Enfim Você Apareceu escrita por Grah Seicentos, Hope


Capítulo 8
Não são só lendas


Notas iniciais do capítulo

Muuuuuuuuuuito tempo depois, aqui está :)
Espero que gostem!!



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Jake’s POV

  Não era pra ser assim. Tinha que ser com calma, cuidado, mas agora já estava feito. Leigh me olhava, mas não esboçava nenhuma reação. Com certeza estava em choque.

“Caramba Jake, você quer matá-la do coração?” – perguntou Seth, que escutou meu uivo e já se juntava a mim, assim como os outros.

“Não tinha outro jeito. Não dava tempo pra contar e eu precisava chamar vocês” – me expliquei.

“Foi melhor assim, se você tivesse apenas contado, ela te chamaria de louco” – comentou Paul.

“Vamos dar um jeito nesses sanguessugas, depois me explico com ela. Se espalhem pela floresta para cerca-los. Seth, por favor, leve Leigh até minha casa e fique com ela”

“E vou perder toda a diversão?”

“Vai agora” – ordenei. Ele não disse nada, mas antes de voltar a forma humana, consegui captar alguns xingamentos em sua mente.

Vi quando ele chegou, juntamente com Quil e Embry – estes como lobos – e ir em direção a ela. Não quis continuar ali e avancei floresta adentro com os outros, atrás daqueles malditos vampiros que saíram correndo. Quando eu pega-los, juro que vou acabar com cada um, eles vão implorar por misericórdia e eu não vou ter.

“Calma Jake, se concentra”.

“O que? Sam o que diabos está fazendo aqui?”

“Considere uma festa de despedida” – era só o que me faltava.

“Festa? Está ficando louco?”.

“Claro que não. Agora quais são as ordens chefe?” – perguntou, tirando sarro de mim.

“Paul, Embry e Jared vão para leste. Sam, Quil e Collin para oeste. E os outros venham comigo” – bufei irritado.

“Nem Sam era tão ranzinza” – disse Brady.

“Dê um desconto a ele. Imagine sua namorada descobrir que você é um animal gigante desse jeito” – comentou Quil.

“Vocês vão ficar falando de mim como se eu não estivesse aqui? Mas que saco. Eu...”.

“Peguei!” – gritou Jared. Ele havia conseguido pular em cima de um dos vampiros, mas o mesmo conseguiu se esquivar.

“Vá com calma” – adverti.

Nesse momento, não sei de onde, surgiram mais quatro vampiros, todos em posição de ataque. Antes que eu pudesse pensar em qualquer estratégia, ou mesmo que eu pudesse raciocinar claramente, Paul pulou em um dos vampiros que estava a alguns metros a frente dos outros.

“Não, Paul” – o chamei na intenção de para-lo, o que não adiantou.

Extremamente habilidoso, o vampiro bloqueou o ataque dando um giro feito um borrão e aparecendo logo em seguida com os dedos cravados em seu dorso e com um único golpe quebrando sua clavícula e costelas do lado direito.

Paul caiu no chão urrando de dor e quando fomos avançar, estávamos paralisados. Apesar de nossos esforços nenhum músculo se movia. Não sabíamos o que estava acontecendo, enquanto Paul ainda se contorcia. Percebi o quanto um deles estava concentrado em nós.

- Bom trabalho Frederico. Agora deixe comigo.

A única vampira do grupo aproximou-se de nosso amigo, agachou ao seu lado e soprou levemente uma fumaça escura e densa em seu focinho. Quando ele a aspirou, imediatamente começou a sufocar.

- Chega Patrícia. – Disse o vampiro que atacou Paul. – Felix pegue um deles para levarmos até Caius.

Então um grandalhão se aproximou de Embry que estava mais perto e o colocou sobre o ombro.

- Vai ser difícil aguentar o fedor. Alex mantenha este cego para não termos problemas durante o caminho.

- Vão em frente enquanto eu mantenho o resto deles paralisados. Depois eu alcanço vocês.

- Tome cuidado, Frederico. – disse a vampira.

- Não se preocupe, meu amor. – ele respondeu e continuou concentrado.

Os outros vampiros se foram levando nosso amigo, enquanto nós continuávamos lá parados e com Paul machucado e sem conseguir respirar direito.

“Mas que droga! O que está acontecendo? Por que não conseguimos nos mover?” – perguntou Quil.

“Deve ser o poder desse vampiro” – disse Sam.

Então o vampiro começou a se afastar, ainda concentrado em nós. Quando estava a uma boa distancia, se virou e correu. Aos poucos fomos recuperando nossos movimentos.

“Collin e Brady levem Paul pra casa e vejam se conseguem faze-lo voltar à forma humana. Os outros venham comigo. Vamos ver se conseguimos alcançar aqueles malditos e trazer Embry de volta” - ordenei e no mesmo momento começamos a correr.

Já era tarde. A única coisa que sobrou foi aquele odor irritante e nojento. Não tinha mais sinal de nada, era como se eles nunca tivessem estado ali.

“O que é que a gente faz agora?” – perguntou Brady.

“Eu e Sam vamos voltar pra ver como está Paul. Vocês continuam procurando por alguma pista e se não encontrarem nada até o amanhecer, voltem. Vamos precisar de uma reunião com o conselho.”

Enquanto os garotos continuavam as buscas, Sam e eu fomos pra casa. Minha cabeça doía e a raiva me dominava. A vida não podia ser simples, sem complicações? O que diabos havia comigo? Por que tudo tinha que dar errado pra mim?

“Jake, por favor, não adianta se culpar agora. Nós vamos trazer Embry de volta” – disse Sam tentado me dar força.

“Como posso não me culpar? É a minha primeira ronda como Alfa e olha como me saí. Tudo deu errado. Provavelmente assustei a Leigh, Paul está machucado e Embry sumiu. Tenho certeza que se você ainda fosse o líder nada disso teria acontecido”.

“Você acha que eu teria feito melhor? Como? Eles surgiram do nada, cheios de poderes. Você não tem culpa Jake, aceite isso. Vamos tentar resolver tudo está bem?”

“Você está certo. Desculpe por estar pirando, mas eu realmente não esperava por isso. Agora tenho que me explicar com a Leigh. Só espero que ela não saia correndo” – Sam e eu rimos.

“Relaxa, ela me parece bem durona”.

Nos transformamos de volta quando já estávamos próximos da minha casa. Pra minha surpresa Paul estava sentado em uma cadeira na varanda, aparentemente sem maiores danos. Ele nos esperava.

-Então, como você está? – perguntei, parando em sua frente.

-Um pouco tonto e enjoado, os ossos já voltaram pro lugar. Por sorte consegui voltar rápido, antes que ficasse todo torto, mas podia ser pior. Na hora achei que ia morrer. Meu corpo todo queimava, foi horrível – ele ainda parecia meio abatido. – Alguma notícia de Embry?

-Não. Os outros ainda estão procurando alguma coisa, mas acho difícil encontrar. A floresta estava calma, parecia que nada tinha acontecido – respondeu Sam.

-Acho melhor você entrar Jake, Marissa está inconsolável, afinal o casamento está próximo e o noivo sumiu. Tem alguma ideia do que fazer?

-Ainda não. Primeiro vou convocar uma reunião com o conselho, não posso tomar nenhuma decisão precipitada. – eu estava preocupado com meu amigo sim, mas tinha outra pessoa que me preocupava bastante – Paul, como está a Leigh?

-Seu pai estava conversando com ela, mas não me pergunte sobre o que. Eu estava sem condições de prestar atenção. Ela parecia meio confusa pra falar a verdade.

-Tudo bem, eu vou entrar lá e... Não sei, vamos ver no que dá.

-Eu fico responsável pela reunião. Não se preocupe – me encorajou Sam.

-Obrigado. Espere os outros voltarem para termos uma noção de tudo.

-Está bem. Melhoras Paul, e qualquer coisa me chamem – se despediu com um aceno de cabeça.

Respirei fundo. Era a hora. Sem pensar mais entrei em casa.

Ela estava em um canto do sofá com o olhar meio perdido, mas que se voltou pra mim quando entrei. Leigh não me pareceu assustada ou qualquer outra coisa, na verdade ela não esboçou reação nenhuma. Eu realmente estava com medo. Ela não poderia ir embora, não agora que eu finalmente tinha a encontrado.

No outro canto do sofá estava Marissa com os olhos muito vermelhos, Rachel segurava a mão dela. Antes de tudo quis ir conforta-la.

-Não chora mais. Nós vamos encontra-lo.

-Por favor, Jake, o traga de volta. Eu não posso perdê-lo também – disse entre soluços.

-Eu prometo. Nós vamos trazer Embry de volta em segurança – a abracei.

-Eu vou leva-la pra casa pra descansar. Você precisa de mais alguma coisa? – perguntou Rachel, olhando de mim para Leigh.

-Não. Está tudo bem. Leve Paul e se precisar não hesite em me chamar.

-Claro que chamo – ela então se despediu.

E lá estava eu sem saber o que dizer. Leigh ainda me encarava. Achei melhor começar pelo mais simples.

-Onde está meu pai?

-Ele e Seth saíram. Acho que foram até a casa de Sue. – respondeu com a voz meio fraca.

-E você, como está? De verdade. – ela me olhou por mais um tempo, então suspirou e reagiu de uma forma que eu não esperava. Me abraçou com força, muita força. Não que eu sentisse de verdade, mas dava pra notar – Eu não esperava por isso, achava que sairia correndo ou algo do gênero – sorri.

-Eu tentei e provavelmente é o certo a fazer, mas eu não consigo. Só de imaginar ficar longe de você dói demais. Eu não suportaria. E o porquê eu não sei.

-O que você está sabendo? Meu pai te contou algo? – agora era a hora da verdade.

-Ele me contou toda a lenda Quileute, sobre os espíritos, os lobos e – ela fez uma pausa e me olhou – os frios, mas disse que tem uma coisa que só você pode me contar. Que vai fazer com que eu entenda isso que eu estou sentindo.

-Que ótimo, ele deixou a parte mais difícil pra mim – meu pai realmente não me ajuda.

-E tem parte mais difícil que você ser um lobo?

-É bom escutar você dizer isso, assim tão fácil. Faz com que eu me sinta um pouco mais normal – ela abriu um sorriso perfeito e escondeu seu rosto em meu peito de novo. Abaixei a cabeça e fiquei sentindo o cheiro dela. Tão doce. Tão Leigh. Tão meu.

Leigh’ s POV

Estávamos sentados no sofá frente a frente. Jake havia me contado sobre o imprinting, e eu ainda tentava assimilar as informações. Destinados um ao outro mesmo antes de nos conhecermos? Parecia loucura, tudo aquilo não era normal. Mas fazia muito sentido.

O fato de que eu não conseguia mais me afastar dele, de precisar vê-lo, tocá-lo, sentir seu cheiro agora tinha uma explicação, mas eu tinha que perguntar:

-Então esse é o único motivo pra você querer estar comigo?

-Vou tentar te dar um exemplo simples. Se você ainda não tivesse aparecido e eu tivesse a oportunidade de conhecer todas as pessoas do mundo profundamente, saber seus gostos, defeitos e qualidades, ainda assim esperaria por você. Eu saberia lá no fundo que algo estaria faltando, uma metade de mim perdida. Eu passaria minha vida toda te procurando mesmo sem saber que você existia. Imprinting é só um nome dado pra esse sentimento que nós lobos temos, mas continua sendo o simples e velho amor. O coração disparando, mãos suando, a necessidade de cuidar da outra pessoa, faze-la sorrir por que só assim você consegui ser feliz.

A cada palavra dele eu estremecia. Ele estava descrevendo tudo que eu estava sentindo. E isso era por que ele sentia também.

-Não tem nem uma semana que estou em Forks e pode ser cedo pra dizer isso, mas eu te amo Jacob.

-Eu também te amo minha pequena – então ali estava aquele sorriso que iluminava minha vida, que me aquecia por dentro e me fazia sorrir feito boba, por que não existia nada mais perfeito do que ele. Meu destino. Meu mundo. Meu Jake.

Ele então se aproximou lentamente, nossos narizes se tocaram. Senti sua boca na minha, me arrepiando, e desejando por mais agarrei os cabelos de sua nuca puxando-o para mim. Nossas línguas se encontraram e eu perdi a noção de tudo ao meu redor. Naquele momento só existia nós dois, nosso beijo, nossas carícias.

Finalmente eu tinha encontrado meu lugar no mundo e era nos braços de Jacob Black.


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Notas finais do capítulo

Finalmente minha inspiração parece ter voltado. Tanto que o próximo capítulo está quase pronto. Não gosto de capítulos muito pequenos, por isso acabo demorando para postar. Mil desculpas. Espero que me perdoem e aproveitem. Por favor não deixem de comentar, nem que for pra brigar comigo..
Beijos!