Amores Fatais escrita por biatarosso
Notas iniciais do capítulo
"Dicen que es una obsesion, esto que no tiene fin, es que nada (ni nadie) se compara a ti."
Um carro buzinou. Elena olhou pela janela de seu quarto e Damon estava lá embaixo. Seu coração se acelerou sem que ela pudesse controlar.
__Já estou descendo!—gritou ela.
Ele se limitou a dar um sorrisinho.
Elena penteou o cabelo, agora na altura dos ombros, pegou a mochila e enquanto descia escrevia uma mensagem a Stefan.
“Estamos indo para o consultório. Quando sair de lá te ligo! Bjs”
Abriu a porta e lá estava ele. Damon. Esperando-a.
__Como está se sentindo hoje?—perguntou ele enquanto abria a porta do carro para ela.
__Estou bem melhor. Ah, aliás, que cavalheiro você é. Obrigada.
Já no caminho, Damon olhou para ela e viu que ela estava preocupada.
__O que é que está te preocupando?
__Não sei. Sabe quando você está com um pressentimento ruim?
Ele arqueou as sobrancelhas.
__Pressentimento ruim? Como o que?
__Bem, eu não sei explicar. É só um frio na espinha inexplicável.
__Ei! Eu to aqui! Não precisa ter medo...
__Eu sei que não. –disse ela sorrindo da modéstia dele.
-Por Elena-
Quando entramos no consultório, o doutor me fez umas perguntas que tive vergonha em responder na frente de Damon. Mas fazer
o quê?
O médico então mandou que eu colocasse a roupa adequada para que eu pudesse fazer o ultrassom. Deitei na maca e ele passou aquele gel em minha barriga. Quando a imagem da minha filha apareceu segurei firme a mão de Damon e sorri. Ele apertou minha mão e também olhava maravilhado o ultrassom. Ele era como um pai. Eu não sabia se estava feliz com a reação de Damon ou se estava espantada vendo minha filha
por aquela telinha. Ela era perfeita.
__Ela é linda...—sussurrei sem conter minhas lágrimas.
__É mesmo...-completou Damon.
__Vou deixar vocês a sós. —anunciou o médico.
Quando estávamos sozinhos senti a bebê se mexer.
__Ela se mexeu! Damon! Ela se mexeu! Ande, ponha a mão aqui!—gritei puxando a mão dele para minha barriga.
Esperamos um pouco e logo o chute veio.
__Ei Melinda, ainda não está na hora de você nascer!—falou Damon.
Ri do comentário dele.
No caminho de volta nem me lembrei de ligar para Stefan... Eu e Damon ríamos de tudo que eu teria que passar quando a bebê nascesse. Quando paramos num sinaleiro e vi a placa de uma doçaria, senti um desejo enorme de comer pipoca doce. Quando falei para ele, ele logo se prontificou a descer e pegar alguns sacos para mim. Aceitei.
__Fique no carro que já venho!
__Ok!
Então o tempo foi passando e nada. Olhei no relógio. Já haviam se passado 5 minutos e nada. Liguei o rádio. 10 minutos e nada. Fiquei preocupada e desci do carro.
Cheguei à porta da doçaria e não havia ninguém. Alguns rastros de sangue no chão me fizeram arfar. Eles terminavam em uma porta. Sem hesitar abri a porta e de lá saiu uma grande quantidade de fumaça. Aquele lugar estava pegando fogo. Desci as escadas lutando contra a fumaça e desviando das chamas. Avistei Damon caído. Gritei.
__DAMON!
__Saia daqui Elena. –dizia já sem forças. –SAIA!
__Não. Eu não vou te abandonar!—disse enquanto corria para perto dele. O calor estava insuportável. Eu precisava tirá-lo dali. E rápido.
Chegando perto de seu corpo, vi o quão suado ele estava. Tomei consciência que eu também estava assim.
__Oh Damon! Não morra!—implorei à ele enquanto tentava pensar.
__Elena! Pare de ser idiota! Vai morrer e matar sua filha!—gritava ele com uma voz cheia de dor.
__Não me importo! E ela também não se importa! Sei disso! Damon, eu não posso abandonar você!
__Porque Elena? Porque não me deixar aqui? Fiquei com tanta gente só para você sofrer...Eu não mereço!
__Não aconteceu só isso! Você já me olhou tantas vezes como ninguém nunca olhou você me disse coisas que eu nunca tinha ouvido! Como posso abandonar a pessoa que eu mais amo na vida?
Damon não respondeu.
A escada desmoronou.
Olhava para os lados e avistou uma porta. Era isso.
Comecei a arrastá-lo usando todas as forças que possuía. A barriga a atrapalhava. Estávamos chegando lá quando um pedaço do telhado caiu na nossa frente me fazendo gritar.
O fogo ia se alastrando e senti que iria desmaiar logo. A fumaça não me deixava respirar corretamente. Mas tenho que salvar Damon, e se não conseguir, rezaria para que morresse também, porque não suportaria perdê-lo.
__Vamos Damon! Eu não consigo sozinha... —E puxava-o.
Eu arfava e Damon estava desmaiado.
__Oh, meu amor! Vamos, vamos!
Chegamos à frente da porta. Tentei abri-la, mas a fechadura estava fervendo. Não conseguiria abrí-la. Empurrei a porta com o peso do meu corpo. Continuei me jogando sobre a porta até que ela abriu-se num estrondo. Arrastei Damon até lá dentro. Onde estava um pouquinho melhor. Quando ia encostar a porta, vi um velho caído no chão. Voltei para buscá-lo. Com muita dificuldade, arrastei-o também para um lugar em segurança. Por enquanto, pelo menos.
Caí cansada ao lado de Damon acariciando seus cabelos.
__Ah, Damon... Preciso tirar a gente daqui... Mas como? Já estou sem forças! Esta barriga ainda me atrapalha!—tossi.
O fogo se espalhava rapidamente. Procurei por alguma saída e encontrei uma janela. Precisava achar algo com que eu pudesse quebrar a janela e sair. Precisava de ar. Encontrei um tijolo solto. Encostei a mão para pegá-lo e queimei minhas mãos. Não havia mais nada ali. Era um quarto abandonado. Não havia outra solução. Retirei o casaco de Damon e cobri minhas mãos. Peguei o tijolo e atirei sobre a janela. Voou vidro para todos os lados, mas já podia sentir o ar puro entrando. Pude respirar melhor finalmente. Corri na janela e me pus a gritar por ajuda. Já havia escurecido, mas vi um homem do lado de fora que veio até mim. Pulou lá dentro e me ajudou com Damon e o velho. Já do lado de fora, eu tossia muito.
__Senhora! Vou chamar uma ambulância. Está grávida!
__Muito obrigada, mas o bebê já não vive mais. Ela não suportou. —disse com pesar.
__Meus pêsames!
__Obrigada.
__Já chamei o resgate, eles estão a caminho. Agora, deite-se e descanse. Respire fundo.
Olhei para Damon. Deitei-me ao seu lado, apoiando minha cabeça sobre seu peito.
Ele estava acordando.
__Elena...
__Damon! Está tudo bem agora... Não se preocupe mais. Vamos ficar bem. – E desmaiei.
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Bjs