Amores Fatais escrita por biatarosso


Capítulo 6
Arrependimentos


Notas iniciais do capítulo

~ Soneto 35 ~

Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o inseto faz seu ninho;

Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;

Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te excuso, e me convenço

Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,
Dou-me ao ladrão amado e amoroso.

William Shakespeare



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17/06/2011 9:30 da manhã
Querido Diário,
O que foi que eu fiz? Eu sou uma burra mesmo! Além de trair Stefan com o irmão dele, ainda por cima transformei Damon em um idiota. Já faz dois dias que não vejo Damon... Ele tem me evitado, deve estar muito chateado comigo, e também... Ele tem motivos suficientes para isso! Eu maltratei, usei como um objeto a pessoa que me apoiou quando descobri que estava grávida. Stefan voltou naquele mesmo dia e não desconfiou da minha traição. Ainda não contei que estou grávida, pretendo fazer isto hoje... Meus nervos estão a flor da pele! E por isso, vou ao médico hoje mesmo.
Odeio mentir para Stefan...
Que ele e Damon me perdoem. “


__Elena!—gritou Tia Judith lá de baixo - Stefan está aqui!

__Estou indo. –gritei devolvendo o diário para seu lugar: debaixo da minha cama.

Desci as escadas e dei de cara com Stefan. Ele me abraçou.

__Elena, o queria falar comigo?

__Bem... É um assunto meio delicado!

__Fala Elena, está me deixando preocupado.

__Não é fácil para mim!

Esperei um pouco. Tomei fôlego. Anunciei:

__Estou grávida!

E esperei para ver a reação dele.

__O que?

__Estou grávida.

__Não me diga... – começou ele

__Não é do Damon... É daqueles caras!

__Há quanto tempo você sabe?

__Há dois dias.

__E porque não me contou Elena?

__Bem... Não sei! Não sabia qual seria a sua reação!

Ele me abraçou.

__E o que mais eu poderia fazer? Você vai ao médico quando?

__Hoje. Você vem comigo?

__Claro.

__Passe aqui ás duas então!

__Ok!

E nos beijamos.


Duas horas chegou. Ele buzinou lá fora, abri a porta e entrei no carro.
Ele me deu um beijinho. Ligou o carro e fomos em direção ao consultório do médico. Chegando lá...

__Elena Gilbert. –anunciou a secretária.

Entramos no consultório. Cumprimentei o jovem médico e me sentei aflita. O que ele diria? Eu era jovem demais para ser mãe, mas acho que não teria problema.

__Então senhorita. De quantos meses está?

__Um, doutor.

__Entendo. Bem, você e seu namorado deviam ter tomado mais cuidado... É uma gravidez de risco na sua idade.

__Não, o senhor não entendeu. O filho não é dele. –eu não conseguia dizer

__Ela foi estuprada. –disse Stefan

O médico se desculpou pela bola fora.

__Mas então. Como você está se sentindo?

__Tenho muitos enjôos e tonturas. E ando meio nervosa.

__Cuidado com os nervos. Pode fazer mal ao bebê.

__Como assim?—interrompeu Stefan aturdido. –Bebê? Você não pretende ter esse filho não é Elena?

Elena ficou de boca aberta com a reação de Stefan. Ele não entendia.

__Como assim digo eu! Terei meu filho!

__Você vai morrer Elena! Não vê que é perigoso?

Gritávamos.

__Você não pode me impedir!

__Acalme-se Elena! –pedia o médico.

__Eu. Não. Vou. Tirar. Meu. Filho. Entendeu Stefan!?

__Doutor diga a ela que é perigoso prosseguir com esta burrada!—disse Stefan virando-se para o médico.

__Bem, a gravidez é de risco, mas se ela tiver o apoio das pessoas ao seu redor, ela pode conseguir. Mas tem que se acalmar.

__Elena. Você não pode continuar com isso. –disse ele mais calmo. Ela gritava.
__Eu posso morrer, mas não vou matar meu filho!

__Porque gosta tanto deste bebê hein Elena? Duvido que este bebê não seja do Damon!
Ela não podia acreditar no que estava ouvindo... Não podia! Ela deu um tapa na cara dele e saiu correndo do consultório.

Ela corria e chorava. Stefan não iria atrás dela se fosse esperto. Ele devia estar torcendo para ela ser atropelada e perder o bebê. Sua barriga doía, mas ela não podia parar. Não queria que Stefan a alcançasse. Ela continuava correndo e foi ficando com tontura. Ela nem sabia para onde estava indo. Como ele pudera pensar que ela sacrificaria seu filho? Ela pensou em ligar para alguém, mas esquecera sua bolsa no consultório. Droga!, pensou.


Damon seguia com seu carro quando viu Elena na rua correndo com a mão sobre a barriga. Devia estar sentindo dor. Seu coração se acelerou. Fazia dois dias que eles haviam brigado... Mas não podia deixá-la daquele jeito. Estacionou o carro e gritou, já descendo do carro.

__Elena! O que está fazendo sua doida?

Ela estacou.

__Damon...

Ele foi chegando mais perto dela. Ela sentiu que era difícil para ele tal façanha. Ele ainda estava triste.

__Entre no carro. Vou te levar para casa!—gritou ele rudemente.

__Não. – Mas ai uma pontada de dor fez Elena desabar. Damon a segurou.

__Você está grávida. Não pode ficar fazendo estripulias!

__Stefan quer que eu tire o bebê... –anunciou ela com peso no coração.

__Ele deve estar pensando em sua saúde.

__Eu não me importo! Só quero o meu bebê! Não vou tirá-lo. –gritou Elena.

__Você faz o que você quiser... –respondeu Damon friamente. –Agora se levante e vamos. Vou te levar para casa. Elena se levantou com dificuldade e entrou no carro. Damon não trocou uma palavra com ela. Elena se sentiu culpada.

__Damon... Me perdoe. Eu... Eu fiquei com medo.

__Não sei do que está falando.

Elena suspirou.

__Me desculpe por tê-lo usado daquela maneira. Você sempre me tratou bem e eu sempre fiz pouco caso de você. Aquela noite... Para mim era mais fácil esquecê-la do que assumir que foi a melhor noite da minha vida.

Ele parou e olhou-a surpreso. Ele não esperava. Ela continuou.

__Aquele dia em que eu fui a sua casa e te encontrei com aquelas mulheres... Foi muito difícil aquilo. Eu não sabia por que, mas eu sofria. Doía muito sabe? Eu estava prestes a casar com Stefan e me vi apaixonada pelo irmão dele. –Ela riu sem graça – Eu não tinha direito de te magoar Damon. Não tinha mesmo!

__Cale a boca Elena! Já é difícil resistir a você, com esta então... Você está com Stefan. Só está falando isso porque está magoada com ele. Quando ele te pedir perdão, vai voltar correndo com o rabinho entre as pernas!

Você só lembra de mim, quando os outros esquecem de você!

Esta frase doeu muito em Elena. Damon sofria por causa dela, e ela sofria por ele. Não fez nenhum comentário sobre a frase final, mas ouviu bem. Depois continuou baixinho:

__Eu não posso ter ao meu lado, uma pessoa que não me apóia.

__E quem disse que eu apoio toda esta burrada?

Elena não disse nada. Ela começou a chorar quietinha, olhava para a paisagem e tentava disfarçar, mas não dava.

__Pare de chorar!

Elena não respondia. Ela se sentia muito mal. Se lembrava da cena que Tia Judith fez quando descobriu. Ela também não aceitava.

“Como terei meu filho? Todos estão contra mim... O que vou fazer? Nem Damon me apóia... Terei meu filho mesmo que ninguém aprove. Qualquer coisa eu vou embora daqui! Se não tenho ninguém do meu lado que diferença fará para mim e para eles?”



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Notas finais do capítulo

Só continuarei quando rebeceber ao menos um comentário!

Beeijos espero que tenham gostado!



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