Fahrenheit e Absinto escrita por Aleksa


Capítulo 22
Capítulo 22




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– Entendi... – Absinthe engole a saliva com dificuldade.

– Eu tenho que parar de morder você. – Alexis diz, enrolando os dedos em uma mecha de cabelo cor de bronze.

– O que? Por quê? – ela parece ser pega de surpresa.

– Eu não mantenho familiares, e com a frequência que tenho mordido você, eu posso matá-la... Ou pior, acabar me habituando com o seu gosto e me tornar seletivo outros tipos de sangue.

– Ah...

– Parece decepcionada, humana. Por acaso vai sentir falta das minhas presas? – um sorrisinho revela os caninos afiados sob os lábios dele.

– Não. – ela declara, resoluta. – Vai sentir falta do meu sangue? – ela pergunta, no mesmo tom de sarcasmo, esperando uma resposta semelhante à dela, porém mais irônica.

– Acredito que vá sim... – ele diz, observando por um longo momento a jugular que pulsava abaixo da fina camada de pele de seu pescoço.

De novo, ela se surpreende.

– A-Alexis...

– Hum? – ele volta o olhar na direção dela novamente.

– Eu...

– Você? – ele entreabre os lábios, olhando pra ela.

– Eu quero... Quero deixar de ser um estorvo.

– Você é mortal, em geral vocês são todos iguais.

– Eu quero aprender a me defender, existe algum modo de eu fazer isso?

– Existe, mas não é a mim que deve pedir...

– Com quem eu preciso falar?

– Fale com Valsher, o mestre dos anjos, e com Cartier, o senhor dos demônios.

– Certo...

– O que dará a eles em troca?

– O que?...

– Com o que acha que está falando? Isso aqui não é o mágico de Oz, precisa dar algo a eles em troca.

– E... O que eles poderiam querer?

– De você? Nada.

– Então...

– Há duzentos e trinta e quatro anos... – ele diz, voltando a poltrona. – Os anjos precisam de sangue meu pra fazer um pouco mais de hashkar.

– O que é isso?

– Um líquido azulado que cura ferimentos internos, como hemorragias, tumores, câncer... Agora a questão é. – ele apoia a cabeça nas mãos. - O que você me dará em troca? – ele sorri, inclinando a cabeça para o lado.

– ... O que você quer?

– Ah... Nada muito complexo... Quero... – ele para pra pensar um instante. - Que você me deixe tocar em você da forma que eu quiser.

– Você é muito cretino, Alexis. – ela cruza os braços.

– Sou um tirano, posso ser o quão cretino eu desejar. – ele cruza as pernas. – Então?

Ela já estava no inferno mesmo, o que mudaria se ela deixasse o diabo entrar?

– Eu... Aceito.

– Excelente. Segundo ponto.

– Oh... Tem um segundo... – ela suspira, pensando o que mais ela perderia de sua liberdade.

– Os demônios precisam das minhas lágrimas, pra fabricação insidhia.

– O que é isso?

– Uma mistura de soro da verdade com afrodisíaco, é útil em interrogatórios com mestiços... Quando se faz algum.

– E o que você quer em troca?

– Calma, calma. Estou pensando.

Ela suspira.

– Oh, que você pare de me ofender ao seu bel prazer. Só por que a vontade de te matar me falta, não quer dizer que aceito em ser tratado como um de seus amigos mortais.

– Não tenho amigos mortais, eu não existo, lembra-se?

– Ah, é. Você me parece tão real que as vezes me esqueço disso.

Ela encosta a cabeça na parede, ele não precisa pressioná-la, tem a eternidade pra esperar.

– Eu aceito.

– Muito bem. – Alexis sorri.

Frustrada, depois de abdicar de parte de sua liberdade, ela se encaminha para a porta, num estalar de dedos ele atravessa a sala e a segura pelo pulso.

Ela não se manifesta.

– Absinthe.

– Hum? – ela vira pra encará-lo, e se depara com os brilhantes e intensos olhos prateados brilhantes dele.

Ela engole, novamente com dificuldade, a saliva.

– Eu partirei amanhã para a guerra... Saia dessa casa assim que acordar... Será um alvo fácil aqui.

Sem que percebesse ela foi lentamente se aproximando dele, o medo que ele jamais retornasse da batalha que estava por vir era suficiente para assombrar seus pensamentos durante todo o tempo que ele estivesse fora.

Ele a encosta suavemente numa prateleira abarrotada de todo tipo de leitura pagã possível.

Abaixando suavemente a respiração dele em seu pescoço já lhe dizia o que aconteceria a seguir, os caninos longos e brancos roçam suavemente a pele fácil, infligindo um pequeno corte superficial, ela estremece.

As duas lâminas brancas cravam-se na pele fraca e frágil, sugando o sangue que vertia da veia principal que ali corria, injetando veneno direto na corrente da hospedeira que agora lhe cedia parte de sua vida.

Mesmo que portadoras da morte, aquelas presas passavam uma sensação cálida de vida, confortável e suave, o bastante pra aplacar todas as outras deficiências que lhe restavam.

Ele soltou a ferida fresca e começou a lambê-la no intuito de fazê-la sumir, mas Absinthe o afastou antes que ele pudesse terminar.

– Não. Eu quero uma prova que eu não estou alucinando novamente, deixe-a ai, pode ser a única coisa que vai me restar de você... – ela estava atordoada pelo veneno, mas falava sério.

– Como... Você quiser. – ele disse, surpreso.

Ela sumiu pelo corredor, ele permaneceu parado por alguns instantes, era fato que essa poderia ser a última vez que ambos iriam se encontrar, não sabia se iria conseguir encontrá-la depois da guerra que iria se instaurar... E ele nunca havia tido de fato seu corpo...

Não... Vá atrás dela... Despeça-se como o predador que você é... Sacie meu desejo antes de partir... Talvez nunca mais tenha essa chance... Pense nisso... Você sabe que vai se arrepender...

Deixe-me sair Alexis... Só por hoje... Por favor... Solte-me...

– Quieto! – ele fecha os olhos com força, colocando uma das mãos no rosto, apoiando a outra num pilar de aço da estante.

Solte-me... Não pode silenciar sua alma... PARA DE MENTIR PRA VOCÊ!

O ar engasgou no meio da garganta, os músculos todos se contraíram... Doía, queimava... E fosse como fosse, não podia ser parado.

Para de fingir que você não é um predador... Está amolecendo? É isso?... A fêmea humana o está tornando fraco?...

– Não!

NÃO MINTA PRA MIM!... Do que tem medo?... Hãn?... Teme que seja como da última vez?... Tem medo... Medo de fracassar de novo?... Medo que a verdade traga a morte?... Medo que ela tire a própria vida ao ver o que é você de verdade?...

Alexis se limitou a negar com a cabeça, ecoava alto de mais em sua cabeça, atordoava seus sentidos, fazia sangrar seus ouvidos, um zumbido agudo soava insistentemente em sua cabeça.

Ah é?... Acha mesmo?... Olhe no espelho... O que você vê?...

Alexis alcançou o espelho na mesinha, olhando o reflexo na superfície limpida e lisa... Encontrando o mar prateado de sua íris que havia engolido sua pupila, talhada no centro luminoso que a cercava; os caninos brancos latejando sob os lábios; a pele pálida e sem sangue...

Atirou o espelho no chão, ouvindo-o estilhaçar em centenas de fragmentos que refletiam exatamente aquilo que ele era... Um monstro...

– O que está tentando provar...? – perguntou, jogando o peso no sofá, passando as mãos pelo rosto, em parte furioso, em parte enojado.

Eu?... Nada... Talvez você simplesmente seja masoquista...

O riso de escarnio foi sumindo conforme sua frustração foi crescendo.

– Maldita fraqueza...

Levantou pisando nos cacos do espelho, caminhando pelo corredor estreito e saiu, fechando a porta branca, sentindo o cheiro familiar da “fêmea” que havia desencadeado isso.

– Droga...

Cansado, sentindo o peso do corpo sobre os joelhos, recostou o peso na parede, o sangue novo queimava em suas veias, pulsando em seu corpo como o combustível que o mantinha em pé naquele momento...

– Alexis...

Essa voz o atravessou, despertando todo o seu interior adormecido.

– Eu ouvi algo quebrando e pensei-

– Pensou? – ele dirigiu os olhos predatórios na direção dela, esperando a resposta.

– Que talvez... Você precisasse de... Ajuda... – ela foi se perdendo na visão daqueles olhos até perder o foco na conversa que estavam tendo antes.

– E você ainda está pensando nisso?

– Acho... Que não.

– E no que você está pensando agora?

– Seus olhos... estão... Diferentes...

– Estão?

– Estão mais brilhantes...

– Jura?

– É... Quase não vejo sua íris...

– Ah é? Tem alguma ideia do que pode estar acontecendo? – ele pergunta, inclinando a cabeça suavemente pra esquerda.

– Não... Devia fazer?

– Hum... Não. – ele disse endireitando a postura voltando a andar. – Vou pro meu quarto, só me incomode se estiver morrendo... Ou se quiser morrer, o que vier primeiro.

O som da porta batendo e o silêncio são tudo o que resta.

– Mas o que... Foi isso...? – ela se pergunta, sozinha no amplo corredor.

***

Ivan permanece indistintamente sentado ao lado do irmão de longos cabelos loiros, abraçado aos joelhos, observando-o ler com intermitência quase irritante.

– Luka, a sua cara está começando a me dar nos nervos, diga o que quer de uma vez.

– Desculpe Vanya, mas observá-lo ler é muito interessante. – ele diz, apoiando o queixo nos joelhos flexionados.

– Luka, com todo o respeito, as vezes acho que você sofre de algum distúrbio psicológico grave. – Ivan suspira, fechando o livro e colocando sobre a mesa.

– Desculpe... – Luka vira pra frente, olhando pro chão, sem intenção de atrapalhar o irmão na leitura construtiva que fazia.

– Digo isso com todo amor do mundo. – Ivan diz, cruzando as pernas.

– Da mesma forma que trancou Giovanni no armário com todo amor do mundo, e o amordaçou com todo amor do mundo?

– Não, no caso de Giovanni havia um pouco menos de amor. – ele pondera calmamente.

– Não se incomode comigo, volte a sua leitura, só estou entediado, só isso.

– E por que, por todos os santos, olhar pra mim resolve isso?

– Não é você especificamente, são pessoas, pessoas me entretêm.

– Só tem uma falha na sua teoria, Luka.

– Hum?

– Eu não sou uma pessoa.

– Você me entendeu, Ivan. Não seja chato. – ele levanta.

Luka atravessa a sala, abaixando pra recolher os cacos do vidro estilhaçado por Giovanni.

Ivan o observa limpar com um certa inquietação.

– Luka de todas as pessoas da família, você é o que mais se assemelha a uma mulher.

Luka para imediatamente o que está fazendo, voltando seu olhar a Ivan com um descaso cético típico de quando ele se sente ofendido.

– Não estou tentando ofendê-lo, mas existem certas coisas em você que me lembram uma mulher, sinto muito, mas é verdade.

– Ivan, não está melhorando... – ele volta a recolher os cacos de vidro.

– Observe, vou lhe explicar. – ele diz, arrumando-se melhor no sofá. – Seu cabelo é muito mais longo que do resto de nós, você tem a estranha mania de manter sua casa impecavelmente limpa-

– Calma, minha opção de corte de cabelo e meus hábitos de higiene me fazem algo parecido com uma mulher?

– Me deixe terminar. Você tem cintura, e ah. – ele levanta as mãos em silêncio, quando Luka preparava-se pra protestar. – Não negue, você sabe que tenho razão.

– Ivan-

– Shh. Eu ainda não terminei. E de nós todos você é o único com a capacidade de importunar Alexis até que ele faça algo na vida.

– Ivan, seus argumentos estão começando a me fazer pensar que você é machista, mon cher.

– Não sou machista, e por último tem o fato de você ser bissexual, não que isso me incomode de maneira particular, mas mesmo assim não depõe a seu favor.

– “Depõe a seu favor”? Ivan, estamos fazendo um julgamento?

– Não, mas-

– Então ponto.

Luka sai da sala, indo deixar os estilhaços de vidro no lixo, Ivan suspira, pensando que talvez não tenha usado a melhor escolha de palavras, passa as mãos pelo cabelo fino cor de areia e olhar para o teto.

– Quer uma bebida, mon frère?

Da.

Très bien.

­– Você não se arrepende de ter vindo morar aqui?

– Por que me arrependeria?

– Você era feliz na França.

– Oh, eu tinha que garantir que Alexis não ia se matar, ele é o único com pulso pra mandar em vocês, e o único que Lud respeita. Aí, sabe como é... Cest la vie. – Luka da de ombros.

– Entendi... – Ivan diz, pegando a taça de vodka das mãos do irmão. - E... Não vai mesmo me deixar terminar a minha teoria, não?

– Não. – Luka sorri, indo pegar um pouco de absinto pra ele mesmo.

***

Covarde... Eu tinha razão... A fêmea e o tempo amoleceram você... Não mais um predador... É no melhor dos casos uma ameaça... Mas isso comparado a um humano não é muito difícil... Até um mestiço pode ser.

– Não confio em você. Se eu deixar sair, tenho certeza que as coisas não funcionaram mais como devem.

Pois deveria... Somos a mesma pessoa... Apenas estou falando com você por que estou acorrentado aqui... Se você deixasse de tentar posar de superior... Estaríamos juntos de novo...

– Mentira.

Não posso mentir pra você Alexis... Sou você... Se eu tentasse, você saberia... Sou sua alma... A alma que você prendeu... A alma da qual tem medo...

– Não tenho medo de você.

Tem sim... Se não me prenderia aqui... Tem medo do que você é de verdade... Medo do filho da noite que você é...

– Não somos mais a mesma pessoa.

Nunca fomos uma pessoa Alexis, somos um filho da noite... Na verdade, você deve ser louco... Está falando sozinho, sabia?

– Então quer que eu o deixe falando sozinho?

Não precisa falar alto pra que eu o escute... Estou na sua mente, lembra?... Na verdade, eu sou sua alma... Tecnicamente não estou na sua mente...

– O que você quer afinal?

Pare de se torturar Alexis... Acha que não sei o quanto dói me manter aqui?... Trancado... Sou sua força Alexis... Não vai conseguir me manter aqui por muito mais tempo... Não quero machucá-lo...

– Você quer a humana, por que você gosta dela?

­Porque VOCÊ gosta dela... Fraco por artistas, lembra-se?... Estou cansado de assistir você não faz nada... Você sabe o que eu quero... Porque você o quer também...

– Você é doente...

Não Alexis... Sou um predador DE VERDADE... Coisa que você não é desde que se encolheu à sua miséria no fim da primeira grande guerra... Se culpando... Se martirizando... Agora me diga... O que vai ser?... Vai viver em celibato agora?... Ser casto por toda a eternidade?...

O quarto se enche de silêncio, com Alexis largado em sua cama, olhando para o teto... Odiava quando seu lado predador parecia mais eloquente que ele mesmo...

Então?... Você a quer... Tome-a... Deixe que ela saiba que você é... Não quem você finge ser... Esta pintando uma mentira para ela... Está pintando uma mentira para você... Até quando vai ficar brincando de casinha com a comida, Alexis?

O som leve de batidas na porta, a maçaneta girando lentamente, a pequena fresta de porta aberta trás o cheiro quente de sangue e perfume feminino para o interior do quarto numa lufada fresca de oxigênio que enche os pulmões de Alexis.

– Alexis?... Eu... Ouvi vozes e achei que talvez você estivesse acordado...

– Se eu não estivesse, o que exatamente eu lhe responderia?

– Bem...

– Você tem 4,2 segundos pra sair antes que eu não deixe mais que você saia. – ele diz, massageando as têmporas, suas dores de cabeça, sempre advindas das malditas conversas que tem com sua alma sempre o deixavam cansado... Tão cansado... Queria tanto poder se livrar desse fardo...

A porta range ao ser empurra, jogando luz artificial do corredor dentro do quarto escuro, Alexis cobre os olhos até que o som da porta se fechando leve a luz consigo.

– Alexis...

– Você ainda está aqui? – ele suspira.

– Erm... A menos que você ouça vozes, sim, estou.

– Irônico você comentar... – ele diz, voltando os olhos luminosos para o teto.

Absinthe já não se importava mais com tudo isso, estava nisso até o pescoço, e não tinha mais como voltar, então bater um papo com o diabo não era assim um grande problema depois de vender a alma pra ele, era?

– Você ira pra guerra, certo?

– É. Partirei amanhã à noite.

– Ah...

Um momento de silêncio.

– Ai... Minha cabeça... – ele diz, jogando os braços sobre os olhos.

– Alexis... Tudo bem?

Toda vez que ela chamava seu nome, ele tinha a maldita vontade de ouvir sua maldita alma e fazer o que ela pedia. Ele levantou e atravessou o quarto como um borrão, apagando todas as velas que tinha em seu caminho como o vento que movimentava, indo até a humana e prensando-a contra a porta de madeira.

– Pelo amor de Deus, pare de dizer meu nome... – era quase uma súplica, uma mistura entre uma rogativa e uma ameaça.

Ela se silenciou, ainda não habituada a velocidade que ele chegava até ela, mas podia ver o inferno nos olhos dele, e o inferno nunca lhe pareceu tão bonito.

– Desculpe...

Pare de bancar o bom moço Alexis... FAÇA ALGO!

A altura da voz atingiu a calma de Alexis como um caminhão numa via expressa, ele fecha os olhos por um instante, voltando inclinando sua cabeça pra trás, sentindo o predador que ele era preencher sua calma, seu autocontrole, sua paciência, fazendo sua pupila se estreitar o máximo que era possível, fazendo as bordas de sua íris serem engolidas por labaredas negras, que se voltavam ao talho negro central, cercado do prateado incandescente, fazendo suas presas formigarem e seus sentidos se atiçarem a qualquer pequeno estimulo.

Absinthe sentiu a cadencia da respiração de Alexis desestabilizar, seu sangue esquentar nas veias, seu coração acelerar no peito, seu cabelo, podia ser impressão, ela ficando louca, mas estava ficando dois tons mais escuro.

A pedra vermelha em seu anel estava vermelho vivo, e reluzia como se fosse um líquido fluido dentro de uma esfera que o aprisionava.

Quando aqueles olhos se voltaram novamente na direção dela, ela prendeu a respiração, um choque elétrico subiu por sua coluna até seu cérebro, seus olhos se perderam na batalha entre o prateado luminescente e o preto cadencioso nos olhos de Alexis.

– Humana... – a voz suave e perigosa mandou centenas de alertas diferentes pela pele de Absinthe. – Eu quero você...

Incapaz de dar uma resposta melhor, fosse qual fosse, Absinthe simplesmente meneou a cabeça pra cima e pra baixo.

De pernas abertas ele a levantou no ar, deixando-a da mesma altura que ele, ela o rodeou com as pernas.

Estava perdida, e estava feliz por isso.



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Notas finais do capítulo

Capítulo novo ^^Me digam se gostaram ^-^