A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 45
Aulas


Notas iniciais do capítulo

Então tudo bem, Fred e Bree vão viver, êee.enjoy =*



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Capitulo 45 – Aula.

Assim que o choque passou, Sam imediatamente estava na sua forma de lobo, pedaços de tecido que eram sua bermuda se espalhavam pelo chão.

O que está acontecendo?

Que poderes a mais são esses?

Que droga de lendas idiotas!

Como ele sabia o que nós...

Quero estraçalhá-los!

CALADOS!

O latido furioso de Sam preencheu a clareira.

Os Cullen “adolescentes” já teriam explodido se fossem humanos, tentando conter a risada.

Eu vou “testar” isso. Aquele ruivo... parece que ele pode...

Ler mentes?

Isso é ridículo!

Vocês podem ler a minha, o que impede de outro ser sobrenatural de poder também?

Edward precisava admitir. Sam era um bom líder.

Muito bem. – Sam continuou quando houve um breve silencio – qual é o nome dele mesmo... o ruivo?

Revirando os olhos, Edward deu um passo à frente.

–Meu nome é Edward. E sim, é completamente possível.

Reteve o impulso de dizer que não era ruivo.

Bella ergueu uma sobrancelha, Jasper estava ao seu lado e completamente rígido. Tinha de dar crédito a ele. Jasper podia sentir a diversão dela, de Edward, de Alice, Rosalie e o pior, Emmett e mesmo assim conseguia ficar em relativa calma.

Isso muda as coisas...

É claro que muda.

Ele deve ter lido cada pensamento nosso nas vezes que nos encontramos.

Isso pode incluir a matilha de 70 anos atrás...

Isso deixou todos tensos.

Suspirando Edward cedeu espeço para Carlisle.

–Eu tenho 4 filhos que tem características a mais do que as que vocês conhecem – o loiro assentiu uma vez.

Bella, Jasper e Alice deram um passo a frente e ficaram ao lado de Edward.

–Acho que vocês já sabem que Edward leitor-de-mentes. Bella, sua parceira – a morena balançou um pouco a cabeça – é o que classificamos como “escudo”.

Uma redoma apareceu ao redor dos Cullen, os protegendo.

–Se vocês olharem com calma e atenção vocês conseguirão ver uma superfície ao nosso redor – a voz calma e baixa da escudo era penetrante e ligeiramente divertida. Mais madura do que sua aparência sugeriria.

Os lobos pareciam procurar e quando um deles viu, todos viram. Com um arquejo eles recuaram para trás.

Emmett não fazia mais esforço nenhum para conter o sorriso gigante.

–Bella pode formar escudos físicos e mentais, ou seja, ela pode bloquear o dom de Edward de afetar outras pessoas, assim como o dom dele não tem efeito sobre ela. Pode se defender e defender a outros de ataques físicos. Também pode usá-lo ofensivamente.

Tal como surgiu, o escudo desapareceu e Bella olhou significativamente para a enorme pedra que, mais cedo naquela noite, Alice estava sentando.

Formou e dissipou uma parede de escudo. Com alguns guinchos e sibilos a enorme pedra se rachou ao meio, uma linha perfeita a dividindo.

Os lobos ficaram completamente em silencio, processando as novas informações e o que isso poderia significar se entrassem em uma briga com os Cullen. Nunca cogitaram a possibilidade de vampiros poderem fazer tudo isso. Ainda mais a “baixinha, manipuladora de cabelo marrom”.

Edward mordeu o interior das bochechas e nem se importou quando começou a sentir dor na tentativa de prender um rosnado.

–O dom de Jasper é muito sutil. Ele é um empata, pode manipular suas emoções. Excitá-los ou acalmá-los e afins.

Toda tensão que estava se acumulando desde que começaram a demonstração se esvaiu em um segundo, sendo substituída por uma calma e uma paz de espirito que raramente sentiam uma vez que se transformaram pela primeira vez e instantaneamente souberam que era um feito de Jasper, o “loiro cheio de cicatrizes”.

Esse dom não parece tão mal...

Cale... argh, não consigo sentir nada a não ser essa calma idio...

Tudo bem, tudo bem.

Antes que Carlisle pudesse abrir a boca novamente, Alice já estava falando a mil por hora, seu parceiro já tendo cortado seu dom.

–Sou uma vidente. Sei o que você vai fazer no próximo verão – e deu um sorriso gigante e assustador, mostrando todos os dentes brancos.

Jasper suspirou, calmamente colocando uma mão sobre o rosto, Emmett deu uma gargalhada que assustou umas corujas por perto, Edward deu um tapa na própria testa e Bella e Rosalie trocaram um olhar que dizia tudo “meu Deus!”.

Desnecessariamente, Carlisle limpou a garganta, tentando quebrar o silencio desconfortável que se definiu na clareira.

–Sim, minha filha Alice é o que se chama de “vidente”. Ela pode ver o desfecho de uma situação... alguma pergunta? – Carlisle perguntou com um sorriso meio amarelo.

Edward bufou. A cabeça dos lobos era uma confusão. Imagens, lembranças e sons se misturando caoticamente. Alguém se lembrou de um episódio de “Heroes” outro argumentou que estava mais para “Os Incríveis”. O leitor de mentes estava incrédulo, sério?! Bella sacudindo seu braço o tirou da imagem idiota que a mente de Jared Cameron conjurou de Alice no papel de Dakota Fanning no filme “Push” ou Embry Call pensando em Bella como a Violeta de “Os Incríveis”. Pelo amor de Deus, era como estar rodeado por Emmetts. Não queria nem saber como estava seu rosto quando Jacob Black o colocou com as roupas de “X-Men”.

–Ele querem saber o motivo de estarmos... dividindo estas informações com eles.

Não foi tão educadamente que eles “perguntaram” isso, mas Edward não ia se rebaixar tanto assim... e Esme ainda estava aqui.

–Ah. Como iremos... inevitavelmente batalhar no mesmo lado nessa... empreitada, de um ponto de vista militar e como sinal de boa fé... achamos que seria positivo se quisermos que a cooperação entre nós dê resultado.

Todos ouviram quando Emmett prendeu uma risada. Até Jasper tinha um sorriso de lado. Os olhos furiosos de Esme e Carlisle não foram ignorados, é claro.

Carlisle só é tão formal assim quando está extremamente nervoso e ansioso.

O desfecho de todo aquele encontro não terminou de forma tão amigável quanto Esme e Carlisle gostariam que tivesse acabado, mas pelo menos ninguém lutou. Os lobos agora sabiam superficialmente sobre o que eles eram capazes e tinham ciência de que os Cullen sabiam muito mais sobre eles do que os Quileutes estavam confortáveis.

–Vamos nos reunir novamente em alguns dias para começarmos a demonstração – Jasper tomou a dianteira quando estavam se despedindo – irei dar mais algumas instruções, mas creio que falo por todos que para uma noite já está bom.

Jasper conseguia sentir a fatiga dos lobos, quantas noites sem dormir teriam passado às claras antes dessa? Sabia que seria perto de inútil dizer qualquer coisa agora, nenhum deles seria totalmente capaz de entender o que estava falando ou mostrando, uma olhada rápida para Edward confirmou isso. Suspirou. Uma boa ação com os inimigos; não que eles soubessem que estavam fazendo isso. Tinha certa razão todos àqueles anos atrás... os Cullen são moles demais para vampiros. Vendo os enormes lobos se afastarem da orla da floresta, deu um sorriso sem humor. Sabia que o irmão leitor de mentes há apenas alguns passos de si sentia o mesmo.

O sorriso de Jasper ficou mais suave ao se voltar para a pequena vampira vidente que era sua parceira à quase 60 anos. Passou um braço em volta dos minúsculos ombros.

–Vamos pra casa – se sentiu instantaneamente melhor com o sorriso gigante e animado que recebera como resposta.

Nem um instante todos os Cullen estavam observando enquanto seus inimigos naturais e agora aliados improváveis se afastavam pela densa vegetação e em outro estava correndo a toda velocidade na direção oposta.

Final de Abril de 2006.

–Charlie Swan.

–O que? – Edward se virou confuso para a parceira.

Estavam em casa só relaxando. No mês que se passou já tiveram três encontros com os lobos. O segundo, Jasper os ensinou como contra atacar, no último o que não fazer. Haverá outro encontro, esperançosamente – na opinião de Rosalie – último encontro dali uma semana. Para demonstração.

Na enorme casa branca estavam apenas Bella e Edward, o leitor de mentes ouvindo uma musica suave de fundo na enorme cama do quarto do casal enquanto a morena lia um livro na grande poltrona perto das janelas-paredes.

–É o nome do chefe de polícia de Forks – deu de ombros, indiferente, nem sabia por que estava falando isso – Foi casado com uma mulher chamada Renée Higginbotham, agora Dwyer, eles se separaram depois de alguns meses e ela se casou de novo alguns anos atrás, sem filhos.

Tirou uma foto que estava usando como marcador de páginas de dentro do livro e om um escudo a fez flutuar levemente até o marido.

Charlie Swan era indubitavelmente parecido com Charles Swan, o pai biológico de Bella que àquela altura deveria estar morto a mais de 150 anos. Ambos eram altos com o porte atlético da juventude ainda conservado na meia idade, o cabelo cacheado, curto e cor de terra, os olhos de cor chocolate e as mesmas feições cuja ausência de rugas evidenciava que não sorriam muito. Assim como Renée Dwyer era assustadoramente parecida com Renée Stevens.

–Você acredita em... reencarnação? – perguntou Edward à esposa que deu de ombros e finalmente levantou os olhos de seu livro. Não parecia que Bella se importava muito com toda a situação, mas era inegável que estava no mínimo curiosa.

A escudo deu um sorriso sem humor.

–Eu acho que esta é a prova que existe reencarnação.

–O que quer fazer?

–Nada.

–Nada?

–Eu te disse: só estava curiosa. Acho que é um bom Passa-Tempo, sabe? – terminou o livro que estava em seu colo e o recolocou na grande estante que ocupava metade da parede, pegando outro igualmente grosso, as escrituras da lombada em latim – descobrir o que aconteceu.

–Bem... eu sei que eu tinha primos, mais ou menos de minha idade... – trilhou o leitor de mentes.

–Nunca teve curiosidade?

–Às vezes – admitiu.

–Foi isso o que eu tive, a única diferença é que, aparentemente, a minha foi mais forte.

–Como você se sente? – em menos de um segundo, Edward estava se curvando sobre a forma da esposa, já de volta na poltrona, esta apenas levantou a cabeça e ergueu uma sobrancelha – sobre isso tudo. Você disse que esta seria uma prova sobre a teoria de reencarnação. Como você se sente sobre isso?

Bella desviou o olhar e mordeu os lábios, assim que sentiu seus dentes afiados se amaldiçoou, Edward não ia mais lhe deixar em paz agora que havia “evidências” de que estava nervosa. Suspirou. Odiava essa sensação. De estar tão cansada enquanto seu corpo parecia pronto para uma maratona.

–Parece um circulo. Minha mãe amava meu pai, mas ela tinha pensamentos e um modo de ver as coisas avançado demais para a época. Eu sei que eles não concordavam sobre tudo, mas minha mãe não podia levantar a voz... nós não tínhamos voz. Eu não sei... parece que nessa vida ela pôde fazer o que ela não conseguiu, o que ela não podia na passada. Por mais que ela amasse meu pai, ela não era feliz naquela vida tão restritiva, mas na época ela não tinha outra escolha... será que... ela teria escolhido se separar de meu pai... se pudesse? Será que... se eu tivesse morrido naquela carruagem... eu teria sido filha desse casal? O fato de Charlie Swan estar aqui comprova que ou eles seguiram em frente ou a linhagem de meu tio sobreviveu.

Grandes olhos âmbares olharam incertos para o marido.

–Talvez – ele respondeu finalmente – talvez sim, talvez não. Mas Bella, você é inteligente demais para ficar remoendo o passado desse jeito.

Com isso a escudo riu, verdadeiramente divertida.

–Você... – controlou uma nova onda de riso – você espera demais de mim, sabia disso?

–Não, sua tola. Eu apenas não espero menos do que você pode oferecer.

Maio de 2006.

–O número aumentou de novo – Carlisle comentou enquanto via os noticiários da manhã.

–Não vai haver muito mais do que vinte – Jasper disse com a mesma convicção.

–Mas esses vinte ainda vão ter de se alimentar – argumentou o médico.

–Todos esses humanos mortos... – Esme se lamentou.

–Nós vamos dar um jeito na situação – Alice tentou consolá-la.

–Sim, sabemos que eles não planejam atacar tão cedo. Infelizmente temos que esperar, não podemos arriscar tantas vidas mais. Se fizermos o primeiro movimento teremos que combatê-los na própria Seattle e haverá ainda mais mortes – Jasper disse apologético.

–Acho que é uma boa ideia – Alice argumentou do banco de trás do Volvo.

–Uma festa, Alice? – Bella estava com os dentes trincados em frustração.

–Primeiro: vai ser épico. Segundo: uma boa desculpa para convidar os lobos. Terceiro: vai ser a primeira vez que faremos isso. Primeira das primeiras. Esme vai concordar.

A escudo quase bufou, Esme concordaria com qualquer coisa que deixasse os filhos felizes. Ela concordaria com qualquer atividade que os humanos achassem “normal”.

Bella fuzilou o marido. Para qualquer um, os labos firmemente pressionados de Edward indicaria raiva, frustração ou afins, mas para a parceira de quase um século, Bella sabia que ele estava quase rindo da cara dela.

–Vejo vocês em trigonometria – e a pequena vidente saiu dançando do volvo prata.

O dia passou sem grandes novidades. Mas Alice já pensava cada misero detalhe da festa que ela planejava ter no dia de formatura.

Na aula de inglês, Alice e Edward bufaram simultaneamente.

–Os lobos estão ficando paranoicos. Acham que estamos “vigiando” cada passo. Como se não tivéssemos mais o eu fazer – Edward revirou os olhos.


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