Enfim Você Apareceu escrita por Grah Seicentos, Hope


Capítulo 7
Sem segredos


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo gostaria de pedir desculpas pela demora, é que estou sem net (estou aqui na minha sogra), então não dá pra postar... Sorry
PS: Pra quem gosta de ler interativo aqui vai o link... http://enfimvoceapareceu.blogspot.com/p/enfim-voce-apareceu-alertminhaprimeira.html



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Jake’ s Pov

Então, o que temos?” – perguntei assim que me transformei, correndo em direção aos outros.

São dois homens. Consegui vê-los.” – informou Brady, passando a imagem em nossas mentes.

Estavam bem vestidos com grandes mantos escuros e quando olharam para Brady com cara de surpresa pude ver seus olhos de um vermelho intenso.

Você não deveria ter chegado tão perto Brady” – repreendi – “Eles podiam ter atacado”.

Sei que fui imprudente. Não vai mais se repetir”.

Mas é estranho. Em vez de atacarem, eles fugiram” – comentou Embry.

Talvez tenham ficado com medo. Um logo do nosso tamanho não é qualquer coisa” – Paul sempre queria tirar vantagem.

Eles podem voltar, então é melhor ficarmos mais atentos.” – dei as coordenadas e os horários de cada dupla. – “Eu vou ficar pra continuar a ronda com Seth, Nós precisamos conversar” – disse me lembrando do beijo que ele havia dado em Leigh.

Uhu, ta ferrado” – brincou Quil, tirando sarro de Seth.

Um por um, foram voltando à forma normal. Quando restava apenas Seth e eu, ele logo começou a se explicar.

Jake, foi mal pelo beijo, mas você sabe que não tem nada a ver. A Leigh é sei imprinting. Não é como se ela fosse sentir alguma coisa. Foi só um beijo de irmão.”

Então me faça um favor? Guarde seus beijos de ‘irmão’ para a Leah”.

Ok. Desculpa mesmo”.

Vamos mudar de assunto” – eu não conseguia ficar muito tempo com raiva dele.

Continuamos com a ronda, mas sem sinal de qualquer vampiro. Depois de algumas horas Paul e Collin apareceram para nos substituir.

Seth e eu fomos embora juntos. Quando já estávamos perto de casa voltamos à forma humana. Percebi que ele estava um pouco cabisbaixo.

—Ei cara – chamei sua atenção – não queria brigar com você, mas demorei tanto para encontrar a Leigh, que nem acredito que finalmente vou ter uma família só minha.

—Tá tudo bem. Não se preocupa.

—Então por que essa cara?

—Bom, é que... Deixa pra lá – disse dando um sorriso sem graça.

—Você sabe que pode falar qualquer coisa – tentei encorajá-lo.

—É que estive pensando que agora que você subiu de posto, se já decidiu quem vai ser o segundo no comando?

—Ah! É isso. Bom eu andei pensando e acho que deveria ser o Embry.

—Paul e Jared não vão gostar nada de saber disso – disse zombeteiro.

—Eu sei, mas quem manda agora sou eu – nos olhamos e caímos na gargalhada.

—Quem sabe eu possa ser o gama (3º no comando)? – perguntou entusiasmado.

—Você acha que dá conta?

—Isso é um sim? – seus olhos brilharam, e eu só assenti – Obrigado Jake. Não vou te decepcionar.

—Não é só comigo que você tem que se preocupar. É com uma tribo inteira. E bom, é você quem vai comunicar Quil.

—Ok. Não vai ter problema. Quil anda muito ocupado no cargo de irmão mais velho.

Ele tinha razão. Claire estava crescendo e atraindo olhares e a possibilidade dela escolher outro, mesmo que isso fosse absurdo, o apavorava.

Nos despedimos e eu fui para casa descansar. Mais tarde teria uma longa conversa com Leigh.

Leigh’ s POV

O que havia com esta cidade? O que havia comigo? E o principal, o que havia com Jacob.

Jake é completamente diferente das pessoas que já conheci. Mesmo com seus dois metros de altura e músculos proeminentes, ele tinha o olhar inocente.

Quando ele me olhava, eu via seu olhar transbordar admiração. Mas eu tinha medo.

Nunca me deixei envolver, criar laços e não sabia como agir. Aprendi da pior forma que as pessoas não são confiáveis, que nos machucam e não dão a mínima para nossos sentimentos.

Mas quando Jake sorria ou me olhava eu me sentia segura, protegida e me perguntava se já não estava na hora de deixar esse medo de lado e finalmente ser feliz. Afinal eu tinha uma única certeza: Jake era confiável.

Acordei tarde mais uma vez. O tempo estava nublado. Ainda não tinha me acostumado com a ausência do sol.

Levantei-me e me arrumei, fui almoçar na mesma lanchonete. Não prestei muita atenção na comida, estava nervosa sobre a conversa que teria com Jacob. O jeito como ele falou, parecia que se tratava de um grande segredo.

Fui com seu Jipe até a reserva. Não demorei a chegar, pois o caminho já era conhecido, embora só houvesse estado lá uma única vez.

Quando me aproximei da casinha vermelha tão acolhedora senti um frio na barriga, era sempre assim quando pensava em Jake. Saí do carro e fui recebida por ele, apenas de bermuda. Era a verdadeira visão do paraíso. Como podia existir alguém tão perfeito? Aquele sorriso me tirava o fôlego e não tinha como não sorrir junto. Nesse momento percebi que ele já era essencial na minha vida.

—Oi – disse ele, me puxando em seguida para um beijo ardente.

A atitude me pegou totalmente de surpresa, mas teria de me acostumar, afinal Jacob era intenso.

Escutamos um pigarro e olhamos para a porta da casa. Billy estava lá, nos olhando malicioso.

—Jake, meu filho, deixe-a respirar um pouco – Jake apenas rolou os olhos – Olá Leigh. Como vai?

—Muito bem. E você?

—Vou bem. Jacob, você já falou para ela do aniversário do Joshua?

—Ainda não. O senhor não me deu tempo – respondeu entediado.

—Se você parasse de atacá-la teria mais tempo para conversar, não acha?

—Não tem mais nada para fazer não, pai?

—Tenho sim. Estou esperando Paul, que ficou de me buscar para ajudar nos preparativos da festa. Ah! Lá vem ele.

Nos viramos e vimos um carro se aproximando. Era o cunhado de Jake, Paul.

—Olá para todos. Como vai? – perguntou estendendo a mão para mim.

—Estou bem e você? – disse retribuindo o cumprimento.

—Bem, obrigado. Não sei se Jake já te falou, mas hoje é aniversário do meu filho e faremos uma festa para ele. Você está convidada e gostaríamos que fosse.

—Claro. Vou sim – estava realmente agradecida e surpresa com a receptividade de todos.

—Vamos Billy? Josh não para de perguntar por você – disse Paul.

—Tudo bem. Até mais tarde Leigh.

—Até.

Depois que Paul e Billy saíram, olhei para Jake que me encarava com um sorriso nos rosto.

—O que foi? – perguntei.

—Você vai mesmo à festa?

—Acho que sim. Só gostaria de ter sido avisada antes para ter comprado alguma coisa.

—Não precisa. É só uma reunião para a família e alguns amigos.

—Eu faço questão. Há alguma lojinha por aqui?

—Tem a lojinha da mãe do Quil. Deve ter alguma coisa lá, mas eu ainda acho que não precisa.

—E eu acho que precisa sim – respondi decidida.

—Ok. Como você é teimosa – brincou.

—Eu sou teimosa e você é muito misterioso. Você não tinha uma coisa para me contar? – nesse instante ele fez uma careta. Acho que o que ele ia me contar não era bom.

—Vamos até a loja, depois a gente conversa – ele estava claramente fugindo do assunto, mas eu ia deixar. Pelo menos por enquanto.

            *                     *                   *

Depois de passarmos na lojinha e escolhermos o presente – um carrinho de madeira -, Jake me levou me levou para a casa de Rachel. Acabei ajudando na arrumação, mesmo ela dizendo que não precisava. Ficamos a tarde toda conversando.

Era inexplicável a forma como me sentia em La Push. Como se tivesse crescido aqui, embora eu ainda fosse praticamente uma desconhecida.

Mais tarde à Jake que me levasse até o hotel para que eu pudesse me arrumar para a festa.

Ele disse que voltaria depois para me buscar.

Depois do banho, fui procurar uma roupa bonita em minha mochila. É claro que não tinha nada. Se eu pretendia ficar, precisava ir às comprar urgente.

Como sempre vesti um jeans, uma blusa preta e uma jaqueta e meu inseparável All Star, mas desta vez, preto. Fiz uma maquiagem básica.

Quando estava pronta, escutei uma batida na porta do quarto. Era Marjorie avisando que Jake estava me esperando.

Desci e o encontrei encostado em seu Jipe. Tão lindo que me fazia suspirar sem querer.

—Acho melhor eu não ir Jake. Não estou me sentindo bem – disse desanimada.

—O que foi? O que você tem? – ele perguntou preocupado.

—Olha só pra você. – respondi – Está tão lindo. Se todos estiverem assim, vou me sentir a pessoa mais mal vestida do mundo.

Ele levantou uma sobrancelha e me olhou como quem pergunta “è sério?”

—Você fala isso como se existisse alguém tão perfeita quanto você. Eu ainda estou tentando achar algum defeito. – disse me olhando da cabeça aos pés, com um olhar malicioso, me fazendo corar até o último fio de cabelo. – E então, vamos?

—Cla-claro. – queria fazer um elogio, mas quem ficou vermelha no final das contas fui eu.

Entramos no carro e ficamos em silêncio por um momento.

—Te deixei constrangida. – não era uma pergunta – Desculpa, mas você é realmente linda. Todos acham isso.

—Todos?

—Sim. Todos na reserva que te conheceram te acharam linda.

—Então obrigada. É que não estou acostumada com elogios. Ainda mais quando estou assim tão simples. Sabe, estou precisando comprar roupas, eu não tenho muitas e como pretendo ficar, vou precisar. Você conhece alguma loja? – desatei a falar para mudar de assunto e ele não me deixar mais constrangida.

—Em Port. Angeles tem algumas. Posso te acompanhar se quiser.

—E você vai agüentar ficar o dia todo de loja em loja com uma mulher? Já vou avisando que eu adoro fazer compras.

—Faço qualquer coisa pra ficar do seu lado, inclusive carregar sacolas.

Pronto, lá vinha ele me deixar com vergonha de novo.

—Não é estranho isso? Parece que nos conhecemos a vida toda, quando na verdade só faz três dias.

—Eu queria ter te conhecido antes Leigh. Teria poupado muito sofrimento.

Então chegamos a La Push. Depois de algumas ruas paramos em frente à casa de Rachel e Paul.

Encontramos com os outros nos fundos da casa, onde havia sido montada uma tenda. Sob ela pude ver mesas e cadeiras enfeitadas com toalhas azuis e no canto uma mesa mais com um bolo e muita comida. Tinha muita gente na festa, mas mesmo assim a quantidade era enorme.

Estávamos entrando quando Rachel se aproximou.

—Leigh, que bom que chegou. – e saiu me arrastando – Venha vou lhe apresentar aos outros.

—Por que não deixa que eu mesmo faça isso? – perguntou Jake, entrelaçando seus dedos aos meus.

—Claro. Enquanto isso, eu vou ver o Josh – respondeu Rachel, olhando nossas mãos e sorrindo de lado.

Ele nos levou até uma mesa onde só reconheci Seth.

—Bom. – começou Jake – Esses são Sam e Emily, Embry e Marissa, Jared e Kim e aquele ali você já conhece – apontou para Seth.

—É muito bom finalmente conhecê-la – disse Sam.

—Igualmente – cumprimentei cada um com um aperto de mão.

—Por que não vem conosco? – perguntou Emily – Vamos deixar os homens conversando.

—Tudo bem – concordei.

Kim, Marissa, Emily e eu fomos ao encontro de Rachel que estava arrumando Josh e outras crianças para as fotos.

—Aqueles dois são meus – disse Emily – Emma tem cinco anos e Dean tem três.

—Eles são lindos.

—Eu sou suspeita pra falar, já que sou a mãe.

—Você pensa em ter mais? – questionei.

—Estou esperando o meu terceiro.

—Sério? Que maravilha. – ela tinha uma família linda – E o seu é pra quando? – perguntei a Kim, sua barriga já era bem visível.

—Pra daqui a três meses. Não vejo a hora – ela sorriu.

Nesse momento uma mulher chegou. Era alta e tinha um corpo escultural.

—Olá. Eu sou Leah – apresentou-se.

—Muito prazer. Leighton.

—Eu sei. Você é o assunto da reserva – sorriu para mim.

—Acho que sim. Não é todo dia que aparece uma estranha vagando sozinha na estrada.

—Não é só por isso – então olhou por cima do meu ombro. Acompanhei seu olhar e vi Jacob me encarando.

—Ah sim. Ele falou de mim pra todo mundo não é mesmo?

—Ele não fala de mais nada que não seja você.

Fiquei mais um tempo conversando com todas. Descobri que o casamento de Marissa e Embry seria no próximo mês. Ela disse que me mandaria um convite.

Voltamos para a mesa, depois de pegarmos um prato com comida. Lá também conheci Damon, marido de Leah.

Depois de cantar o parabéns e cortar o bolo, Jake me chamou para darmos uma volta. O ar estava frio, mas de algum modo a presença de Jacob me aquecia. O calor que emanava do corpo dele era confortável, e me fazia bem. Eu adorava isso nele, adorava tudo nele.

—Se arrependeu de ter vindo? – perguntou- me, com um sorriso no rosto.

—Não, nem um pouco. Adorei na verdade, todos são ótimos.

—Você parece ter se dado bem com as garotas.

—Sim, até combinei de ir fazer compras com Kim, ainda falta algumas coisas pro bebê e ela planeja ir a Port. Angeles no sábado.

—Que bom.

Ficamos um tempo em silêncio, perdidos em nossos próprios pensamentos, ou assim eu achava, porque quando eu olhei para Jake, ele me encarava.

—Você não tinha uma coisa pra me contar? – comecei o assunto.

—Estou pensando em um jeito de contar sem que você me ache louco.

—É muito sério?

—Depende do ponto de vista.

—Então conta.

Ele então suspirou e quando abriu a boca pra falar, um movimento entre as árvores nos chamou a atenção. Não dava pra ver direito, mas pelas sombras pareciam dois homens.

Ao meu lado Jake começou a tremer compulsivamente.

—Está tudo bem? – perguntei.

—Se afasta – ele apenas sussurrou.

—Sente o cheiro? – um dos homens, o mais alto, perguntou ao outro – Ele também é um transmorfo.

—O que vocês querem aqui? – Jake questionou furioso.

—Queremos você e sua matilha. – respondeu o mais baixo – Depois é claro de matar a garota.

Então tudo aconteceu muito rápido. Em um momento era Jake rosnando ao meu e no segundo seguinte, era um rosnado mais selvagem. O rosnado de um lobo, que logo depois se transformou em um uivo ensurdecedor.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor.. Vou fazer um esforço pra postar em breve, mas não posso prometer.
Beijos pra todas vcs