando finalmente resolveu falar, ouviu um barulho vindo da janela. Amy se levantou. Uma fênix batia contra o vidro.

— Hermes! — falou Amy, correndo até a janela e a abrindo para que Hermes pudesse entrar.

— Hermes? É esse o nome dele? — disse Hermione também se levantando.

— De onde o conhece, mãe? — perguntou Rose.

— Ora, foi essa ave que me entregou sua carta, trazendo-me até aqui.

— Sim — concordou Amy. — Mas não era bem a carta de Rose...

— Você!

— Sinto muito, Sra. Weasley — respondeu Amy e sua voz estava mais baixa que o normal. — Eu precisava trazê-la até aqui. Rose precisa de proteção e você é a única que pode ajudá-la a se esconder.

— Ok, mas deixe-me perguntar uma última coisa.

— Pergunte.

— Draco sabe que estamos aqui?

Amy sorriu.

— Não acho, Sra. Weasley.

E foi o suficiente para Hermione voltar a se sentar, com as mãos nas têmporas.

~~XX~~

— Isso só pode ser brincadeira! — alguém disse, correndo até a mesa das serpentes.

— Concordo — respondeu a outra, ao seu lado.

Eles se olharam e sorriram um para o outro, mas suas expressões ainda eram preocupadas. Quando finalmente chegaram à mesa, viram uma loira sentada ali. Ela estava infeliz e olhava sem emoção para as frutas de mentira. Ao ver os dois ruivos parados, levantou a cabeça e deu um tchauzinho para eles.

— Lara! — chamou Lílian. — O que está fazendo aqui?

— Hum, se quer saber, nem eu sei — disse e Lílian percebeu que ela havia descoberto sobre os outros.

A ruiva franziu o cenho, mas foi a vez de Hugo perguntar.

— Escute, você viu o Jonh?

A garota o encarou, mas em vez de dar uma resposta, ela apenas balançou a cabeça em negação.

— Ele não estava ao seu lado há poucos minutos? — perguntou Lílian.

— Sim, mas disse que precisava resolver uma coisa na sala comunal da grifinória e desapareceu.

— Da grifinória?! — os dois ruivos falaram surpresos.

— Sim.

Os primos se olharam e suas cabeças estavam prestes a explodir. Mas que raios o moreno queria na sala comunal da grifinória? Então alguém apareceu ao seu lado. Era Tiago e não parecia feliz. Quando Lílian abriu a boca para perguntar o que tinha acontecido, o jovem a interrompeu.

— Outro aluno sumiu.

— Não brinca! — bradou Hugo.

— Quem? — perguntou Lílian.

— Gregório Finnigan.

— Ah não — choramingou a ruiva.

— Como isso aconteceu? — perguntou Lara.

— Parece que ele confundiu as gárgulas do portão.

— Isso é mal — disse Hugo, depois pareceu pensar por um minuto e soltou uma exclamação de surpresa. — Espere, aquelas gárgulas estão vivas?!

— Mas é claro — disse Tiago.

Hugo olhou para Lílian e os dois se viraram para ver Hagrid. Ele estava conversando com McGonagall e parecia tentar acalmar a diretora. Ao vê-lo, as orelhas de Hugo ficaram vermelhas novamente e Lílian o olhava boquiaberta. Então ele não estava blefando!

— O que vamos fazer agora? — perguntou Lara, interrompendo os dois ruivos.

— Iremos sentar e esperar — respondeu Tiago.

— Sério? — perguntou Hugo, incrédulo. Tiago estava dizendo para eles não se meterem em confusão, ele não podia acreditar nisso.

— Bem sério — respondeu o moreno e apontou para os professores.

Todos estavam olhando para eles e McGonagall parecia não perdê-los de vista. Os jovens deram sorrisinhos amarelos, indo se sentar no banco ao lado de Lara. Pareciam deprimidos e em sua frente, estava o profeta diário. Nele, os garotos observaram a foto de uma loja sendo explodida, onde uma garota era atingida no ato. Era Rose. Na outra página havia uma cena parecida — só que havia um grande S na parede e não existia apenas um ferido —, mas não era em Hogsmeade. Não sabiam qual era o lugar, mas a legenda lhes dava uma pista de quem era o responsável:

“O lorde da marca ferreteante”

Fecharam o jornal. Pelo visto, a guerra havia começado mais cedo do que esperavam.

~~XX~~

— Então, quem é o homem? — perguntou Scorpius, apontando a cabeça para a segunda foto.

Ele ainda estava irritado, mas quando viu o perigo que seus amigos corriam, preferiu se calar. Contudo, não havia desistido de retirar as cordas e se esforçou silenciosamente para raspá-las na beirada da mesa atrás de si. Mendel, segurando a foto, parecia não ter percebido, e o jovem o observou sorrindo como se estivesse prestes a lhe enfiar uma faca.

Scorpius permaneceu quieto, não queria irritá-lo. Temia por seus amigos, mas não duvidava que perdesse o controle. Mendel notando que o garoto se calara, se aproximou, falando em silvos. Scorpius se encolheu, conhecia aquela língua e os silvos eram baixos e medonhos, mesmo que já os tivesse falado antes. No entanto, quando Mendel parou na frente do loiro, um silvo lhe chamou a atenção. Este era fraco e estrangulado, fazendo o garoto paralisar, mas infelizmente não era o pior — esse viria a seguir:

Este...? — chiou o bruxo. — Esse é meu pai, Malfoy.

E lhe lançou a sentença.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Herdeiros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.