Worlds Crash escrita por The_Stark


Capítulo 25
Um Pequeno Contratempo


Notas iniciais do capítulo

Demorou mas saiu. Estou ficando sem tempo para escrever/ler, quase não tenho tempo de entrar no site -.-'. Que droga... Suahushaushau, mas fazer o que né? Espero que gostem do capítulo!



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            Harry entrou no Chalé de Apolo com Rony ao seu lado. Quíron e Dumbledore ainda conversavam em particular na Casa Grande, com Fudge. O ruivo supostamente era filho de Apolo. O chalé estava vazio. Os campistas todos estavam ocupando seu tempo no treinamento, ou simplesmente se divertindo por aí. Quando adentraram, Rony subitamente se lembrou de algo:

            - Ah, é verdade, Harry! – gritou Rony – Acabei de me lembrar, pouco antes de sairmos de Hogwarts, Dumbledore nos pediu um pequeno favor... Era para eu te entregar umas coisas... Calma aê – o garoto foi até a sua cama e começou a vasculhar em uma mochila que ele trouxera de Hogwarts – Deixa eu ver... Onde está... Aqui! Achei! – ele sacou de triunfantemente um objeto de dentro da mala.

            - Um lembrol? – perguntou Harry quando viu a esfera transparente que Rony segurava.

            - É – respondeu o ruivo – Um lembrol. Qual a finalidade disso eu não sei. Mas pegue – e jogou a esfera para Harry. O garoto a agarrou e guardou no bolso de suas vestes.

- E tem outra coisa – Rony voltou a cavoucar em sua mochila – Deve estar aqui em algum lugar... Ah, aqui está! – e tirou um tecido negro de dentro da mala.

Os olhos de Harry se arregalaram.

            - Mas o quê? Por que Dumbledore pediria para você me trazer o Chapéu Seletor?

            Rony deu de ombros ainda segurando o chapéu recém-tirado da mochila.

            - Eu não sei, mas ele é o bruxo sábio, achei melhor concordar – e jogou o chapéu para Harry – De qualquer forma, é para você ficar com ele. Pensamos em levar para o castelo, mas não ia ser útil contra Voldemort, então simplesmente guardamos aqui.

            - Já faz algum tempo que não nos vemos, não é mesmo, Harry Potter? – o chapéu comentou quando Harry o segurou.

            - Desde o segundo ano, se não me engano.

            O Chapéu Seletor abriu a boca para falar, mas pareceu mudar de idéia e se silenciou. Harry olhou para Rony.

            - O que eu devo fazer com isso?

            - Sei lá. Pergunte a Dumbledore quando encontrá-lo.

            Nesse momento, Hermione abriu a porta.

            - Dumbledore – disse a garota – ele quer nos ver.

            Os dois garotos saíram do Chalé de Apolo e se dirigiram para a Casa Grande. Harry passou primeiramente no Chalé de Zeus e guardou o Chapéu junto as suas coisas, perguntaria a Dumbledore mais tarde o que fazer com aquilo.

            Quando os três entraram na sala de Quíron, Percy já estava lá, junto de Gina trazendo um pequeno relatório da enfermaria.

            - Thalia acordou – disse ele, não se um sorriso – Conseguiu falar algumas palavras e caiu no sono.

            - Ela disse alguma coisa sobre por que Voldemort estava interessada nela? – inquiriu Fudge com um ar rabugento, aquela conversa estava cansando-o e ele queria voltar logo para o Ministério.

            Percy hesitou por um segundo. Depois acenou negativamente, não iria falar sobre a mensagem de Voldemort com qualquer um. Queria conversar com Quíron primeiro.

            - Certo – terminou Fudge – vamos acabar logo com isso. Harry, Rony, Hermione e Gina, vocês quatro estão voltando para Hogwarts hoje mesmo.

            Não somente os quatro, como Percy, ficaram chocados. Eles não podiam! Ainda tinha muito que ser feito. E o Oitavo Escolhido? E a Profecia? Harry olhou para Dumbledore. O diretor apenas deu de ombros e acenou com a cabeça. Não havia nada que ele pudesse fazer.

            Fudge parecia estar satisfeito. No final, tudo se resolveria. O Ministério caçaria Voldemort, e os Campistas caçariam Cronos. Os Deuses nunca saberiam de nada disso e os bruxos poderiam seguir com suas vidas normalmente. No final, todos sairiam ganhando. Fudge se orgulhava de sua capacidade para tomar decisões que ajudassem a todos.

            - Bom – terminou o Ministro -, se não tem mais nada para vocês fazerem aqui, vamos aparatar. Apagarei a memória de vocês assim que chegarmos em Hogwarts, sim?

            - Não! – gritou Harry enfurecido – Nós ainda temos o que fazer aqui. Muito o que fazer!

            - Harry – interveio Dumbledore -, eu acho que não seria prudente falar com o Ministro nesse tom, não é mesmo? Não há nada que possamos fazer, temos que seguir o que Fudge diz...

            - Mas...

            - Sem mas! – terminou Dumbledore.

            Era inacreditável! O que o diretor estava fazendo era arruinar tudo.

            - E o que eu devo dizer aos campistas? – perguntou Percy – Eles já viram Harry, Rony, Hermione e Gina.

            Fudge olhou torto para o semideus.

            - Diga que morreram. Me disseram que isso é muito comum entre pessoas da laia de vocês.

            - Da nossa laia? – falou Percy num tom nada divertido. Aquilo soara um tanto pejorativo.

            - Ah, espécie – corrigiu Fudge -, reino, chamem do que quiserem! Apenas diga que morreram!

            - E Thalia e Annabeth, elas sabem da verdade. Eu sei da verdade. Se Harry e os outros não ficarem, posso terminar falando demais...

            Fudge mordeu o lábio inferior. Fedelho maldito! Quem ele achava que era? Harry e os outros agradeceram a Percy silenciosamente.

           - Se vocês sabem – falou Fudge sacando a varinha – talvez seja hora de fazer com que vocês não saibam mais.

            Apontou a varinha para Percy. Quíron levantou-se e bateu na mesa.

            - Não vai encostar nele! – gritou o centauro – Você está no meu Acampamento, lembre-se disso.

            Bom, na realidade, para fins divinos, o Acampamento era de Dionísio, mas Fudge não tinha que saber disso, não é? Quíron se recompôs e olhou o Ministro nos olhos.

            - Você pode até saber o que é melhor para os bruxos. Mas não tente mover um dedo contra um semideus! Estamos entendidos?!

            Fudge estava ficando irritado. Quem esse quadrúpede meio humano pensava que era?! De qualquer forma, o Ministro se calou. Cuidaria disso depois, tinha problemas mais urgentes agora.

            - E o que você propõe, quadrúpede? Que eu deixe esse semideus andando por aí e contando o Segredo para todos?

            - Eu quero que você deixe esse assunto para que eu resolva. Ele é um semideus. Ele é um problema meu. Não se meta.

            Fudge ignorou e virou-se para os bruxos.

            - Vamos, já estamos de saída! Hora de aparatar.

            Rony deu a mão a Hermione e Harry a Gina.

            - Não – impediu Fudge – vocês vão aparatar comigo, como poderei saber para onde vão se eu não estiver junto?

            - Para onde iríamos? Para o Acampamento Meio-Sangue? – ironizou Gina.

            Fudge não gostava quando as pessoas ironizavam com ele.

            - Ah! Mas é verdade, eu já ia me esquecendo... Onde estou com a cabeça? Tenho que apagar a mente de vocês...

            O Ministro materializou quatro taças com um liquido escuro dentro.

            - É para fazer vocês dormirem – informou ele – Quando estiverem adormecidos, vou pegar as memórias dos últimos dias de vocês. Acordarão em Hogwarts sem se lembrar de nada disso.

            - Isso não devia ter uma audiência no Ministério? – perguntou Hermione.

            Fudge hesitou por um segundo, olhou para Dumbledore e depois voltou-se para a garota.

            - Não será necessário. Apenas bebam, bebam.

            Os quatro pegaram as taças. Nenhum deles queria beber, mas que escolha tinham? Percy, Dumbledore e Quíron observaram a tudo sem poder fazer nada. Estavam de mãos atadas. O Ministro... Harry estava com um pressentimento ruim sobre isso tudo. Ele olhou para Dumbledore. 

            - Você não vem? – perguntou ele.

            - Eu irei logo depois de vocês, Harry – respondeu ele.

            O garoto assentiu. Os quatro esvaziaram suas devidas taças em apenas alguns segundos.

            - Como estão se sentido? – perguntou Fudge.

            - Eu est... – começou Harry, mas o mundo foi ficando escuro. A luz desaparecendo da sala... O garoto tombou no chão, adormecido.

            Alguns segundos depois, Gina, Rony e Hermione o seguiram.

            Fudge, junto a Dumbledore, pegaram os garotos e aparataram. Agora, Percy estava sozinho com Quíron no escritório. Não havia mais bruxos no Acampamento. Estavam sozinhos.

            - O que faremos? – perguntou Percy – A Profecia...?

            Quíron suspirou.

            - O Ministro da Magia, como você deve ter percebido, é um idiota. Não há nada que possamos fazer sobre isso. O que faremos? Esperamos, Percy. Esperamos...

            - Mas...

            - Não há que possamos fazer – repetiu Quíron – pelo menos, não agora. Temos que esperar...

            O garoto não entendeu o que aquilo queria dizer, mas assentiu com a cabeça e saiu do escritório. Novamente, seguiu em direção a enfermaria. Queria ver como estava Annabeth. Talvez ela já tivesse acordada...

            Desde que ouvira os gritos dela, na Sala do Trono, alguma coisa havia mudado dentro de Percy. Ele não sabia o que era, nem sequer conseguia distinguir se era bom ou ruim. Ele queria estar ao lado de Annabeth, queria conversar com ela, queria ouvir a voz dela. Sentia a falta da garota... E mais importante de tudo, não queria que nada do que acontecera na Sala do Trono acontecesse novamente. Iria protegê-la de tudo, nunca mais queria ouvi-la gritar, nunca mais queria vê-la triste.

            Quando o semideus chegou lá, infelizmente Annabeth continuava dormindo. Todavia, outra coisa chamou a atenção do garoto. Mas não é possível!, pensou Percy, de novo não... E saiu correndo da enfermaria para avisar Quíron.

            A cama de Thalia estava vazia.

            No dia seguinte:

            Pinga. Pinga. Pinga.

            Estava chovendo lá fora. Harry não podia ver, mas ouvia o barulho. E devia ser uma tempestade das grandes se mesmo no Salão Principal era audível. Se serviu de uma fatia de bacon e um copo de suco de laranja. Pensou em demorar tanto nesse café da manhã que perderia a aula do Snape, mas sabia que o professor iria buscá-lo para a aula se fosse preciso.

            Olhou para Rony sentado a seu lado, junto com Neville e Gina. Com exceção de Gina, que tinha um horário livre agora, nenhum deles parecia muito feliz com a programação do dia. Além disso, havia um burburinho estranho no Salão Principal. Harry não conseguiu captar o que era, mas era diferente do habitual. Como se todos os alunos estivessem agitados com alguma coisa... O que poderia ser? Até mesmo McGonagall, sempre tão calma, parecia estar quase arrancando seus próprios cabelos brancos de seu couro cabeludo, na mesa dos professores. O que havia de errado com todos? Rony e Neville, como sempre alheio a todos, não reparavam nada de errado. Gina, por outro lado, estava com a mesma sensação estranha de Harry, embora também não fosse capaz de dizer o que era...

            Hermione sentou-se correndo ao lado de Gina, próxima a todos.

            - Vocês já viram o jornal do dia?! – perguntou a garota esbaforida, batendo com uma folha de jornal na mesa da Grifinória – Leiam isso!

            Harry, Neville, Rony e Gina se aproximaram da folha e o que viram gelou até a alma deles. Neville, na verdade, cuspiu o suco que estava engolindo. Era por isso que os alunos estavam irrequietos hoje... Na primeira página em letras garrafais, lia-se:

ALVO DUMBLEDORE É PRESO E

CONDENADO A PRISÃO PERPÉTUA EM AZKABAN

            Abaixo, havia uma foto de Dumbledore sendo preso pelo próprio Ministro da Magia sob a acusação de “alienar a juventude”. Harry não sabia o que aquilo queria dizer, mas não seria nada bom. Nada bom mesmo.

            Pinga.Pinga. Pinga. A chuva continuava a cair.

            Thalia estava em um pequeno espaço, há alguns milhares de metros do chão. Ela nunca gostara desse lugar em especial, mas era necessário passar por aquilo se quisesse...

            Sabia o que pensariam quando vissem sua cama, na enfermaria, vazia. Pensaria que ela havia saído em outra missão suicida para salvar Artemis, dessa vez sozinha. De certa forma, estavam certos. Era isso que ela pretendia fazer, exceto pela parte “suicida”. Isso daria certo, sem sombra de dúvida. Ele prometera e não tinha motivos para mentir.

            Thalia respirou fundo. Ela ainda estava ferida depois da tortura de Voldemort, mas já se sentia suficientemente capaz de andar. Na verdade, mancar seria o termo certo, mas isso não vem ao caso.

            Foram somente cinco, no máximo, dez segundos de subida. Mas para Thalia pareceu uma eternidade inteira. Ela tinha uma missão para cumprir e queria cumpri-la logo.

            As portas do elevador se abriram e ela olhou para fora.

            O Olimpo..., pensou ela.


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Notas finais do capítulo

Gostaria que soubessem que estou iniciando uma nova campanha que gosto de chamar de "COMENTA OU O PATINHO MORRE!". Isso mesmo, estou com um patinho indefeso aqui do meu lado e se vocÊ não comentar agora... Digamos que, coisas ruins podem acontecer com patos...
To brincando, nenhum pato vai morrer se você não comentar, mas, mesmo assim, comenta aê, por favor! xD