Deixe o Amor Nascer. escrita por Kira Urashima


Capítulo 15
Preparativos


Notas iniciais do capítulo

Depois de anos sem postar...como será que o time Urameshi vai encarar esses novos acontecimentos? Casório de aproximando! ^^



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Capítulo 15 (Preparativos)

O quimono rosa claro deslizou para dentro da sala de Shizuka numa afobação típica de crianças no primeiro dia de aula. Estendia-lhe o convite que recebera da Sra. Minamino como se fosse um objeto de extremo valor:

–Você não vai acreditar nisso... – a emoção cintilava nos olhos da jovem guia no instante em que Shizuka e Keiko liam o bilhete anexado ao convite de casamento da mãe de Kurama.

–Uau...está arrebatando geral, hein? Eu não recebi nenhum recadinho da noiva– a amiga mirava o convite com expressão divertida e o corpo relaxado no sofá – vai de madrinha e ainda toda produzida pela sogra!

O riso alegre e nervoso de Botan misturou-se ao das outras garotas; ela não cabia em si de tanta felicidade. Também nem se quer conseguia medir que um evento tão costumeiro no mundo dos ningens não passaria despercebido aos vigias do Renkai. Nenhuma das três percebeu a figura que voava próxima a janela da sala de estar.

–Não sei se é apropriada toda essa atenção...- fez uma pausa - quer dizer, eles já me convidaram pro casamento sem nem ao menos me conhecer; não quero abusar da boa vontade da Sra. Minamino, sabe?

–Ah vá! A mulher está caída de encantos por você, não é sua culpa! Quer saber? Aproveite! Fique linda de morrer, afinal, você estará ao lado do filho gato dela e, com certeza, vão ter muitas mulheres torcendo pra ter uma chance com ele. Eu, se fosse você, não perderia a chance de desfilar ao lado do Kurama, sambando na cara de todas as recalcadas!

Botan tentava parecer séria:

–Kurama não é um troféu! E, nós não temos nada...

–Blá, blá, blá...me poupe desse puritanismo!

–Tenho que concordar com a Shizuka, Botan – acrescentou Keiko – Aproveite! O cara que você gosta vai te apresentar pra família dele! Se isso não é indicio de que ele gosta de você, eu não sei o que mais será! Só não entregue todas as cartas, saiba esperar as coisas acontecerem!

Shizuka revirou os olhos:

–Mas você também não pode ficar bancado a freira! Demonstre que você também quer que as coisas avancem! Se não, o ruivo não vai partir pra cima.

–Kurama é um cavalheiro, Shi; jamais faria algo se a Botan não permitisse, sabemos disso, mas -considerou um pouco a pergunta - -Ele não tentou nada quando vocês saíram?

A jovem de madeixas azuladas corou:

–Na verdade, teve um momento em que quase nos beijamos, porém, fomos interrompidos...e depois eu esperei, ansiosamente, que ele tentasse algo de novo mas, por alguma razão, ele desistiu...

–Você devia estar com bafo então...

–Shizuka! Claro que não! – Keiko tentava censurar o comentário, porém seu riso não convencia.

Horrorizada, a garota de olhos rosados pensava se essa seria mesmo a razão para não ter acontecido um beijo entre eles. Inconscientemente, levou a mão em concha à boca e soprou nela, verificando como estava o hálito.

–Ou...- a loira continuou sem se importar com a cara da guia e a censura da morena – ele só está preparando o terreno, afofando a terra, regando...como todo bom jardineiro!

–Como assim?

–Ora, simples: está se certificando de que você estará a ponto de bala quando ele se aproximar. Ele está encurralando você com seus próprios desejos...-fez uma cara maliciosa.

Botan ficou extremamente sem graça, embora admitisse pra si mesma o quanto desejasse Kurama, era complicado pensar que ele estivesse atiçando, propositalmente, esse desejo que ela tinha de ser somente dele. Sabia que ele era um estrategista, mas até agora, preferia pensar que ele a estava respeitando.

–Kurama não é assim, com certeza está esperando o momento certo para dizer a Botan o que sente! Tenho certeza que ele é romântico!

–Deve ser sim, entretanto não se esqueçam que o “verdadeiro” Kurama é um youkai selvagem... – frisou de maneira especial a palavra selvagem -Vocês conseguem imaginar a Raposa mandando flores e fazendo declarações? Eu só vejo ele sendo bem mais direto...Eu, preferiria assim.

–O que você ia preferir, Shi? – o ciúmes da guia espiritual perguntava, mas tinha medo da resposta.

–Preferiria que o Youko pulasse em cima de mim; certamente gosto muito mais dessa abordagem... – mencionou para desespero de Botan que já sinalizava a insegurança pela resposta. Ainda sentia ciúmes das franquezas da loira, era fato.

–Estou brincando! Por favor, não vá enfartar hein! – ela emendou, não sem antes, divertir-se com a expressão passada da garota de olhos rosados – Kurama é lindo de morrer, mas não faz meu tipo.

–E quem é que faz? – Keiko quis saber.

–Isso mesmo, quem, Dona Shizuka? Quem pode desbravar seu coração? – Botan entrou na provocação pra ver se a loira abria a boca sobre sua vida sentimental. Era cheia de palpitar sobre tudo, mas dela ninguém sabia nada – Kurama não faz seu tipo, ainda bem! Então, que tal o Hiei?

Shizuka pareceu pensar:

–Hum...Hiei é muito baixinho, prefiro homem alto, que te dá a sensação de proteção, que tem “aquela” pegada, sabe? – a loira falou com a voz carrega daquela malícia tão característica dela.

–Mas o Hiei tem jeito de que tem muita pegada... – de repente, Keiko soltou essa frase espantando Shizuka e Botan, que nunca esperaram ouvir aquela confissão da morena. As duas olharam com cara de incrédula pra ela.

–Peraííí! Eu ouvi isso mesmo? – em coro, as duas amigas falaram em alta voz.

–O que, o que foi? Eu acho, tá legal? Além do que aquela tatuagem de dragão no braço dele é bem...bonita

–Sexy, você quer dizer, né? - a loira completou, fazendo uma dancinha erótica.

Botan ria do comentário e da situação: nunca imaginaria que Keiko pudesse achar Hiei atraente, nunca! Ela parecia ter olhos apenas para Yusuke!

–Amiga, pensando bem, tenho que concordar: Hiei tem bastante sex appeal...pode colocar um fogo em você, já que o Yusuke não dá uma dentro...

–O tiro sai sempre pela culatra... – Botan emendou forçando um tom de lamúria, que fez a risada ecoar geral.

–Ai gente, não falem assim do Yusuke! – ela respondeu tentando conter o riso.

–Ah Keiko, vai me dizer que gosta dessa lerdeza? Pelo amor...você já deixou claro que gosta dele. Ele sabe, todo mundo sabe, só que ele não toma nenhuma atitude. Às vezes eu me pergunto se, realmente, ele gosta de você...

–Shizuka! – a guia repreendeu a mulher loira pelo comentário tão honesto que provavelmente, deixara Keiko chateada – quanta bobagem você ‘tá dizendo! Claro que o Yusuke gosta da Keiko! Provavelmente, só está esperando o momento certo pra agir...

–É, pode ser. – a morena falou com um grande esforço, tentando não se abater com o que a amiga dissera, embora ela mesma pensasse nisso com alguma frequência.

Gostava de Yusuke, claro que sim! Porém muitas vezes, não tinha certeza de que era correspondida, contudo, sempre preferia acreditar na esperança que morava dentro do seu coração e evitava cogitar hipóteses pra justificar o comportamento do detetive.

De uma forma que nem ela sabia explicar, acreditava nos sentimentos ocultos do detetive. Ele era uma pessoa não muito boa em expressar afeto. A relação dele com sua mãe não era das melhores e, desde pequeno, nunca tinha conversado com seu pai, apenas o vira algumas vezes discutindo com sua mãe e meio bêbado. Qualquer pessoa entenderia a dificuldade dele em se relacionar.

Pensando bem, Keiko tinha mesmo essa coisa de “gostar de homens difíceis, geniosos”, como se quisesse pegar os casos mais problemáticos e controlá-los, mudá-los. Talvez, isso explicasse bem seu sentimento por Yusuke e sua admiração e atração por Hiei. Gostava de caras de personalidade forte, com quem ela pudesse bater de frente, e literalmente bater, sem se preocupar em feri-los ou magoá-los.

–Bom Keiko, se tudo der errado com Yusuke, vá atrás do Hiei... Garanto que será uma bela aventura nessa sua vidinha mais ou menos.

–Shizuka!!! – as duas bradaram, chamando a atenção da amiga pela mania de ser a “super sincera”

–Ahh parem de frescura! Foi só uma dica...- acendeu o cigarro.

–Hum, quem sabe? – Keiko fez pose de mulher fatal. Risadas.

A maçaneta da porta girou, dando passagem para o rapaz de cabelos castanhos. O dia estava quente para usar um jaqueta por cima da camisa polo branca, contudo, não podia se esperar muito de alguém que nunca usava roupas ningens.

–Sr. Koema! Que bom vê-lo! Como estão as coisas por aqui? - Botan ficou feliz por rever o herdeiro de Enma Dah Oh.

Ele mirou-a irritado. Cumprimentou as outras garotas e foi para o quarto; logo, saiu vestido com as roupas costumeiras do mundo espiritual.

–Vai voltar pro Renkai? – a guia perguntou, curiosa.

–Quem sabe? Vou falar com meu pai, ele solicitou minha presença...espero que as coisas se acertem.

–Eu também espero...o rei Enma bravo é uma das coisas que nunca mais quero ver! Credo!

–Então você não devia estar aqui de conversinhas! – atestou como se fosse a coisa mais lógica.

–Alto lá, vossa majestade! – a dona da casa resolveu intervir – Botan está aqui resolvendo questões muito importantes...Não sabe que ela será madrinha de casamento da mãe de Kurama?

Ele riu com certo desdém:

–Não sabia...meus parabéns!

–E, além disso, estou de licença do trabalho, dá pra acreditar? Ayame mesmo veio me dizer que o rei Enma me concedeu esse tempo, já que você está afastado e não temos nenhum caso pra resolver...Veio bem a calhar! – o sorriso nos lábios finos era triunfal.

Koema franziu a testa, estranhando muito essa informação, porém, resolveu não se estender no assunto. Falaria com seu pai em breve e teria oportunidade de verificar pessoalmente o razão dessas “férias”.

–Bem...tchau! – despediu-se das garotas – obrigada pela hospedagem, Shizuka, caso eu não volte.

–Não foi nada, príncipe! – ela fez uma mesura fingida – disponha! O sofá estará aqui caso precise.

Ele deu um leve aceno e saiu. As meninas o acompanharam.

–E o Koema, Shizuka? O que você acha dele? – Keiko retomou o assunto anterior sem olhar a loira. Botan arregalou os olhos, ansiosa pela resposta.

–Bonito, complicado e chatinho...mas daria pra dar uns beijos.

–O QUÊ???? – as meninas gritaram de excitação pela resposta, amontoando-se em cima da amiga loira no sofá.

–Sério mesmo, Shi? Você curte o Koema?

–Sem exageros, por favor! Eu ficaria com ele, só isso! Não estou dizendo que gosto...apenas uma noite, simples!

–Bem, vocês tiveram algumas noites por aqui... – Botan provocava com gosto de vitória. Era a primeira oportunidade que tinha para sacanear Shizuka sobre a vida amorosa, não podia desperdiçar

–Aconteceu alguma coisa? Vocês se encontraram na calada da noite? – Keiko deu vazão as ideias de Botan, saboreando a possibilidade.

A loira demonstrou impaciência:

–Não aconteceu nada...e se acontecesse, não teria problema, sou bem resolvida! Não fico de chororô por causa de homem.

–Quem sabe quando você gostar de alguém de verdade você nos entenda! – a morena respondeu com ares de sabedoria. Botan concordou.

–Ahan, ahan, já acabaram? Temos que sair...- Shizuka finalizou os tópicos com a calma habitual que acabara de voltar – a maratona do casamento acaba de começar, let’s go, girls!

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Cena 2

As três amigas reservaram o dia pra resolver os preparativos do casamento. Shizuka e Keiko iriam comprar seus vestidos, porém, Botan deveria visitar uma costureira indicada pela Sra. Minamino, pois seria ela quem faria o vestido de todas as madrinhas.

–Vestido sob encomenda...tão chique! – Keiko cutucava a amiga, visivelmente mais empolgada do que ela.

–Que cara é essa é? Não está contente?

Botan torcia as mãos suadas:

–Estou...demais! Só que tudo isso me dá muito medo, sabe? – a guia continuou – eu sou uma guia do Renkai, sem família, sem sobrenome e estarei no meio de todos os parentes de Kurama...o que eu vou dizer quando me perguntarem de onde eu sou, o que faço? – os olhos cor de rosa lacrimejavam.

–Diga onde nasceu, mas que passou muito tempo fora do Japão e agora está se situando novamente! Não deixa de ser verdade... – Shizuka improvisava, um pouco distraída, olhando para as vitrines à procura de algo que ficasse bem para o casamento.

A mente de Botan estava sensível como um campo minado. Lembrou-se da desagradável conversa que teve com Kaito a um mês atrás. Cada palavra que ele dissera explodia dentro dela:

Eu acho mesmo que ele só “escolheu” você por que... não me entenda mal, mas quem é você? Uma guia espiritual do Renkai da qual ninguém tem conhecimento, exceto o time Urameshi, que também é estranho para a maioria, se não pra todas as pessoas do círculo social em que Kurama vive. Você não tem um nome, um registro, não tem sequer uma vida terrena... Ninguém conseguiria nenhuma informação sobre você e, se precisar desaparecer, é fácil: só usar seu remo e sumir nas alturas...”

Virou o rosto pro lado, limpando, rápido e disfarçadamente, a lágrima que precipitou-se. Por mais dolorosas que fossem as frases ditas, Botan não podia deixar de admitir que o companheiro de classe de Kurama tinha muita razão...

“Você não está conseguindo ver todos os pontos: você só existe nessa realidade de agora, com lutas e planos do mal. Fora dela, na vida normal, você não existe para vida que o Kurama quer ter..você não passa de uma companhia agradável pra o momento, mas quando tudo isso acabar, e você sabe que vai acabar uma hora, por acaso acha que vocês vão ter algum relacionamento? Você, e o que representa, fazem parte de um passado que Kurama faz força pra esquecer todos os dias. Ele não quer essa vida... Não se iluda.”

E, lá estava ela novamente paralisada pela insegurança. As minas estrondosas deixando-a surda e ferida, enquanto levavam pros ares tudo dentro de sua mente. Encarava sempre o medo de não ser boa o suficiente pro jovem ruivo e antes que estivesse pronta pra lidar com isso, não tinha a menor certeza se seria boa pra família dele. Kurama era referência em tudo que fazia, e era brilhante. E ela?

–Não passo de uma humana órfã metida a guia espiritual morando de favores no Renkai... – e, para a moça de cabelos azuis, subitamente, parecia totalmente inadequado que ela estivesse recebendo privilégios e atenções da família Minamino. Ela não era quem achavam que era. Mas...o que achava?

–...eu prefiro aquele rosa...Botan? ‘Tá ouvindo? Você gosta mais do verde ou do rosa? – Keiko mirava a amiga com cara de aborrecida por ela não estar prestando atenção ao que dizia.

–Desculpe...eu não estava vendo, eu...

–Estava é sonhando com o ruivo, isso sim! Volta pra terra e me ajuda! – a morena de cabelo médio instruiu, dando tapinhas em seu antebraço sem dar muita importância aos devaneios da guia, tendo certeza que a falta de reação dela era estado normal de quem está apaixonada.

–Posso ajudá-las, senhoritas?

–Sim! Queremos ver alguns vestidos...e, minha aqui deseja falar com a Sra. Todokê sobre um vestido em especial.

–Acompanhe-me, por favor! – a atendente delgada e com charmoso cabelo chanel direcionou-as para o interior do ateliê.

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Cena 3

–Os vestidos são semelhantes, porém com cores distintas. Você será acompante do jovem Shuichi, não é? - Botan acenou que sim e recebeu um olhar cumplice da costureira.

–Me falaram de você...certamente, ficará belíssima na cor escolhida pra você.

–Que é?

–Desculpe, mas não revelamos detalhes antes da primeira prova, você terá que ter um pouco de paciência – a mulher riu, já acostumada com essa explicação – posso garantir que você vai gostar muito...será tudo feito especialmente pra que fique linda! Este é o lema deste ateliê!

A guia conformou-se com o protocolo e ajeitou-se para que suas medidas fossem tiradas. Mesmo sem nem saber qual o tom do traje que vestiria, sentia-se cuidada, confiando que Kurama estavam cuidando de cada detalhe.

–Prontinho, minha querida! Nos vemos daqui a dois dias!

Saindo do ateliê, voltaram ao apartamento da loira para o café da tarde falando sobre os vestidos escolhidos.

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Cena 4

Após a tarde de compras, Botan e Koema cruzaram-se acidentalmente no corredor leste que dava para uma das saídas do Renkai. O príncipe parecia estar extremamente transtornado; a ruga em sua testa confirmava isso.

–Parece que o encontro com o rei Enma não foi dos melhores...- a garota arriscou, apreensiva.

A última pessoa que ele queria ver naquele momento era a guia espiritual:

–Nada surpreendente vindo do meu pai... – disfarçou a expressão pensativa – acho que vou passar mais um tempo na casa de Kuwabara.

Botan não conseguiu conter uma risadinha marota. Koema notou e quis entender:

–Por que está rindo? Acha que gosto de ficar de favor em casas alheias?

–Acho que não deve ser tão ruim ficar lá...quer dizer, Kuwabara e Shizuka são bons anfitriões, eu imagino... – o tom da voz da garota estava sutilmente provocativo, contudo, o jovem moreno não entendeu o porquê

–Sim, são bons...não é disto que estou falando, mas enfim! - ele recuperou-se - você adoraria trocar de lugar comigo não é? Ficar mais no Ningenkai...

Embaraçada e vermelha depois do comentário, Botan tentou manobrar o assunto:

–Sim, gostaria...adoro ficar perto dos meus amigos!

–Claro, claro...- ele respirou fundo, estava cansado do assunto e resolveu tomar o caminho até seu lar temporário, não sem antes despir-se da postura irritadiça e olhar pra Botan:

–Tome cuidado, ok?

A garota mostrou apreensão, ia balbuciar algo, mas Koema não deixou:

–Só toma cuidado...não precisa ficar com essa cara de pânico! Fui!

–Tchau, Sr. Koema! Até amanhã!

Escutando a voz dela, fechou os olhos por um momento e odiou-se por estar mentindo.

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Cena 5

O tilintar das chaves anunciaram a chegada de mais alguém. Shizuka e Kuwabara comiam a pizza apoiada na mesa de centro.

–Desculpe, príncipe, estamos comendo na sua cama...-a loira deu as boas-vindas.

–Senta aí, nanico...manda ver – Kazuma estendeu a pizza.

–Valeu...- Koema serviu-se do queijo borrachudo que desgrudava da massa. Ele e Shizuka trocaram um rápido olhar.

–Papai ainda não te quer em casa? – ela iniciou uma conversa

–Ainda temos muitas diferenças...sem prazo pra terminar – respondeu de maneira evasiva

–Quer saber? Você devia vir morar com a gente, se mudar de vez, ‘tá sabendo? Quem precisa ficar o dia inteiro carimbando aquelas coisas chatas e vendo monstro? – com a boca cheia, Kuwabara, falava e fazia gracinhas ao mesmo tempo – aproveita que eu comprei um colchonete novo! – olhou pra Shizuka, que confirmou.

–Achamos que seria bom dar um aposento melhor para a realeza... –a loira brincou – afinal, quando eu morrer quero ir pra um lugar bem legal, então... – o meio sorriso direcionado ao príncipe fez ele rir também

–Com tanta dedicação, prometo passagens de primeira classe pro outro mundo...- os três riram, prolongando a brincadeira; a noite estava agradável, gostosa, fazendo Koema se sentir mal por tudo que tinha acontecido no seu dia lá no Renkai. Jamais admitiria, mas ele não sabia o que fazer, estava encurralado...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Queridos...se ainda existem, peço-lhes mil desculpas! Nem que seja a última coisa que eu faça, terminarei essa fic! kkkk Bjo



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