Amores Fatais escrita por biatarosso


Capítulo 11
A dor da traição




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Antes que pudesse sair de casa para ver Damon e Stefan, Bonnie ligou.

__Elena! Como você está? Vai à escola hoje?

__Ah, Oi! Estou mais ou menos... E não, não vou á escola.

__Mas o que houve?-a amiga estava preocupada.

Elena ficou desconcertada em contar que tinha passado a noite com Damon e Stefan havia descoberto e por telefone seria pior ainda!

__Eu tenho que ir a casa do Stefan e depois da escola eu passo ai na sua casa, OK?

__Tudo bem. Mas tem certeza de que não vai à escola, se continuar assim, pode repetir...

__Era só o que faltava para completar minha lista de desgraças da semana. -resmungou Elena
Desligaram.


Elena chegou na casa dos Salvatore. Damon abriu a porta sorrindo. Elena não pode conter o sorriso que chegou aos seus lábios. Queria beijá-lo. Queria abraçá-lo. Ela entrou e não encontrou ninguém na sala. Estavam sozinhos, tudo poderia acontecer, mas Elena sabia que não era certo. Tinha ido lá por causa de Stefan, lembrou-se.

__Como Stefan está?

Ele suspirou e começou a caminhar pela sala com as mãos nos bolsos.

__Ele está muito mal. Quer dizer, acho que ele está meio... Depressivo. -terminou revirando os olhos, como se dissesse: Vampiros têm depressão??

__O que vamos fazer? -perguntou-se Elena, mas depois concluiu-Vou falar com ele...

__Está louca! Eu e você e eu somos as únicas pessoas que ele não quer ver nem pintado de ouro e você quer ir lá conversar com ele?!

Elena continuava com ar sereno.

__É o mínimo que posso fazer! Eu o magoei muito...

Por fim, Damon concordou. Abriu a porta do porão (a pedido de Elena) e deixou-a sozinha com Stefan.

Stefan estava virado de costas para ela e não disse nada quando ela entrou e nem depois que ela começou a falar.

__Stefan... Desculpe-me! Eu não queria que fosse assim... Naquele dia eu ia contar tudo, por isso disse que queria falar com você, lembra?- como ele não dizia nada ela continuou- E quanto a Damon... Bem, eu não queria!, mas aconteceu... Ele este sempre do meu lado quando eu estava grávida e você estava sempre longe e não me apoiava...

Ela esperou para ver se ele dizia algo ou simplesmente expressava algo, mas nada; então ela implorou.

__Me perdoe! Perdoe Damon também, ele é o que menos tem culpa! Ah, Stefan!, eu nunca quis te magoar desta maneira... Mas eu... Eu amo o Damon. -disse sussurrando como se confessasse algo.

No outro segundo Stefan apertava o pescoço de Elena com os dedos, olhando-a com ódio. Elena não se movia. Stefan estava alterado, parecia possuído, mas Elena percebeu que ele não a mataria, podia ver em seus olhos mais dor do que raiva. Depois ele a soltou.

__Já falou tudo o que tinha pra falar? Então saia.

__Stefan...-começou Elena.

Ele ficou quieto por um momento e depois perguntou à Elena:

__Vocês dormiram juntos?

Elena ficou super sem graça, mas ela não poderia mentir.

__Sim. --confessou.

Ele engoliu em seco. Seu rosto se contorcia de dor.

__Quantas vezes?-continuou.

__Foi só uma noite. Quando... Quando você foi viajar. Damon foi me buscar na escola e depois viemos até aqui e aconteceu... Eu não queria magoar você Stefan!-Elena não conseguia encará-lo.

__Você o ama?-ele nem ouviu as desculpas dela.

Ela suspirou e sem olhar para ele confessou que sim.

__Se você o ama o que faz aqui? Porque não vai lá agradá-lo? Porque você continua querendo que eu sofra?!--ele começou a gritar.

__Eu não...

__Cale a boca! Eu não sei como... Como você teve a coragem Elena! Você diz que não queria me machucar, mas como acha que estou agora? Eu sinto nojo de você! NOJO! Não sabe o quanto é a minha vontade de te matar neste momento, de sugar até a última gota do seu sangue maldito!

Elena se encolheu e quando deu um passo para trás encontrou o peito definido de Damon por trás dela. Damon encarava Stefan. Ele não deixaria que Stefan encostasse mais um dedo em Elena.

Stefan rosnou para Damon que de pronto se colocou à frente de Elena.

__Duvido que você consiga encostar um dedo em mim, Stefan. Você está fraco. Irá morrer se ousar me atacar.

__Preferiria morrer a continuar olhando para você, Damon!

Elena chorava já se lembrando dos seus pesadelos.

__Elena. Porque não nos deixa sozinhos por um minuto?-sugeriu Damon sem olhá-la.

__Não! -disse Elena com veemência. --Não quero que briguem! Por favor...

Por mais que ela implorasse não foi capaz de pará-los. Damon disse que só conversaria, mas pelos berros Elena sabia que não era só diálogo. Por fim, ouviu um baque surdo de alguma coisa caindo no chão. Um corpo. E logo depois o barulho de uma porta batendo.

Um segundo depois, Stefan apareceu na frente dela ostentando uma seriedade fora do normal para ele.

__Seu namoradinho não deve estar muito bem. - E depois acrescentou lambendo os beiços sujos de sangue- Uma estaca pode resolver tudo muito rápido.

Elena tremeu e ofegou pensando em Damon. Saiu correndo até o porão. Olhou por uma janelinha na porta e encontrou Damon se contorcendo com uma estaca no peito junto com uma injeção de verbena ao lado dele e uma enorme mordida em seu pescoço jorrando sangue.

Elena tentou abrir a porta, mas estava trancada.

__Damon!-gritou ela.

__Elena...--sussurrou ele quase sem forças.

__Damon, espere! Eu vou te ajudar!--disse Elena se jogando sobre a porta. O máximo que ela conseguiu foi alguns hematomas no ombro. Procurou alguma coisa que pudesse ajudar e nada. Correu até o quarto de Damon e na loucura de procurar algo útil para retirar Damon dali, deixou cair uma pequena caixa; quando se abaixou para recolher rapidamente o conteúdo, espetou a ponta do dedo em uma agulha fazendo com o que uma gota de sangue fosse derramada. Enfiou o dedo na boca por instinto e continuou a procurar. Ouviu um barulho. Virou-se e gritou.

Damon estava parado em sua frente ostentando uma caricatura deplorável. Seu rosto, totalmente distorcido pela sede. Os dentes salientes. Os olhos grudados na jugular de Elena. Aquele não era Damon. Pelo menos, não o Damon que Elena conhecia. As roupas encharcadas por seu sangue. Os buracos no pescoço e no peito ainda não estavam curados totalmente e ele devia estar sentindo tanta dor que nem ao menos via quem seria a próxima presa, que no caso, seria a indefesa Elena.

A garota deu um passo para trás, e ele prevendo a fuga, agarrou-a pelos ombros. Elena permanecia imóvel. Damon aproximou o rosto do pescoço de Elena. Começou a aspirar ao doce, e inebriante, perfume de seu sangue. O sangue que traria sua linda pele de volta. O sangue que acabaria com toda aquela queimação que sentia no pescoço. O ambiente se tornara mórbido de repente. Damon seria capaz de matar Elena?


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Notas finais do capítulo

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