Olhos de Lua escrita por Fada Mironga


Capítulo 3
Capítulo Terceiro


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquinho só para vocês! Este mundo todo que aqui descrevo não me pertence. O crédito vai todo pra J.K. Rowling. Mas a fic e os acontecimentos daqui são de minha autoria, falous? Aproveitem!



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A cerimônia de boas-vindas foi como em todos os anos. Inspiradora para alguns e chata para outros. Simplesmente amo rever tudo aquilo. As velas, o teto mágico, os professores... até mesmo as grandes mesas! Hogwarts me deixava extremamente à vontade. A única novidade foi uma surpresa que aconteceria nesta primavera, mas que não conheceríamos ainda. Eles nos avisariam um mês antes para que nos preparássemos e não tolerariam ninguém ficar de fora. Todos participariam de um jeito ou de outro.

E logo as especulações começaram.

- Ah, o que será, hein? – Marlene era a primeira a espalhar suas suspeitas. Ela ia andando comigo na frente dos outros, após o jantar, pelo grande corredor. Até então andávamos sem rumo, acompanhadas por Sirius e Potter. Remo simplesmente sumiu na bagunça formada pelos alunos nas escadas. – Acho que vai ser algum torneio, tipo o Tribruxo, onde nós poderemos...

- Marlene, não seja besta. – Potter a cortou, o que foi estranho devido à proximidade dos dois. – Pode deixar que a gente descubra o que realmente é, não garotos? – olhou especulativamente para os Marotos.

- Com licença – eu disse, interrompendo o clima animado – Acredito que nós devemos ir ao dormitório. Já está quase no horário e...

- Ah, esquecemos! – Beth me interrompeu, dando um tapinha leve em sua testa. Olhou ironicamente para o teto do corredor. – A Lílian e o Remo agora são monitores. Ela, provavelmente, vai ficar com o cargo da Hudson quando o ano terminar e nós devemos ficar de olhos abertos. Vamos logo, antes que alguém receba uma detenção!

- Pelas barbas de Merlin! – reclamei – Não precisa falar desse jeito comigo. Continuo a mesma, só que com uma insígnia e novas responsabilidades. Quer saber? Façam o que quiserem. Boa noite.

Saí andando – quase correndo – em direção às escadas.

- LILY! – pude escutar o grito, mas não reconheci a voz. Nem quis.

Arrumei todos os meus pertences no armário – tinha um pra cada garota – e afofei os travesseiros da cama. Suada com o esforço, decidi tomar um banho relaxante e demorado. A água quente lambia meu rosto, escorrendo consigo toda a tensão de meu corpo, todas as preocupações e frustrações não só de um dia, mas de meses. Há tempos não me sentia completamente bem, completamente feliz.

Sei que a felicidade plena, no sentido literal, não pode ser alcançada. Creio, entretanto, que uma pessoa pode chegar perto disso. Porque, mesmo com problemas, algumas pessoas conseguem rir à toa, admirar a natureza, meditar... Sentir-se bem consigo mesmas. Não tenho sentido isso.

Lembro-me de minha falecida avó que dizia que a vida foi feita pra ser vivida. Se não fosse, sequer nasceríamos. E é preciso vivenciar tudo intensamente.

Uma pena, vovó, mas até agora tudo me indica que não tenho esta capacidade.

Saí do chuveiro sem muita vontade e me arrumei para dormir. Nunca fui de usar pijama e muito menos camisola – esta última só servia pra me fazer acordar chateada, porque a saia tinha subido toda e ficava parecendo só uma blusa. Sim eu me mexo durante o sono e não é pouco – sempre preferi uma combinação de moletom com uma blusa de algodão de alcinhas. A não ser nos dias frios do inverno, onde punha um agasalho de lã. Bem metódica.

Sequei um pouco meu cabelo com a toalha branca e a estendi em uma cadeira. Fui com minha escova na mão até a janela e sentei bem ali, no parapeito redondo. Enquanto admirava a lua nítida no céu, minhas mãos penteavam as madeixas lenta e automaticamente; mal prestava atenção no que fazia. As pontas ruivas já tocavam em minha cintura – hora de uma vistinha ao salão – mas nunca tive dificuldade em mexer com meu cabelo. Presa em meus devaneios, minha mente vagava livremente por todos os aspectos de minha vida.

Pensei nas férias, em minha família, nas festas organizadas e senti um pouco de saudade. Demoraria um bom tempo para vê-los mais uma vez, mas era um preço a pagar. Além de que não teria que encarar minha irmã e sua atitude esnobe e egoísta. Puxa, não precisava de toda aquela hostilidade! Desviei meus pensamentos e dessa vez parei nas aulas. Começariam logo no próximo dia e eu já tinha estudado os dois primeiros conteúdos. Sempre bom estar adiantada, porque o professor não te traz algo totalmente novo, mas aprofunda o que já leste sobre.

Estava ficando tarde e eu não tinha com a mínima vontade de falar com as garotas. Exceto por Alice Scott, uma garota de cabelos curtos e extremamente simpática que também dividia o dormitório conosco. Mas nem mesmo ela estava presente no quarto.

No próximo dia, as aulas realmente começariam e era bom que eu estivesse descansada. Sem poder mais lutar com o sono, deitei-me e adormeci profundamente. Em meu sonho, um par de olhos castanhos e brilhantes olhava para mim. Olhos familiares demais...


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Notas finais do capítulo

Esse foi bem pequenininho, não é mesmo? Foi bom? Comente, por favor, sim? Espero não demorar muito pra postar o próximo. E prometo estar mais inspirada no próximo!
Ciao.