A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 13
Lutas e Humanidade


Notas iniciais do capítulo

RUMOS AOS 100 REVIEWS!!!! por favor AJUDEEEEEM!bom... eu voltei de viagem, heheJá li todas as reviews e muito orbigada msm... apesar de que em média só 10 pessoas comentam mesmo que tenha quase 40 leitores... mas eu supero!... Pelo menos tento...hmmm... eu tbm contei por cima e tem 8 leitores fantasmas T.T só deem um sinal de vida vai!!! nem custa nada T.Té só escrever uma palavrinha tipo "legal", "melhore", "ruim", eu não sou exigente...boa leitura! =*



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Capítulo 13 – Lutas e Humanos.

Fazia seis meses que estavam em uma rotina agradável, a cidade de Rochester acostumou-se e começou a ignorar a presença dos Cullen. Ou ao menos, o máximo que humanos conseguem se acostumar e ignorar a presença de vampiros.

Mas depois de um tempo era sempre a mesma coisa... sendo educados, mas não fazendo nenhum tipo de esforço para se socializar, sem falar com ninguém que não fossem eles mesmos, como se não notassem mais ninguém. Logo, começavam a ser ignorados.

Vendo como sua família cresceu, Carlisle não pode deixar de pensar que já havia e continuaria fazendo bastante pela humanidade.

Todos ali, naquela floresta, escolhida para a caça da família, seguiam suas crenças.

Carlisle é o mais sensível em relação aos humanos, no entanto nunca demonstrou nenhum outro interesse a não ser proteger suas vidas. Acredita que, quando alguém morre, todo o seu presente e futuro somem e o seu passado corrompe os mais próximos. Com a dor e sofrimento.

Esme acha que existem uns melhores do que outros, mas segue a filosofia de Carlisle quanto a proteger vidas humanas. Acredita, assim como ele, que talvez, poupando esses que são mais fracos, tenham se redimido por ser o que eram.

Edward já deixou bem claro que para ele, todos os humanos são iguais, não importa que dons eles possam ter se transformados, não importa que vidas eles levam, mas acredita que uma vida não pode ser aniquilada como bem entender.

Já Bella, assim como Carlisle, que tem o melhor autocontrole, que nunca havia encostado-se a uma única gota de sangue humano, segue sua “religião”,como gosta de brincar, mas não possui exatamente a mesma fé. Acredita que possam se redimir poupando as vidas inocentes, mas depois de vivenciar tantas coisas em sua vida, há vezes que ela gostaria de intervir.

Roubos, abusos, mortes... mas sabe que se intervir, isso pode se tornar um hábito, e está muito longe de se considerar uma super heroína.

Para não existir problemas de qualquer gênero, passaram a ignorar os humanos. Carlisle, como médico, os trata como pacientes e nada mais, não iria cometer o erro de se afeiçoar demais a nenhum deles, o mesmo ocorria com os outros.

Nesse meio tempo, Esme aprendeu alguns movimentos de luta, o bastante para se defender, mas ela não tinha interesse nenhum nisso, não gostava de batalhas.

Já Edward começou a aprender com Carlisle para testar e aprimorar seu dom em lutas. Carlisle tinha a experiência de quase 300 anos de imortalidade, parecia que Edward voltava ao início do treino com Bella, mesmo com seu dom, ele não era capaz de vencer Carlisle, mas estava progredindo. Os dois se divertiam quando treinavam, e por vezes se deixavam levar um pouco demais o que deixava Esme a ponto de ter um ataque.

Apesar de o loiro evitar o máximo que consegue a necessidade de acabar com qualquer vida racional, se divertia e se sentia mais imaturo e jovem quando “brincava” desse jeito. Nunca imaginou que um dia ia ensinar e brincar de luta com um filho seu.

Então havia Bella, que também estava adaptando seu dom em combate, até agora só criava escudos físicos e mentais envolta daqueles que queria proteger, eram totalmente invisíveis para humanos e mesmo imortais teriam de observar muito bem para que pudessem vê-lo.

–Como vou explicar? Uma vez que vocês conseguem vê-lo nunca mais irão necessitar se concentrar para enxergá-lo novamente. Vê? Agora, apesar de translúcido, vocês conseguem vê-lo claramente. Como se fosse vidro com coloração azul. Mas outros imortais, terão de se concentrar e, claro, para um humano, é impossível.

Sim, parecia, literalmente, uma bola de gude. Só que mais translúcida, talvez uma fina redoma de água?

Esme ainda era recém nascida quando Bella e Edward lhe explicaram detalhadamente seus dons. O mais complicado com certeza era o de Bella.

Era uma redoma, um meio circulo perfeito que se formava a partir do chão. Possuía uma coloração meio azulada e quando alguém de fora o tocava, a vista de dentro parecia como se estivesse encostando-se a um vidro. Aqueles que estavam dentro eram capazes de ir para fora perfeitamente, como se ele não existisse.

A própria Bella dizia que formava uma esfera perfeita, mas a outra metade estava a baixo do solo. Como todos na casa já viram, Bella era capaz de criar vários pequenos escudos de uma só vez em volta dos objetos e transportá-los para o local que deseja.

Depois de algumas décadas conseguiu moldá-los na forma que bem entendesse, envolvendo seus recipientes de tinta e tampas em suas próprias formas, treinando tampá-los e destampá-los. Antes não era possível já que o escudo era completamente esférico, o efeito anterior parecia com duas bolas de gude se chocando uma a outra.

Hoje, ela já tinha tal controle de seu dom, que o moldava nos objetos mesmo sem perceber, uma vez que já havia estragado muitas de suas coisas.

–Se eu não moldar perfeitamente, se eu criar um escudo que passe entre o objeto, o efeito seria quase uma guilhotina, como se alguém o tivesse cortado – explicou para Edward e Esme, um dia.

E de fato, sem deixar marcas, com um corte perfeito se fazia quando o escudo passava os objetos.

E era isso que estava treinando.

Ela era um escudo. De acordo com Eleazar, a função de um escudo era proteger a si mesmo e, algumas vezes, conseguia proteger outro juntamente. Mas agora que ele via a capacidade do escudo de Bella, sabia que ele podia ser, não apenas um dom defensivo, mas ofensivo também.

É claro, que ela não ia treinar com nenhum de seus amigos e muito menos com alguém de sua família, então a floresta escolhida estava sofrendo.

Ela criava inúmeros escudos de vários tamanhos, consecutivamente, dentro das árvores, no solo, rochas, e conseguia cortar todos perfeitamente em uma esfera. Já chegou a arrancar um pedaço de um precipício. Não sabia se era capaz de cortar um vampiro, mas Eleazar lhe dissera que com certeza iria ser capaz, uma vez que os dons se aprimoram com o tempo. E também nunca testara o quanto ela podia expandi-lo mesmo para proteção.

Não prestara muita dedicação a ele nas ultimas décadas, com a chegada de Edward e Esme foram pouquíssimas as vezes que treinara o corte, mas conseguia evitar o corte se necessário, mesmo que crie um escudo dentro de alguma coisa, Bella podia decidir se destruía ou não. Não se podia dizer o mesmo do transporte.

Quando treinava com Edward, que estava cada vez melhor, agora se dava o luxo de usar seu dom, mas só para aborrecê-lo, um pouquinho.

–BELLA! – gritou quando esta o suspendeu no ar. Estava preso e uma das esferas da esposa a quase três metros do chão.

A garota não ia fazer nada disso se não tivesse certeza de que o marido ficasse inteiro, então, mais pela segurança daqueles que gostava do que por outro motivo, estava treinando bem mais como não cortar as coisas. Estreitou os olhos quando ela não parou de rir e sentou-se no “chão”.

Bella, ao ver que o marido baixara a guarda, cancelou o escudo e Edward caiu no chão.

–BELLA!

Gargalhava tanto que caiu no chão, a grama sujando a saia do vestido cor de ostra.

Carlisle e Esme riam baixinho um pouco mais afastados. Realmente, a única que podia fazer Edward de bobo era Bella.

Primeiro que ela era a única que não tinha seus pensamentos lidos e, conseqüentemente, suas ações previstas.

Segundo... que ela era a única que não o fazia ter um acesso de raiva.

Tanto que ele começou a rir junto alguns segundos depois. Suspirou. Se fosse outro, ele já estaria queimando em uma fogueira. Nunca se atreveria a levantar um dedo que fosse para Bella, pelo menos não seriamente.

Então havia Edward.

Edward treinou bem mais intensamente, no entanto por muito menos tempo, o seu dom do que Bella, apesar de não estar tão bem quanto ela, consegue ler os pensamentos de pessoas até 3 km de distância, os de Carlisle e Esme, a uns bons 10 km.

Para cobrir tal distância, era necessária certa concentração, mas assim que as escutava era fácil acompanhar.

Não sabia como bloqueá-los o que fazia com que muitas vezes, evitasse multidões.

Eleazar havia sugerido que ignorasse e focasse em outra coisa, estava indo bem, mas havia ocasiões em que uma ou duas pessoas estavam “gritando” tanto, que não havia como ignorar e, infelizmente, eram esses os pensamentos mais idiotas.

De acordo com Edward, era como estar em uma imensa sala lotada de pessoas falando com volumes variando de acordo com a distância. Mas dependia também de quanto Edward já ouviu a voz mental da pessoa quanto a sua proximidade física com ela.

Conseguia discernir tranquilamente o que cada um estava falando, mesmo assim, grandes multidões o deixavam desconfortável, eram tantas vozes que se pudesse teria enxaquecas.

Quanto mais se acostumava à “voz” mental de alguém, maior era a distância que conseguia ouvi-la. Os restantes dos Cullen podiam estar a no máximo 10 km que Edward conseguiria ouvi-los. Geralmente ele escutava, sem esforço a 7 km.

Não era um dom fácil de se lidar, mas era muito forte e útil.

–Vamos, vamos... vocês dois! Prometeram que iam conosco até o centro. Bella pode aproveitar e comprar mais tintas já que as suas estão acabando, Edward tem aquela exposição de carros, Carlisle está de folga por isso vai comigo ver alguns vasos para a sala. Depois quero comprar um vestido novo para Bella.

Carlisle riu, Esme estava muito animada, era a primeira vez que fazia parte do cotidiano normal dos Cullen.

Ficaram o fim de semana inteiro em uma cidade próxima, no coração de uma floresta. Era um ótimo local para caça mesmo que fosse um pouquinho longe.

O estado das roupas era quase lamentável, rasgadas, sujas de sangue e terra.

Não estariam sujas de sangue se Edward e Carlisle não começassem a “brincar” e distraíssem Esme e Bella de suas caças, sujando completamente os vestidos.

Mesmo sendo o que eram...

Mesmo pertencendo a um mundo não humano...

Não perderam a humanidade...

Eram quase cinco da manhã de domingo quando começaram a correr de volta para casa.

Edward e Bella não iriam para a escola segunda-feira graças a um feriado.

Carlisle havia tirado folga do hospital pelos próximos dois dias, portanto os acompanhou até o centro.

Devidamente arrumados e limpos foram andando até o centro. Como ainda era cedo, não havia movimentação na rua, mesmo sendo segunda-feira. Mesmo que fosse suspeito, os quatro estavam no centro sem nenhum tipo de transporte, considerando o quão longe era a casa deles.

Bella suspirou contente. Prendia o cabelo em um rabo de cavalo para treinar com o pai ou Edward, porque realmente atrapalhava, mas ficou aliviada ao ver que não era mais necessário prende-lo para sair por ai.

Então a franja que alcançava seu queixo com uma bela curva, balançava livremente na frente do seu olho esquerdo.

Nessa hora um homem vestido com uma elegância meio exagerada passou do outro lado da rua, conversava com outro homem igualmente exagerado enquanto uma mulher que claramente era esposa do primeiro estava um pouco atrás com uma dama de companhia. Em silêncio e uma postura meio submissa.

Revirou os olhos, agora intensamente dourados devido à caçada recente. Pelo visto nem tudo havia mudado.

Animou-se junto com Esme ao ver as prateleiras cheias de tintas, telas encostadas na parede ao fundo, pincéis enfileirados...

Edward riu quando Bella correu, em velocidade humana, pela loja, pegando tudo o que precisava.

Ela havia parado há alguns anos, de pintar a mãe, ainda preservava alguns de seus quadros, mas estava indo muito bem. Um dia Edward a pegou em flagrante enquanto pintava o rosto de Esme, mas seu apreço e adoração por pinturas não havia mudado, quase superava seu gosto por livros. Quase.

Por falar em Esme, ninguém nunca havia feito Carlisle tão feliz. A acompanhava mais do que satisfeito em todos os lugares que ela sempre quisera e nunca teve possibilidade. Estava arrastando Bella para uma loja de vestidos, reprimiu um riso com a careta da filha e a expressão ansiosa de Esme. Bella nunca havia gostado de compras. Esme era especial, e lhe dava mais credito ainda por conseguir convencer Bella a fazer compras junto com ela.

–Rapazes, vamos demorar um pouco, podem ir àquela exposição se quiserem.

–Elas nos dispensaram? – perguntou Edward quando a porta da loja se fechou nem sua cara. Carlisle ria sem graça.

–Acho que sim. Bem... vamos ver os carros?

–O que acha desse, querida? – Esme saiu do provador com um vestido de seda branco. Tinha tantos babados na saia que duas pessoas podiam se esconder sobre ela.

–Er... acho melhor não... – Bella respondeu meio abismada que Esme poderia escolher algo assim.

Uma das vendedoras estava rindo com a amiga do fim da loja.

–Você que sugeriu este a ela?

–Ora, diga-me que não estas achando graça...

Agora entendia... suspirou pesadamente quando Esme se via no espelho triplo.

–Por que não vamos à outras lojas? Vi uma que tinha um vestido na vitrine que iria ficar lindo em você...

–Ah... claro, vamos lá...

Enquanto Esme se trocava, Bella se levantou e foi diretamente a moça que tinha sugerido o vestido.

–Olá...

–O-o-oi... e-em que posso ajudá-la?

–A senhorita ganha por comissão não é mesmo?

Será que ela está interessada em trabalhar aqui? Bella revirou os olhos, a moçinha atrevida estava pensando tão fortemente nisso que dava para ver até em sua expressão.

–Sim, ganho por comissão...

–Oh! Entendo... – com um sorriso, sem mostrar os dentes, simpático, Bella se afastou.

–Vamos, Esme?

–Claro, mas tem certeza de que não quer comprar nada desta loja?

–Não, nada aqui me agradou...

A amiga começou a rir enquanto a outra tinha a boca aberta, indignada.

Bella tinha um gênio horrível, que na maioria das vezes, conseguia controlar perfeitamente, mas era só mexer com alguém de sua família...

Por sorte, Esme não notara nada. Da última vez, a repreendeu. Apesar de achar bem engraçado, não gostava quando um de seus filhos fazia outra pessoa se sentir desconfortável. Como se isso fosse possível sendo vampiros...

Edward estava fascinado com os antigos carros enquanto Carlisle fazia infinitas perguntas para o pobre gerente assustado.

–Olhe só para isso... não é muito aerodinâmico, tenho certeza de que ficaria melhor se não tivesse essas hastes...

–Edward... não acha que você gosta... um pouquinho demais dessas maquinas? Bella pode ficar enciumada...

–Está tão bem humorado hoje, Carlisle. Mas não. Eu que tenho ciúmes das telas, das tintas, das...

E os dois começaram a rir, alto o suficiente para que aqueles que estavam um pouco mais perto se sentissem temerosos, principalmente pelos dois Cullen, ao rirem, estarem mostrando os dentes brancos e intimidadores demais.

Esme e Bella pararam em uma das lojas mais caras de Rochester, eram poucas as mulheres que mandavam fazer seus próprios vestidos. Lá, as clientes escolhiam o vestido de que mais gostava, davam suas medidas para as vendedoras, escolhiam as cores e os tecidos a serem usados.

Na saída, com seus vestidos já encomendados, se encontraram com Edward e Carlisle, Edward as seguira pelos pensamentos dos outros moradores à medida que procuravam pelas duas.

Os quatro foram ver os preciosos vasos de Esme. De acordo com esta, só falta esse detalhe para que a casa ficasse perfeita.

Esme viu a careta de Edward e como ele puxou a parceira para mais perto. Bem... Bella tem o dom mais complicado, mas o dom de Edward certamente é o mais irritante. Não saberia o que fazer se pudesse ler todos os pensamentos ao seu redor o tempo todo e sem poder controlar.

Passaram ao lado de uma garota loira, muito bonita, até mesmo para uma humana. Nem prestaram muita atenção nela, não prestavam atenção em quase ninguém na verdade, mas Bella estranhou o franzir de sobrancelhas de Edward.

–O que houve?

–Essa menina... realmente é bem irritante.

Elevou as sobrancelhas em surpresa, mas Edward balançou a cabeça como quem despreza, não era importante...


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Notas finais do capítulo

leitores fantasmas APARENÇAM!!!!!!mas eu dedico esse cap a COSTA e patyta cullen... são os leitores que mais deixam review! orbigada msm!