A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 43
Inimigos e Aliados (Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

tom um dia atrasada é eu sei.. ^///^
beijos e boa leitura
=*



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Capitulo 43 – Inimigos e Aliados (Parte 2)

Silencio.

Mas não aqueles silêncios desconfortáveis que às vezes se instalam depois de alguém falar algum tabu ou aqueles silêncios cheio de tensão, só à espera do menor movimento para quebrar em uma briga ou mesmo aquele silencio cheio de preocupação.

E sim aquele tipo de silencio tão chocado que sua mente não conseguia se lembrar de qualquer coisa que faça sentido.

Edward e Alice simplesmente não conseguiam acreditar no que acabou de acontecer. Encaravam, incrédulos e em choque Bella sorrir calmamente, daquele jeito tímido que ela trata a todos que não conhece muito bem, daquele jeitinho que ambos costumam achar tão fofo, mas que agora era causa de uma profunda sensação de exaspero. Os três lobisomens totalmente esquecidos enquanto olhavam para a escudo, com olhos do tamanho de pratos.

Os três Quileutes não estavam muito atrás. Jacob a encarava como se Bella tivesse proclamado amor eterno a uma árvore, os olhos do outro lobisomem – que somente Edward sabia que se chamava Embry Call – estavam perigosamente perto de sair rolando pelo chão. Incrivelmente, Quil Ateara não parecia muito surpreso, pelo menos, não tão surpreso quanto os demais, claro, seus olhos estavam tão arregalados que não poderia ser saldável, mas em uma rapidez surpreendente, Quil estava constrangido e nervoso.

Mas não aquele nervoso de um garoto do ginásio com uma quedinha na garota do colegial. Aquele era um nervoso que só se instalava uma coisa na mente:

“Merda”.

-Er... – o rapaz clareou a garganta e lambeu os lábios de repente secos – ... ahm... o-oi, Bella.

Alice conseguiu sentir um pouco de humor ao ver os olhos de Jacob se arregalarem mais ainda, ele parecia mais perto de ter um derrame do que seus olhos saltarem para fora das orbitas, mas ainda estava chocada demais para rir.

Ignorando as reações, o sorriso de Bella perdeu um pouco da timidez ao perceber que o novo lobisomem não fora hostil com ela e ganhou um ar mais malicioso e confiante.

-Viu? Eu disso que a “briga” com seus amigos não ia durar.

-É, você... disse, sim – Quil de repente percebeu, surpreso e um pouco menos desconfortável com a situação, que Bella sabia que ele ia se transformar... mas então...

-Parece confuso – Bella não se divertia tanto assim desde que Emmett teve a ideia de pregar uma peça em Alice jogando todas as suas roupas no rio. Emmett realmente deveria saber melhor do que fazer algo como isso.

-Por que não me matou naquela hora então? – a pergunta saiu sem que ele pudesse se refrear e um pouco mais alto do que deveria. Os olhos de Bella se arregalaram, mas não pelos motivos que o lobisomem estava esperando e foi com um baque que bruscamente percebeu a cornucópia de humanos silenciosos que os rodeavam só à espera de uma boa fofoca.

Ao ouvirem a fala de Quil, cochichos eclodiram na pequena multidão.

“Merda”

Foi o que o bastou para os demais saírem de seu estado de choque.

-Seu idiota, quer pelo amor de Deus, falar mais baixo! – Edward, furioso, sussurrou rapidamente sobre a respiração, muito mais baixo e muito mais rápido do que qualquer humano conseguiria distinguir, mas bem mais lento e alto do que um vampiro precisaria, na medita exata para os lobisomens em seu estado humano ouvirem.

Olhando de soslaio para os humanos e percebendo que eles interpretaram toda a coisa de um jeito completamente absurdo:

Bella chifrou Edward com o Quileute e aparentemente ele sabia e isso surpreendeu o nativo e ele perguntou ao Cullen o porque de ainda esta vivo. O leito de mentes bufou, incrédulo. Alice suspirou diante do drama que ia persegui-los durante o resto do dia, mas Bella estava ainda mais divertida.

-Não creio que sua morte seria um fator positivo. Especialmente se considerarmos nossa situação.

A escudo sorriu, mostrando todos os dentes brancos e afiados. Um tremor hostil e instintivo percorreu os lobisomens enquanto os humanos davam um passo para trás.

-Sim... não ajudaria nada, não é mesmo? – Jacob quase latiu o que fez Bella arreganhar ainda mais o sorriso. Droga! Realmente não deveria estar se divertindo tanto, mas... droga.

Edward estreitou os olhos ao ler a mente de Jacob, agora que o choque passou podia ver o que os Quileutes queriam... uma explicação que pode se tornar em algo não muito amigável e por isso tantas testemunhas.

Um incentivo tanto para eles quanto para os Cullen de se manter “em controle”. O leitor de mentes quase bufou. Como se fossem os Cullen o maior perigo para os humanos. Considerando a idade de todos ali, um lobisomem jovem está muito mais perto disso.

Pensavam que todas as mortes em Seattle eram eles. Franziu o cenho, o numero de mortos estava aumentando cada vez mais. O que estava acontecendo?

-Acredito que não estejam aqui por isso – Alice falou pela primeira vez.

-Queremos saber o que estão pensando ao sair por ai fazendo um banquete na cidade mais próxima!

-Na verdade a cidade mais próxima é Port. Angeles – Alice deu de ombros, indiferente.

-Que seja, vocês entenderam – rosnou.

-Não somos nós – o tom e revirar de olhos de Alice mostrando claramente o “seu idiota” não pronunciado.

-Ah então quem são? – Jacob zombou.

-Você tem inteligência o bastante para perceber que os Cullen não são os únicos por ai, não tem? – antes que Alice pudesse enfurecer ainda mais os três lobisomens, Edward interviu.

-Há um recém criado em Seattle.

-O que quer dizer? – dessa vez Embry perguntou, mais curioso do que hostil, mas com certeza hostil.

-O que você ouviu. Significa que alguém criou um de nós e o deixou solto no mundo.

Bella cotovelou Alice. Por mais que achasse engraçado irritar os três garotos, seria um problema, em outras palavras um lobo um pouco grande demais do que conseguiriam arcar... ou esconder.

-Bem então o que estão esperando? – a pergunta de Quil fez Edward revirar os olhos, de novo. Tinha que se lembrar que por mais que as criancinhas gostassem de caçar e matar vampiros, conheciam muito pouco sobre eles. E depois... isso não quebraria o trato? Parecia que essa parte escapou Quil por um momento.

-Não fomos nós, gênio – dessa vez Bella pisou no pé da irmã.

-Não temos esse tipo de autoridade – a escudo explicou – quando alguém cria outro de nós, essa pessoa tem que arcar com a responsabilidade de ensinar as regras, a caçar, a se esconder e quando e onde matar. Quando isso não acontece, há aqueles de nós que estão responsabilizados em... apagar os indícios. Não podemos interferir a não ser que sejamos envolvidos diretamente.

Jacob abriu a boca para falar novamente, mas Edward congelou nessa hora.

-O diretor Greeney está vindo para cá e já reunimos telespectadores o suficiente.

-Marcamos outra reunião – Bella deu um sorriso cortes, sem mostrar os dentes.

-Ah é, ligamos na sua cripta mais tarde – resmungou Jacob.

-Temos meios eficientes de entrar em contato – amenizou Edward e em poucos segundos os três Cullen saírem de cena, sendo seguidos rapidamente pelos Quileutes, sobrando apenas os humanos confusos pelos protagonistas de repente desaparecem.

-Quem quer que estiver aqui nos próximos cinco minutos vai pegar detenção! – a voz grave e zangada do diretor ressoou.

-Carlisle não vai gostar – disse Edward enquanto caminhavam pelos corredores, já longe da comoção do lado de fora.

-De qual parte? – replicou Bella, sarcástica.

-Da parte em que o número de mortos está aumentando cada vez mais. Isso não pode ser coisa de só um recém-criado... Jasper estava certo.

Jasper não havia comentado da possibilidade com ninguém, mas apesar disso Bella e Alice ligaram facilmente os pontos. Alice olhou o irmão horrorizada.

-Você tem certeza, Jasper? – insistiu Esme, preocupada.

-Todos os sinais estão ai, mas achei que talvez os estivesse interpretando erroneamente, afinal, não há motivo. Por que alguém iria criar um exército em Seattle? Não há historia ali, nenhuma vingança, nenhum derramamento de sangue. Também não há sentido alguém criar um exército para conquistá-la; ninguém reclama a cidade, ninguém está ali para defendê-la.

“Mas já vi esse quadro antes. Há um exército de recém criados em Seattle. Menos de 20, imagino. O difícil é que eles estão totalmente destreinados. Quem quer que os tenha criado, só os soltou. As mortes vão aumentar, e muito. Nesse ritmo na vai demorar até que os Volturi interferirem. Para falar a verdade, estou surpreso que eles tenham deixado isso correr por tanto tempo”.

-O que sugere que façamos? – Carlisle se aproximou de Jasper. Mas o louro mais novo só balançou a cabeça.

-Talvez esperar pelos Volturi? Talvez resolver a situação nós mesmos? Se quisermos evitar o envolvimento deles teremos que matá-los nós mesmos, e rápido. Se chegar a isso posso ensinar o que fazer, não vai ser fácil na cidade. Eles terão vantagens que não teremos; não estarão preocupados em manter sigilo. Talvez se os atrairmos para fora da cidade... Olympic Park é enorme e uma boa parte está no nosso território.

-Mas... – antes que Bella pudesse fazer sua pergunta, seu parceiro a interrompeu, de repente frio, seu corpo completamente imóvel por estresse.

-Há a possibilidade de não termos escolha em esperar pelos Volturi... já ocorreu a alguém que o motivo de alguém estar criando um exercito nessa área somos nós?

Jasper estreitou os olhos. Carlisle arregalou os dele.

-A família de Tanya... também está perto – Esme não queria aceitar as palavras de Edward.

-Eles não estão aqui para vingar Anchorage, Esme – Bella interviu suavemente, lembrando do massacre no Alaska há algumas décadas.

-Devemos considerar a ideia de que nós somos o alvo – Edward recuperou a atenção.

-Eles não estão vindo atrás de nós – Alice se pronunciou, sua voz insistente, antes de pausar – ou pelo menos... eles não sabem que estão... ainda não.

-O que é isso? – Edward olhou para a irmã, suas sobrancelhas unidas.

-Lampejos. Uns flashes estranhos e rápidos demais para fazer algum sentido. Como se alguém estivesse mudando de curso de ação tão rapidamente que eu não consigo ter uma imagem clara.

-Indecisão? – Jasper perguntou sem acreditar.

-Não é indecisão – Edward rosnou, tendo um insightConhecimento. Alguém que sabe que você não consegue ter uma visão sem que uma decisão seja tomada. Alguém que esteja se escondendo de nós; brincando com os buracos de suas visões.

-Mas quem poderia saber algo como isso? – os olhos de Alice se arregalaram.

Isso calou a todos. Os únicos que sabiam, mais ou menos, como as visões de Alice funcionam eram os Denali, mas eles nunca fariam isso. Os conheciam há décadas e eram extremamente pacíficos a amizade tão forte quanto a de verdadeiros parentes.

Rosalie balançou a cabeça ao lado de Bella.

-Independente de quem está fazendo isso. Nossa família está correndo risco. Ou nós vamos ser envolvidos na bomba quando os Volturi se envolverem ou um exercito de recém criados vai nos atacar e mesmo que esse seja o caso e os eliminemos estaremos, indiretamente, dando uma de Volturi.

-Não podem nos culpar por nos defendermos – contrariou Jasper – não é nossa culpa, pelo menos não diretamente, que alguém esteja criando um exército e se esse exército nos atacar, teremos todo o direito de revidar. E ainda assim... ninguém quer chamar a atenção dos Volturi.

Carlisle suspirou e pareceu não gostar do que estava prestes a dizer. Alice e Edward o olharam com sobrancelhas elevadas.

-Jasper... vamos precisar que nos ensine... a eliminar recém criados.

Os olhos de Bella se estreitaram. Tinha alguma coisa faltando. Algum detalhe que todos ali estavam desconsiderando, que explicasse toda essa confusão.

Os Cullen se entreolharam. Petrificados pelo estresse.

-O que estamos esperando?! – Emmett quase rugiu – vamos !

Jasper balançou a cabeça, como que para clareá-la.

-Vamos precisar de ajuda... acha que a família de Tanya estaria disposta...? Mais cinco vampiros maduros fariam uma diferença enorme. E depois Kate e Eleazar seriam especialmente vantajosos do nosso lado. Seria quase fácil, com a ajuda deles.

-Vamos perguntar – Carlisle estava com seu celular encostado à orelha no mesmo segundo, caminhou até o sofá se sentando calmamente apesar da expressão consternada em seu rosto sempre calmo.

Todos esperavam, nem sequer respirando. Olhando o rosto de Carlisle enquanto ele saudava Tanya e explicava rapidamente a situação, mesmo que a família em Denali provavelmente já saiba o que está acontecendo em Seattle.

A voz de Carlisle mudou.

-Ah! – ele disse, surpreso. – Não percebemos que Irina... se sentia desse jeito.

Edward gemeu e fechou os olhos, Bella voltando sua atenção para o parceiro com uma expressão indagadora; Tanya falava baixo e rápido demais pelo telefone para que mesmo vampiros entendessem.

-Que Laurent arda no mais profundo inferno. Que é o lugar dele.

-Laurent? O que ele tem haver com isso? – Bella exclamou, sua voz carregando um forte sotaque italiano por causa da surpresa em ouvir o nome, mas Edward não respondeu, concentrado nos pensamentos de Carlisle.

-Não há dúvidas disso – Carlisle agora usava um tom severo – Temos uma trégua, um tratado. Eles não a quebraram e nem nós a quebraremos... É claro. Vamos ter de fazer o que pudermos sozinhos.

Carlisle desligou o telefone sem esperar por uma resposta. Continuou a fitar a neblina pelas enormes janelas da sala que praticamente constituíam a parede inteira.

-Qual é o problema? – murmurou Emmett para Edward.

-Irina se envolveu com Laurent mais do que sabíamos. Ela alimentar rancor contra os lobos por destruí-lo. Ela quer vingança. Destruir a alcateia. Trocariam a ajuda por nossa permissão.

Bella arregalou os olhos.

-Por acaso eles sabem que se não fosse pelos lobos, Laurent teria me atacado? Não que eu estivesse indefesa, mesmo assim... se não fossem os lobos que o matassem eu o mataria.

-Eu não tenho certeza se eles acreditariam se contássemos ou sequer se eles já sabem dos detalhes. Pra ser honesto nem sei como eles descobriram que Laurent foi morto pelos lobos – Carlisle admitiu.

-Por falar neles, não ficamos de contatá-los? – Esme lembrou.

Bella piscou, lentamente abriu os lábios e falou em um tom de alguém que se lembra de algo, contemplando:

-Os lobos...

Naquela tarde o telefone da casa de Emily Young tocou algumas vezes antes de ser atendido pela moça.

-Alô?

-Por favor, Sam Uley está? – uma voz grave, aveludada e penetrante com sotaque inglês chamou pelo telefone.

-Quem gostaria? – perguntou vendo o noivo se aproximar com uma expressão indagadora.

-Aqui é Carlisle Cullen, gostaria de falar com Sam por alguns minutos, por favor – antes que pudesse terminar, Sam arrancou o telefone das mãos congeladas de Emily.

-Aqui é Sam Uley – sua vos estava fria, mas estava furioso, mais que furioso. Como aquele sanguessuga conseguiu o numero de telefone de sua noiva!?

-Oh sim. Creio que alguns membros de sua matilha encontraram com os meus filhos na escola...

Sam xingou mentalmente. Claro que sabia o que tudo o que tinha acontecido no momento em que Quil, Embry e Jacob se transformaram, mas quando Edward Cullen disse que eles tinham meios de entrar em contato não pensava em algo como isso.

-Claro... sobre um possível encontro...?

-Sim. Podemos nos encontrar em uma clareira um pouco a oeste de Forks, um território neutro. Há muito que discutir para ser por telefone.

-Se não for incomodo – falou entre os dentes a última palavra, sem conseguir manter sua frieza usual – como conseguiu esse numero?

-Pela lista telefônica – replicou uma voz com sotaque britânico em tom confuso e intrigado.

Bella, Alice e Edward estavam reprimindo risos. O que será que os lobisomens esperavam? Hipnose? 


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