A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 14
A Menina Hale


Notas iniciais do capítulo

eu sei eu sei, me desculpem meeeeesmo, mas eua visei que ia viajar.... me desculpem tbm pelo cap podre, mas eu nao gastei muito tempo com ele, o proximo vai ser beeeeeeem grande para compensar essa merdinha aqui em baixo, haha
boa leitura... ta bem curtinho e ta uma merreca, mas ele é necessário para dar continuação...



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Capítulo 14 – A Menina Hale.

Abril de 1931...

Rochester, Nova York.

-Por que não? – Bella continuava a insistir com Edward.

Estavam discutindo, mais uma vez, os motivos de Edward não gostar de Emily Brontë, autora de um dos livros favoritos de Bella, Morro dos Ventos Uivantes.

-Bella – suspirou teatralmente – por que você gosta dessa... história de terror?

Sabia que estava brincando com o fogo, mas Bella era adorável quando brava... e não estando lutando com ele.

Não se decepcionou, sua querida e, na maioria das vezes, controlada esposa estava prestes a gritar com ele a plenos pulmões. Soltou uma risadinha.

Estavam sentados em um delicado café, os donos, um casal de idosos sempre os trataram muito bem, muito melhor do que era o normal para humanos. Por isso, os Cullen acabaram por sempre fazer lucrar aquele pequeno e aconchegante lugar.

Apesar de terem sido poucas, todas as vezes que iam ao centro paravam e compravam quase a loja inteira. De pequenos croissants até o maior dos bolos, sempre com a desculpa que receberiam visitas. Claro que era mentira, afinal só de pensar em ingerir aquelas massas com fermento e recheio, surgia uma careta nos belos rostos, doavam toda a comida para um orfanato, há duas cidades de distância.

Mas gostaram tanto dos dois senhores que não sabiam outra forma para agradá-los. Bella e Edward estavam “descansando” em uma das mesas do café, enquanto Carlisle estava no hospital e Esme estava comprando alguma coisa para casa.

Edward não corria o risco de irritar sua companheira em um local em que ela pudesse lhe atacar, por isso era sempre a faculdade, lugares lotados de humanos ou dentro de casa. Afinal... Esme era capaz de ter um derrame se algo acontecesse com algum ornamento.

Por isso, se contorcia para controlar a risada enquanto Bella se contorcia para se controlar... tinha pena de seu pobre chapéu que fora tirado enquanto se sentavam e agora estava sendo torcido nas pequenas mãos brancas.

Respirou fundo... atacá-lo não vai fazer diferença e ainda teríamos de nos mudar logo depois... Este era o seu mantra. Olhou para o homem com quem se casou... rindo discretamente, mas sabia que se fosse em casa já estaria quase rolando pelo chão.

Na maior parte do tempo, Edward mostrava-se maduro, adulto, com atos responsáveis... mas havia vezes, como agora, que ele realmente conseguia acabar com a sua paciência.

De repente Edward parou de rir e fez uma careta irritada.

-O que foi?

Ele olhou de soslaio para o outro lado da rua e Bella discretamente seguiu seu olhar.

Uma moça loira, muito bonita estava em frente a uma loja de vestidos. Uma das melhores e mais caras lojas de Rochester.

Rosalie Hale.

Edward realmente não sentia simpatia nenhuma pela “criança”.

Estava passeando pela  cidade, Bella queria assistir a uma peça em cartaz naquela semana. Quando a Hale passou por eles. Uma raiva imensa, incômodo, possessão pesou naquele instante e Edward captou cada pensamento cheio de amargura.

Era quase uma ofensa para Rosalie que Bella e Esme Cullen fossem mais bonitas que si, uma agressão quase física que toda aquela família, inclusive os homens, tivesse maior beleza.

Rosalie havia parado no meio da rua para esperar a mãe, aproveitando aquela oportunidade para analisar melhor os tão famigerados Cullen que por “sorte” estavam parados na fila dos ingressos para o teatro.

Todos vestidos elegantemente, sem exageros, como se quisessem passar despercebidos, com cores neutras. Mas não pareceu isso a Rosalie quando esta viu as belas jóias das mulheres e os relógios caros dos homens.

Fútil. Se alguém pedisse a Edward que descrevesse Rosalie, essa seria a palavra exata que usaria.

Essa vez no café era a terceira vez que a loira via os Cullen em público, e como nas duas outras vezes, os mesmos sentimentos mesquinhos tomaram conta de seus pensamentos aborrecidos. Não havia percebido que os dois Cullen a olhavam de soslaio, claro, se os Cullen não quiserem, fazem qualquer um acreditar em qualquer coisa...

-Não dê atenção... – sussurrou Bella docemente. Edward já havia comentado o quão superficial a loira era.

-Sim – Edward respondeu.

Dessa vez Bella desviou completamente a atenção da Hale.

Seu marido não se importava muito com nenhum humano, Rosalie Hale não era exceção, mas seus pensamentos idiotas o irritavam.

-Bella?

-Hm? O que foi, Edward?

-Vamos? – e apontou para o final da rua, onde Carlisle e Esme os esperavam.

Não pensaram mais em Rosalie Hale.

Edward conhecia mais ou menos a todos na cidade graças ao seu dom.

Acostumada à atenção, a loura era uma completa ignorante. De mente fechada, mesquinha e esnobe. Edward não se surpreenderia nas grandes burrices que ela cometeria na curta vida. Em comparação aos vampiros, os humanos realmente tinham pouco tempo para desperdiçar...

Uns desperdiçavam e nem ao menos percebiam, outros, mais sortudos, percebiam, mas tarde demais. E havia alguns poucos, muito raros, que viviam intensamente cada dia, não desperdiçavam tempo como todos os demais tolos.

Rosalie, infelizmente para ela, era um caso da primeira opção. O pai trabalhava em um banco, cujos donos eram a família King.

O extremo oposto dos Cullen, os King sempre estavam em centros lotados, sempre se retratando que chame mais atenção possível. Com jóias tão extravagantes que chegava a ser vulgar, vestidos, ternos, sapatos com a rica marca bem ilustrada para todos verem.

O “filho mais velho” de Esme não se surpreendera em nada quando Rosalie Lilian Hale e Royce King II anunciaram, com muita pompa o seu noivado.  

A mãe da menina cuidava dos filhos e da casa. Parecia haver certa preferência a Rosalie, mas Edward não gostava de invadir a privacidade alheia e nunca teve muito interesse por nenhum humano, portanto dispensou pouca importância a qualquer coisa sobre qualquer um. Pelo que ouviu superficialmente parecia haver muita ganância por parte da família de Rosalie.

Mas a verdade é que, à mando de Carlisle, Edward faz uma monitoração geral de todas as mentes da cidade, se os Cullen levantarem qualquer mínima suspeita, se mudarão imediatamente.

-Estão prontos queridos?

-Claro, Esme. Vamos sim – respondeu Bella.

Rosalie continuou encarando os quatro Cullen que desapareciam dentro de dois luxuosos carros. Reprimiu bufar. Era ridículo! Completamente ridículo! Como poderia haver pessoas tão... perfeitas?

Extremamente lindos...

Extremamente ricos...

No entanto... um sorriso surgiu em seus lábios cheios, havia algumas coisas que ela conseguiria e que as duas Cullen, principalmente a mais velha não poderia ter.

Filhos e pompa. Os casamentos dos dois casais que compunham a família Cullen haviam ocorrido antes de se mudarem para Rochester, o que significava que as duas mulheres que chamavam tanta atenção não teriam mais o foco por muito mais tempo.

E pelo que ouvira falar, a mais velha das Cullen não podia gerar o que resultou no pedido desta para que seu irmão mais novo e sua cunhada ficassem junto a eles.

Satisfeita, seguiu a mãe para a última prova de seu vestido de noiva.

A menina Hale...

Alta, escultural, belíssimos, longos e cacheados cabelos dourados e olhos violetas emoldurados por grossas camadas de cílios. Era inegável o fato de que Rosalie era uma mulher estonteante.

Infelizmente isso parece ser o centro de sua vida. Ela merece algum credito por considerar dar a luz e criar um filho um objetivo importante, mas mesmo com esse desejo ainda era extremamente superficial.

A loura se transformara em uma completa ignorante, escolhendo se importar como o tempo afetaria seu cabelo do que com o fato de que seu digno, orgulhoso e belo noivo era na verdade um completo idiota.

Royce King também era um dos humanos que Edward não teria piedade se não houvesse escolha em seus hábitos alimentares.

No primeiro segundo em que o filho mais novo dos King colocou seus olhos hediondos em Bella, inúmeras imagens maliciosas sem nenhum gênero de pudor invadiram sua mente, Edward estaria surpreso pela quantidade de situações que foram capazes de passar em um único segundo se não fosse pela raiva assassina que havia sentido no momento.

Os dois loiros, Rosalie e Royce, na opinião de Edward eram perfeitos um para o outro.

Dois idiotas...


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