Deixe o Amor Nascer. escrita por Kira Urashima


Capítulo 5
Sinais no ar




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Eram 19h e a turma já estava na casa de Kuwabara para a reunião que combinaram mais cedo. Shizuka já pedira as pizzas. Todos estavam presentes, menos Botan.

Ela tinha ido ao Renkai falar com o Senhor Koema sobre os acontecimentos daquele dia e ocorreu que eles tiveram uma conversa que não estava em seus planos. Koema perguntou por que ela tinha mexido no livro com os registros da vida de Kurama e, como percebeu que a guia ficou corada e sem saber muito o que dizer, ele se irritou:

–Botan, não esqueça que sua função é de ser guia espiritual e auxiliar de Yusuke! Você não tem porque ficar xeretando na vida dos outros e ainda por cima colocando meu nome no meio dos seus rolos! – referia-se à mentira que ela contou aos guardas da sala de registros pra poder entrar, dizendo que tinha sido mandada pelo príncipe pra consultar algumas coisas.

–Desculpe, Senhor Koema, não foi minha intenção, eu... – tentou se desculpar, mas foi interrompida:

–Eu gostaria muito de saber o porquê dessa curiosidade com a vida do Kurama... – falou cheio de ironia.

A moça se incomodou com a forma como seu chefe estava falando:

–Não é nada disso que o Senhor está pensando!

–E o que eu estou pensando, Botan? Que você está caidinha pelo Kurama? Olha, deixa eu te falar uma coisa: eu já vi esse filme e eu sei exatamente o que acontece depois... - sentou-se na poltrona - Acredite, você não é a única que fica cheia de nhenhenhê pro lado ele... A lista é enorme, já te aviso!

Indignada, ela tentou se defender:

–Senhor Koema, com todo respeito, eu não estou caidinha pelo Kurama e nem por ninguém! Admito que li, sim, alguma coisa sobre ele, mas foi uma curiosidade normal, de amiga! Não quer dizer que eu me interesse por ele! – bufou ao terminar de falar.

–Ah sim, claro, Botan... - o príncipe fez uma cara de pouco caso – Só espero que esse foguinho de palha acabe logo, seus colegas já estão comentando e isso não cria um bom ambiente por aqui.

–O QUÊ? COMENTANDO? – ela não fez questão de segurar a voz.

–FALA BAIXO, CRIATURA! Tá querendo morrer, é? Não levanta a voz pra mim não, ouviu? – Koema levantou-se e encarou a garota.

Botan soltou um grunhido e sentou-se na cadeira, extremamente nervosa:

–Quem é que está falando essas mentiras por aí, hein? – perguntou estreitando os olhos.

–E isso te importa por quê? Você deveria se preocupar é com seu comportamento – olhou-a sério antes de continuar –. Olha Botan, sinceramente, não é da minha conta se você está mesmo interessada no Kurama, mas não use os arquivos do Renkai pra sua vida pessoal, entendeu, garota?

A guia remexeu-se na cadeira e suspirou fundo:

–Eu não usei, oras! Eu só...

–CALADA! – o príncipe fez sinal pra que ficasse em silêncio – É só isso que eu tinha pra falar, espero que tenha ficado claro – recostou-se na grande poltrona cor de vinho visivelmente aborrecido com toda aquela conversa.

–Ah, sim, ficou claríssimo! – a garota levantou-se e saiu da sala, fechando a porta com um estrondo.

–Ai, ai... NINGUÉM MERECE, VIU! - suspirou o príncipe.

Ao sair da sala de Koema, Botan deu de cara com George e com mais dois ogros que pareciam estar escutando a conversa. Isso a deixou furiosa:

–‘TÃO FAZENDO O QUÊ AQUI? VÃO CUIDAR DA VIDA DE VOCÊS, ABELHUDOS! – berrou, fazendo o trio se dispersar.

–Credo! Que mulher estressada! – disse George para os outros dois companheiros.

–Se eu deixasse meu serviço para ficar de gracinha com certos demônios raposa e ainda levasse uma coça do chefe, também estaria nervoso hahahaha! - comentou um ogro verde de cabelo preto.

Os três riram do comentário e depois cada um foi para um lado, prosseguir com seus afazeres. George fechou a porta atrás de si, depois de entrar na sala:

–Senhor Koema, conseguiu resolver aquele assunto com a Botan? – perguntou cheio de curiosidade.

O príncipe, que não estava com o melhor dos humores, tratou de despachar o funcionário, jogando um carimbo na cara dele:

–CALA BOCA, DIABO! NÃO TEM O QUE FAZER, NÃO? ME ERRA, CHUPA CABRA! SAI DAQUI!

–DESCULPA, SENHOR KOEMA! – George saiu fugido da sala.

Cena 2

Botan entrou em seu quarto e fechou a porta com força. Estava revoltada com a conversa que tivera com Koema e com tudo que ele lhe dissera. Era simplesmente um absurdo!

–Esse povo futriqueiro! Que raivaaaa! – tirou a blusa de frio que vestia e jogou no chão. Sentia-se totalmente indisposta naquele momento. Como as pessoas podiam ser tão fofoqueiras? Nem sabiam de nada e já iam espalhar boatos pra o Senhor Koema.  Por causa disso ela era obrigada a ouvir um sermão. E ainda mais: ter sua vida particular na boca dos outros era simplesmente horrível.

Jogou-se na cama, pensativa. Apesar da luta que travava consigo mesma ultimamente, tinha que admitir que não vinha obtendo muito êxito. Não bastasse a confusão que se encontrava sua cabeça, agora era obrigada a saber que seus colegas estavam comentando coisas nos corredores do Renkai e ela nem sequer tinha a chance de se defender e dizer que tudo não passava de mentira.

–Nunca pensei que achar um rapaz bonito fosse dar tanto pano para manga... – disse em voz baixa, quando sua mente acusou:

–Será só isso mesmo, Botan?

–Ah, não! Chega desses pensamentos! – e virou de lado na cama, cobrindo a cabeça com um travesseiro. Sentiu as pálpebras pesarem. Não demorou muito para cair no sono, esquecendo-se totalmente que seus companheiros estavam esperando por ela na reunião.

Cena 3

Dois dias se passaram desde a luta de Yusuke com o Doutor Kamia e, além da reunião daquele dia, Genkai marcara outro encontro, desta vez na casa de Yusuke. Era importante que mantivessem contato frequente para que estivessem sincronizados, caso o inimigo atacasse, entretanto, alguém não recebeu muito bem a notícia do encontro de logo mais à noite:

–Não me interessa nenhuma reunião hoje! Estou esperando há meses pelo show do Megalica e não vou perder por nada, OUVIU, URAMESHI? – Kuwabara berrou enquanto dava as costas a Yusuke, que estava extremamente irritado com aquela atitude.

–Mas, Kuwabara, é importante que estejamos todos juntos, você sabe! – Botan tentou argumentar para ver se ajudava.

–EU SEI DISSO! Acontece que eu preciso relaxar um pouco, será que não entendem, não? – o rapaz respondeu sacudindo os braços.

–Então tá, seu CABEÇA-DURA! Nem venha pedir minha ajuda se alguma coisa te acontecer, OUVIU BEM? – Yusuke frisou seguindo o caminho oposto ao do amigo.

–Quem te disse que preciso da sua ajuda, hein? – Kuwabara ressaltou enquanto fazia pose pra os colegas que iam com ele ao show.

–‘Tá certo então, filhão! Te vira nos trinta! FUI! – o detetive virou as costas e seguiu pra sua casa, onde seria a reunião.

Anoiteceu e outra ausência foi notada: Kurama ainda não havia chegado e ninguém sabia do paradeiro dele, o que fez com que Botan ficasse extremamente preocupada. Ele não era de faltar e muito menos de não avisar. Fora que não o via desde a luta travada no hospital e isso parecia uma eternidade.

–Onde será que o bonitinho se meteu? – Yusuke resmungava, andando de um lado pro outro no apartamento.

–Você deveria estar preocupado com Kuwabara! – Genkai advertiu – Kurama deve ter tido uma boa razão pra não estar aqui e, além do mais, ele sabe se cuidar.

–Mesmo assim, isso não tá certo, o bicho tá pegando lá fora! Esses dois simplesmente somem e fica tudo nas minhas costas!

–Não seja ridículo, Yusuke, todos estão ajudando muito, vê se fica calmo, tá legal? – Keiko tentou acalmar o detetive que colocava o casaco e ia em direção à porta.

–Aonde você vai? – a garota perguntou.

–Sabe, eu também tô precisando relaxar... Vou dar uma volta! – e saiu.

–Yusuke, espera ai!

Genkai fez sinal pra que ela se sentasse e disse:

–Acho que ele foi atrás de Kuwabara... Melhor assim!

Botan sentou-se perto da janela para olhar a chuva fina que caía na rua. A ausência de uma certa pessoa tinha a deixado pra baixo.

Shizuka, que estava de pé na sacada, percebeu que a amiga estava quieta demais e, já deduzindo que era por causa de Kurama, foi até ela e falou baixo:

–Fica assim não, boba...Tenho certeza que já, já o ruivinho tá aí! – sorriu pra Botan, que ficou sem jeito com o comentário:

–Hã? Não é nada não, Shi, sabe como é, né, a gente fica preocupada com tudo que ‘tá acontecendo, vai que o inimigo atacou e tudo mais... - tentou fazer cara de compenetrada, mas suas bochechas coradas a denunciavam.

–Também me preocupo muito com Kurama, mas eu sei que logo entrará por essa porta, então, nada de ficar com essa carinha jururu! – levantou-se sorrindo e voltou pra sacada, fazendo com que a amiga ficasse meditando no que ela dissera:

–Shizuka também está preocupada com Kurama... Mas é lógico, né, eles são amigos... Normal – constatou, porém sua mente a traiu com esse pensamento:

–Você também é amiga dele, contudo anda se preocupando DEMAIS!

O coração da garota disparou e ela olhou pra mulher loira que fumava, apoiada na grade. Será que... A preocupação de Shizuka queria dizer algo mais...?

–...Assim como a sua? – o pensamento veio rápido e certeiro. Pronto! Até o seu cérebro estava contra ela! Era uma conspiração, definitivamente!

Botan abraçou os joelhos e permaneceu sentada olhando pra o tapete da sala. A simples ideia de que a amiga pudesse estar com outros interesses no jovem ruivo fez com que um desconforto imenso enchesse seu peito.

–Ela está muito mais próxima dele depois do torneio das trevas... Sempre que os vejo, estão conversando... Mas, peraí, qual é o problema se isso for verdade?

Botan apertou mais o abraço em si mesma e enterrou a cabeça entre os joelhos, como se não quisesse saber a resposta pra sua própria pergunta. Talvez ela nem mesmo quisesse aceitar as possíveis respostas que surgiam em sua mente. O fato era que Shizuka fizera questão de mostrar para Botan que estava de olho nela e isso a deixava muito pior.

–Kurama... Onde você está?

Alheia ao que se passava ao redor, a garota nem percebeu que um rapaz moreno de óculos observava cada movimento seu com interesse especial.

Cena 4

Passaram-se cerca de duas horas desde que o detetive tinha saído. Keiko já estava aflita, quando ele abriu a porta:

–Voltei, povo...- Yusuke limpava os pés molhados no capacho da entrada.

–Que volta demorada essa que você deu... Já estava preocupada! – Keiko respondeu dando um sorriso aliviado – Cadê o Kuwabara?

–E eu lá sei, menina? Eu fui ao fliperama espairecer um pouco!

Ao ouvir essa frase, Genkai foi até o encontro de Yusuke e deu-lhe um belo safanão:

–Seu imbecil, pensei que tivesse ido atrás de Kuwabara!

–Sua velha maluca, eu disse que não iria atrás dele! Não vou ficar bancando babá de marmanjo nenhum!

–Como é tolo, você não percebe que Kuwabara está passando por uma mudança? Desde as lutas finais do Torneio das Trevas ele perdeu todos os poderes espirituais, contudo, isso está prestes a mudar. Talvez ele nem mesmo tenha se dado conta, mas a energia espiritual dentro dele está passando por uma modificação e ele logo vai se libertar. Com certeza o inimigo já se deu conta disso e vai aproveitar a oportunidade para nos atingir - Genkai arrematou com seriedade, fazendo com que Yusuke esmurrasse a parede.

–PORQUE NÃO ME FALOU ANTES, GENKAI? DROGA! – o detetive saiu correndo escada abaixo atrás de Kuwabara, sendo acompanhado por Botan que ouvira toda a conversa:

–ESPERA POR MIM! – a guia também desceu a escada correndo e, antes que pudesse atravessar a rua, sentiu alguém puxar-lhe o braço com força.

–Ei! – virou-se surpresa soltando o braço que o rapaz segurava.

–Você não pode ir, Botan, é perigoso! Você não sabe o que pode acontecer! –  tentou[L1]  segurar na mão da guia, mas ela foi mais rápida e puxou a mão para trás.

–Não importa, eu não vou ficar aqui enquanto meu amigo pode estar em perigo! – e desatou a correr, porém Kaito foi atrás dela.

–Então eu vou com você!

Uma irritação sem tamanho veio sobre a garota de cabelos azuis. Quem aquele rapaz pensava que era? Nem tinham intimidade pra que ele ficasse no seu pé desse jeito, dessa forma chata, dizendo o que ela devia ou não fazer. E, ainda por cima, teimando em encostar nela, em pegar em sua mão...Não! Não queria nada daquilo e voltou-se pra trás com o dedo em riste:

–Você não vai! – fitava o jovem de óculos de maneira séria – volte pra o apartamento, a mestra Genkai pode precisar de você e não se preocupe comigo, vou ficar bem...

–Mas eu... – Kaito tentou falar, mas a guia o impediu:

–Obrigada pela preocupação, mas estou com Yusuke... Ele não vai deixar nada me acontecer – e saiu correndo: - NÃO ME SIGA! – e deixou um Kaito desapontado pra trás.

–Botan... - o moreno suspirou, caminhando de volta para o prédio. Não conseguia entender aquela garota, ela parecia simplesmente não pensar em nada quando seus amigos estavam em perigo. Não fazia avaliações, não media as consequências. Só se jogava na fogueira esperando pelo melhor.

–UMA LOUCA! É ISSO QUE VOCÊ É! – Kaito falou alto sem se dar conta de que a mestra o observava.

–Esta me chamando de louca, Kaito? – Genkai perguntou da sacada, observando como o rapaz tinha ficado pálido ao escutar a voz dela.

–Na, na, não, mestra! Eu não estava falando da senhora! – respondeu gaguejando de medo, enquanto subia as escadas numa lerdeza imensa.

–Vou te falar uma coisa, Kaito – a mestra olhou pra ele – Não queira colocar um passarinho que sempre viveu livre na gaiola.

Kaito arqueou as sobrancelhas com ar surpreso, porém, antes que pudesse retrucar, Genkai continuou:

–Botan tem esse jeito meio maluco, mas ela é assim.  Se não souber entender isso e quiser cortar suas asas, vai acabar sendo bicado.

O comentário da mestra conseguiu deixar o rapaz envergonhado e ao mesmo tempo nervoso, pois se deu conta de que acabara fazendo papel de bobo, correndo, na chuva, atrás de uma garota que, ao que tudo indicava, não estava interessada nele.

–Me desculpe mestra, eu não quis chatear a senhora e nem...

Genkai o interrompeu:

–Não perca tempo me pedindo desculpas – a mestra se calou por alguns segundos para depois continuar: - Sei que não controlamos certas coisas, mas você é um rapaz muito inteligente pra viver em constante competição.

–Mestra, eu não... – ainda tentou se defender, mas Genkai continuou falando:

–ME OUÇA! – a mestra levantou a voz fazendo com que Kaito se calasse e abaixasse a cabeça – Você é um rapaz que possui uma grande força, mas enquanto não deixar essa vontade de ser o maior de lado, você só vai conseguir ser menor. Saiba do seu valor e não queira o que está no caminho de outra pessoa – ela olhou pra o jovem que estava um pouco vermelho e cerrava os punhos, parecendo irritado.

–Não quero o que é de ninguém, mestra, e, que eu saiba, não estou fazendo nada de errado! – falou com certo despeito.

Genkai olhou pra cima e, como já estava sem paciência, resolveu finalizar a conversa:

–Você é quem sabe, Kaito, mas esteja certo de que se resolver continuar nessa história, tenha certeza de que vai sobrar.

–De que história a senhora está falando?

–Uma história que só tem espaço pra duas pessoas, sendo que Botan é uma delas e você... – ela olhou-o com serenidade – Você não parece ser a outra pessoa... – e entrou no apartamento, buscando sua xícara de chá.

Kaito ficou alguns minutos refletindo sobre o que a mestra lhe dissera. Um turbilhão invadiu sua mente e isso estava irritando-o muito. Sabia que era alguém com inteligência acima do comum e que era admirado por isso, mas quando se tratava de estar perto de certo jovem de fala gentil e olhos verdes, parece que ele simplesmente não tinha vez.

–Minamino... – disse pra si mesmo – Até quando eu vou perder pra você?

Cena 5

Kurama estava a caminho da casa de Yusuke. Tinha passado o dia todo fora e nem se quer avisou que não estaria presente. Não era do seu feitio faltar aos compromissos, contudo, ele precisava muito falar com Koema e não podia esperar, logo, reservou o dia pra fazer isso.

–Espero que esteja tudo bem com todos... – pensava, enquanto subia as escadas do prédio de Yusuke.

–Com licença... – empurrou a porta que estava encostada e ao entrar viu na sala Genkai, Yanagizawa, Keiko; Shizuka e Kaito na janela– Desculpem o atraso!

–Você não foi o único que se atrasou... – Genkai respondeu.

–Onde estão os outros? - indagou não escondendo a preocupação.

Genkai bebeu um gole de chá antes de falar:

–Kuwabara foi num show com os amigos e até agora não voltou. Yusuke foi atrás dele – a mestra falou e voltou a beber o chá.

Kaito, que estava sentado de frente para a porta, observava atentamente a reação de Kurama com aquela notícia. Ele parecia incomodado, olhando para o aposento como se procurasse alguma coisa e isso causou divertimento no rapaz de óculos.

–Está sentindo falta dela, Minamino? – pensou, antes de falar - –Ah, Kurama, a Botan foi junto com o Yusuke também. Eu tentei impedir, mas sabe como ela é, saiu correndo na chuva que nem uma doida – Kaito falou carregando a frase de drama – Tomara que nada tenha acontecido. – terminou observando que tipo de reação sua resposta causaria.

Genkai percebeu a manobra de Kaito e também olhou pra Kurama, como se esperasse alguma atitude.

–Bom, nesse caso eu vou atrás deles – virou as costas e já alcançava a maçaneta quando Genkai falou:

–Vá, Kurama, podem estar precisando de você – e voltou a beber seu chá. Kurama sorriu pra ela e saiu, fechando a porta atrás de si. Enquanto na sala, Kaito remoía seus pensamentos:

–Ah, Minamino... Continua sendo o queridinho por onde passa. Até a velha Genkai assina embaixo tudo o que você faz...– levantou-se, frustrado, e foi pra cozinha beber um copo d'água.

–Água é boa pra esfriar a cabeça – a mestra comentou lá da sala.

–Nesse caso, ele devia ir tomar um banho de chuva... – Shizuka emendou.

–Falaram alguma coisa? – Kaito perguntou, só pra ter certeza do que acabara de ouvir.

–Não – Shizuka fechou a janela aberta. A chuva estava forte e respingava pra dentro da sala. Genkai não respondeu.

–Hunf... Vamos ver se as coisas vão continuar assim, Minamino, espere só...- o colega de classe de Kurama resolveu guardar esse pensamento pra si.

Continua...


 





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