Amores Fatais escrita por biatarosso


Capítulo 10
A Luta dos Salvatore




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__Como você passou a noite meu amor?—perguntou Stefan docemente.

__Normal. Ah, Stefan, depois da aula, poderíamos sair para tomar um sorvete. Preciso falar uma coisa para você.

__Está bem Elena. Depois da aula.

Chegaram à escola. Elena desceu do carro. Stefan não.

__Não vai descer?—perguntou Elena.

__Não. O professor de Matemática está doente. Entro mais tarde.

__O que ficará fazendo?

__Fiz umas encomendas de livros na biblioteca municipal. Vou lá buscar e depois eu volto.

__Então Ok! Nos vemos no primeiro intervalo. Beijos.

Assim que Elena saiu do carro, Stefan viu o celular de Elena caído no banco. Gritou para que ela voltasse, mas ela já estava longe demais. O celular vibrou anunciando “Nova Mensagem de Damon”

__Damon?- abriu a mensagem.

“Olá, meu amor. Desculpe por ter ido embora cedo esta manhã, nem nos despedimos direito, mas não queria que Stefan suspeitasse de algo. Te amo eternamente. Beijos.”

A raiva tomou conta do coração de Stefan. Elena e seu próprio irmão. Duas traíras. Como pudera confiar nos dois? Elena, sua doce Elena... Não a perdoaria nunca!

Pegou o carro e começou a andar como um louco. Parou em qualquer lugar e não se importou em matar muita gente. Era o que ele queria. Não lutaria mais contra sua natureza. Não seria mais o irmão bobinho, o irmãozinho... Sua boca cravava no pescoço de quantas pessoas ele achava e sentia sua energia aumentar a ponto de poder matar Damon com apenas um golpe. Era isso que ele faria naquele dia. Damon havia assinado sua sentença de morte quando se deitou na cama com Elena.

__O que houve Elena?—perguntou Bonnie preocupada com a amiga.

__Stefan. Ele não veio ainda.

__Já tentou ligar para ele?

__Milhões de vezes, mas só cai na caixa postal.

__Liga mais uma vez. Quem sabe?

__Não posso. A secretária já ficou brava comigo por isso.

__Mas e seu celular?

__Devo ter esquecido no carro dele... Ah! Estou tão preocupada!

__Mas ele não tinha dito que ia até a biblioteca? Vai ver ele se interessou por algum livro e ficou por lá... —lembrou Bonnie, tentando acalmar Elena, que parecia à beira de um ataque.

__Eu sei, mas não sei... Sinto que alguma coisa está acontecendo! Sinto em meu coração que Stefan não está bem.

__Elena, desencane! Não deve ter acontecido nada...

O sinal tocou. Bonnie puxou a mão de Elena.

__Vamos. Não se preocupe. Stefan já é um homem, ele sabe o que faz!

Elena sorriu. E deixou Bonnie levá-la.

No meio da aula, o diretor veio até a sala de aula e chamou uma garota. Ela voltou chorando, pegou suas coisas e saiu sem dizer nada. Alguns minutos depois, a história de repetiu. No fim da aula, a sala estava quase vazia. Na hora da saída, Elena perguntou o que estava  acontecendo ele, com pesar, respondeu:

__Eles estão indo embora porque algum de seus familiares foi morto. Há algum assassino solto por aí.

O coração de Elena gelou. Mas pelo motivo errado. Pensou que Stefan estava correndo perigo e nem cogitou a idéia de Stefan ser o
perigo.

 Saiu correndo sem que o professor entendesse alguma coisa. Pegou o celular de Bonnie que estava no corredor e tentou ligar para Stefan de novo. Ele atendeu.

__Stefan! Que bom que atendeu!—disse ele aliviando o peso em suas costas.

__Alô?

Não era Stefan.

__Quem está falando?

__É o Ricardo. Este celular não é meu. Encontrei-o jogado na rua tocando e atendi. 

Elena desligou.

Quando ela foi entregar o telefone nas mãos de Bonnie, a amiga ficou como se petrificada e voltou a si com uma cara muito assustada.

__Elena! Stefan está possuído. Ele quer matar Damon.

__Ah Meu Deus! Bonnie, você tem que me dar uma carona...

__Ah, Elena! Desculpe, eu vim com o Luka.

Elena não pensou duas vezes antes de começar a correr em direção a casa dos Salvatore.

Chegando lá, já sem fôlego, pode ouvir vozes lá dentro soando nada amigáveis. Abriu a porta num golpe e deu de cara com Stefan, um Stefan cruel que tinha em sua boca o sangue do próprio irmão.  Ele encarou Elena e rugiu bestialmente. Ela não podia negar que sentia medo dele, mas ela precisava enfrentá-lo. Salvar Damon.

__O que está fazendo Stefan?!—perguntou ela em tom de incredulidade.

__Você me traiu Elena! Com meu próprio irmão! Ele merece morrer e eu o farei!—berrava ele.

__Não! –Elena saltou na frente de Damon que continuava caído, mas consciente.

__Quantas pessoas você matou, hein, Stefan?—perguntou Damon — O irmão certinho matando pessoas inocentes! Que feio - ridicularizou Damon.

“Ele não está ajudando!”, pensou Elena.

__Não sou diferente de você agora Damon! Está vendo em que ser desprezível você me transformou? Não nego minha natureza! Sou um vampiro e vampiros matam!

__Stefan! Você não era assim... —disse Elena tristemente.

__Enquanto eu era o bonzinho Elena, você preferiu Damon e a aura malvada e cruel dele.Porque não pode me aceitar assim?!—ele gritava cada vez mais alto.

__Não é verdade! Damon mudou muito... –começou a garota, mas Stefan impediu-a.

__Cale a boca! Não quero que fale. Posso acabar com sua vida em um piscar de olhos. -ameaçou ele.

Mas Stefan não fez mais nada, apenas caminhou em direção a Damon olhando-o com desprezo e dor. Cerrou os dentes. Apertou as mãos. Elena deu um passo na frente de Damon, como se sua presença fosse protegê-lo. Inútil. Se Stefan realmente quisesse matá-lo, não seria Elena que o impediria.

__Saia da minha frente Elena!

__Nunca!

Stefan respirou fundo e voou para cima dela, apertando-lhe os pulsos.

__Eu fiz tudo por você.

Elena começou a chorar. Ela se sentiu culpada de certa forma. Ela traíra Stefan, e isso não era certo. Stefan a largou de súbito o que a fez perder o equilíbrio e cair no chão.  Stefan quebrou uma cadeira de madeira e de lá retirou uma estaca. Elena, no começo pensou que ele iria matar a Damon, mas depois, como se lesse seus pensamentos, viu que ele iria se matar. Ela pulou em cima impedindo o ato suicida. Damon se levantou e atacou Stefan por trás retirando-lhe um pouco de sangue.

   __Elena, pegue um pouco de verbena na cozinha!—gritou Damon.

Ela correu até lá, procurou nos armários por alguma planta e nada. Suas mãos tremiam. O barulho na sala era imenso. Móveis e gemidos para tudo quanto é lado. Ela começou a rezar. Naquela hora, seus olhos se voltaram para um vidro transparente em cima dos armários. Puxou uma cadeira e subiu para alcançá-lo.
Abriu o vidro agarrou alguns ramos e desceu. Ela colocou alguns em sua boca e mastigou. Se Stefan tentasse matá-la, ele sentiria a verbena em seu sangue e ficaria fraco por um tempo. O restante ela amassou e colocou em copo de água.
Quando chegou à sala, atirou a água preparada em Stefan que se pôs a gritar.
Ele se contorcia no chão. Damon aproveitou para agarrá-lo e jogá-lo no
calabouço no fundo da casa deles, que por sinal, era lotado de verbena.
Enquanto ele não se acalmasse não sairia de lá.

Na sala de estar, Elena pegou o kit de primeiros socorros e foi ver o ferimento de Damon.

__Sou um vampiro, Elena. Curo-me sozinho.

__Eu sei. Mas deixe-me cuidar de você... —ela pediu docemente.

Ele se sentou numa cadeira de costas para ela. Elena passava o algodão encharcado de algum líquido rosado limpando o sangue do pescoço dele. Ele segurou uma das mãos dela e beijou. Elena sorriu sem graça.

__O que foi? Ainda está meio abalada com o que houve com Stefan. –não era uma pergunta.

__Sabe que eu não queria que fosse assim. Não queria que ele descobrisse deste jeito...

Ele se levantou e abraçou-a ternamente.

__Ninguém queria que fosse assim, mas já está feito. Quando ele se acalmar, falamos com ele, Ok?

__Aham.

Beijaram-se rapidamente.

__Vai ficar aqui esta noite?—perguntou Damon.

__Acho que não. É melhor eu ir embora...

Ele confirmou.

__Será que amanhã... —começou ela.

__Sim. Venha aqui amanhã que Stefan já estará melhor. 
          __Está certo então. Você está bem? Não está doendo?

__Será que toda vez preciso te lembrar que minha pele não é frágil igual a dos humanos. Sou um vampiro Elena! Já tive ferimentos muito piores que este e estou vivo... Bem, quase isso. -disse ele revirando os olhos.

Elena não pôde conter um sorriso.

Elena chegou a casa e tomou um banho para refrescar a mente. Tantas coisas haviam acontecido na vida dela nos últimos tempos que parecia que sua vida andava de cabeça para baixo! Mas também, ninguém a obrigou a amar um vampiro e pior, ser amada por dois!

Quando finalmente conseguiu adormecer, não pôde conter os pesadelos que vieram atormentar seu espírito. Todos eram terríveis para Elena, porque se tratavam principalmente de uma briga entre os irmãos Salvatore. Uma briga onde um deles haveria de morrer. Mas ela não estava preparada para este tipo de sentimento: O de perda. Seus pesadelos não tinham um fim definitivo. Sempre acordava antes
que eles terminassem, preferia assim. Era doloroso pensar que ela deveria se separar de um deles. Stefan nunca a perdoaria por amar Damon, por traí-lo e Elena se culpava muito por isso.


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