Deixe o Amor Nascer. escrita por Kira Urashima


Capítulo 16
Escolhas que ferem


Notas iniciais do capítulo

"Muitas das circunstâncias da vida são criadas por três escolhas básicas: as disciplinas que você decide manter, as pessoas com quem você decide estar; e, as leis que você decide obedecer."
—-Charles Millhuff



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Capítulo 16 (Escolhas que ferem)

Kurama terminara de falar com as músicos que fariam o cerimonial no casamento de sua mãe. Os últimos dias estavam sendo agitados: Shiori estava praticamente surtando com todos os preparativos e também com a mudança do futuro marido. O quarto de hóspedes já não comportava todos os presentes, e a pequena reforma que estava sendo feita no quarto do casal, mexia com a rotina de todos.

No entanto, a matriarca procurava disfarçar bem a ansiedade de outra grande alteração que estava pra acontecer: este era o ano da formatura de seu querido filho. Logo, ele estaria na faculdade, morando sozinho, talvez num lugar longe, ia namorar, casar...ia, aos poucos, afastar-se dela.

Durante anos eram somente ela e Shuichi; estavam sempre juntos, não se desgrudavam pra nada. Ela tinha feito de seu garotinho ruivo o centro do universo: cuidou, mimou e amo-o da melhor forma que pode e ele retribuiu à altura toda essa afeição e cuidado. Não sabia viver sem ele, apesar do jovem ser bastante independente. Mesmo quando ele se ausentava por viagens com amigos ou outros compromissos, ela sabia que tudo ficaria bem, pois, no final das contas, seu menino voltava pra casa.

Era complicado pra Shiori abrir o coração e fazer a troca: deixar Shuichi sair e Kazuyo entrar. Ele agora seria seu marido, seu braço direito, estaria lá para ela, envelhecendo ao seu lado. Por mais que amasse seu filho, deveria tirar todas as expectativas de tê-lo sempre ao seu lado e deixá-lo viver sua vida. Era doloroso, porém, precisava cortar o cordão umbilical. E faria isso.

–Mamãe? Trouxe chá de hortelã! Beba enquanto está quente! –Kurama entrou no quarto, depositando a bandeja com a xícara e um prato com pequenos biscoitos em cima da cama – já falei com os musicistas e repassei toda a lista das músicas da cerimônia e da festa.

–Obrigada, meu amor... – ela tocou-lhe a face com as mãos, demorando-se em acariciar os fios de cabelo avermelhados de seu filho.

–O que está preocupando a senhora, mamãe? Posso ver em seus olhos que não está tudo bem...

A mulher de olhos cor de mel esboçou um sorriso, entre a nostalgia e a necessidade:

–Não é nada demais, meu querido; são apenas lembranças – foi quando o jovem percebeu a caixa de veludo aberta e muitas fotos antigas espalhadas na tampa. Ele esticou um dos braços, agarrando um álbum de fotos. Começou a folhear e a rir das imagens: ele no balanço do parque; sentado na grama segurando uma maçã do amor; em outra foto estava com as canelas todas arranhadas e uma cara de choro.

–Lembra dessa, mamãe? – ele riu gostoso – a primeira vez que entrei correndo num roseiral, nunca esquecerei. Eles riram.

–Ah, uma pequena travessura apenas, você nunca me deu trabalho em nada!

–Não tenho muitas histórias pra contar então...

–Você tem muitas, meu bem...você é o filho que eu precisava ter. – as orbes cor de mel encheram-se de lágrimas e ela piscou os olhos, deixando-as partir. Kurama fez menção de abraçá-la, mas ela, delicadamente o interrompeu, sinalizando que queria falar:

–Shuichi, você é o maior presente que seu falecido pai poderia ter me dado! Mesmo sendo um bebê e precisando de cuidados, foi você quem cuidou de mim todos esses anos: me deu forças, coragem para seguir em frente. Você preencheu toda esta casa, nosso jardim e o meu coração de flores perfumadas e fortes raízes; Foi a sua presença que me sustentou em todo tempo.

–Mamãe... – emocionado, os olhos dele brilhavam também. Tomou a mão da mulher, acariciando-a.

–Meu filho, você é extremamente especial em todas as suas peculiaridades, personalidade e em todos os seus segredos... – ela o olhou de maneira significativa, fazendo com que o coração de Kurama disparasse ainda mais com aquela declaração – sei que está chegando a hora de grandes mudanças em nossas vidas: eu vou me casar, você vai ganhar um irmão, um padrasto, nossa casa e nossa rotina vão mudar. Você também vai se formar...

O jovem ruivo demonstrou-se aflito com o rumo da conversa, especialmente quando lembrou-se do convite que tinha recebido:

–Mas isso não vai mudar nada, mamãe! Eu estarei sempre aqui, com a senhora!

–Eu sei, meu amor...sei que sempre estará aqui... – colocou a mão do coração – e é isso que eu quero que você tenha certeza: o amor que temos sempre vai nos unir, não importa onde você estiver. Quero que você ganhe o mundo! Que vá onde tiver vontade de ir, onde quiser ou precisar...você é mais que meu filho, você é um tesouro, um ser especial que veio até mim – ela fitou-o seriamente – independente de quem você seja aqui dentro - apontou o indicador no coração dele -meu amor por você nunca vai mudar.

Os braços do rapaz enlaçaram a mulher à frente com força, como se pudesse passar todo seu sentimento através daquele contato. Ele sabia que aquela mulher o amava, mas naquele momento tão inesperado, ele teve a certeza de que ela o amava de verdade. Mesmo que o encontro com ela tivesse sido de forma não convencional, ele era seu filho. Não importava o que as pessoas dissessem ou fizessem questão de relembrar sobre seu passado. Ele era o filho de Shiori Minamino e ela sabia quem ele era.

–Eu amo você, mamãe...não importa o que venha acontecer, nunca duvide disso! – deitou-se no colo dela como quando era criança.

Shiori sorriu, acariciando os cabelos ruivos do filho e, contendo toda as emoções que transbordavam de seu peito, mudou de assunto:

–Fale-me um pouco sobre minha linda madrinha...Botan! – Kurama olhou pra ela, a imagem invertida, sorriu, trazendo à memória da garota de olhos rosados.

–Bem...ela tem longos cabelos azulados, como o céu em dias de Sol; brilhantes olhos cor de rosa. É alegre, simples, muito carinhosa e dedicada e acha que flores tem cheiro de mato...

Ambos divertiram-se com esse comentário sobre a concepção de Botan.

–Estou ansiosa por conhecê-la, me parece ser uma garota muito singular.

–Ela é, mamãe...- cobriu os olhos, pensando nela.

Shiori deixou-se admirar pelo filho, percebendo pela primeira vez, que alguém encontrara as chaves daquele coração.

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Cena 2

Keiko estava sentada na escrivaninha, olhando da janela a calçada por onde Yusuke partira a alguns minutos. Era hora do jantar quando ele apareceu, ao que tudo indicava para fazer as pazes com ela e, se despedir.

Encontraram-se no meio da tarde, depois das aulas de Química para ter uma conversa que a garota preferiria deletar da mente e esquecer. Yusuke contou a ela a verdade sobre o que realmente tinha acontecido na luta dele com Sensui, e disse também, os resultados do conflito: ele possuía genes oriundos de um youkai e, uma vez que esses genes foram ativados, toda e qualquer atividade energética dentro dele precisava ser usada da maneira correta para controlar essa nova força, que era muito poderosa. E ele não fazia ideia de como fazer isso, mas a resposta chegou.

Recebera um convite, diretamente de seu pai, Raizen, um dos reis do mundo das trevas, para visitá-lo e treinar suas habilidades. O Makai estava em guerra e Raizen encontrava-se muito debilitado, podendo morrer a qualquer momento, então, gostaria de instruir aquele que tinha sua herança genética.

A morena sentiu-se morrer com isso, era como se estivesse perdendo Yusuke pra sempre.

Desde o dia que o rapaz ganhara uma nova chance de viver e começara a trabalhar como detetive sobrenatural, ela nunca mais teve um momento de paz. Tantas coisas aconteceram com ele! E com ela também: fora raptada, perseguida, ferida, passou por todos os sufocos deste mundo, tudo para ficar ao lado do detetive, apoiá-lo, para dizer que era sua amiga acima de todas as escolhas que ele fizesse; pra dizer que o amava. Mas, qual tinha sido a retribuição para tudo isso? Ele, depois de tantas coisas que viveram, resolveu ir para o mundo das trevas, a terra de todos os monstros contra os quais ele lutou todo esse tempo e ir pra lá pra que? Para aprender a ser como um deles, tão forte como um deles!

Ainda na escrivaninha, Keiko chorou sem reservas, expelindo toda a mágoa e tristeza que enchiam seu corpo. Sentia-se um nada, irrelevante na vida de Yusuke e nos caminhos que ele escolhia. Que importava ele ter dito que voltaria em três anos? O que queria dela? Que esperasse por ele? Que parasse sua vida por alguém que não tinha a menor consideração em abandoná-la para seguir essa compulsão de tornar-se cada vez mais forte?

– Como se três anos fossem três dias... – balbuciava entre as lágrimas, sofrendo e odiando-se por acalentar, ainda que muito magoada, a esperança de que o rapaz moreno voltaria...

Eu vou voltar daqui a três anos, eu lhe prometo...e depois, nós vamos nos casar, Keiko.” – a promessa fazia força para ficar em seu coração, mesmo que a enxurrada de sua dor estivesse forçando-a a sair.

Eles não haviam brigado, nem discutido naquela ocasião. A jovem de cabelos castanhos adquiriu uma postura quase indiferente às notícias que Yusuke trouxera. Também não prometeu à ele que o esperaria, contudo, o furacão emocional que varria sua vida naquele momento sinalizava que sim, que ia esperar por ele, que precisava esperar, como um último ato de amor por aquele garoto complicado e genioso.

–Yusuke...três anos! Eu vou ficar te esperando... – sussurrou para o vidro da janela onde vira o detetive partir.

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Cena 3

Faltava 1 dia para o casamento de Shiori e Kazuyo e Botan decidiu ir sozinha para fazer a última prova do vestido. Encontrar-se-ia com as amigas assim que retornasse da costureira.

Chegando no ateliê, a Sra. Todokê já a esperava com o vestido pendurado no cabide. A garota deteve-se por segundos, apreciando todos aqueles tecidos que, juntos, criaram uma bela vestimenta.

Sorriu com imensa satisfação ao se ver refletida no espelho do ateliê

–Você está deslumbrante! – a responsável pela obra-prima batia palmas ao contemplar Botan – arrisco dizer que poderá ofuscar até a noiva...

–Imagina...isso é completamente impossível! – procurou desconversar, tímida pelo elogio exagerado, entretanto, dentro de si, estava orgulhosa de poder usar uma peça tão elegante. Recordou-se de Kurama e seu espírito elevou-se em completa gratidão a ele por proporcionar-lhe aquele momento único.

–É o vestido mais bonito que eu já vi...- disse pra si mesma – muito obrigada, Sra. Todokê!

–De nada, docinho...eu lhe disse tudo seria feito para que ficasse linda! Esse é o lema deste lugar! Por isso somos um dos melhores de Tóquio! Tenho certeza que o jovem Minamino e sua família ficarão bem satisfeitos também!

A guia torceu para que essas palavras realmente se concretizassem. Ela queria estar totalmente impressionante para o grande dia. Devia isso a Kurama e toda à sua família, era o mínimo que devia fazer: ser a madrinha mais bonita e enfeitar o altar.

–Preciso estar linda para ele...– pegou a grande sacola contendo seu valioso vestido e dirigiu-se para casa de Shizuka. Ainda precisava de uma boa dose de calma para a noite, pois seria o jantar de ensaio, e isso significava ver Kurama, os noivos e o restante das pessoas que participariam do momento solene. E claro, precisava de panquecas, feitas por Keiko. A amiga descobriu uma nova receita e estava levando para testar.

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Cena 4

Ao entrar no apartamento de Shizuka, Botan não imaginava que a tarde agradável e cheia de entusiasmo fosse substituída por uma revelação tão chocante: Keiko acabara de contar, entre lágrimas, que Yusuke estava indo pro Makai a convite de seu pai biológico youkai ou qualquer coisa do gênero. E ficaria três anos nas terras das trevas.

–Mas, isso não é possível! Esse tipo de transação não é autorizada pelo Renkai! Um humano não pode ir pro Makai só porque alguém de lá solicitou! – indignada, a guia andava de um lado do outro da sala

–É possível sim...já que agora o Yusuke é metade youkai – Shizuka anunciou, juntando as informações.

–Mas não pode! Ele é detetive espiritual, isso não deveria ter acontecido, não faz o menor sentido! – a garota de olhos cor de rosa foi até a amiga - Keiko, tem certeza de que isso não é nenhuma ideia maluca do Yusuke? Quer dizer, desde da luta com Sensui, ele ficou furioso porque alguém matou o inimigo no lugar dele. Faria sentido ele querer ir atrás da pessoa – A guia conjecturava.

–Faz sentido? – Keiko, profundamente magoada, virou-se para a menina de cabelos azuis– Sabe o que não faz sentido pra mim, Botan? Por que você não me avisou que isso ia acontecer?

–Porque eu não sabia, Keiko! Juro! Estou tão surpresa quanto você! – Keiko balançava a cabeça em negação, como se não acreditasse em nada do que ouvia:

–Se você diz que não se pode ir pro Makai sem mais nem menos, porque o próprio Renkai não só autorizou a viagem como vai abrir o portal para que o Yusuke vá para as trevas? Como podem mandá-lo pra lá apenas porque ele quer?

–O QUÊ? O esquadrão especial vai fazer isso? – Botan estava completamente incrédula – mas é contra as regras! Aiiii...Yusuke cabeçudo! Porque tem que se engraçar com essas coisas?

A morena olhou pra ela com desgosto, abraçando a almofada azul com força. Shizuka puxou a amiga pra si, recostando a cabeça dela em seu ombro.

–Keiko – a guia chamou a morena – eu prometo a você que vou descobrir a razão dessa história maluca, eu prometo que trarei uma resposta pra você.

A amiga acenou debilmente com a cabeça, em concordância. Botan levantou-se e decidiu ir até o Renkai; precisava tirar essa história a limpo.

–Não se esqueça que você tem compromisso hoje, não vá perder a hora – a mulher loira deu a dica, recebendo um sinal positivo da guia espiritual.

–Caramba...nem na véspera de um casamento a gente tem sossego... - Shizuka fechou os olhos e deixou o choro represado de moça morena sair:

– Chore...chore que faz bem...

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Cena 5

Me deixem entrar, por favor! É importante! – depois de convencer os guardas do que tinha que fazer, abriu a porta da sala da barca, onde as guias espirituais costumavam ficar trabalhando nas sentenças dos mortos. Por sorte, somente Ayame encontrava-se no recinto. Era com ela mesmo que precisava falar.

–Com licença, Ayame-san...desculpe interromper, mas é muito importante! Eu preciso saber porque Yusuke Urameshi foi para o Makai, soube que ele recebeu convite de um youkai, mas até onde eu saiba, isso não é permitido e...

Foi interrompida pela pálida jovem de longos cabelos negros:

–Com licença, Botan, mas isso não é assunto para você...ou esqueceu-se que está afastada do cargo?

–Como assim, afastada? Você me disse que eu estava de férias porque não havia nada para fazer, ainda mais porque o Sr. Koema está no Ningenkai... – piscou os olhos com nervosismo - eu não pensei que isso significasse me manter de fora dos assuntos importantes relacionados com o detetive Yusuke Urameshi.

–Digamos que férias foi um modo mais sutil de dizer que você está fora de qualquer assunto relacionado ao mundo espiritual.

Os orbes rosáceos abriram-se em toda sua capacidade:

–Não estou entendendo, Ayame...porque fui afastada? Isso só pode ser um grande mal-entendido!

Ayame deu uma risada sarcástica:

–Botan, entenda uma coisa: o rei Enma está furioso com o próprio filho, tanto que mandou-o para o mundo dos homens...por que acha que ele seria paciente com você, uma reles humana? – ela parou, Botan esperou ela continuar.

–Ele nunca quis sua presença aqui...só te tolerou, eu imagino, porque você era uma criança, apenas isso. Depois, quando você cresceu, deve ter ficado com pena do peso morto que você era, então te deu o cargo de guia espiritual que, vamos ser honestas, a “senhorita” nunca soube fazer direito.

–Eu me esforcei muito pra aprender, Ayame, não seja injusta! – fazia força para conter o choro, motivo daquelas palavras tão cheias de veneno.

–Injusta? Hahahaha, uma coisa devo dizer: você tem senso de humor! Nunca algo de significativo brotou das suas mãos. Mesmo assim, Enma Dah Oh, por razões que não posso compreender, te deu a oportunidade de auxiliar o príncipe Koema e o que você fez? – as mãos espalmaram-se para numerar os itens - Infringiu as regras de comportamento e conduta, se apaixonou por um demônio condenado, contaminou o herdeiro do rei com suas ideias loucas e esse seu entusiasmo idiota pelos humanos e depois de ser APENAS afastada do cargo, o que foi muito pouco pelo que você merece, ainda quer tirar satisfação? CAIA NA REAL, GAROTA! Você é um estorvo que aquela idiota da Mitako trouxe pra cá.

–Não fale assim comigo! – Botan avançou pra Ayame com o dedo em riste. A moça de quimono preto afastou a mão da guia com um tapa.

–Não fale assim comigo, você! Ponha-se no seu lugar, sua medíocre! – empurrou sua oponente de volta para a cadeira e retomou – Urameshi recebeu mesmo convite para o Makai e ele, não foi o único – deixou escapar propositalmente a última informação – Hiei e Kurama também foram convidados e, até onde eu saiba, eles vão pra lá

O coração da garota quase falhou:

–O que...o que você está dizendo?

Ayame fez cara de “ah, então você não sabia”:

–Bem...você já teve a informação que queria, veja como eu sou boazinha com uma inútil. Agora, vá embora, não tem mais nada para fazer aqui! – fez sinal para que os guardas acompanhassem Botan até a saída.

–Mais uma coisa – a morena de cabelos negros caminhou até a guia e sussurrou em seu ouvido:

–Nunca mais ouse me enfrentar...você não sabe do que sou capaz... – elas trocaram olhares cheios de ressentimentos.

–Bom jantar de ensaio...- cantarolou cinicamente enquanto sentava em sua poltrona.

Botan engoliu a vontade de gritar de desespero e saiu. Fora insultada e agredida pela ex companheira de trabalho e infelizmente, não obtivera nenhuma resposta para suas dúvidas. Precisava delas, porque prometera à Keiko e porque ela mesma não podia suportar imaginar Kurama indo pro mesmo lugar que Yusuke.

Agora mais do que nunca queria que a noite chegasse rápido. Precisava encontrar o jovem ruivo e ouvir da boca dele se ele iria ao Makai ou não. Não conseguia entender o motivo dele ter omitido essa informação, caso fossem verdadeiras as palavras de Ayame.

–Será que o Sr. Koema também sabia disso? Se sim, por que não me disse nada?

O gosto amargo de algo muito parecido com “traição” dançava em sua boca.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Obrigada a qualquer um que ainda estiver lendo essa fic! ^^ Seu comentário importa pra mim! Aguardo por ele! bjo =J



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