Fahrenheit e Absinto escrita por Aleksa


Capítulo 41
Capítulo 41




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- Você está... Vivo...? – ela parece em choque.

- Eu... Acho que nunca morri. – ele diz, com certa estranheza.

- SEU CRETINO!

Então os olhos dela se acendem em brilho verde e uma grande aura luminosa se manifesta na forma de um animal verde e aparentemente feroz.

- EU VOU ARRANCAR O SEU ROSTO!

Alexis arqueia as sobrancelhas, não tinha muita certeza do que havia feito para ser ameaçado de morte, mas com certeza devia ter feito algo, afinal ele sabia muito bem que não prestava.

Dilian se pôs entre os dois.

- Não, você não vai arrancar o rosto de ninguém, principalmente por que o senhor Devareaux foi muito gentil em nos conceder a redenção.

- Correção. O meu irmão fez isso, eu não fiz coisa alguma.

- Cafageste! – e um vaso é arremessado. – E pensar que eu amava você!

Não teve nem a decência de avisá-la... Nada... Talvez ela já devesse esperar que não fosse assim tão mágico, nem tão puro quanto ela imaginava, talvez ela também fosse um jogo.

E ELA HAVIA ABERTO MÃO DE TUDO O QUE TINHA POR ISSO!

- Erm...

- NÃO! NÃO DIGA NADA! Eu devia saber... Que você era o cafajeste que parecia! Ninguém tão bonito, rico, poderoso e educado pode ser alguém que preste!

- Eu...-

Luka entrou pela porta, parando ao lado do irmão.

- Do que se trata essa comoção toda?

- Esse seu irmão cafajeste! É disso que se trata!

- O que você fez dessa vez Alexiellis...?

- Eu não sei! Eu achava que nada... Mas ela parece muito zangada, ela ameaçou arrancar a minha cara, Luka!

- Você... Sei lá, avisou ela que não tinha morrido no incidente com a estaca?

- Eu não. Devia?

- Alexis você é a coisa burra mais burra desse mundo.

- Mas o que foi que eu fiz?!

- Desculpe Absinthe, meu irmão não é bom em se preocupar com pessoas que não ele ou a família... Acho que ele nem se quer pensou na possibilidade de você saber que ele tinha sofrido um acidente... Ou ligar pra perguntar se você está bem... Ou qualquer outra coisa, ele simplesmente não é assim.

- Eu passei as últimas semanas achando que ele tinha morrido! E esse cretino nem sequer se preocupa em mandar um recado no celular?!

- Se serve de consolo, ele não tem saído pra caçar também. Ou dormido. Ou feito qualquer coisa que ele fazia antes.

- Não serve! Mas saber que ele estava infeliz me faz sentir melhor...

- Que bom então. – ele sorri.

Alexis encarava o irmão com certa desconfiança.

- Deixe a moça ser um pouco egoísta Alexis, é fútil mas não há tempo para explicar por que seu cérebro estava tão longe do joguinho que tinham.

- O que? – ela pergunta.

- Ouça humana, o mundo em que eu e ele vivemos nunca será o mesmo que o seu, mesmo que Alexis parecesse gostar  mais de você que das outras moças, ele nunca vai ficar correspondendo as suas expectativas femininas sempre, por que ele não tem só a vida dele pra cuidar, se o que ele é não lhe é o bastante então você se apaixonou pela sua imaginação, não pelo meu irmão.

- Eu-

- Pare de resmungar, entendo que você perdeu muito com tudo isso, mas ele não a obrigou a se envolver com ele, meu irmão é um cafajeste sim, mas todos nós somos, e se ele não se importasse com você, tanto você quanto a sua família estaria mortos agora. Mas isso não se trata só de você e do seu romancezinho adolescente, trata-se do futuro da minha espécie e da sua sub-raça. – ele diz arregaçando as mangas. – Eu já não gosto de você por interferir nos negócios da minha família, não comece a dar chilique dentro da minha casa, ou eu ponho você e esse seu bichinho feito de brilho pra fora no tapa, e eu não quero saber se você se acha poderosa agora, eu tenho mais de dois mil anos de vida e não ligo a mínima pro fato de você ser mulher.

Absinthe estava chocada, como ele podia ser tão frio.

- Se você quiser discutir seu ridículo caso amoroso com o meu irmão cafajeste depois de resolvida a questão, ótimo. Se não vá chorar suas tristezas em algum lugar onde as pessoas tenham tempo de te ouvir, eu ODEIO gente fraca. Saiba disso. E se quiser resolver seus problemas pessoais comigo depois dessa briga, ótimo também, estarei esperando. – Luka prende o cabelo. – Não ache que você é forte só por conta do seu poderzinho novo, quer ser forte, quero ver. Agora todo mundo, chega dessa besteira, vamos.

 Luka sai da casa e vai para o jardim, seguidos por Ludwig, Giovanni, Ivan e Dylan, e em seguida pelos Eternos, até só restarem Alexis e Absinthe na sala.

- Discutimos isso depois, por enquanto temos que ir. Se não quiser mais nos ajudar, tudo bem.

- Eu prometi a Dilian.

***

- Cartier, estão todos prontos. – Valerius diz.

- Chame solte todas as crianças perdidas. – ele declara, colocando a pesada capa sobre as costas e fechando com o broche de pedra escura.

- Sim senhor.

Valsher e as outras harpias das neves pousaram no jardim, Cartier foi recebe-los enquanto as crianças perdidas corriam pra fora da casa trotando as patas na neve fofa, marcando-a com as unhas.

Os irmãos de Cartier se postavam atrás dele, espalhados pelo jardim.

- Pronto para tomar uma posição, passarinho?

- Pena que tenha de ser ao seu lado totó.

- Totó? – ele arqueia uma das sobrancelhas, cruzando os braços.

- Sim, totó. Agora vamos, sua casa me da dor de cabeça.

As harpias alçaram voo, e os cães das sombras saíram pela floresta, descendo a encosta cheia de neve da montanha.

Sentados do lado de fora da casa dos filhos da noite, a roda dos Eternos formava um circulo no chão.

- Quando estiverem prontos. – Dilian diz a todos, sendo saudado por um aceno de cabeça geral.

Todos tomam o ar, Dilian sorri amigavelmente, ele estende a ela uma pequena folha de alumínio cortante.

- [Que pare o mundo.] – todos dizem em uníssono.

Um momento de realidade é quebrado, todas as pessoas param, todos os carros param, todas as vozes param, todas as mentes param, todos no território do país param.

Dilian toma a frente.

- [Todos os meus filhos, descendentes do meu sangue, herdeiros de minha linhagem, todos aqueles que são cegos a nós, todos os humanos, que não viram a luz daquilo que é eterno... Durmam... Parem... E durmam.]

A língua era estranha a Absinthe, mas a fera dentro dela pareceu se curvar a língua desconhecida que Dilian falava, todos murmuravam baixinho aquilo que Dilian dizia, como se orassem suas exatas palavras, repetindo de novo e de novo. Ela sentiu uma leve pontada de dor em seu peito, até ser chamada pelos filhos da noite, para a batalha, eles não esperariam por ela.

Ela parte, todos vão para o ponto onde as crianças perdidas haviam indicado, o silêncio da cidade era grande demais, pesado, somente os passos deles no concreto.

Os quatro Lordes se encontraram à porta do destino, um imenso conjunto de prédios abandonados para demolição, interligados pelo estacionamento no subterrâneo, e lá, eles iriam encarar a ultima batalha contra Vincent, os Lordes sabiam que os Originais seriam despertados, e isso deixava o ar pesado, pouquíssimas palavras foram trocadas no caminho até em baixo, onde um grupo de mestiços armados de ouro e prata esperava a chegada do grupo.

Os cães das sombras e as harpias tomaram a frente.

- Matem a todos. – Cartier disse, tanto aos irmãos quanto as crianças perdidas.

Valsher simplesmente acenou com a cabeça, os híbridos encolheram as asas e pegaram as grandes armas que carregaram nas costas, espadas apenas, anjos não usavam armas de fogo, pois desprezavam aquilo que ele representava, armas de fogo eram as armas dos cães das sombras e dos humanos, não deles.

Era o primeiro impacto, e sangue espirrou nas paredes e no chão...

- Eu não queria ter outra guerra nas mãos... – Alexis diz.

- Nem sempre temos apenas aquilo que queremos filhos da noite. – Cain diz, passando pelo lugar, enquanto os cães e as harpias abriam caminho.


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Notas finais do capítulo

Agora eu vou fazer os meus pitorescos comentários bobos de autora XD
Como sempre: Gostaram?
Bem, vou ter um trabalhinho fazendo essa cena de guerra.
Mas pretendo postas antes de voltar as aulas e tudo ficar atropelado de novo.
kissus :*



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