A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 21
Meu deus!


Notas iniciais do capítulo

demoreeeeei. Desculpem mesmo!
eu sou Beta da fic da minha prima e ainda teve toda essa historia de "nao pode entrar no site, tamo mudando o servidor e blá blá blá". Desculpeeeeem!
Boa leitura ta bom?
=*



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Capítulo 21 – MEU DEUS!

Olá, eu sou Emmett MacCarty, tenho 20 anos e moro no Tennessee.

Não posso dizer que fui um santo na minha vida. Diverti-me mais de uma vez com mais de uma garota, mas hey! A vida é curta, certo?

Eu sou caçador e sou bom no que faço. Minha família, que não é nada pequena, depende do que eu consigo matar, sei que tenho a responsabilidade de trazer o sustento para minha família, mas eu posso me divertir enquanto isso não?

Os ursos são meus favoritos, tem o perigo de ser pego a qualquer hora.

E foi assim que eu acabei com dentes rasgando a coitada da minha pele.

Duas vezes! Será que isso é karma por eu ter namorado duas garotas ao mesmo tempo?

Bem, seja como for, o maldito urso acabou por me pegar. Eu estava quase perdendo a consciência quando ouvi outro rosnado, por um segundo achei que fosse outro urso querendo brigar com o primeiro pela minha carne, mas quando abri os olhos vi algo branco e pequeno se mexendo, rápido demais.

Acho que perdi a consciência por alguns minutos, porque quando eu reparei de novo eu estava voando de lado, ao menos foi o que me pareceu. Mas tinha uma parede firme, dura e fria ao meu lado, mais parecia uma estátua de mulher.

Reunindo o que me restava de forças eu olhei para cima e naquela hora tinha certeza de que havia passado dessa para melhor.

Um anjo. Um verdadeiro anjo! O rosto dela era a coisa mais incrível que eu já havia visto na minha vida. Era pálido, olhos grandes, nariz perfeito e lábios cheios. O cabelo de um dourado que para mim era como ouro. A face dela... não tinha nem palavras para descrevê-la.

Naquele momento eu sequer me importei com a dor dilacerante nos meus membros e peito, lutei para manter minhas pálpebras abertas, não queria perde-la de vista.

Mas por mais que eu me vangloriava de minha força nos últimos anos, eu sabia que não seria forte o bastante para lutar contra morte que estava me consumindo.

Fiquei pensando, será que demorará muito mais para chegarmos ao céu? devia ser mais longe do que eu pensava, mas era impressionante como ela levantava vôo.

O ar frio da floresta de repente se foi. A inconsciência estava me tomando, as bordas de minha visão já estavam escurecendo.

Minha audição já não funcionava, não conseguia ouvir nada. O que era uma pena, o anjo devia ter uma bela voz, mas vi quando seu rosto ficou implorativo, ela falava algo.

Percebi que havia me levado até Deus. Nunca pensei muito nele, minha família não era lá muito religiosa, mas só podia ser ele. O que era estranho, sua aparência não dizia que tinha muito mais do que uns vinte e tantos anos.

Acho que não deveria ficar surpreso quando as chamas me pegaram. Todas as noites, todas aquelas garotas, toda a bebida.

Mas o anjo louro nunca me deixou. Fiquei confuso como, por falta de palavra melhor e ironicamente, inferno.

Como alguém como ela podia ficar em meio a tanto fogo?

E como havia fogo!

Estava em todos os lugares, queimando minha pele! Eu gritava, é claro, mas as queimaduras só ficavam piores e piores, por um momento temi que eu teria de ficar desse jeito pelo resto da eternidade, mas eu tinha um consolo: meu anjo.

Sinceramente era um momento completamente estúpido, e era imbecil de minha parte, mas lembrei daqueles pregadores que falavam de um Deus misericordioso e talvez eles estivessem certos afinal.

Sabia que aquele inferno era meu castigo, e mesmo assim o anjo estava lá sempre do meu lado.

Ela nunca havia ido embora, Deus vinha me checar de momentos em momentos e toda a vez, temi que ele a levasse de lá, mas ele nunca fez isso.

Outros anjos vieram. Achei que eles pertencessem a outras pessoas, que assim como eu, estavam naquele inferno. Deus realmente é muito bom se permitiu uma presença como a de meu anjo para todos que estavam ali.

Havia mais duas mulheres e um homem.

As duas mulheres pareciam curiosas a meu respeito e apreensivas. Não as culpo, nenhum anjo devia gostar de estar ali no inferno. Já o homem me olhava com diversão. Esse devia ser meio sádico.

Quase não percebi quando aquele inferno começou a diminuir, primeiro das pontas dos meus dedos dos pés e das mãos, e então se foi até meus tornozelos e cotovelos. Só que mais parecia que toda aquela lava começava a se arrastar para o meu peito. Será outra forma de punição?

Meu coração batia freneticamente, eu conseguia ouvir uma ou duas palavras que os anjos falavam com Deus, pareciam meio nervosos. Meu anjo ainda mais, parecia tentar convencer Deus de alguma coisa. Será que ela estava tentando aliviar minha pena aqui no inferno?

Deus parecia meio relutante, mas por fim acenou. Não falaram mais depois disso, só me assistiram, dessa vez todos os anjos e Deus estavam ali.

Aquela altura os meus membros e minha cabeça estavam frios e felizmente sem dor. É, sabia que o anjo devia ter convencido Deus.

Mas a noticia ruim era que meu coração parecia estar... lutando? Eu só conseguia ouvi-lo, no entanto eu quase conseguia ver o fogo batalhando contra meu coração.

Além de toda a dor, da queimação e, sem dúvida, do resto do meu corpo queimado, entrei em pânico quando meu coração começou a ceder.

As batidas estavam mais espaçadas, o fogo se extinguindo também. Com um último “tum” meu coração parou e finalmente consegui abrir completamente os olhos.

Eu realmente não sabia que droga estava acontecendo. Mas era muito estranho, e de certa forma legal.

Eu consegui ver tudo, desde a parte sombreada das pequenas poeiras no ar, desde os inúmeros diferentes tons de castanho na madeira do teto.

Só ai notei que não estava respirando. E gostei, pelo visto na morte você não precisa respirar, mas quando o fazia você conseguia sentir o gosto de tudo, era como se você cheirasse pela sua boca, o que era estranho.

Ouvi uma risada baixa do meu lado.

Assustei-me com a rapidez com que virei minha cabeça. Eu só havia pensado em virá-la e antes que eu pudesse pensar mais no assunto já estava com era virada. Que. Sinistro.

–Boa tarde, Emmett.

Era Deus. O que será que estava acontecendo? Será que já paguei minha sentença?

O outro anjo riu de novo.

Caracas o que será que era tão engraçado.

–Er... boa tarde?

Essa era minha voz? A minha voz? Reprimi tossir um pouco.

Mais uma vez o ruivo riu. Isso já estava começando a me irritar.

–Eu não sou ruivo.

O anjo mais novo. A menor deles, com cabelo bem cumprido cor de mogno o olhou com as sobrancelhas finas levantadas.

–Sei que deve ser meio desorientador, no entanto gostaria que se acalmasse e me permitisse lhe dar uma explicação.

Jesus! Será que Deus precisava ser assim tão formal? Mais parecia que eu estava na sala de algum daqueles políticos que meu pai sempre reclamava.

O ruivo riu de novo.

Ai eu percebi:

–Como sabem meu nome?

Mas logo quis me dar um tapa. Se era Deus, então ele sabia quem eu era né?

Mesmo sob o olhar reprovador do anjo mais novo, o ruivo não fez esforço nenhum para reprimir a risada dessa vez.

–Edward – a voz dela também era delicada como sua aparência... e reprovadora.

–Emmett MacCarty – continuou ele divertido – 20 anos, caçador e um perfeito patife.

Dessa vez meu anjo se juntou a mais nova no olhar reprovador, não que pelas risadas dele, tenha percebido ou se importado.

–Como eu dizia, por favor, sente-se um pouco.

Nossa, ainda estava deitado! Nem tinha percebido.

E também não tinha percebido que alguém havia trocado minhas roupas.

Agora eu estava com uma camisa cinza e calças pretas, sapatos também pretos. Nossa, eles realmente tomaram liberdade.

–Vamos explicar o que está acontecendo – continuou Deus depois de fazer uma careta em direção ao, mais uma vez risonho, anjo.

E foi depois das explicações que eu entendi o motivo dos risinhos irritantes.

Ops! Realmente eu não conseguia pensar em muito mais do que isso. Mas eu comecei a rir quando vi as expressões do ruivo e do louro. O choque no rosto deles era impagável.

Sinceramente, eu não via essa vida de vampiro de forma tão negativa. Digo, se Rosalie meu anjo, e “Deus”, Carlisle fossem vampiros não podia ser assim tão ruim, não?

Edward, que eu descobri que podia ler mentes, estava com uma expressão estranha, como se não conseguisse decidir se estava incrédulo ou divertido.

Bella, que podia bloquear... tudo, inclusive o dom de Edward, estava com as sobrancelhas finas levantadas.

Esme, a “mamãe” de todo mundo ali parecia compreensiva.

Carlisle, o médico vampiro, pelo visto era o líder.

Então Rosalie. Ela ainda estava do meu lado. Aquela que salvou minha vida.

Edward revirou os olhos, mas não comentou nada.

–Você precisará caçar, Emmett – avisou Carlisle cauteloso – Rosalie vai te acompanhar.

Animei-me com a idéia, e não só porque parecia que minha garganta estava prestes a virar pó.

Rosalie sorriu meio presunçosa. Linda. E pulou da janela mais próxima. Louca.

Edward riu de novo. Mas. Que. Perfeito. Pelo visto não vou ter muita paz nem mesmo dentro da minha própria cabeça.

Fingindo que eu sabia o que estava fazendo segui Rosalie andar a baixo. Quase tive um acesso quando percebi que estávamos no quarto andar.

Mas estranhamente, o chão parecia se mover lentamente em minha direção, e fui capaz de pousar apenas flexionando meus joelhos um pouco, como se estivesse descendo os degraus ao invés de pulando suicidamente.

Legal.

–Sinta os cheiros ao seu redor, ouça os corações dos animais e então... bem, só haja.

A voz suave e, no entanto penetrante e feminina instruiu.

Realmente Rosalie era linda, mais que isso, não havia sequer palavras para descrevê-la. Usava um vestido vermelho escuro, quase vinho de tecido pesado cheio de bordados dourados o que combinava com seu cabelo e olhos.

Era alta, 1m75, olhos grandes dourados e escultural. Não devia ter mais de 18 anos.

Não consegui apreciar a vista por muito mais tempo, minha garganta estava em chamas!

Não era difícil, com meus novos sentidos eu conseguia ouvir um, ironicamente, urso há alguns quilômetros. Antes que eu mesmo pudesse processar, eu já estava correndo na direção do animal e bebendo seu sangue como se não houvesse um amanhã.

Mesmo depois de tudo aquilo, sem que meu estomago estivesse estufado, eu ainda sentia sede. Que maldição.

Oh bem, não é como se eles não tivessem explicado isso também.

Depois de dois ursos e quatro servos grandes parecia que finalmente a sede estava cedendo para um pinicar incômodo e não chamas de inferno.

–Já acabou?

Na minha sede eu quase tinha esquecido o anjo ali. Ela tinha aquele sorriso presunçoso nos lábios de novo.

–Acho que sim – mesmo sabendo que ela poderia literalmente arrancar minha cabeça não consegui reprimir um sorriso, flertando com ela.

Ela realmente não reagiu do jeito que eu esperava. Honestamente eu esperava raiva, um soco, um tapa, gritos, revirar de olhos, ou se eu tivesse sorte, um sorriso de volta que levaria a outras coisas.

Mas não uma sobrancelha levantada e uma expressão divertida, e pelo contorcer da boca dela, Rosalie estava lutando contra uma risada.

–Sabe, se eu estivesse no seu lugar eu não flertaria com a roupa rasgada e um sorriso igualmente ensangüentado.

Erguendo as sobrancelhas passei as costas da minha mão na minha boca, o que fez Rosalie rir ainda mais. Minha mão também não estava lá muito livre de sangue o que bagunçou ainda mais.

Rindo junto come ela a segui quando a loura começou a correr, em outras palavras desapareceu.

Ela dançou para dentro da enorme casa em que os Cullen viviam e antes que eu pudesse colocar o pé, Esme me parou.

–Acho que é melhor você se trocar antes – ela parecia... constrangida?

Hunf. Eu nunca fui bom em decifrar expressões, mas acho que era isso.

Ela segurava roupas novas nos braços. Dando de ombros comecei a me trocar ali mesmo, Esme fez um som meio engasgado e senti o vento quando ela subiu correndo as escadas.

Fique meio confuso, qual era o problema?

–Nós nascemos em épocas um pouco mais... conservadoras, acho que é possível falar assim.

Edward se materializou do meu lado.

Querendo testar a tão maravilhosa habilidade dele. Ora, vocês são vampiros e se nada der errado, então vão viver para sempre, em um momento ou outro vão ver mais coisas do que deveriam.

Ele revirou os olhos. Legal, funcionava. Dessa vez ganhei um olhar incrédulo, os lábios dele firmemente pressionados. Comecei a rir.

–Seja como for. Eu estou certo, não?

Suspirando ele me respondeu.

–Talvez. Mas como você mesmo já disse, nós somos vampiros, graças aos nossos sentidos ficamos sabendo de muito mais do que deveríamos, então tentamos respeitar a privacidade um do outro.

A palavra privacidade me fez pensar nele e na esposa dele, Bella. Uuuuh! Será que isso quer dizer que eu ainda podia...

Olhei para ele como se esperando uma resposta.

O vampiro começou a tossir de olhos arregalados.

–Sim, mesmo que nos tornamos vampiros, ainda somos homens, podemos nos... excitar – limpou a garganta – como Carlisle já lhe explicou, todos os fluidos do nosso corpo foram substituídos por veneno. Não podemos chorar e não temos mais... necessidades mundanas. No entanto é possível a realização do... intercurso.

Ri de novo. Ele se forçava a falar. Era muito engraçado como ele tentava substituir a palavra ereção, ir ao banheiro e sexo.

Ri mais ainda, a cara dele! Pelo visto essa história de ler mentes vai ser bem mais divertida do que eu pensava.

Acabei de me vestir e Esme ainda parecendo constrangida me passou um pano úmido para o sangue seco da minha boca e mãos.

–Obrigado, mamãe vampira – Esme, que até então estava seguindo para as escadas pulou uns 30 centímetros de susto e ainda no ar se virou para mim. Os olhos arregalados e a boca meio aberta. Comecei a rir. Ai, essa história de vampiro também vai ser divertida.

Já gostei dessa família, sabia que ia rir e muito por aqui. Eu não conseguia decidir quem estava com os olhos mais arregalados Esme ou Edward. Mas Esme se recompôs mais rápida, pena, o rosto dela estava engraçado.

–De nada, querido – sorrindo meio incerta voou escada a cima.

–Então... o que vocês vampiros fazem como diversão?

Mesmo Rosalie, que estava ajeitando seus cachos em seu quarto e estava mais do que satisfeita por Carlisle atender seu pedido, e mesmo não podendo ouvir os pensamentos de Bella.

Edward só conseguia pensar e ouvir uma coisa:

MEU DEUS!


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Notas finais do capítulo

então, eu sei que não estou em condições de exigir nada considerando o tempo que eu demorei, mas não pude deixar de notar que eu tenho 62 leitores e só uns 12 reviews por capitulo....