Karma. escrita por Alien


Capítulo 17
Capítulo 17




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Tudo aconteceu muito rápido.

Corri para o local onde Frank estava, agarrei o seu braço
e fugi, arrastando-lhe atrás de mim, enquanto ouvia gritos e frases de fúrias
ao longe. Saímos em disparada por outro corredor, o qual direcionava para a
saída. Alguns instantes de corrida e ouço um pequeno estalo. Clec. O barulho
despertou em mim uma dor forte, localizada no tornozelo.

- Droga! exclamou Frank, ao me ver encostada em uma parede, com a mão a apertar o local machucado.

- Ah! gritava, alucinada por uma sensação de fraqueza e dor.

- Nós não podemos parar! disse ele. Subitamente, me senti deslocada para algum lugar, e só depois de muito esforço para raciocinar claramente, percebi estar sendo carregada nos braços de Frank.

A última coisa que vi foi sua face molhada de suor a me fitar com extrema preocupação.

Desmaiei.



 Acordei com a esperança de estar em cima de uma cama e ouvir Frank falar qualquer coisa sobre minha capacidade insana de dormir muito.

Mas não foi isso o que aconteceu.

Assim que meus olhos se abriram, fui tomada por uma dor forte e aguda, que me causava fraquezas e náuseas. Olhei ao redor, apavorada com a ideia de Frank ter sido capturado. Consegui  identificar um plano azul claro, repleto de manchas brancas que se moviam lentamente... O céu.
Direcionei meu olhar para o que estava ao redor e fiquei chocada com o que vi.
Árvores de troncos grossos e fortes preenchiam o espaço de um solo repleto de
folhas secas.

Movi-me, à procura
de Frank, e o encontrei dormindo profundamente ao meu lado. Como teríamos vindo parar aqui? Eu sabia que o grupo de fanáticos já havia descoberto nosso
esconderijo e que a qualquer momento poderiam nos surpreender.

A dor que eu
sentia era tamanha, que minhas têmporas permaneciam constantemente ensopadas por um suor frio.

Pelo visto, Frank
percebeu que eu despertara, pois se ergueu rapidamente e começou a preencher o ar com perguntas.

- Como você está? A dor ainda está muito forte? Eu sei de um riacho próximo onde você pode se lavar e beber água, ou então...

- Frank. sussurrei, interrompendo-lhe a tagarelice desnecessária. Só preciso que você veja como está a situação aqui embaixo. disse, apontando para o pé machucado.

- Já vi. Fratura exposta. Não consegui fazer nada além de amarrar essa tira de pano no seu tornozelo. Sinto muito.

 Tentei sorrir para lhe agradecer, mas o que surgiu foi uma careta, seguida de um gemido de dor.

 Detestava ver em Frank aquele olhar de preocupação e impotência, pelo o que tive uma ideia.

 - Ei, fale para mim como chegou até aqui. Talvez o assunto me distraia da dor.

 - Oh. exclamou ele, aparentemente satisfeito por poder fazer algo. A saída daquele lugar repugnante direcionava para um quintal abandonado. Achei que o terreno fosse fechado, mas depois de uma rápida inspeção, encontrei uma abertura logo à frente. Primeiro passei você, depois foi a minha vez. Como estava muito escuro, a única saída para identificar o local onde estávamos foi tatear o espaço ao redor. Primeiro identifiquei uma série de folhas secas no solo, depois, quando fui tentar me aproximar mais de algumas outras folhas, choquei minha cabeça contra algo rígido e áspero. Uma árvore. Caminhei com você provavelmente uns dois quilômetros, e aqui estamos. concluiu, satisfeito.

- Obrigada. agradeci. Mas agora sei que vou ser um fardo. Você terá que ir embora sem mim.

Frank revirou os olhos e, em seguida, me repreendeu severamente:

 - Você que me chutar? Talvez seja isso que você queira, pois na primeira oportunidade tenta me fazer ir embora. Pare. Já disse que não vou a lugar algum sem você, sua incompreensiva!

Calei-me, sem forças para discutir com ele. Permanecemos em um silêncio desagradável e triste, até que não aguentei e disse:

- Olhe, eu entendo você e admito que tem total razão. Me desculpe. quase implorei, mas me sentia esgotada demais para isso.

 - Hum. resmungou ele, ainda de costas para mim. Precisamos encontrar um lugar menos perigoso para passar a noite. Sua dor irá demorar a passar e nós não dispomos desse tempo todo. disse, já me erguendo com delicadeza, embora a expressão em seu rosto fosse de raiva e até mágoa.

Amaldiçoei a mim mesma por fazer tão infeliz a única pessoa disponível a me ajudar.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora na postagem, mas agora, tentarei postar os capítulos com mais frequência. Aproveite que leu até aqui, e deixe seu review com uma opinião relacionada ao capítulo acima. Irá ajudar muito no desenvolvimento do próximo (: Até.



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