Pov: Autora
     Um dia me dizeram que quando se pensa de mais, se fica confuso, de fato, era assim mesmo que estava Annabeth.
     Não conseguia fixar o pensamento em nada, olhava para todos os lados como se procurasse uma resposta no meio do nada, é claro que era algo difícil de fazer, se formos analizar bem... Sua vida depende de uma simples palavrinha, que só ela podia dizer...
    Mesmo tendo pensado o dia todo e não ter dormido de noite, Annabeth ainda não sabia o que responder, cada vez estava pior, só para variar, o tempo naqueles dias decidiu passar rápido, rápido demais para falar a verdade... 

Toda vez que Annie olhava para filha pensava que sua resposta deveria ser sim, mas ao olhar todas as fotos em que elas estavam sozinhas, fez com que ela lembrasse que não estava mais acostumada a ter Percy em sua vida, estava, naturalmente, acostumada a pensar nele apenas como algo do pasado, não como alguém que realmente pudesse estar lá ao seu lado, sempre. 

Esta com raiva de si mesma, queria saber o que fazer, mas de fato, estava muito difícil, estava com vontade de bater em seu rosto até ter uma resposta, mas aquela era a pior ideia que tinha tido. Extrair, o mínimo que fosse de sanidade de sua cabeça, era quase uma tarefa impossível. Até mesmo para uma filha de Atena.
         Estava querendo arrego, apoio, tinha isso de Thalia, mas, mesmo assim, ela queria uma segunda opinião, não que quisesse que alguém decidisse por ela, mas ao menos uma palavra poderia despertar algo de bom em sua mente. Com esse mesmo pensamento, ela estava sentada á mais de duas horas no sofá, olhando para a velha chaminé, que a muito tempo encontrava-se desligada.

 Helena estava passeando com Nico, já que os hormônios de Thali andavam atacados e Annabeth precisava de um momento sozinha para pensar no que fazer. Se levantou e foi até um espelho próximo do corredor, passou a mão pelo rosto, vendo que o mesmo mudara um pouco desde a época que era mais uma das campistas de Quíron... Esse sim foi, por muitos anos, seu mentor e guia, sentia a falta dele, era uma boa compania para conversar, hoje ele anda muito ocupado e eles mal se falam agora.
            De repente...
 Alguém resolveu fazer-lhe uma visita, nada normal.
            -Mãe? -Annabeth perguntou ao ver Atena, com seu típico olhar cinzento e a pose de poder.

-Olá, Annabeth. -ela disse calmamente.

-O que faz aqui? -ela perguntou ainda surpresa.

-Vim fazer-lhe uma visita, tenho ouvido algums comentários no olimpo sobre você e o filho do pescador.

-As notícias correm rápido por lá. -ela disse rindo.

-De fato, chegam sim. Mas queria saber como vai proceder?

-Eu ainda não sei ao certo... O que me lembra de perguntar outra vez: O que está fazendo aqui?

-Basicamente, duas coisas: Ver a minha neta e pedir a você que ignore, pelo menos hoje e sem mais exeções, a razão que tanto valorizamos.

-Espera, quer que eu ignore a razão? Mas... Mas, você é Atena!

-Disso, eu sei.

-Então...

-Filha, sei que geralmente, Afrodite faz essas visitas ás filhas e diz coisas como essa que vou te falar agora, mas.. Acho que dessa vez é preciso.

-O quê?

-Que você siga o seu coração.

-Isso vai contra todas as suas regras. -ela murmurrou baixinho.

-Pra você ver, deve notar o quanto é importante.

-É...Mas, qual a razão disso?

-Eu quero que você seja feliz. e que minha neta tenha um pai. Claro que eu acho que você merece alguém melhor, mas sei que você o ama...Então.

-Lady Atena, acho que tem algo mudado em você?

-Pode até ser, mas o foco aqui é você, então não discuta.

-Você está apaixonada! -Annabeth concluiu.

-Um pouco... -Atena falou sem querer.

-Por quem?

-Agora não, Annabeth, logo você vai saber, mas agora eu quero que leve em conta todos os momentos bons que teve com o Perseu e guarde-os bem, acho que eles vão lhe dar a resposta certa.

-Nossa, eu estou com um pouco de medo de você agora, falou uma frase digna de Afrodite.

-Eu sei, estou assustada também...

-Não se preocupe, eu até gostei. -Atena revirou os olhos.

-Espero que ouça o que eu digo.

-Obrigada, mãe!

 E lá ela ficou parada olhando para o nada, estava com um pequeno sorriso no rosto, sabendo que sua decisão já estava tomada, era sua ultima chance e sua decisão era racional e ao memso tempo emocional, sabia que era certo, mesmo tendo medo do futuro... Respirou fundo, pegou a bolsa e foi encontrar Percy Jackson, com uma decisão em mãos.