Fiamma escrita por Akahana


Capítulo 9
Quatro - Gomenasai




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  O crepúsculo estava começando a manchar o céu azul com tons de vermelho, laranja e roxo. Aquela mistura de cores no horizonte logo daria espaço ao preto estrelado da noite, mas enquanto ela não vinha, o show de luzes apenas continuava.

  Kamiori havia feito tudo o que estava ao seu alcance. Só Kami-sama sabe o quanto ela implorou ao Nono para que ele esperasse mais um tempo, afinal, os conhecera à tão pouco tempo. Não agüentaria vê-los ir embora assim, sem dar quaisquer explicações. E por isso, ali, no telhado (talvez seu local preferido na casa), tudo estivesse silencioso e um tanto quanto triste. E isso não era normal. Não naquela casa. Pensou durante muito tempo sobre o que deveria fazer. Não chegou à alguma conclusão plausível.

  A noite chegava rapidamente e tudo já estava se tornando escuro demais para os olhos humanos acompanharem. A Lua ainda não tinha chegado a uma altura que os Guardiões Fiamma pudessem ver de suas janelas. O jantar já estava sendo servido e todos estavam conversando sobre as banalidades de sempre. Todos se levantaram quando o assunto acabou, deixaram os pratos na pia e foram para seus respectivos quartos. Até aí o dia estava normal. Também foi muito normal o momento em que Kamiori saiu silenciosamente de seu quarto para bater em alguma porta. E já era quase três horas da manhã.

  Ela ficou encarando a porta índigo por alguns momentos antes de criar coragem para bater. Mas não foi necessário, pois a porta se abriu e revelou a figura meio sonolenta de Victor. Não estava dormindo, como o livro aberto em cima da cama podia indicar.

  - Eu preciso falar com você. – Ela disse. E logo depois se dirigiu até a cama do garoto onde se sentou e voltou o olhar para baixo. – Eu te disse, não é? Disse a todos vocês eu acho. Que iriam ter algumas “provações” até vocês serem Guardiões oficiais. Bem, o Nono idealizou o Desafio para vocês e ele não me deu tempo para discutir isso com ele. E, bem, eu só queria pedir desculpas.

  - Por quê? – Ele perguntou levantando o queixo da garota com a mão.

  Mas ela não respondeu. Simplesmente pegou um relógio do bolso do pijama e se assustou ao constatar de que já eram duas horas e cinqüenta e nove minutos. Sem pensar muito, ela pôs a mão direita na nuca dele e puxou-o para frente. Comprimiu seus lábios nos dele em um tímido selinho.

  E então o relógio bateu meia-noite.

  E os gritos começaram.

  O som de luta também e algumas lágrimas caindo pelo rosto alvo da chefe.

  "Gomenasai"

Enquanto isso, na Varia...

  - Os seqüestradores já foram despachados, chefe. – Dizia o garoto para Xanxus.

  - Bom pra você, Nevi. – Falou Xanxus ironicamente para o menor. O boss da varia se levantou de sua confortável poltrona e saiu do quarto bufando alguma coisa ininteligível.

  Todos na Varia sabiam que agora o chefe se dirigia a floresta a oeste do QG.

E na Rússia...

  Os Sayure estavam bem confortáveis dentro de casa tomando chocolate quente e conversando alegremente quando uma carta foi arremessada violentamente contra a janela da sala. Mikael rapidamente colocou um casaco para pegar a carta e quando voltou para dentro, sua irmã estava mais do que curiosa para ler o que tinha dentro do envelope.

  Quando o envelope foi aberto, duas folhas caíram de dentro dele. Na primeira, uma pequena chama alaranjada se formou no topo do papel. A Marca do Nono Vongola. A carta dizia para eles não saírem da Rússia até que uma pessoa chegasse, mas não dizia quem seria essa tal pessoa. A segunda era um papel alaranjado com um aroma intenso de árvores e terra. Ao ler a carta, a garota (que era a primeira a ler) sorriu e depois a entregou ao irmão, que concluiu que a carta não era nada mais do que felicitações da sua nova chefa.

Voltando À Clareira...

  Ao subir as escadas da casa, Xanxus sentia que o Nono fora longe demais dessa vez e isso só se intensificou quando ele chegou ao batente da porta índigo. Kamiori ajoelhada, de frente para a janela, com as lágrimas caindo por sobre a face, mas sem emitir um único barulho. A expressão era de indiferença e a cena era deplorável.

  Xanxus exclamou um “puta merda” baixinho e sentou no chão ao lado da garota. Ela não parou de chorar à noite inteira e nenhum dos dois falou uma palavra.


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Notas finais do capítulo

cap. tenso, mas é um cap.sei que não mereço reviews, mas não cusata tentar:Reviews? *-* /apanha



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