A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 44
Alianças


Notas iniciais do capítulo

oi gente, voces querem a Bree e o Fred como casal e vivos??
Eu queria fazer a Bree viva porque eu comprei o Guia Oficial Ilustrado da série e a história dela me fez chorar!!! Apesar do Diego ter uma história tao triste quanto, eu gosto mais do Fred, não sei porque se eu acho ele mais charmoso, se ele tem mais a ver com a Bree, (NAO, não é porque ele tem um dom - pra quem leu A Breve Segunda Vida de Bree Tanner sabe do que eu estou falando)
Por favor e respondam o mais rapido possivel!
beijos e boa leitura
=*



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Capitulo 44 – Alianças.

Corriam rapidamente em um losango meio frouxo.

Carlisle liderava. Edward e Jasper logo ao lado. Mais atrás havia Bella, flanqueada por Alice e Emmett; por último Rosalie e Esme.

-Eles podem rejeitar a ideia – lembrou Rosalie, nem um pouco satisfeita por estar a ponto de se encontrar com um bando de cães.

-Estão comprometidos demais com sua missão: proteger os humanos. Vai dar certo – insistiu Bella.

-Vamos somente apresentar a ideia... – Carlisle foi interrompido por Edward.

-Podemos fazer parecer como se tivesse sido ideia deles – comentou em tom casual.

-Como assim? – perguntou Esme um pouco atrás.

-Vamos dizer qual é a situação. Se eu entendi sua natureza tão bem quanto eu acho que entendi... a competição mais o desejo de proteger a área deve ser mais do que suficiente para fazê-los se voluntariarem por conta própria – explicou Jasper, entendendo onde Edward queria chegar – é boa ideia – acrescentou.

-Quer dizer manipulá-los – a voz de Carlisle era reprovadora.

-É um modo de classificar a ideia – admitiu Alice – mesmo assim, acho que eles seriam bem mais receptivos do que se nós pedirmos a ajuda deles.

-A escolha deve ser deles – Carlisle tinha uma expressão ambivalente – Jasper vai tomar a liderança, esse é seu território – acenou para o filho que assentiu uma vez.

-Vamos aproveitar e começar algumas aulas – sugeriu Jasper com Carlisle dando sua aprovação.

A clareira tinha enormes proporções. Pelo menos umas 8 vezes maior do que um campo de baseball usado por humanos. O que, ironicamente, era a clareira que usavam para jogar.

Os Cullen usavam roupas confortáveis, mas ainda elegantes.

Jasper e Edward com simples calças jeans e camisas marrom e azul escuro, respectivamente, Jasper tinha um casaco preto e Edward vestira uma jaqueta, ambos usavam tênis. Carlisle ainda usava suas roupas que fora trabalhar: calça social cinza, sapato cinza e uma camisa azul marinho, mas colocara um casaco por cima. Emmett usava roupas esporte como sempre. Um moletom cinza escuro e uma camiseta azul acinzentado que delineava cada enorme musculo de seus braços e peito; um tênis branco adornava seus pés.

Já Alice usava uma legging preta que acabava nos seus finos tornozelos, uma bata creme rendada na bainha com um casaco aberto de veludo preto até os joelhos; Rosalie com uma camisa de seda vermelha com costura preta, uma jaqueta de couro preto e jeans, seus cabelos cacheados estava em uma trança; Bella prendera o seu em um rabo de cavalo alto, os pequeninos cachos nas pontas balançavam na altura do quadril, sua franja presa de lado por alguns grampos, usava jeans escuros, uma blusinha de mangas cumpridas azul marinho com strass brancos e vermelhos formando uma flor em seu torço* e um casaco vermelho escuro de botões que ela deixara aberto; Esme usava roupas um pouco mais formais. Um terninho roxo bem escuro sobre uma blusa cinza que ela deixou com um ar mais casual ao usar com um jeans mais claro, seu cabelo em um coque bem elegante que lembrava os antigos penteados do século passado. Todas usavam botas UGGs*2 baixas cinza e preta, no caso de Esme e Alice; ou altas, castanho claro e preta, no caso de Bella e Rosalie.

*Eu AMO aquela orquídea da capa do segundo livro, apesar de eu ter um pouco de ódio de Lua Nova por vários motivos além do óbvio.

*2Botas UGGs, how I love thee!!! Nunca existiu algo mais confortável desde a invenção do travesseiro!!

Imediatamente se dividiram em pequenos grupos. Alice se sentara em uma enorme pedra e observava enquanto Jasper parecia fazer alguns movimentos que lembrava exercícios de alongamento; Edward conversava calmamente com Jasper, as mãos nos bolsos, às vezes Emmett dava sua opinião bem animadamente, um riso trovejante ecoando pela enorme clareira. Bella estava passando os olhos pela orla da floresta, perdida em pensamentos e quase totalmente inconsciente de Rosalie ao seu lado jogando um comentário ou outro. Esme e Carlisle andavam de mãos dadas enquanto observavam os adolescentes.

A escuridão não era um empecilho para os oito vampiros. A única diferença eram as cores em tons frios.

-Quando nossos convidados chegarão? – Carlisle se virou para Alice e Edward.

Os dois se concentraram por um momento, Edward suspirou enquanto Alice revirava os olhos:

-Um minuto e meio – responderam ao mesmo tempo, Edward continuou – vão chegar todos na forma de lobo, Sam ficará como porta-voz...

Carlisle assentiu, mas antes que pudesse falar o que está pensando Alice ofegou e o olhou alarmada.

-Está pensando em falar sobre nossos dons? – seu tom era quase ofendido.

Jasper apareceu do lado do médico no mesmo segundo, a expressão preocupada.

-Acha que é uma boa ideia, Carlisle?

-Se recebermos a ajuda deles nesse conflito, gostaria de partilhar certas informações. De qualquer jeito, já vamos ter de lhes falar sobre os recém-criados...

-Mas contar sobre os nossos dons? – perguntou Edward se aproximando.

-Só se for necessário – insistiu.

Jasper fez uma careta. Era verdade que de um ponto de vista estratégico, a melhor manobra era que todas as partes soubessem do que cada um era capaz, mas só quando todos fossem de confiança. Na sua opinião, Carlisle estava sendo um pouco ingênuo.

De repente Edward congelou, Alice logo em seguida.

-Preparem-se... eles estavam escondidos de nós – Edward avisou, em um átimo estava perto de Bella, olhando logo à frente.

Em menos de um segundo o circulo informal de vampiros se ampliou numa fila desarrumada. Emmett e Jasper como pontas-de-lança, sendo seguidos por Alice e Edward, mais ao meio Rosalie e Carlisle, por fim Esme e Bella.

Passos enormes e silenciosos ecoaram para os imortais, quando os lobos do tamanho de cavalos entraram na clareira a reação era única: choque.

-Droga! – Emmett murmurou – já viram uma coisa assim?

Todos ali já haviam visto os lobos antes. Seus portes astronômicos e aparências horripilantes não eram novidades. A novidade veio no número de monstros que agora os espreitava.

Dez. Dez enormes bestas cheias de músculos;

Rosalie e Esme trocaram um olhar arregalado. De medo. De choque. Quem sabia?

Sam estava no meio de toda a alcateia* em sua forma humana e todos pararam a uma distância de 500 m dos Cullen, Edward – o mais veloz da família – levaria um pouco mais de dois segundos para atravessar toda a distância, mais do que suficiente para um lobisomem relativamente experiente como Sam se transformar.

Os Cullen reagiram do mesmo modo que os lobos. Seus corpos de pedra urgiam para se abaixarem, curvando em uma posição de ataque.

Bella quase não respirava. As sobrancelhas de Edward estavam elevadas.

-Fascinante – o leitor de mentes comentou para si mesmo.

Carlisle avançou um passo estudado. Um movimento cauteloso, tranquilizador.

-Bem-vindos – ele falou aos lobisomens.

-Obrigado – Sam assentiu uma vez com a cabeça, sua voz monótona. Os demais membros da tribo Quileute se remexendo inquietos, desconfortáveis com a ideia de seu líder em um estado tão frágil – já explicaram o que está acontecendo em Seattle; se rearranjarmos as fronteiras poderemos tomar providências para que nenhum... recém-criado passa dos limites.

Carlisle hesitou por um momento antes de assentir.

-Talvez não haja real necessidade por muito mais tempo... meu filho, Jasper – indicou com um braço o outro loiro – tem experiência com recém-nascidos... Jasper?

O ex-soldado suspirou quase imperceptivelmente antes de tomar a dianteira, percebendo o olhar que Carlisle lhe lançou:

-Há uma verdadeira infestação em Seattle. Quem quer que os esteja criando não sabe o que está fazendo, um amador...

Isso gerou rosnados furiosos da matilha que foram silenciados com um simples olhar de Sam.

Isso pode ficar feio. Ponderou Sam... pensando rápido, o lobisomem fez exatamente o que Jasper queria que ele fizesse.

-Muito bem, nos voluntariamos para cuidar desse problema.

Edward e Jasper compartilharam um sorriso meio afetado.

-Não creio que seja necessário esperar muito mais – interviu Jasper – os recém-nascidos vão escolher atacar primeiro.

Grunhidos que tinham uma semelhança assustadora com murmúrios percorreu a alcateia.

Uma luta?

Agora isso tá ficando bom...

Por falar em lutas... podemos pegá-los... agora que estão desprevenidos e em menor número!!!

Imbecil! Não faça nada sem Sam dar a ordem!

Mas quantos vampiros são?

Mesmo sem estar transformado, Sam parecia em sintonia com a matilha.

-Quantos são exatamente?

-Cerca de 20 – respondeu Jasper.

Murmúrios precavidos ressoaram pela alcateia, Sam estreitou os olhos. Mesmo com o novo número de lobos... Colin e Brady só tinham 13 anos... Leah era rápida, mas extremamente inexperiente, Seth é um adolescente despreocupado de 15 anos. Apertou os lábios, sabia que teria de fazer um controle de danos, mas não tinha outro jeito.

-Vamos auxiliar.

Para sua surpresa, os lobos não rugiram e uivaram assim que as palavras saíram de sua boca, mas petrificaram no lugar, como se não conseguissem entender o que estava acontecendo, ou no mínimo, que não acreditassem no que estava acontecendo. Oh bem, pelo menos o salvava de uma dor cabeça... quer dizer até ele se transformar de novo.

-Obrigado – havia sinceridade genuína na voz de Carlisle.

-Há certos aspectos sobre os recém-nascidos que deverão saber para combatê-los – avisou Jasper, mais sério ainda.

Isso atraiu a atenção dos lobos, que ainda estavam meio confusos... iriam ajudar os Cullen?

-Eles são diferentes de vocês? – perguntou Sam, frio.

Carlisle assentiu.

-Todos são muito novos... meses de idade nessa nova vida. Crianças de certa maneira. Sem habilidade ou estratégia, só força bruta. Dez para nós, dez para vocês... não deve ser difícil. Os novos brigam entre si.

Um estrondo percorreu a fila de lobos. Sons apreciativos, quase animados.

-Força bruta não vai ser suficiente – Sam disse resoluto. Mas Carlisle e Jasper balançaram a cabeça.

-Recém-nascidos são extremamente mais fortes que um vampiro mais maduro. Um recém-nascido pode facilmente nos esmagar... literalmente. Vocês não podem permitir que eles se aproximem o bastante para empregar sua força ou seus ossos vão virar poeira – Jasper reforçou, seu sotaque texano arrastando nas sílabas ficando ainda mais acentuado pela tensão – a segunda coisa que vocês devem lembrar é... o termo “recém-nascido” se aplica a muitos aspectos... inclusive no modo como lutam... Carlisle tem razão... vão lutar como crianças, sempre indo para o ataque óbvio e vão esperar o mesmo. Ninguém consegue ganhar de um recém-criado em força.  Vocês não podem partir para o ataque óbvio. Se não vocês vão perder.

Jasper lhes deu alguns segundos para absorver as informações. Novamente os enormes lobos ficaram mais hesitantes. Recém-nascidos eram tão fortes assim?

-Nós acreditamos que seu estilo de caça vai ser perfeito para pegá-los desprevenidos. Eles não saberão de sua existência o que nos dará o elemento de surpresa.

-Obrigado pela informação – Sam disse finalmente, mas ficou um surpreso ao ver o loiro coberto de cicatrizes de repente olhar para o líder, incerteza na expressão e no olhar. O que era agora?

Eles tinham direito de saber. Carlisle argumentou em sua cabeça; os Cullen sabiam de todas as fraquezas dos lobos. Que o veneno de vampiro era letal para eles; que sua cicatrização e cura eram tão assustadoramente rápidas que, por vezes, mais atrapalhava que ajudava (ossos cicatrizando de modo errado, de repente algo que ficou preso dentro do corpo deles, mas que teria de se ferir novamente para tirar... as possibilidades eram inúmeras); o comando do alfa era absoluta. Droga! Sabiam até sobre o imprinting.

Tudo era questão de compromisso. Se quisessem que essa aliança funcionasse precisariam de um mínimo de confiança entre eles. Os lobos teriam de saber que os Cullen tinham conhecimento dos aspectos de sua natureza e também de alguns aspectos sobre a natureza dos vampiros.

-Há... – Carlisle pausou um pouco, vendo as expressões duras e resguardadas de Alice, Bella, Edward e Jasper, todos com os lábios firmemente pressionados em descontentamento – alguns aspectos sobre nossa natureza que também deveriam saber...

-Mais algum detalhe sobre os recém-nascidos...?

-Não exatamente... pode ser que sim – disse Carlisle contemplativo – mas eu particularmente duvido... – fez uma breve pausa, na qual considerou todos os possíveis prós e contras – Não sei se suas lendas se referem a vampiros com características a mais, mas... talvez seja melhor... uma demonstração...? – e olhou para Alice e Edward, que seriam capazes de julgar sua decisão e então para Jasper e Bella que poderiam controlar a situação se algo saísse do controle.

Eles querem nos esconder algo!

Provavelmente para morrermos nessa luta.

Parasitas!

Sanguessugas!

Acho que estão querendo que fiquemos com mais... não me importo de ter mais diversão...

Com um suspiro, Edward se focou nos pensamentos dos lobos e então viu a visão de Alice... eles se sairiam melhor do que lhes dera crédito...

-Não temos intensão nenhuma de quebrar o tratado retendo informações sobre os recém-criados – ele se pronunciou pela primeira vez naquela reunião, respondendo aos pensamentos infames da matilha... quase bufou, como se Esme permitiria que fizessem isso – e também temos mais do que habilidade suficiente para acabar com a nossa parte... cachorrinhos.

Ignorou completamente o olhar reprovador de Esme, mas não conseguiu reprimir totalmente um sorriso ao perceber que a mente de todos os lobos e Sam Uley agora estavam completamente em branco pelo choque. Na precisava de seu dom para saber que os irmãos estavam achando tanta graça quanto ele ao perceber a postura rígida de incredulidade das enormes bestas.

Não era sempre que admitia estar errado. Mas essa “reunião” se tornou muito mais produtiva do que esperava. Se lembraria da frieza, apenas aparentemente, inabalável de Sam se despedaçar em milhares de pedacinhos por muitas décadas ainda. Edward pensou satisfeito.


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