Elena sabia que ele não estava muito normal, pois sua expressão estava vazia; Sua pele estava mais fria do que de costume e muito mais branca, quase transparente; Seus olhos estavam avermelhados, como duas bolas de fogo. Não era Damon. Ou, ele devia estar sendo controlado por algo ou alguém.

__Damon... Por favor!-suplicou ela. -Não me reconhece?

Elena sentiu o peito estremecer. Ela arfou quando os dentes de Damon cravaram em seu pescoço. Ela começou a chorar e a gritar. Doía muito. Não era como daquela outra vez em que ele havia tomado o sangue dela, pois desta vez ele foi muito mais rude e não se importava com a dor que ela poderia sentir. Ele queria apenas satisfazer sua sede.

O gemido em meio aos berros e lágrimas de algum modo tocara a mente de Damon, fazendo com que ele parasse e arfasse, ao tomar conta do que havia feito. Como vim parar aqui? Porque estou mordendo Elena?, estes eram alguns dos pensamentos de Damon naquela hora.

Elena não suportou e caiu desmaiada nos braços de Damon.

Com o sangue da única pessoa que ele amava em todo o mundo nos lábios, ele sentiu sua pele se regenerando em volta do pescoço e no peito e ardência em sua garganta diminuindo. Damon levantou o corpo de Elena e o pousou na sua cama.

Ele não se lembrava de nada!

Com os dentes, rasgou uma fenda em seu pulso e deu o sangue à Elena desesperado implorando para que não fosse tarde demais. Ele forçou-a beber até que pelo menos ela começasse a se mexer. Não demorou muito. Logo, ele foi tomado pelo ódio por pensar que Stefan o tivesse controlado para machucar Elena.

__Não pode ter sido ele. Você tomou verbena... –sussurrou Elena ainda fraca, lendo as feições de Damon.

Damon levou um susto ao vê-la já acordada e falando. Ela está certa, pensava ele, mas que outra coisa pode ter acontecido? E então se lembrou:

Flashback ON

__Não sou fraco Damon. Não mais! Posso muito bem te controlar!-falava Stefan.

__Só porque tomou o sangue daquelas pessoas não te faz mais forte que eu irmãozinho.

__Engolirá tudo o que disse juntamente com o sangue de Elena.

__Não faria isto!

Stefan deixou a cabeça cair de lado.

__Damon. Pegue esta estaca e enfie em seu peito. Não no coração. Não quero te matar agora. Mas não pense que estou sendo bonzinho...

E lá estava Damon, com a estaca na mão e logo depois no peito. No momento seguinte, ele caía ao chão.

__Agora você vê como posso te controlar, irmãozinho?- A última palavra foi dita com um enorme desprezo e ironia. -- Então, porque não sai lá fora para sugar todo o...

Damon alcançou uma seringa com verbena esquecida no chão e enfiou-a em seu corpo. Gemeu de dor. Stefan não o controlaria com a verbena no seu sangue.

__Tsc tsc tsc... Parece que você ainda não entendeu. – disse Stefan ostentando um sorriso no rosto magro—Meu poder não veio do sangue daquelas pessoas. Meu poder vem de uma fonte muito mais poderosa do que o mísero sangue de um humano.

__Quem é você?

__Sou o seu irmãozinho. O namorado daquela com que você dormiu! O idiota que foi traído pelo seu próprio irmão! Qual das definições prefere?—Stefan não deu tempo para Damon falar algo. —Agora, paremos de brincadeiras e vamos ao trabalho. Damon. Espere eu sair. Se levante e encontre Elena.

__Não... -gemeu Damon.

__Encontre Elena e sugue seu sangue até que ela caia em seus braços. Mas eu sou tão bom irmão que te mostrarei como fazer.

E então, escancarou a boca e com um único golpe desprovido de misericórdia, cravou suas presas no pescoço de Damon. Esta era a última coisa que se lembrava.

Flashback OFF

Então era isso! Stefan o controlara para que mordesse Elena. Maldito!

__Mas e a verbena em seu corpo Damon?-insistiu Elena.

__Ele está mais forte que eu. Sendo assim, não há verbena que o impeça de me controlar. Além do mais, ele disse que seu poder não vem do sangue humano e sim de algo maior ainda... Mais forte.

__Será que ele estava blefando?

__Creio que não. Stefan nunca agiria assim normalmente. Ele nunca me obrigaria a te machucar...

Elena baixou os olhos. Stefan estava assim por causa dela.

__Elena, você tem que me desculpar. Eu não agüentaria viver sabendo que você me odeia.

__Como posso te odiar Damon Salvatore?-ela sorriu cruzando os braços por cima do pescoço dele.

Ele sorriu em resposta e deu um selinho em Elena.

__Parece que temos um grande trabalho pela frente. Está preparada? –perguntou ele cauteloso.

__Enquanto estivermos juntos, sempre estarei.

Eles então se beijaram calorosamente. Interrompendo o beijo por um segundo, Damon, arfando, disse:

__Mas não pode confiar em mim.

__Então não confiarei. – ela voltou a beijá-lo.

__Correremos muitos perigos, Elena. –insistiu Damon.

__Nada temerei se você estiver comigo.

__Sempre te protegerei Elena. Você é tudo para mim agora.

Elena sorriu em resposta e abraçou Damon. As aventuras estavam apenas começando...